Henry & June

Henry & June Anaïs Nin




Resenhas - Henry & June


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Eduardo 17/01/2010

Páginas densas
Quando me deparei com esse livro no sebo, uma palavra me veio à mente: devassidão. Ora, o que esperar dos diários de Anais Nin, contando sua relação com Henry Miller (dispensa apresentações) e June, sua esposa? Quanto a isso, o livro surpreendeu-me. É bem mais do que imagens eróticas. Aliás, é o que menos se encontra nessas páginas densas. Digo densas, acho que é a palavra ideal para definir essa . A linguagem de Anais é simples, agradável, sem floreios ou refinações léxicas. O que o torna denso, é o tema: quase sempre temos Anais discorrendo sobre sua vida e suas paixões, quase sempre Anais debatendo-se com seus sentimentos e seus desdobramentos. Não há espaço livre quase para o leitor respirar. Tudo é denso, carregado dos sentimento dela, que, não tenho dúvida, é daquelas pessoas embriagadas de tanta paixão. Alguém que ama demais. Por isso, Anais, que no começo desse diário (escrito entre 1931-1932) está casada com o banqueiro Hugo, ambos em guerra de ideias, vai aos poucos libertando-se: conhecer henry e june é um marco em sua vida. A princípio apaixona-se pela mulher, que é estonteante, magnetiza-a. Mas logo June se ausenta por uma viagem, e o espaço desse desejo é ocupado por Henry. Daí em diante, temos um jogo: Henry e Anais enlaçam-se. Liberta Anais sexualmente, mas não tira de Anais uma inquiteção. Ela vive em constante incerteza: ama Hugo. Não ama. Henry, que logo é desenhado como o homem de sua vida, mais tarde, perde um pouco de seu encanto. Anais ama June. Não ama, sente raiva. Ama de Novo. Henry sempre ama June, Anais ocupa seu espaço. Não, Henry ama Anais, June é um tormento do qual precisa se livrar. Não, Anais ama os dois. Ao mesmo tempo, Anais sente-se atraída por seu psiquiatra, Allendy, e ainda sente atração por Eduardo, seu primo, affair do passado. Sente desprezo pelo marido Hugo. Sente ternura por Hugo. Henry, Henry. Ele é o homem. Ou não? Henry, Henry. É assim, jogado no mar de inquiteções amorosas de Anais, que o leitor se sente.

Uma experiência interessante ao final da leitura, é retornar ás páginas inicias, quando Anais apenas tem seu casamento incerto na cabeça, e sua relação com Eduardo. A leitura dessas páginas com as outras, as posteriores à sua relação com Henry-June, mostra o choque gigante que o casal trouxe à vida dela. Resumindo: pernas pro ar.

Dizem que este é seu melhor livro. Não sei, a única coisa que li foram alguns contos pornográficos, que a própria autora disse que são ruins, já que ela escreveu apenas para divertir-se e ganhar dinheiro com eles. Quem sabe leio um romance dela, mas duvido que seja maior do que Henry Miller, seu grande amante.

O final do diário deixa o resolução do triângulo Henry-June-Anais em aberto. Não fui atrás, não pesquisei. Sei que Anais não casou-se com Henry. E sei também que esse livro é muito bom. Denso.
Thara 17/01/2010minha estante
Nhó, affair do passado. Os contos que leu eram de Delta de Vênus? Delta de Vênus é monumental! E, nossa senhora, Henry & June quer-me-parecer uma montanha russa em emoções... Sua resenha certamente aumentou meu interesse por esse rosário da adorável Nin. Lembra-se do dia em que reclamou das capas dos livros que eram as próprias adaptações pros cinemas? Pois bem, estava referindo Henry & June? No caso simpatizo porque vislumbro mentalmente trechos do filme que pude apreciar na casa de uma amiga lá pela metade de 2009. Tempo de apreciar por inteiro.


Dani Mendes 08/10/2011minha estante
Não gostei... Justamente por esse vai-e-vem narcísico descrito por você. Adoro Henry Miller e me sentia na obrigação de ler Anäis. A primeira impressão é a que fica? Não lerei mais nenhum dela. Eca! Ah gente! A sua resenha está ótima. :)




Ana 18/09/2015

A maior infidelidade é ser infiel a você mesmo. É se anular ao ponto de se deixar moldar por regras sociais e morais ou até mesmo preconceitos muitas vezes hipócritas. A perda da autenticidade gera a perda da identidade. O livro Henry e June, de Anaïs Nin, na verdade seu diário entre os anos de 1931 e 1932, mostra a mudança não necessariamente de personalidade, mas muito mais de atitude da autora a partir do seu envolvimento com o casal Henry Miller e sua esposa June Mansfield.

Anaïs era casada com o banqueiro Hugo, a quem dizia amar por sua ternura e bondade. Ele era seu porto seguro. Jamais queria magoá-lo, mas não conseguia deixar de querer experimentar a vida. Experiência usada também como fonte de pesquisa para seus livros. Em certo ponto de seu casamento, ambos sentiram a necessidade de ir além, de criar intimidade para que pudessem satisfazer-se. Só que Hugo ainda é muito apegado às normas sociais, está preso. Não consegue se expressar. Não consegue imaginar, mas ela o ama mesmo assim. É o ponto seguro de sanidade. Diz-se fiel a ele, só que a seu modo: “a perfeição é estática, e estou em pleno progresso. A esposa fiel é apenas uma fase, uma condição”.

Ao conhecer o casal Henry e June, muita coisa mudou. Primeiro ela amou a mente de Henry por ser “extravagante, viril, animal, opulento” em seus escritos, “um homem a quem a vida embriaga”. Por seus escritos achava que ele fosse violência. Pouco depois conheceu June, uma paixão arrebatadora, e isso lhe trouxe sensações que jamais tinha sentido antes. Muitas vezes sentiu-se como homem e queria possuí-la e até ser ela. Anaïs mostra que mesmo querendo ser June, não consegue porque tem algo muito dela, como uma digital da personalidade. E que June não tem personalidade “vive dos reflexos de si mesma nos olhos dos outros. Não ousa ser ela própria”. Logo percebeu a força estranha que June tem sobre as pessoas, por sua beleza e pela maldade que carrega consigo em suas mentiras para conseguir o que quer. Em pouco tempo de convivência Anaïs simplesmente idolatrou June ao ponto de dizer que odiava Henry pelas coisas que ele fazia à esposa, não só suas traições, mas também a forma agressiva com a qual falava dela, a forma de tratá-la. Sua brutalidade.

June vai embora e Anaïs passa a conhecer o verdadeiro Henry. Sua brutalidade vem da falta de amor, ao receber amor o homem viril e violento torna-se amoroso, gentil, e ciumento. Super-protetor. Ela o ama. E ama a June, mesmo sabendo de toda sua maldade. Sabe que se completam e que Henry precisa das duas, não há competição. Ela trai seu marido com Henry. E a cada novo estágio de envolvimento, Anaïs vai se perdendo em meio ao físico. Enlouquecendo. Chega a pontos de quase perder sua capacidade de expressão, de imaginação.

Segundo seu primo Eduardo, “a vida de instintos liberados é composta de camadas (…) No final leva a prazeres anormais. (…) Experiências físicas, sem as alegrias do amor, dependem de distorções e perversões para o prazer. Prazeres anormais matam o gosto pelos normais”. E foi assim que aconteceu ao se entregar ao prazer. Tornou-se o prazer pelo prazer. Eduardo traz para a vida de Anaïs a psicanálise por meio do terapeuta Allendy.

Allendy mostra a Anaïs qual é a fonte de suas insegurança. Desmistifica sua bondade, que ele chama de falsa. Alerta para seus jogos literários nos quais ela brinca como criança inconseqüente. E também se apaixona por ela. Primeiro ela desconfia da psicanálise, depois se joga de cabeça nela. E por fim acha que a psicanálise só “consegue fazer a pessoa mais consciente de suas desgraças”. Cai a máscara da bondade e da generosidade desapegada. E injetam nela um pouco de crueldade, de brutalidade e até de banalidade.

Por ser um diário, tudo é muito verdadeiro e extremamente bruto. Sem refinamento, sem revisão, sem lapidação. Pensamentos, sensações e descrições de momentos, relatados pela escritora de forma intensa e sem censura. Confidências diárias, que em certo ponto transformavam tal ação em doença, em vício, como ela mesma afirma diversas vezes durante o livro.

A pergunta que ficou foi: será que mudou muita coisa da década de 30 pra cá? Os tempos são outros. Mais liberação, menos censura, mas será que as pessoas são mais livres? Será que são mais elas? A impressão que dá é que as pessoas continuam cheias de pudores, mas tudo muito velado e mascarado. Que perdemos identidade na liberação alcançada por aqueles que tiveram que lutar e até se martirizar para conseguir. Eles tiveram a coragem de serem autênticos, de fazer a diferença. A impressão é de banalização. Diversas Junes espalhadas aos quatro cantos, fáceis de serem esquecidas. Bonitas por fora, vazias por dentro. Usam a beleza como arma de manipulação e persuasão. Outras tantas Anaïs se martirizando e digladiando pra não se deixarem banalizar e manter sua posição no mundo ou apenas deixando-se levar pelas tendências da moda e se esvaziando para parecer com um modelo de pessoa idealizado pela sociedade. Só que o mundo é outro. Ou será o mesmo? Um mundo que tenta moldar as pessoas de forma padrão.

Neste ponto pego outros trechos do diário. Trechos com os quais me identifiquei. Como no começo onde ela fala sobre o “ímpeto de crescer e viver intensamente”, arraigado à vontade de fazer minhas próprias escolhas. Da forma como penso e sinto o mundo, “porque tudo o mais é uma coisa auto-criada”. Ou quando descreve sua bondade e generosidade desapegada. Sua vontade de ir além. De conhecer a imaginação das pessoas. Não acho que experiências físicas são vitais para o crescimento, são necessárias. As experiências intelectuais, emocionais, reconhecer-se no outro, poder falar e ouvir e sentir sem ser tocado fisicamente, são tão ricas. Talvez até mais ricas. O se abrir para compreender o outro. O criar intimidade para reconhecer-se e partilhar-se. Sei que não sou a única. Vejo meus amigos. Há tanta melancolia. Tanta tristeza.

Ainda somos criados de forma padrão. Especialmente aqui no Brasil nosso ensino não abre brechas para a criança e o jovem pensar e se expressar. O jovem passa sua vida escolar decorando datas, fatos e fórmulas para passar no vestibular, mas se esquece de pensar, de se expressar. Jogam-se nas drogas, entregam-se à violência. Formas de fugir da auto-conscientização e da expressão daquilo que está preso e não sabem controlar. Anaïs cita o querer se drogar para ficar longe da consciência.

A liberação e as experiências físicas sem qualquer sentimento são tão comuns e banais que as pessoas sentem-se vazias. Vazias de amor, de afeto, de sentimento e até de conhecimento. Diversas vezes Anaïs conta sobre suas experiências que ficaram só no físico e tornaram-se cada vez mais freqüentes. O mundo hoje é assim. Muito físico. Tudo para ontem. Informações fragmentadas e experiências superficiais.

Para ser diferente, para ser uma Anaïs moderna, é preciso lutar pelo conteúdo, pelo sentimento, pelo amor. Lutar por experiências que transcendem o físico. Quebrar os padrões da imoralidade. Chega do físico pelo físico. Não estou levantando a bandeira puritana. Castidade, por exemplo, não é não fazer sexo e sim ser fiel ao seu marido ou esposa. Vou mais além, é ser fiel a si, é tentar descobrir quem se é e ser fiel a si, sabendo que sempre há um outro.

site: http://lavagemcultural.wordpress.com/2009/05/09/resenha-do-livro-henry-e-june-%E2%80%93-diarios-nao-expurgados-de-anais-nin-1931-1932-anais-nin/
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Dani Mendes 08/10/2011

Quem viu o filme Henry & June (Philip Kaufman, 1990), correu para ler Henry Miller e amou, não perca tempo em ler Anäis Nin. Nela não há nenhum traço do genial amante. A única coisa que há de atraente nesta personagem é a interpretação de Maria de Medeiros para o cinema. E se June foi tão divina como Uma Thurman, então isso só comprova a falta de talento de Anäis para escrever.

A dita escritora é apenas uma personagem inventada por si mesma. Deslumbrada pela convivência com escritores de verdade, seu enredo é afetado como qualquer diário de mocinha boba. O tão prometido erotismo, escandaloso, revolucionário, é datado. Fora do seu contexto, poderia ser exibido na novela das seis. Ela até confessa não gostar de sexo oral! E seu lesbianismo é apenas um reflexo das próprias repressões. A forma romântica como a autora descreve Henry Miller me fez rir em imaginar como este canalha delicioso soube fazer dela bolinha de papel.

Sua reflexões nada tem de profundo. Anäis, na verdade, se mostra uma verdadeira partidária do romantismo em plena vanguarda. Embora ela esteja apaixonada pelos novos gêneros e ter sido uma mulher influente – prova incontestável disso é o fato de lermos e ouvirmos sobre ela até os dias de hoje – não eleva seu livro. É chato, narcísico demais e na página 92, para mim, intragável.

Tido como um dos seus melhores livros, Diários não-expurgados é um purgante! Me faz pensar na herança feminina que não quero herdar. Só serve para dar uma aula de feminismo ou história da sexualidade feminina, ou qualquer coisa assim. Um exemplar do pensamento neurótico, histérico, do século XX. Afinal, ele tem sim um pouco de valor. Mas é um saco. Banal. Entediante. Ele é uma literatura equivocada, enfim. Desisto!
Nádia C. 29/06/2012minha estante
Tido como um dos seus melhores livros, Diários não-expurgados é um purgante! Me faz pensar na herança feminina que não quero herdar. Só serve para dar uma aula de feminismo ou história da sexualidade feminina, ou qualquer coisa assim


só pra isso, rs, é tão pouco né?




Kil 10/05/2010

Uma biografia sensual
Anais descreve sua relação com o autor Henry Miller e sua mulher June. Desse quadrado amoroso, porque o marido dela, o banqueiro Hugo, quase não aparece no livro, narra as dificuldades e prazeres de transar com o escritor mesclados com seus esforços literários. Escreve cadernos que Henry ler. Dá presentes caros a June e se permite amá-la e odiá-la.


Narra a vivência de cabarés e espetáculos sexuais e o que faz para seduzir homens, como seu psiquiatra e o amigo de infância que é gay! Um boa leitura!
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nataliaespinosa 23/12/2012

Quem não gosta de ler um diário?
Henry & June é (ou é escrito como se fosse) um diário da autora. O leitor é convidado a acessar, mais do que as intimidades de seu cotidiano, as intimidades de seus sentimentos e sensações. Anaïs Nin é sabidamente uma autora que foge do conservador - neste livro ela escancara as diversas nuances da sexualidade de uma mulher bem casada: ela mesma. Pode ser chocante para alguns moralistas, mas é uma leitura agradável, extremamente realista e sem máscaras. Torna-se enjoativa em alguns momentos, como toda montanha-russa, mas vale o seu tempo.
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Bruno Oliveira 09/11/2018

Revelador!
De cara é fascinante adentrar a mente dessa mulher escritora. Há honestidade no que ela relata, há um forte desejo dela ser ela mesma! É interessante ver, por meio dela, como ela se relaciona com os homens que a interessam, a sua volta. Não me choquei com as tais cenas libertinas, apenas vi uma pessoa vivendo em seu tempo, em seu meio; respeitando suas vontades e lidando com elas. Não é um livro fácil, Anaïs tem uma mente tão ágil, tão envolvente que poucos a intenderão, mas, sobretudo, acredito que todos concordarão com o seu grande amor por Henry.
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Ludmila 29/12/2021

Outras formas de narrativas.
Quando o diário se torna um tipo de construção literária. São relatos do diário de Anais Nin de seu romance com o tb polêmico escritor Henry Miller, mas a autora tinha consciência do seu potencial literário e sua publicação!
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Arellynda 11/05/2012

Henry & June foi tirado dos diários de Anaïs Nin (1903-1977) e cobre a vida da autora francesa dos últimos meses de 1931 ao final de 1932. É um relato íntimo do florescer sexual de Anaïs, que tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que ela escreveu por um período de quarenta anos. Nos seus diários, ela explora tabus como o infidelidade e a sexualidade feminina.
Anaïs é casada com Hugo, o primo Eduardo é apaixonado por ela, conhece Henry e se torna seu amante ao mesmo tempo em que nutre uma paixão por sua esposa June, e flerta com seu psicanalista Allendy.
O livro virou filme em 1990 nos EUA, estrelado por Uma Thurman (June) Maria de Medeiros (Anaïs) e Fred Ward (Henry).
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Tatiana 11/10/2012

Uma delícia
Sem pretenções intelectuais, mas com intenções das mais diversas áreas, inclusive intelectuais, sexuais, sensuais, vivenciais....Anis Nin simplesmente nos delicia com diário louco e sano. Em uma época em que viver, ser o que pensa já era completamente revolucionário.
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Lindiara.Paranhos 23/07/2016

?
Uma leitura gostosa que traz a profundidade das relações entre sujeitos. O florescer sexual de uma mulher inclusive para a atração por outra mulher. As inseguranças e barreiras diante dos desejos sexuais que fogem à norma social. E no meio das descrições do relacionamento da autora a problemática de um relacionamento conturbado e quiçá abusivo.
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Our Brave New Blog 19/04/2017

RESENHA HENRY & JUNE - OUR BRAVE NEW BLOG
Novidade no site: agora quando me der na telha, eu também vou resenhar livros de não-ficção, embora eu não me sinta a pessoa mais capacitada para isso. O motivo? Eu não posso deixar de falar de um dos melhores livros que eu já li e que já é forte candidato entre os melhores desse ano, e estou falando desse livrinho aqui mesmo, Henry e June, de Anaïs Nin, esse mulherão da porra.

Anaïs Nin foi uma francesa, filha de pais de ascendência espanhola, criada em Cuba e nos Estados Unidos. Manteve um diário desde os 12 anos, fez uma quantidade de loucuras inacreditável, escreveu vários contos e romances eróticos, que eu ainda não li mas que com certeza não devem ser daqueles tipos de romance erótico de banca, e sim algo muito mais complexo, chocante e bem escrito. Além disso, ela teve um monte de problemas na infância que, como sempre (mas nesse caso é real) resultaram em umas coisas que eu vou deixar para comentar daqui a pouco.

Vamos ao livro: Henry e June narra a época em que Anaïs conhece o escritor Henry Miller e sua esposa, June Miller, e passa a trair o marido com o grande artista americano, ficando, na realidade, apaixonada por June. Junto a isso temos a viagem ao interior de sua mente, suas descobertas sexuais, idas ao psicanalista, outros vários amantes que Anaïs arruma e a explicação interna para continuar com o seu marido, Hugo.

Quando eu abri esse livro, eu não estava esperando nada. Nada mesmo. Eu só queria uma coisa: relaxar. Eu acho que eu estava querendo ler um New Adult, dar umas risadas e ler umas cenas picantes. Mas o que eu encontrei foi uma sessão de boxe onde eu era o sparring do Muhammad Ali furioso e nesse caso eu simplesmente não tinha braços. Foi um soco na cara atrás do outro. Anaïs não tem o menor problema em se expor e mostrar o que o ser humano, principalmente o ser humano escritor e mais ainda aquele que acha que tem escrúpulos (e mentindo para si mesmo), tem de pior. Tudo é ridiculamente chocante, a começar pelo fato de que eu de vez em quando esquecia que estava lendo um diário, algo que aconteceu porque li coisas que só poderiam ter acontecido na ficção.


RESENHA COMPLETA NO BLOG: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/resenha-henry-june-anais-nin

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RITA TOURINO 05/02/2020

Descobertas e amadurecimento
A leitura de Henry e June conduz o leitor para dentro dos pensamentos e sentimentos mais íntimos de Anais, o livro as vezes parece confuso e divagante.
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