Dos Deveres

Dos Deveres Cícero




Resenhas - Os deveres


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Leonardo88 07/12/2021

Qual o nosso dever!
Nestas cartas que Cícero manda para seu filho em forma de 3 livros ,( mostrando que Meo a distância um pai que ama seu filho tenta de todas as maneiras moldar o seu caráter, que como o próprio autor indica é a coisa mais importante para um homem, seu nome sua honra), contém o que consiste o Dever de um homem , que se baseia em uma conduta moral temo como base a honestidade para se alcançar o que é justo , alcançando assim uma harmonia na República e a liberdade dos cidadãos que é o objetivo maior a ser defendido. Um livro que deve ser lido não apenas para aqueles que querem assumir cargos políticos como muita gente indica, mas para TDS aqueles que querem tomar uma posição moral mais correta , sendo homens( humanidade) de bem , aqueles que colocam seus deveres acima de qualquer interesse pessoal! E como é difícil fazer isso! Um livro com diversos pontos positivos , além da conduta moral que infelizmente nossa sociedade não mudou muito de a 2000 anos atrás , vemos outros aspectos como o direito romano na prática e diversas situações que se espelham perfeitamente nos dias de hj! Grande livros e como é difícil cumprirmos como nosso dever
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Adê 27/12/2009

Sensato


Dos Deveres foi um dos primeiros livros que gostei e que gosto de consultar de vez em sempre.

Em três 'livros' dentro de todo seu conteúdo ele expõe os deveres dos cidadãos corretos, de bem, ou qualquer sinônimo à sua escolha, em prol do bem comum e coletivo. Tudo isso através de simples argumentos e raciocínio lógico.

Dentro do contexto Cícero ignora qualquer religiosidade.
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Rebeka 18/03/2012

Fichamento
“A primeira função da justiça é evitar que se prejudique alguém, se não se é provocado pela injustiça, depois, que se utilizem os bens comuns como bens comuns e os bens pessoais como de bens próprios.” (p.15)
“O fundamento da justiça é a boa fé, quer dizer, a fidelidade e a sinceridade nas palavras e compromissos tomados.” (p.22)
“Existem duas espécies de injustiça: a primeira, a dos que prejudicam a segunda a dos que, podendo, não defendem da injustiça aqueles contra quem ela é cometida.” (p.31)
“É precisamente quando se mergulha na paixão pelo poder, pelas honrarias, pela glória, que a maior parte dos homens é tentada a esquecer a justiça. [...] Mas o que há de mais grave nesse assunto é que nas mais elevadas almas e nos mais brilhantes caracteres é que na maioria das vezes se encontra a paixão das honrarias, do poder, da dominação, da glória.” (p. 43)
“A eqüidade de fato resplandece por si mesma, a incerteza indica um desígnio injusto.” (p. 54)
“Existem, realmente, duas maneiras de resolver um diferindo: um pela discussão, o outro pela força: a primeira é própria do homem, a segunda dos animais; é preciso recorrer a esta última, se a precedente é impraticável.” (p.89)
“É por essa razão que as guerras devem ser desencadeadas: que se possa viver em paz, sem injustiça; mas após a vitória, é preciso deixar viver os que, durante a guerra, não foram nem selvagens, nem bárbaros.” (p.122)
“Uma concepção verdadeira convida, pois, os homens, que são sãos de espírito, à justiça, à eqüidade, à boa fé.” (p. 124)
“Portanto, da justiça, não mais será fundamentado dizer que ela pesquisa para si mesma: o que a recomenda é a enorme abundância de satisfações que ela traz. Porque ser amado e querido é uma coisa agradável, no sentido, que ela tem, de dar à existência mais segurança e ao prazer mais plenitude.” (p. 137)
“A injustiça deve, segundo nós, ser evitada, é ainda muito mais porque uma vez instalada na alma dum homem ela não lhe permite jamais respirar, jamais encontrar o repouso.” (p. 140)
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Darkpookie 17/03/2020

Síntese e trechos interessantes
*Retirada da edição Martin Claret*
Nos três livros desta edição, Cícero estuda o significado da honestidade, a ideia de utilidade e, por fim, compara o honesto com o útil.
No livro I, entre outros temas, exalta a natureza e a essência da honestidade, a conservação da sociedade humana, a grandeza da alma, o valor civil e o militar, a tutela governamental, o pudor e o decoro na vida pública, os deveres segundo as idades, o dever do cidadão, a conversação, a habitação, etc.
No livro II, mostra a função do que é útil, que nunca deve ser confundido com o honesto nem com a aparente utilidade que não passa de esperteza. São sempre atuais as páginas sobre a natureza das coisas úteis, a conquista do favor popular, o poder da Justiça, a origem do poder, efeitos da corrupção, liberalidades, lei agrária e abastecimento, virtudes do homem público, etc.
No livro III, confronta o honesto com o útil, considerando que a honestidade deve sempre prevalecer. Exibe os percalços na separação do útil e do honesto. os casos de prevalência nesse confronto, as consequências do juízo honesto com aparência do útil, a oposição de certos prazeres à virtude. Os exemplos que apresenta são merecedores de reflexão.

[...]
"Diz ainda aquele filósofo [Platão] que devemos olhar como inimigos àqueles que fazem guerra à república, e não àqueles que querem que ela se governe pelos seus conselhos, e não pelos nossos."
[...]
"Diz-se que Regulus não deveria recear a fúria de Júpiter, incapaz de fazer mal. Em primeiro lugar, isso não é argumento contra o juramento de Regulus, nem contra qualquer outro. O que se deve levar em conta num juramento é seu valor, e não o temor do castigo. O juramento é uma afirmação religiosa. Ora, o que se afirma dessa forma, tomando Deus por testemunha, é preciso sustentar, não pelo receio da fúria celeste, que não existe, mas pelo respeito à justiça e à boa-fé."
[...]
"Se a deformidade do corpo nos assombra, como estaremos diante da feiura e da perversão da alma!"
[...]


"O alicerce da justiça é a boa-fé, ou seja, a sinceridade nas palavras e a lealdade nas convenções. [...]
Quanto à injustiça, há duas classes: uma que é ação dos que injuriam; outra, que é omissão, quando podendo evitar não o fazemos. Atacar de maneira injusta seus semelantes, por movimento de fúria ou outra qualquer paixão, é como levar a mão à cara do próximo; não impedir uma injustiça, quando tal se pode fazer, é como se abandona seus pais, seus amigos, sua pátria. Uma injustiça premeditada é sempre obra do medo, decidindo-se assim pelo receio, deixando-se prevenir e sendo por isso vítima de si mesmo. Muitas injustiças são cometidas procurando-se o objeto de nossos anseios; poder-se-á afirmar que a ambição é o seu principal móvel."
LIVRO I, capítulo VII
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Filino 05/06/2023

Uma ótima obra - numa edição de qualidade extremamente duvidosa
"Dos Deveres" é uma obra que serve como ótima introdução ao pensamento ético-político ciceroniano. Aqui, o maior orador de Roma dirige conselhos ao seu filho, que à época estudava em Atenas. Dividido em três partes, a obra apresenta reflexões sobre elementos como o decoro, a justiça, a natureza e os deveres a eles ligados. Para embasar ainda mais o seu pensamento, Cícero se serve de diversos exemplos. O próprio autor explicita que se filia (ainda que não totalmente) à corrente de pensamento estoica; aqui e ali se serve também de Platão e dirige severas críticas a Epicuro e aos cínicos. Do meio para o final, uma pertinente discussão acerca da honestidade e a utilidade - para Cícero, não há como se conceber um sem o outro. Sempre tomando como escopo a natureza, a razão e a sociedade entre os homens, eis aqui uma obra representativa de um dos grandes nomes de Roma.

Quanto à edição, talvez o único ponto positivo seja o texto introdutório de Altino Arantes. Tem um estilo bastante rebuscado, mas é de valia. No entanto, o trabalho dado ao texto de Cícero é digno de lamento. Como se não bastassem os erros de digitação e concordância (em quantidade maiores do que aceitáveis), não houve uma atenção para se uniformizar o nome dos personagens: em alguns momentos, lê-se o nome em latim; em outros, ao que parece, sua versão em inglês ("Polibe", mencionado no texto, deve ser Políbio). Sem contar o que, salvo melhor juízo, parece ser o erro mais crasso: ao tratar da fortuna (concebida, grosso modo, como acaso), a tradução utilizou a palavra "riqueza". Sim, isso mesmo. Uma confusão que, se for mesmo como se suspeita, prova por A mais B que essa tradução foi pessimamente copiada de outra língua que não o latim. E que não houve uma revisão minimamente adequada.

Uma grande obra numa edição bem mequetrefe - pra não dizer quase criminosa.
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Marcos606 18/09/2023

Tratado filosófico sobre dever moral, escrito como uma carta em três seções ao filho do autor que vivia em Atenas e estudava filosofia.

O livro I fala sobre a honra e os quatro principais fundamentos que a criam. O primeiro pilar da honra, a busca da verdade, no sentido mais metafísico da existência humana. Embora a racionalidade tenha um papel importante a desempenhar no seu argumento, ele examina a ação humana com base na curiosidade. A busca pelo conhecimento é uma propriedade única da nossa espécie, e o autor a reconhece como um dos principais motores que dão sentido à vida social.

Contudo, Cícero defende que esta busca pela verdade deve ter alguma utilidade para o bem comum e para a República. Ele estipula que bom conhecimento é conhecimento útil, como astronomia, dialética, direito e matemática.

Dado que os humanos são seres naturalmente sociais, a manutenção das relações sociais é fundamental para o desenvolvimento pacífico e constitui, portanto, o segundo pilar da honra. Duas virtudes principais são fundamentais para alcançar a felicidade numa sociedade civilizada; justiça e generosidade.

O terceiro pilar da honra, é a fortaleza. Está principalmente associada à vida política e às conquistas militares. Contudo, o objetivo da conquista não deve ser a glória pessoal. A glória deveria vir como uma recompensa por servir o país. Cícero também afirma que se deve alcançar a eliminação total de paixões como o desejo, o medo, o prazer e a tristeza.

O quarto e último bastião da honra revela-se o decoro. Surgirão escolhas de vida difíceis e dilemas, e o decoro deve desempenhar um papel, orientando o indivíduo a tomar uma decisão racional e honrosa.

O Livro II explora a utilidade, que Cícero define como tudo o que pode ser usado como meio para um fim. No entanto, deve-se sempre associar o que é útil ao que é honroso, porque tudo o que é honroso deve ser sempre útil e vice-versa.

O autor argumenta que um líder deveria ser mais amado do que temido (mais tarde Maquiavel afirma exatamente o oposto em O Príncipe), mas nunca odiado. Segundo Cícero, quando existe medo no teatro político - o tirano vive com medo do povo e o povo com medo do tirano - não pode haver estabilidade ou progresso porque as relações sociais ficam comprometidas.

No terceiro livro, Cícero explica ao filho que a vida política deve, na maioria das vezes, prevalecer sobre outras opções. Isto porque a vida política é a mais virtuosa se for bem seguida. Porém, a contemplação e o lazer nem sempre são ruins desde que se retorne ao serviço público. O autor dá o exemplo de Cipião Africano que decidiu retirar-se da carreira política não por necessidade, mas por escolha pessoal. Tal como Cipião, Marco, filho de Cícero, deveria considerar os seus estudos em Atenas não como um momento de lazer, mas como uma oportunidade de adquirir conhecimento.

O autor então mergulha em uma análise comparativa de conveniência e retidão moral, que é claramente uma batalha entre honra e utilidade. Depois de apresentar muitos exemplos de dilemas morais, o autor conclui que o fim nunca poderia justificar os meios, como se vê no caso de Temístocles:

"Temístocles confidenciou-lhe que a frota espartana, que tinha sido rebocada para terra em Gytheum, poderia ser secretamente incendiada (…) O resultado foi que os atenienses concluíram que o que não era moralmente certo também não era conveniente, e (…) eles rejeitaram toda a proposta."

Depois de apresentar este exemplo ao filho, Cícero conclui:

"Que seja estabelecido como princípio, então, que o que é moralmente errado nunca pode ser conveniente."
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Anagnósio 12/03/2020

Hmmm
Nada mais é doque um livro que fala dos deveres que o ser humano tem na sociedade
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Thalezito 12/02/2023

Os deveres do cidadão romano
Neste livro endereçado ao filho, Cícero escreve sobre as melhores condutas que o cidadão romano pode tomar para segiir o caminho da virtude.
Na primeira parte ele escreve sobre a importância da honestidade nas relações públicas e privadas, e como um caminho de sucesso trilhado sobre uma base de virtudes e retidão é muito mais recompensador do aquele que é trilhado tendo como base a trapaça e a mentira.
Na segunda base ele se debruça sobre a questão da ultilidade e como distinguir o que é util e o que não é para a vida.
Na terceira parte ele compara os dois conceitos, e conclui que a ultilidade é melhor quando é ligada com a honestidade, fazendo assim uma vida mais virtuosa.
É clara a influência dos estoicos na obra de Cícero, um dos princpais difusores(não téorico) do estoicismo em Roma.
Um bom livro, que irá agradar aos interessados na obra dessa grande personalidade.
Thalezito 26/02/2023minha estante
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Thalezito 26/02/2023minha estante
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