O vento que arrasa

O vento que arrasa Selva Almada




Resenhas - O Vento Que Arrasa


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Mariana Dal Chico 17/12/2021

“O vento que arrasa”, de Selva Almada, foi publicado no Brasil em 2015 pela Editora Cosacnaify, com tradução de Samuel Titan Jr.

Depois de muitos anos na estante, resolvi pegar esse livro para conhecer um pouco mais da #literaturaargentina contemporânea e fui positivamente surpreendida.

Com um enredo que se passa entre uma tarde e a manhã seguinte, em um cenário árido e quente de uma mecânica de veículos esquecida em uma estrada deserta, com quatro personagens de características bem diferentes.

Gringo é cínico e não acredita que a religião seja importante, tudo o que precisa ensinar ao tímido Tapica, vem da observação da natureza.

O reverendo Pearson é um fanático religioso que acredita que apenas a sua forma de religiosidade é a correta e pura. Sua filha Leni, é uma adolescente entediada que guarda rancor do pai pela forma como eles vivem: na estrada, em hotéis baratos nas cidades mais pobres da região.

A escrita da autora é simples e direta, a tensão entre os personagens é crescente e inevitável como uma tempestade tropical - farejada pelo cachorro que tem sua voz dentro do livro. Fiquei tão envolvida que não consegui deixar o livro de lado e em pouco mais de três horas eu já tinha chegado ao fim.

Com um final melancólico e bem diferente do esperado, fiquei animada para ler outros livros da autora.

site: https://www.instagram.com/p/CXmZ8cALgNb/
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Alicia 27/05/2022

É um livro bem escrito, com personagens bem interessante. Uma pena não explicar algumas histórias, me deixou mega curiosa pra saber algumas coisas e conhecer mais os personagens, mas na real acho que esse é o objetivo do livro: ser só uma passagem.
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anna v. 18/08/2015

Uau
Grata surpresa.
Comprei esse livrinho depois de ler, imagine só!, uma resenha muito positiva no jornal.
Coisa mais rara não poderia haver.
Mas fiquei intrigada: literatura contemporânea argentina, leitura curta, apenas 4 personagens, tudo se passando em 1 dia numa oficina/posto de gasolina de beira de estrada no meio de lugar nenhum na Argentina. Já me ganhou!
Tudo se passa quando quebra o carro em que viajavam o Reverendo Pearson, que cruza o país pregando a palavra do Senhor, e sua filha adolescente, Leni. Eles chegam em busca de socorro mecânico à oficina do Gringo Brauer, que vive lá com seus cachorros e o garoto Tapioca, que regula em idade com Leni.
Em curtos flashbacks ficamos conhecendo um pouco da história pregressa de cada um. A interação entre os quatro é, naturalmente, o ponto alto do livro, seguido de perto pela fantástica ambientação. Vi com riqueza de detalhes a paisagem, senti o calor opressivo e pesado, a tempestade que se aproxima.
É livro pra se ler em um par de horas, e ideal para quem, como eu, anda meio de mal com a ficção literária mas quer fazer as pazes.
Edição: Cosac Naify
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rschuwenk 15/03/2023

O vento que arrasa
Onde nem a chuva chega a água vem como tormenta. Bagunça a vida. Desfaz o chão que até então era firme
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suellen 27/05/2021

Ótimo, a escritora conseguiu deixar o livro delicado e gostoso de ser lido. Gostei muito da relação crença x descrença. Fiquei com vontade de ler outros títulos da autora.
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André Foltran 08/03/2019

Fábrica de elementos desajustados
A literatura vigente abomina as religiões e suas quimeras sempre acima da razão, alheias a qualquer entendimento. O escritor contemporâneo esqueceu Deus, só os demônios internos lhe interessam. Nesse sentido, O vento que arrasa é um livro na contramão, tão arcaico que chega a ser moderno. Nele, duas famílias se encontram: um mecânico e seu enteado, um pastor e sua filha. O cenário é o fim do mundo: uma oficina beira de estrada. Quebra o carro do pastor, o mecânico o conserta. Uma tempestade se aproxima.

O que Selva Almada faz com esses simples personagens é parecido com uma profanação. Uma profanação invertida, saca? Seu pastor não soa tolo, como poderia acontecer na bic de um escritor qualquer, como normalmente soam os pastores. A filha, garota inteligente e de personalidade forte, nunca chega a rebelar-se ante a fé paterna, para a incompreensão e o total desespero do leitor; pelo contrário, ao ouvir um sermão do pai parece acreditar mesmo em cada uma daquelas palavras. O enteado, talvez filho do mecânico, seduzido pela pregação do forasteiro, por aquelas "boas novas" que jamais lhe contaram, sente o demônio da fé tomar sua mente com o cair da noite. Estranhamente, a religião na vida desse garoto interiorano abre-se como uma oportunidade, talvez única, de ampliar seus horizontes, de escapar do destino do pai, de enxergar o mundo, ainda que pra isso seja preciso adotar um novo Pai, seguir a um tenebroso chamado e tornar-se também um pouco cego. O mecânico incrédulo, figura mais instintiva do grupo (a mais decadente também), faz contraponto com a fé nessa batalha injusta, armada desde o princípio pra que ele perca.

Um livro de seres defeituosos. De filhos cujas mães tiveram de partir. De filhos criados pelos pais. A figura paterna também não os livra do desajuste. Porque é a vida, avisem ao general Mourão, a grande "fábrica de elementos desajustados". Órfãos em algum grau, preenchemos o vazio da forma possível, sempre à mercê de qualquer tempestade. Uns chamam a tempestade de destino; outros, escolhas. Outros, Jesus. Independente do nome, ela vem. Vem sem pedir licença, não respeita nada. Vem arrasar com tudo.
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Sid Dantas 09/09/2020

Ótimo romance de estréia
Livro curtinho e original da escritora argentina Selva Almada. Com o tema da religião ou a falta dela. Gostei.
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Caroline1091 26/05/2022

É um livro pequeno mas bem conciso, por isso foi possível conhecer os personagens, entender seus passados e suas motivações.

Conta uma história cotidiana e comum, se passa em pouco tempo, tem pouquíssimos personagens e ainda sim dá pra tirar tanta coisa dele, sobre os personagens, sobre a religião, etc.

No final eu fiquei naquilo de querer saber mais, esperando mais, mas nesse livro acho que deixo passar, faz um pouco de sentido.

Recomendo, é daqueles que se começa e só para quando termina. Podem não gostar porque não é uma história de outro mundo, mas pra mim é cativante.
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Samuel.Grillo 27/04/2017

Muito bom
Selva escreve muito bem, e a sua escrita vai mudando conforme o humor dos personagens, assim como o cenário em que se passa o livro. As cenas são muito bem escritas, especialmente a em que o cachorro Baio sente a chuva chegando, grifei duas páginas inteiras do livro.
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Mari 26/05/2024

Foi meu primeiro livro da Selva almada e achei a história singela. Porém me ressenti de meu personagem favorito acabar sozinho no final. Senti falta de uma continuação para aquela história , fiquei horas pensando no que teria acontecido depois da última página
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Ozzy 18/03/2024

Todos Nós Temos Fome
Mais um livro que peguei na biblioteca sem saber de nada, super curto e com uma fonte enorme que faz a leitura fluir rápido e no final ter a sensação de ter lido um conto, e que foi uma boa surpresa.
Selva Almada traz personagens confinados por um período de tempo em um cenário bem inóspito, uma mecânica no meio do nada, e seja através dos sentimentos conflitantes de admiração e ódio da filha do pastor pelo seu pai, seja nos momentos tocantes do menino Tapioca pensando na própria mãe e no misterioso mundo além da oficina que ele nunca conheceu, seja na figura superprotetora e bruta do mecânico e no seu contraste com o pastor arrogante e misterioso, a autora criou aqui personagens muito vivos e interessantes e com várias camadas, com muito a ser contemplado, o que e um fato impressionante tendo em vista o tamanho da obra.
"O Vento Que Arrasa" é um pequeno livro sobre solidão e sentimento de abandono (que acabei de ler cantarolando "Hunger" do Florence and the Machine ela semelhança do tema), que me cativou bastante, pretendo ler mais da autora, de repente conferir o que ela consegue fazer com mais páginas.
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Gabriel Zupiroli 01/12/2021

O clássico romance de estreia
"O vento que arrasa" soa muito bem como um romance de estreia. É direto, de linguagem simples, com uma evocação de certa poética que passa pelas visões cotidianas e questões facilmente evocáveis. Não é um livro que se aprofunda densamente em seu objeto; pelo contrário, transita entre as profundidades de maneira sutil, observadora e com olhares de cronista - vide o onisciente narrador em terceira pessoa que está sumariamente interessado em descrever os fatos, para expôr a psicologia através deles.

Dito isso, é um livro que cadência bem essa forma que utiliza. Isso porque nunca deposita esperança demais em caminhos que poderiam torná-lo cansativo ou perdido em si mesmo. Na verdade, sua economia é muito satisfatória para a leitura e combina perfeitamente com a ideia da transmissão serena. Assim, Selva Almada retrata, sem pretensiosamente evocar uma voz. O que está ali é o que está ali, e o final da narrativa representa isso de maneira perfeitamente crível.

É claro que, justamente por estas mesmas questões, peca na falta de coragem que muitas vezes é usual a esses romances de estreia. A opção pela escrita do conforto é acertada para evitar o problema, mas também acaba por limitar as próprias potencialidades do que poderia ser explorado. Não que eu deva falar do que não foi, mas às vezes ele é justamente o objeto ausente. Um outro livro posterior da autora que li, "Garotas mortas", dá conta dessa questão de maneira mais madura. Mais consciente. O que, também, faz todo o sentido.

"O vento que arrasa" é agradável, é direto, sutil e simples. Dá conta de muita coisa. Justamente por isso, é um bom romance - especialmente de estreia -, que, na verdade, não procura ser muito mais que isso mesmo.
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Cris 19/05/2022

Mais um livro do clube que estou participando. Um livro curtinho, quase como se fosse uma crônica, uma leitura interessante que só me deixou decepcionado pelo final fraco
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Sol Belchior 20/11/2017

Imagético na essência.
Que comece a viagem...
É assim que me senti desde o começo da leitura.
A autora tem o dom de teletransportar o leitor para as cenas narradas com muita maestria.
Livro lindo... de leitura fluída... Que teria uma bela continuação. Por que não? ;)
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Leituras do Sam 11/08/2018

O titulo não poderia ser melhor, tanto para descrever a história em si, quanto para descrever a maneira como a autora escreve.
O vento que arrasa é um ótimo livro, com bons personagem, enredo bem desenvolvido e principalmente, não excessivo em nada; tudo está bem proporcional, o que torna a leitura ágil, agradável, pulsante e reflexiva.
Gostei muito.

@leiturasdosamm
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