O Jogo da Perdição

O Jogo da Perdição Clive Barker




Resenhas - O Jogo da Perdição


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Telma 19/05/2012

Loucura à la Stephen King
Eu não esperava muito deste livro velho e esquecido em estantes empoeiradas de sebos. mas.... WOW!!!! Surprise!!!! a good one!
O livro é muito bom! ou melhor dizendo: Clive Barker escreve muito bem. O livro em si deixa a desejar devido aos muitos erros de tipografia (falta pontuação, erro ortográfico, etc) mas, só deixa a desejar nesse quesito.

Um homem com compulsão à jogatina ouve falar de um misterioso homem que nunca havia perdido um jogo sequer na vida. Curioso, decide procurar este jogador pra ver se ele existia mesmo ou não passava de lenda:

" _ E como é que o encontro quando chegar lá? - perguntou.
O russo pareceu confuso com a pergunta.
_ Nem sei como ele é - continuou o ladrão, tentando fazer com que
Vasiliev entendesse.
_ Não precisa encontrá-lo - respondeu Vasiliev, compreendendo
perfeitamente - Se ele quiser jogar com você, ele o encontrará."

E assim aconteceu o encontro que mudaria em 180 graus a vida daquele jogador. Ele conheceu Mamoulian, um ser indecifrável em sua condição de ser. Mamoulian era capaz de ressuscitar os mortos e comandá-los, bem como alimentava-se da alma de outras pessoas tornando-se mais forte. Mas afinal: O que era ele?

O livro traz suspense de excelente qualidade mas um suspense não comum. Algo nem sempre concreto que nos suscita emoções que só uma mente fantasiosa como a de Clive Barker poderia suscitar: o horror.

É um livro que eu altamente recomendo aos amantes do suspense / terror. deixo com vocês um trechinho que não compromete a leitura do todo mas dá uma boa amostra do recheio do livro:

"...Bella virou a cabeça, olhou para ele e começou a abanar a cauda. Marty desviou os olhos, nauseado, seu espírito debatendo-se à procura de uma explicação racional mas não conhecia nenhuma. O animal estava morto; ele próprio o havia embrulhado no plástico. Não havia qualquer possibilidade de havê-la enterrado prematuramente.
... Bella tinha acordado com apetite... uma fome tão intensa e perto dela havia aquele cheiro apetitoso de carne deixada na tera, como gostava, ainda no osso e começando a apodrecer. Farejou quase às cegas, procurando a origem do cheiro e, quando encontrou, começou a comer.
_ Não é uma cena muito bonita.
Bella estava devorando o próprio corpo, tirando pedaços cinzentos e gordurosos do músuclo apodrecido nas ancas, Whitehead observou o animal se devorando. a passividade dele em face do novo horror, decontrolou Marty.
_ Não deixe que ela faça isso! - empurrou o velho para o lado.
_ Mas ela está com fome - respondeu ele, como se aquele horror fossea coisa mais natural do mundo.
... O cão ergueu a cabeça; a carne que coemçava a engolir caía para fora, pelo corte na garganta."
Silvia 23/06/2012minha estante
Aff, bota horror nisso, parece interessante ja deu vontade de ler kkkkk.


Marcio Cardoso 15/12/2012minha estante
Tô lendo o pdf em inglês (tô quase no final), e posso dizer que a parte da conversa do Peregrino com o Vasiliev e a parte da Bella foram traduzidas ao pé da letra do original, sem tirar nem pôr. Se eu encontrar a versão em português num sebo vou comprar; pelo menos já sei que a tradução foi fiel, apesar dos erros ortotipográficos.


Telma 15/12/2012minha estante
Marcio,
Bom saber que a tradução não foge ao original. O conteúdo é sensacional e os muitos erros ortotipográficos tornam-se secundários (muito embora eu ainda reclame) diante do todo. Eu não deixaria de ler por causa disso.
Já tenho mais Clive Barker na fila de leitura!
Keep in touch! :)


Marcio Cardoso 15/12/2012minha estante
Eu já li vários livros e quadrinhos dele, e já assisti também várias adaptações pro cinema dessas obras. Sou realmente um fã, tô até fazendo uma tatuagem do rosto de um dos personagens dele, rs!
Pra quem gosta de terror/horror sem limites nem pudores, ele é perfeito.
I'll be in touch, for sure! ;)




Marcos 11/03/2021

"Todo homem é seu próprio Mefistófeles"
Depois de ter lançado os seis volumes dos impactantes e excelentes "Livros de Sangue" (talvez a melhor obra de horror que eu já li até hoje), Barker lança sua distorcida, sangrenta e visceral visão sobre o mito Faustiano em "O Jogo da Perdição". A história aqui é simples: Um ex-presidiário, Marty Strauss, é contratado como guarda costas de um excêntrico empresário, o Sr. Whitehead, que vive recluso em uma casa com seus funcionários, seus cachorros e seus segredos. O que parecia ser um trabalho simples se torna um pesadelo quando um velho amigo de Whitehead retorna para cobrar alianças e segredos do passado.

Barker tece aqui uma fábula grotesca e irrefreável de horror. Apesar de ter um início lento, onde as peças do quebra cabeças demoram a se juntar, quando as portas da história se abrem, Barker não para um minuto trazenfo situações violentas, diálogos incisivos e o cinismo que acompanha homens ambiciosos demais. Como escreve Barker em seu antagonista principal, "todo homem é seu próprio Mefistófeles, não acha? Se eu não tivesse aparecido, você faria uma barganha com um outro poder, e você ainda teria sua fortuna, suas mulheres e seus morangos". A crítica aqui é o preço da ambição, refletida na barganha de Whitehead e no salto ao desconhecido feito por Marty para se livrar da vida na cadeia..Duas barganhas que mudaram a vida dos dois personagens.

Porém, nem tudo são flores estruturalmente. Como dito antes, o início é lento e muito tempo é devotado à estabelecer a Mansão, sem explicitamente colocar as coisas estranhas que acontecem nela. Alguns personagens são ou praticamente inexistentes na narrativa (Como a cozinheira Pearl) ou possuem um payoff fraco para o setup gerado por Barker no texto (como o sr. Toy que desaparece sem fazer jus à sua possivel função na trama).

Apesar disso, porém, "O Jogo da Perdição" é um prato chrio para fãs do horror visceral e corporal do Barker. Desmembramentos, cadáveres, horrores sexuais, corrupções do corpo e da mente; Todos os temas que permeiam as obras de Barker e tiveram origem em seus Livros de Sangue começam a florescer aqui. acompanhados de uma história interessante com a maioria dos personagens bem construídos.
Rodrigo 31/05/2021minha estante
Essa linha que você colocou no título da sua resenha foi talvez o meu diálogo favorito do livro,é Barker em toda sua sabedoria dando uma porrada na cara dos desavisados




Adri 04/06/2010

quando se pensa que a história poderia muito bem ter terminado, os capitúlos finais vêm com mais escatologia, e um horror que só poderia ter saído da imaginação de clive barker mesmo... e isso não é nada ruim!
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Juliano Rossin 23/08/2010

meu primeiro livro do clive, gostei bastante da escrita dele, e a estória tem personagens bem marcantes, pra quem gosta de estórias com sangue, mortos, pedaços de corpo e coisas do gênero, vai gostar deste.

só não gostei desta edição, há muitas palavras escritas de forma errada e erros grotescos na formatação, com pontuações onde não existem e faltando onde precisam. A editora Civilização Brasileira tentou destruir uma grnade estória.
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Jefferson Sarmento 16/02/2019

Clive Barker é outra coisa
Uma releitura rápida e empolgante.

Um dos melhores livros de horror que li na vida. Clive Barker tem uma pegada diferente, perdida, suja, mundana. Trata o fantástico como fantástico e sem meias palavras. As impossibilidades são explícitas e tratadas não de forma impactante, mas aberta como quem trata da rotina dos dias.

O único senão deste livro: a edição da Civilização Brasileira (de 1989) é um desastre de erros de revisão, falhas de impressão e tropeços indesculpáveis. Mas a história supera.
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