Nada é o que parece ser

Nada é o que parece ser Patricia Highsmith




Resenhas - Nada é o que parece ser


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Shadai.Vieira 12/12/2020

excelente!
antologias costumam ser irregulares, não é o caso desse.
o único porém são os finais de alguns serem bem parecidos, com isso passa uma sensação de repetição, mas as dezenas de contos aqui são de um nível altissímo.
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Thomaz 27/04/2012

Uma Ode à Falha Humana!
Patricia Highsmith é a autora que deu vida ao fantástico, maquiavélico e Talentoso Sr. Ripley, carismático e enganador personagem dos romances e do filme de sucesso de mesmo nome. Por si só, essa referência já indicaria que esta coletânea de contos deveria ser uma boa obra. E é, mas de uma maneira não totalmente esperada. Devo dizer que foi uma leitura difícil.

O livro reúne 28 contos separados em duas fases distintas, nem tanto cronologicamente (embora o livro os divida assim: "primeiros" e "intermediários e posteriores"), mas sim por uma mudança no foco da escritora.

A primeira metade é composta pelos contos mais depressivos que já li! Se eu conseguisse achar outros adjetivos neste momento, eu os colocaria todos juntos somente para mostra o quanto estes contos são pra baixo. É uma ode à depressão, às pessoas comuns que erram o tempo inteiro, às situações que arrastam os personagens (e os leitores) à sarjeta. São situações que mostram como o ser humano é frágil e como se deixa abater por qualquer coisa. É, em suma, a Vida acontecendo em sua face mais crua e indiferente. Tudo magistralmente escrito pela autora. Não há como não se importar com os personagens e se sensibilizar com suas desgraças.

Os contos que compõe a segunda metade do livro são, embora ainda abordem a mesma temática dos anteriores, diferentes. Eles mostram que os seres humanos conseguem, apesar de tudo que é jogado contra eles, extrair pequenas vitórias dessas situações deprimentes. Não se engane, as vitórias são medíocres e também sofríveis.

Por quê ler um livro tão pra baixo, então? A resposta mais simples que consigo pensar é porque ele mostra a verdadeira natureza humana de uma forma que nos recusamos a ver. Acreditamos sempre que atos grandiosos são os verdadeiros heróicos e esquecemos (ou nos forçamos a esquecer) que as verdadeiras vitórias estão no dia a dia e nas coisas simples.
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miguel 25/09/2009

É pra quem gosta de Higsmith
Trata-se de uma seleção muito heterogênea de textos nem sempre bem sucedidos.
Eu, como gosto muito do estilo de Highsmith, gostei do livro, mas não recomendo para leitores de contos de suspense, pois definitivamente não é o caso.

Por outro lado, pra quem escreve, é uma boa observação de evolução de estilo e estudo de técnica.

Eis tudo.
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