Resenhas - As Correntes do Espaço

Brujo 03/02/2022

A Política Colonial Intergaláctica de Asimov
Este livro faz parte da chamada trilogia do Império Galáctico. Como os livros não seguem necessariamente uma continuidade de fatos, aleatoriamente escolhi começar pelo Correntes do Espaço.
Através deste suspense investigativo, Asimov nos mostra que Trantor já é a maior potência da galáxia e detém a influência de grande parte dos planetas colonizados pela humanidade. Um dos planetas que ainda não está sob influência trantoriana é Florina, planeta colonizado pelos poderosos nobres do Planeta Sark, único planeta com condições de fazer frente à expansão de Trantor. Florina é o único planeta em toda a galáxia a produzir a fibra vegetal chamada Kyrt, extremamente versátil e muito cobiçada, que é utilizada, principalmente, para a confecção de roupas utilizadas apenas pelos poderosos. Qualquer semelhança com o tecido púrpura dos imperadores romanos provavelmente não é mera coincidência.
Em Florina vive Rik, um homem com seríssimos problemas mentais e total falta de memória, mas que certo dia acaba recobrando parte das lembranças de seu passado. Dentre essas lembranças, Rik se recorda de que ele, em algum momento, descobriu que o planeta Florina estava próximo de seu fim! A partir do momento em que nosso protagonista revela essa informação para a sua fiel amiga Valona, que acaba sendo a sua grande protetora, a dupla se vê envolvida em uma trama cheia de perseguição e morte, envolvendo os interesses das grandes potências galácticas.
Há certos aspectos desse livro que eu gostei bastante e quero de destacar:
? O arco do personagem Myrlyn Terens que, ao mesmo tempo em que possui um sentimento nobre de libertação de Florina das garras predatórias de Sark, acaba tomando atitudes nada louváveis para atingir seus objetivos;
? A dinâmica entre os planetas citados, principalmente a relação entre império e colônia de exploração, que nós brasileiros conhecemos muito bem de nossa própria história, não é mesmo?;
? A ascenção de Trantor como maior potência galáctica.
Confesso que este livro é, até o presente momento, o meu preferido do Asimov. Todo jogo de perseguição, espionagem e intrigas políticas tornam a leitura muito dinâmica e instigante, sendo que em alguns trechos, a escrita do autor me lembrou a da grande Agatha Christie, como no trecho em que o Nobre de Fife apresenta o seu raciocínio perante aos demais nobres de Sark para solucionar o mistério que os rondava e a resolução final do mistério. Ah, não posso deixar de citar que aqui os problemas do Asimov na contrução das personagens femininas estão menores do que nos outros livros ( embora longe da perfeição ). Gostei bastante da personagem Valona, do sentimento de proteção que nutria por Rik e, mesmo sendo uma pessoa muito simples, demonstrou uma força de vontade e de espírito muito grande !
O próximo da trilogia vai ser o " Pedra no Céu ", rumo ao início da leitura da saga da Fundação.

Marcos.Leste 18/02/2024

Uma Jornada Fascinante
É uma narrativa envolvente e complexa que te transporta para um futuro distante, onde a humanidade se espalhou por diversos planetas. A história gira em torno de Rik, um homem amnésico encontrado vagando em Florina, um planeta subjugado pela exploração de um material valioso chamado kyrt.

Ao lado de Valona, uma nativa de Florina, Rik embarca em uma jornada para desvendar os mistérios de seu passado e do planeta em que se encontra. Juntos, eles se deparam com uma trama complexa que envolve intrigas políticas, exploração econômica e a busca por justiça.

Asimov tece uma crítica social velada ao abordar temas como a opressão colonial, a desigualdade social e a manipulação da informação. Através de personagens multidimensionais e diálogos perspicazes, ele explora as nuances da natureza humana e os dilemas éticos da exploração interplanetária.

O livro é recheado de suspense e reviravoltas inesperadas que te prendem do início ao fim. A escrita é clara e concisa, tornando a leitura acessível e prazerosa.

@tigloko 06/11/2022

Foca na política Galáctica que é sucesso!
Livro divertido. Bem movimentado para o padrão Asimov. Vários pontos de vista, a todo momento trocando para ficar dinâmico. A política Galáctica sendo melhor abordada, com a já conhecida habilidade que o autor tem para envolver nas discussões as portas fechadas, as conspirações.

O Kyrt( uma espécie de celulose, só que mais versátil e rara) produzido em Florina tendo papel fundamental nessas partes, na disputa pelo controle da matéria prima entre Sark e Trantor. E não só na parte política mas também é abordado pelo lado social e econômico. Ouvi dizer que Fundação tem bastante disso, então estou com expectativas altas para essa saga.

Gostei que esse livro também tem a pegada policial na história, com o mistério de quem apagou a memória de Rik, importante espaçoanalista( uma espécie de astrofísico que analisa as "correntes do espaço" entre os planetas para evitar catástrofes? Foi o que consegui interpretar) que carrega a informação da destruição iminente de Florina.

Falando no Rik, ele é um instrumento para mover a história antes de qualquer coisa, ser o objetivo dos outros personagens. Acho que esse é um ponto negativo. Não pareceu que era o protagonista, bem apagado. Mas da para sentir uma simpatia por ele tentando se lembrar do passado.

Ainda bem que Poeira nas Estrelas foi um ponto fora da curva, voltamos ao normal ?

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SPOILER - SPOILER - SPOILER

E finalmente consegui enxergar conexões com as outras séries. No Poeira de Estrelas não parece conectado. Aqui fica mais claro, com o Planeta Trantor sendo mencionado e tendo importância na história( ainda não sei qual será o papel na Série Fundação mas é legal ver a semente plantada) e novamente a citação sobre o planeta Terra estar radioativo.

Wagner47 12/04/2023

Pax trantorica
Rik, um espaçoanalista sem memória que não sabe que é um espaçoanalista, de repente se lembra de algo muito importante: Florina está prestes a passar por uma terrível catástrofe e as correntes do espaço serão as responsáveis.

Rik não sabe sequer seu nome (que, já adianto, não é Rik). Ele perdeu sua memória ao ponto de não saber se comunicar, se alimentar ou até mesmo caminhar (literalmente um bebezão). É encontrado em Florina, o único planeta que possui a valiosa matéria-prima chamada kyrt e que seus habitantes são subjugados por Sark, um mundo governado por cinco grandes nobres.
Rik foi descoberto por Terens, um citadino de Florina (ou seja, um representante) e o deixa sob os cuidados de Lona, uma floriniana que está nitidamente apaixonada pelo espaçoanalista.
A única coisa que sabemos é que Rik perdeu sua memória por meio de uma sonda psíquica e, agora, ao lado de Lona e Terens, iniciamos uma aventura de muitos interesses.

Um ano antes, muita gente nota o desaparecimento de Rik após o recebimento de uma mensagem acerca da destruição de Florina. Mas por que querem tanto esconder esse fato da população e evitar sua evacuação? Seria mesmo apenas para manter a produção de kyrt e o enriquecimento de Sark? O que diabos Rik quer dizer com “as correntes do espaço”?

O ponto de partida do livro é Rik se lembrando desse iminente perigo, de sua profissão e nada mais. E se seus amigos estão preocupados com toda a situação, também há outros que colocarão Rik sob vigília (até mesmo Trantor, o centro do Império Galáctico).

Asimov, como sempre, sabe construir um mundo incrivelmente rico de uma forma incrivelmente fluida. A segregação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa é algo tão nítido que parece mais desenhado do que escrito. Conhecemos mais sobre o comércio e política de uma forma bem natural à medida que a história se desenvolve.

E com toda essa preparação, Asimov cai em um erro que poderia ser evitado: facilidades no roteiro. Toda e qualquer decisão tomada pelos personagens levam ao clímax do livro. Parece algo óbvio de se acontecer, mas é como se não houvesse um pingo de dificuldade para que se chegasse a ele. São coincidências tão nítidas que até os personagens duvidam de que isso seja possível.

Um outro problema é a quantidade de núcleo e espaçamentos entre eles. A gente passa muito tempo sem ter notícias de Rik, por exemplo (e eu achava que ele era o protagonista). O livro começa com uma estrutura sem um padrão específico em relação a flashbacks. Uma hora temos uma pausa na história para contar algo mais sobre o passado ou somos levados para anos atrás por devaneio dos personagens (esse sim soa de forma mais orgânica).
E uma coisa que quero citar à parte e estou fazendo muito esforço para relevar devido à época de publicação: a forma como abordam um beijo à força e de como se utilizam disso é muito, mas muito incômodo (para não utilizar de palavras mais pesadas). Uma personagem com uma excelente percepção que foi destinada a essa finalidade é de virar os olhos.

Ironicamente, mesmo com as facilidades nas decisões, Rik não se lembra das coisas só quando é conveniente e com isso o mistério é sustentado na medida certa. As acusações no clímax são muito boas. Conhecemos os reais interesses, conspirações e o que pode causar a destruição de Florina, além de sacadas muito espertas. Por um momento tive novamente aquela impressão de que li tudo por nada, mas só ficou no sentimento mesmo.

O autor soube trazer algo tão grandioso em impacto para o Império Galáctico de uma forma tão concentrada que parece até ser um caso isolado. Também traz o sentimento de patriotismo e que não podem deixar seu planeta morrer sozinho.

Rafaela (@exlibris_sc) 02/09/2020

O início da trilogia do Império Galáctico
Intrigas politicas que vao delineando a forma de agir do Imperio Galactico, misterios sendo revelados ao melhor estilo Elijah Baley, uma boa dose de reviravoltas que pegam o leitor desprevenido e alguns personagens intrigantes compoe este primeiro volume - porque estou seguindo a ordem indicada pelo proprio autor - da trilogia do Imperio citado inicialmente.

Apos ler tantos livros que trazem o tema da robotica centrados na historia como o sol em nossa galaxia, As Correntes do Espaco foi uma leitura que demorou um pouquinho de nada para me fisgar de jeito.

Contudo, nao tardou para a escrita e os plots tao bem posicionados do Bom Doutor fazerem efeito e eu logo me ver grifando linhas e mais linhas e pintando os rodapes com perguntas, especulacoes e referencias a teorias e conceitos que foram apresentados nas historias de robos lidas previamente nesta jornada para Fundacao.

Neste volume, ja de cara, temos um misterio em maos que mescla politica, ciencia e uma corrida para recuperar memorias e salvar um mundo; conhecemos Rik e Valona e o Conselheiro Terens no planeta Florina que funciona como o “ganha pao” do planeta Sark - tal qual o Brasil colonia que abastecia o Imperio portugues com pau-brasil - alem de outros tantos.

A trama apresenta varios elementos que ja conhecemos da serie dos Robos: temos diferencas economicas, de classes, de pensamentos, a desvalorizacao de muitos e hipervalorizacao de poucos, intrigas politicas e jogos de poder, segredos que parecem gritar para serem revelados e um ponto da parabola onde tudo atinge seu apice e a historia realmente fica freneticamente interessante.

Apesar de ter me divertido bastante e de ter ficado intrigada, esse foi o primeiro livro do Bom Doutor que achei menos complexo; ainda assim digno de leitura.

site: https://www.instagram.com/p/CCrbsUsjZSs/

Gabriel.Chiquito 01/08/2022

Definitivamente o melhor da trilogia do império galático. Tem uma história interessante, boas reviravoltas e um bom final com um gostinho de nostalgia. Achei muito bom ver toda a questão política de uma galáxia que ainda não estava unificada, e também a questão particular desse livro que fala de xenofobia e escravidão. A única ressalva é meu velho problema com o Asimov, que sempre acaba adicionando alguns personagens bem ruins quando tenta introduzir mulheres. Mas o saldo da leitura é bem positivo, e agora estou pronto para terminar a saga da fundação.

Gabes_Ricci 11/01/2024

Gostei mais do que esperava
Meu primeiro livro do autor e realmente, planejo ler mais depois dessa experiência, o livro conseguiu ser super equilibrado mantendo o mistério, a política, e os pontos de vista diferentes como temas interessantes e não abusando de nenhum.

A empreitada do citadino e o epílogo são simplesmente fantásticos, com certeza meus momentos mais apreciados da leitura. Fife, um antagonista (vilão?) de respeito raiz, ações repugnantes, mas seu carisma é surpreendentemente encantador.
Além disso traz muitos diálogos e reflexões interessantes.

Gatilhos:
° Escravidão;
° Xenofobia;
° Morte explícita;
° Assédio? (Um beijo roubado).

Pedro Henrique 24/02/2021

"O povo da Galáxia, ele é o vencedor"
Isaac Asimov, simplesmente, é genial e, neste livro, ele conseguiu reunir elementos que tornaram a trama fascinante. Temos aqui, além da ficção científica propriamente dita, mistério, política, assassinatos, fugas e perseguições e várias viradas sensacionais de mesa.

O livro me fisgou do começo ao fim e, em nenhum momento, me desviei dele.

A narrativa gira em torno de Rik, um analista espacial, que por descobrir o apocalipe de um planeta, acabou por ser psico-sondado (ato de apagar em grande parte a memória de uma pessoa), o que o fez esquecer temporariamente de tudo, inclusive do que ele era.

Acontece que, com o tempo, ele acaba relembrando detalhes de sua vida pregressa, inclusive a respeito do conhecimento que o fez ser "atacado", momento que o livro toma um rumo completamente inesperado e absolutamente fantástico.

O resto é história, e você se acaso lê-la, não vai se arrepender!

andreiaflores 09/05/2023

Confesso que fez falta uma conexão entre Robôs e o império e As correntes do espaço (que é o 1 romance cronológico da trilogia império galáctico). Mas puxa que livro sensacional. Isaac Asimov é simplesmente um mestre na ficção científica.

Leticia 14/04/2023

Ótima história
Como sempre nos livros do asimov, muita politica, muita espionagem e traição. É tanta máquinação que no final é um alívio entender o que aconteceu. Achei o final meio deprimente

Tiago.Evangelista 20/04/2024

Que livro interessante, que início de saga
Excelente! Quanto mais leio Asimov, mais tenho certeza que gênios existem? mesmo quando erram suas suposições.

Filipe 22/07/2023

"Correntes do Espaço" é um livro simples do Asimov, comparado com as suas demais obras. Uma aventura política divertida que, tece uma alegoria intrigante do início do Império Galáctico, como explorado na série "Fundação".
Neste livro, Asimov continua a explorar temas de poder, intriga e manipulação, ao mesmo tempo que cria uma aventura interplanetária de fuga bem intrigante.
Senti falta de uma profundidade maior na construção do passado do Rik e de Valona, e até mesmo do passado de Florina, mas entendo que o foco não era esse.
Admito que ler esta história já tendo um background do mundo galáctico criado por Assimov faz eu ter um apreço maior por suas histórias hoje em dia.

Clarissa 29/07/2023

Microspoilers do contexto geral do final
No começo achei chato, depois não estava me importando com nenhum personagem. Achei que ia dar no máximo 3 estrelas... mas aí vem o final: tem crítica ao negacionismo científico, tem crítica ao capitalismo, tem gente rica sendo feita de idiota... enfim, Asimov sempre entrega.
Tirei uma estrela por causa das minhas impressões iniciais e da forma como o livro retrata as mulheres em algumas passagens pontuais (tem uma cena bem da esquisita envolvendo um abuso), mas tem que lembrar que foi escrito em 1951.

Rodrigo.Macedo 10/11/2023

Sark, Florina, Trantor, kyrt e outros mistérios
Contextualizando: A Terra está radioativa e é um planeta completamente insignificante para os outros planetas da galáxia. A galáxia já possui pelo menos 1 milhão de planetas habitados todos dependentes do governo de Trantor.


A história gira em torno de três planetas: Trantor, Sark e Florina.

Como sempre, Asimov conseguiu criar um ambiente de suspense em que o leitor nunca sabe direito quem é mocinho ou quem é o vilão da história. Uma coisa é fato: todos os personagens antagonistas tem motivos plausíveis para agir como agiram.


O líder absoluto de Sark e o citadino foram os principais personagens. Um com desejo de estabelecer uma ditadura absoluta e o outro querendo libertar seu povo.


A trama que Asimov desenvolveu é excelente. O ponto negativo, como sempre é a falta de calor humano em seus personagens. A sensibilidade, empatia, diálogos tocantes é difícil encontrar. Sem falar na cena ridícula envolvendo a lady de Sark, sem noção.


As mulheres das histórias de Asimov são sempre mocinhas ingênuas, facilmente manipuláveis e que se apaixonam pelo primeiro mané que aparece. Deve ser pela época em que foi escrito 1951.


No todo, adorei o livro. Puro entretenimento. Estou super animado para continuar com esse universo. O próximo será Poeira de Estrelas que fecha essa trilogia do império.


Esqueci de dizer que pela primeira vez gostei de um casal das histórias do Bom Doutor: Rik e Valona.

janeway 24/07/2022

O primeiro “Agatha Christie” do Isaac Asimov - Império Galáctico #02
Bom, eu li As Correntes do Espaço em janeiro, mas resolvi fazer uma resenha agora sobre ele porque descobri que a Aleph irá lançar uma edição novinha em folha deste aqui e de Poeira de Estrelas! Fiquei muito feliz em saber disso, pois fazem muitos anos desde o último lançamento no Brasil de uma edição desses dois livros que compõem o Império Galáctico. Eu li na edição mais antiga, por isso provavelmente muitos dos termos que irei usar pra falar da história já devem ter mudado depois dessa nova tradução.

A trama é muito interessante por abordar a relação entre dois povos - florinianos e sarkianos - em que os sarkianos dominam os recursos de Florina, em especial o kyrt, e controlam a vida dos cidadãos, inclusive trazendo os que eles consideram “florinianos inteligentes” para atuarem como uma espécie de prefeitos de cada vilarejo floriniano, dando alguns privilégios para essas pessoas que são chamadas de Cidadão - o que é bem emblemático, diga-se de passagem. A dinâmica império-colônia é um dos pontos altos da trama, por ter sido até que bem construída dado o quão rápida é essa história

No meio dessa trama temos o analista espacial Rik que está sem memória e vive em Florina, mas que certo dia começa a recobrar suas lembranças e a principal é alarmante: Florina irá acabar! A partir disso inicia-se uma história que tem ação, suspense investigativo, intrigas políticas e espionagem, mas tudo isso em um planeta bem distante da Terra. Você termina de ler um capítulo e já quer ir para o próximo de tão legal que é a história é.

O tom que o livro assume me lembrou muito o da série dos Robôs, que é aquele estilo de Agatha Christie misturado com ficção científica e cenário futurístico. Tenho até minha teoria de que As Correntes do Espaço (1952) foi a grande inspiração dele para a construção de As Cavernas de Aço (1953). Como eu amo muito isso foi fácil me apaixonar pela história e devorar ela feito a doida que sou pelas obras do Asimov.

Não sou de morrer de amores por todos os personagens que o Asimov faz, mas aqui todos foram bons em seus papéis e eu preciso incluir o Myrlyn Terens entre os meus personagens favoritos dele até o momento, porque foi um personagem incrível e eu não esperava que ele tivesse a complexidade que apresentou. Provavelmente sou a única stan do Terens? Provavelmente.

Gostei bastante da resolução final. Isso porque a cena de colocar “as cartas na mesa” e descobrir quem é o culpado, qual a conspiração da vez, o que está realmente acontecendo e afins foi ótima para quem curte mistérios e investigações. Foi um dos motivos pelo qual coloco hoje esse livro entre o meu top 5 das obras do Asimov.

Por fim ficam algumas curiosidades: a principal menção real a Trantor acontece aqui e se você leu Robôs e Império verá menções nesse livro aqui das consequências daquela última ação na Terra.