Natalia.Eiras 20/12/2014Resenha publicada no blog Perdidas na Biblioteca Vou ser sincera. Como uma fã incondicional de Agatha Christie, eu fiquei bem decepcionada com essa história. Na verdade, nem parece uma história dela... eu explico.
Tudo começa quando um casal de irmãos - Jerry e Joana - se mudam para a pacata cidade de Lymstock para que Jerry possa se recuperar de um ferimento causado pela queda do avião que ele pilotava.
Mal eles chegam na cidade, recebem uma carta anônima afirmando que eles não são irmãos. Eles não dão a mínima importância ao assunto, mas descobrem que não foram os primeiros a receberem esse tipo de carta.
Até ai, todos acreditam ser uma brincadeira de mal gosto, mas até que ponto as acusações das cartas sãio uma mentira?
Eis a questão...
Quando uma respeitável senhora, aparentemente, comete suicídio depois de receber mais uma dessas cartas anônimas, e a empregada dela é encontrada morta com uma punhalada na cabeça, o caso passa a ser tratado pela polícia como homicídio e não mais uma brincadeira.
Quem esta mandando estas cartas? O que ela tinha contra as vítimas? As acusações nas cartas eram verdadeiras?
Bem... por quê esse livro não se parece com uma história da Agatha?
Primeiro porque se vocês olharem na capa do livro, diz que é uma história de Miss Marple. Porém, quem narra a história é Jerry e a Miss Marple só vai aparecer lá no final do livro. Mas é no final mesmo!
Segundo, porque a formatação deste livro não é comum. Como Jerry narra os acontecimentos, temos capítulos curtos (como se fossem cenas de um filme) dentro de um mesmo capítulo. Nos outros livros da dama do crime, nós temos como fio codutor a Miss Marple ou Hercule Poirot, com capítulos bem delimitados e mais extensos.
O final é previsível, e se você estiver bem atento aos detalhes vai conseguir descobrir o assassíno sem muita dificuldade. Se não conseguir o assassíno, com certeza chegará pelo menos ao motivo do crime.
Lembre-se: Onde há fumaça... há fogo!
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