O Lobo

O Lobo Joseph Smith




Resenhas - O Lobo


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Cinara... 12/04/2023

"A neve o frio espremeram a vida da floresta ou a sugaram para saciar a própria fome desesperada."

A sensação era de ler uma Fábula de Escopo mas longa como a caminhada do lobo... Bem poético.
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Shaftiel 04/01/2010

Curioso!
"O Lobo" é um livro curioso sobre a visão de um animal faminto, caminhando solitário por uma floresta em um inverno rigoso. Já velho, ele procura por comida sem uma matilha e começa a sentir como a natureza pode ser tão inclemente como ele mesmo já foi em tantas caçadas.

A descrição da caçada é instigante. Os anseios do Lobo variam mas sempre têm no fundo o toque do predador em decadência. Ele vaga pela floresta e pensa, observa, imagina. Seus encontros com outros animais, sem falas, apenas com imagens, são descritos muito bem.

Falta às vezes um toque mais primitivo e animalesco ao livro, mas o tom poético da caçada solitária do Lobo é instigante demais para que isso faça o livro perder as 5 estrelas que merece.
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Manu 28/06/2020

Interessantíssimo
Eis aqui um livro que, vai ter em sua história aquele gostinho de fábula. Muitíssimo bem escrito, lírico, se me permite dizer.

Mostra a vida de um lobo, sob a perspectiva dele mesmo, em seu inverno mais intenso. A falta de comida e as dificuldades o levam a reflexões, questionando muitas vezes sua própria natureza. O que seria capaz de fazer para sobreviver?

Creio que este seja o grande ponto deste livro: o confronto do lobo com seu próprio interior. Seja ao lidar com um inferior, com o estranho ou até com seus próprios medos e fraquezas. Seus conceitos e ideias são quebrados a medida que ele passa de caçador para caça. Estando na pele daqueles que ele considerava fracos, fracos de espírito. A empatia e o entendimento vindo dessa experiencia transcende seus instintos mais viscerais.

A empatia gerou a consciência que ele precisava para ter paz, para ter proposito. Esperança, não para si mesmo, mas para o próximo.

É um livro, que acredito eu, não vai agradar a todos. Mas, pelo menos para mim, foi incrível. Estar na pele de um predador, ver sob sua perspectiva (mesmo que fictícia e fantasiosa), é uma experiencia no mínimo interessante; e, como ele, que é um grande caçador, sente-se ameaçado pelo humano; como os olhos dos humanos não refletem nada além de ambições vazias; a diferença entre os animais domados e selvagens... Poxa, tem muito pano pra manga.

Este é um livro que vou querer ler outras vezes. Não que tenha sido super significativo ou inesquecível, mas é uma viagem que valerá a pena mesmo que só para ver aquelas paisagens novamente.
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Tramas Literárias 02/05/2021

Uma Fábula pouco conhecida
Aqui acompanhamos um lobo num rigoroso inverno, com frio, cansado e faminto, na sua luta por sobrevivência. Tudo é contado pela perspectiva dele, acompanhando seus pensamentos e reflexões.
Essa fábula tem um tom melancólico do início ao fim, e como outras do gênero tem diversas possibilidades de interpretações e subtextos.
Esse foi um livro que peguei na biblioteca sem saber nada sobre a história e o autor, sem expectativas, e que me surpreendeu positivamente.

site: https://iletradoblog.wordpress.com/2021/05/01/o-lobo-joseph-smith/
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Diogo 22/07/2020

Achei uma leitura válida
É um livro que traz a caça e persistência de um lobo faminto e desesperado pelas sobrevivência. É uma espécie de fábula, com a moral de falar sobre persistência e desejos.
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Renata 21/03/2022

Primeiro, o autor, Joseph Smith, do qual é impossível saber qualquer coisa além de que ele mora na Inglaterra e que The Wolf foi seu primeiro livro publicado. Não há informações disponíveis nem mesmo nas redes sociais e o fato de haver um homônimo famoso só dificulta mais as coisas.
A história, como o título sugere, é a de um lobo, não contada por um observador, mas pelo próprio. Uma fábula.
O lobo vaga por sua floresta em busca de alimento durante um inverno muito rigoroso, e aqui esta estação é descrita e ressaltada em sua beleza e em sua crueldade, é em si um personagem motivador, dispositivo.
De cara somos jogados em meio a uma caçada, onde o lobo tenta abater sua presa, a quem ele chama de um modo genérico de 'fera'.

"Farejo a fera. Seu cheiro, marcante e intenso, sobe dos odores mais leves do mato e me seduz, me atrai até ela". (p.7)

Contudo, o lobo falha na caçada, e isso faz com que ele dispare reflexões sobre si mesmo, sobre sua vida e habilidades, sobre seu poder como um predador temido, e o desespero de assim se manter acena quando a decadência trazida pela fome o ameaça.

Já muito cedo o lobo está encurralado e suas decisões, várias vezes trágicas, se fundamentam neste contexto, e ainda que ele explicite sua dificuldade de sair do seu lugar, do que lhe é conhecido e daquilo que o identifica enquanto Lobo, ele continua.

Assim acontece o confronto com o homem, assim ele teme a falsidade da raposa, mas ainda assim a segue, assim ele se joga em um poço escuro, confia a despeito de sua própria natureza dizer não. Assim, em sua luta pela vida vemos sua angústia em se opor ao que acreditava ser sua natureza, seu dever, àquilo que seria esperado de si.

"De repente, não tenho mais medo. De olho fechado e com o vento correndo no flanco, pode ser que eu já esteja caindo. Talvez, se eu tiver escorregado e for morrer, a terra que se aproxima ponha um fim à tristeza que sinto - uma tristeza não pela minha morte em si, mas sim pela hora da morte. Será a hora em que a luta inútil terminará, e, numa revelação, ficará comprovada a inutilidade de toda luta e sofrimento. Já vi, já persegui e já dilacerar as criaturas que se salvariam, e agora sou o desgraçado - o sofredor neste penhasco estreito à espera da morte." (p.96)

Nessa tortuosa trajetória, sonhando em alcançar o que seria uma fonte de alimento que lhe salvaria a vida, lhe restauraria as forças e a dignidade, o lobo vivencia um giro de perspectiva e passa a se enxergar como todos os animais que até então matou, desesperados, lutando pela própria vida, suplicantes e finalmente, o que lhe dava mais asco, resignados. Põe em questão o próprio sentido da vida enquanto luta e da sua própria existência quando pergunta "O que fui?".

Um livro muito bem escrito, repleto de alegorias, que nos põe, assim como o lobo, a pensar em nossa existência.
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Jean 19/07/2015

Desafio Literário 2015 - Julho
Foi uma leitura perfeita para o tema do mês (inverno). Livro rápido e ágil, narrado do ponto de vista do lobo. Sentei num dia chuvoso pra ler e terminei rapidamente. Uma das melhores leituras do ano até agora
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Matheus945 23/09/2019

Nota 3,8
Que novela boa e crua, selvagem como a gente realmente espera que vai ser. O personagem do lobo é um daqueles tipos que amamos e odiamos. Torcemos pelo seu melhor ao mesmo tempo que condenamos sua crueldade e seu narcisismo. Mas ele é um dos maiores predadores da floresta, sabemos que vai ser daquele jeito. Porém o que mais pesou foi mesmo a torcida que tive por ele nos momentos finais do livro. Não há muitos questionamentos a se ter da história e acredito que o autor entregou o que queria e me sinto satisfeito. Se eu fosse escritor, seria um livro que eu queria ter escrito e tenho certeza que se fosse um outro autor ele seria muito famoso pq a história é boa e original. De qualquer forma, valeu a pena e recomendo.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 28/08/2022

"Sou o lobo, a sombra que traz a luz da morte, a vida que concede a liberdade aos rebanhos temerosos e lutadores e que põe fim ao sofrimento dos fracos."

É dessa forma que o lobo, o terrível predador das floresta se apresenta ao leitor nesta fábula dramática contada por ele mesmo. Logo de início nos deparamos com uma caçada difícil, em meio a um rigoroso inverno. O lobo nos chega ainda imponente, porém um pouco abatido por conta da fome que já o assola há alguns dias.

Após a fatídica caçada, começam as divagações do nosso narrador sobre a vida, seus percalços e a sua luta constante pela sobrevivência. E então começamos a enxergá-lo por uma outra perspectiva, começamos a nos colocar na pele do "tirano". Mas há tirania quando necessitamos praticar alguns atos em prol do nosso lugar ao sol? Quando somente a partir daquilo poderíamos viver? Se o lobo sempre se colocasse no lugar da lebre, ele existiria? Eis um livro que nos faz refletir sobre o que é importante e o que é indispensável. Na luta buscamos o prazer da vitória, mas também buscamos a ressignificância da nossa existência. O êxtase de se sentir o melhor e a benesse do que é crucial para um padrão de vida satisfatório.

O lobo, ao longo da narrativa, nos mostra seu lado frio e cruel, mas também mostra seu lado empático  e justo. Ele nos dá lições de garra, de perseverança, de força, de coragem. E apesar dos muitos baques que sofre em sua trajetória, ele continua. Ele continua além dos limites das suas possibilidades. Ele continua mesmo extremamente enfraquecido. E, no limite da sua exaustão, mesmo reconhecendo sua fragilidade, sua impotência e a superioridade de seus adversários, ele ainda se agarra a uma ínfima fagulha de esperança.

No final das contas, é quase impossível não torcer por uma criatura que demanda tantos esforços apenas para ter a chance de existir.

Uma leitura repleta reflexões e de metáforas sobre a vida. Vale muito a pena.
Alê | @alexandrejjr 01/09/2022minha estante
Desconhecia esse livro, Aline. Depois de ler a tua bela resenha, vou botar ele no meu radar, parece bem interessante.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 03/09/2022minha estante
É um livro pouco conhecido mesmo, mas eu achei interessantíssimo. Vale a pena.




Paulo 26/03/2013

No meu blog
Minha resenha está no meu blog:

http://beneficio-da-duvida.blogspot.com.br/2013/03/o-lobo-uma-resenha.html
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Kymhy 20/03/2018

O Lobo - Joseph Smith
Fome, desespero, solidão, frio. Essas são algumas das palavras que ilustram o que você encontrará neste livro, narrado por um lobo que deve sobreviver sozinho ao inverno, em uma floresta. Simplesmente eletrizante.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-o-lobo-joseph-smith/
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