Mr. Natural

Mr. Natural Robert Crumb




Resenhas - Mr. Natural


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lucas rocha 25/10/2020

Mr. Natural - vai para hospício e outras histórias
"Você, meu filho, é um trouxa da mídia, isolado da realidade por uma forma tecnologicamente sofisticada, porém não menos perniciosa, de lavagem cerebral! E não se fala mais nisso!"

Pág. 15
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Palazo 23/11/2011

Um velho barbudo é procurado por fãs de toda a parte para que seus enigmas sejam resolvidos. Qual a cura para a úlcera? E para o tédio? Como fazer aquela sensação de saco cheio passar? E como se livrar de uma infecção pulmonar? As pessoas que o procuravam tinham-no como um guru de barba longa e com respostas inteligentes para os mistérios da vida, porém o velho guru, chamado de Mr. Natural, não passava de um charlatão com respostas irônicas para qualquer pergunta.

Este foi o primeiro personagem de Robert Crumb a deixar as pequenas tiras do Village Voice e ganhar uma revista própria. Neste volume, lançado pela Editora Conrad, Mr. Natural encontra seus próprios demônios e acaba sendo levado pelos próprios amigos para um hospício, acusado de loucura após ser encontrado pelado no meio da rua. Porém, a loucura é confundida com a do próprio autor, em um final irônico e inteligente.

Além dessa história, encontramos algumas das primeiras tiras de Crumb. Algumas delas do próprio Mr. Natural, sempre com tiradas engraçadas, dando respostas contrárias as perguntas, deixando uma mensagem de cinismo cômico e de protesto contra a onda de gurus dos anos 60.

Outros personagens também aparecem nas tiras como o Professor Wanowski, Flankey Foont, Eggs Ackley, Schuman the Human e Strawberry Fields. Mesmo com estes personagens, Crumb não perde a capacidade de abordar temas como aborto, sexo e questões da vida com tiradas irônicas e cruéis.

Robert Crumb, criador destes personagens, é um artista gráfico reconhecido como um dos fundadores do movimento underground dos quadrinhos americanos. A abordagem de temas polêmicos é recorrente em sua obra, assim como o traço de mulheres robustas e homens muitas vezes frágeis fisicamente.

As histórias de Mr. Natural e outros personagens que ocupam as páginas deste livro não seguem a linha do politicamente correto, sendo carregadas de sexo, drogas, bebedeiras e rebeldia. Mas é exatamente a abordagem do movimento contracultura que marca a obra de Robert Crumb e faz com que personagens como o Mr. Natural sejam atemporais e ainda hoje questione o mundo em que vivemos.

Mr. Natural vai para o Hospício e outras histórias
Autor: Robert Crumb
Tradução: Mariana Diehl Bandarra
Editora: Conrad
104 páginas
Preço Sugerido: R$ 30,00
Saulo.Morais 29/09/2015minha estante
nossa custava 30 reais? eu peguei numa promoção por 1,50 e achei q não valeu a pena kkk




Emerz 07/05/2020

Algumas histórias do Mr. Natural que pra quem não conhece o personagem e inicia por esse quadrinho pode não gostar tanto e até achar sem graça e ofensivo, mas pra quem já conhece consegue se divertir lendo.
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Guilherme 22/11/2019

Crítica bem direta a cultura do "paz e amor", em que os hippies tentaram se conectar com um lado mais espiritual através de "sábios", mas Mr. Natural é apenas um velho safado que da conselhos que não significam nada.
A arte é incrível, e o Crumb não tem medo de desenhar nada.
Rafael 31/12/2021minha estante
Legal o mantra que ele ensina para o jovem... rss




Guting 11/02/2011

Bicho Grilo Total.
Porque ter que procurar um guru ??? A sabedoria nos é acessível ou somente aos ditos xamãs ??? Mr. Natural cai em contradição consigo mesmo e com os outros no que diz respeito a adoração, admiração, esnobação e principalmente, as viagens da mente humana sobre certos significados. Histórias em preto e branco, caricaturas bem feitas, livro fácil e rápido de ler..... é, essa é uma combinação legal. Vale a reflexão.
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Marcos Faria 03/03/2012

Seis álbuns do Robert Crumb (editora Conrad) de uma vez, para aproveitar uma promoção. Promoção também no Almanaque: seis resenhas no mesmo parágrafo. Porque a vantagem foi ler todos os seis livros como se fosse uma coisa só, uma grande antologia de Crumb. O suficiente para mostrar por que o cara é um dos melhores de todos os tempos. A exceção é Bob e Harv, o mais fraco do pacote, até por ser o único em que as histórias não são de Crumb e sim de Harvey Pekar. Pekar tem algumas coisas interessantes, mas a maior parte do tempo é tedioso. Tanto que o melhor momento é a história em que ele conta como conheceu Crumb. Aí a coisa se aproxima do que a gente vê nos outros livros: a rabugice do anti-herói, sempre pronto para reclamar de tudo o que vê na América. Mas Crumb mata a pau mesmo é quando fala de si mesmo, especialmente em Minha vida e Meus problemas com as mulheres – as vezes, eu me senti como se ele estivesse falando da minha vida e dos meus problemas com as mulheres. A maior diferença é que ele não tem o menor medo de expor as fraquezas, mostrar-se falho, humano, incoerente. O fato de dar a cara a tapa lhe dá o direito de reclamar de volta, criticando o próprio meio da contracultura que fez dele um ídolo. Isso acontece de forma primorosa em Mr. Natural, o mais bem resolvido nesse aspecto e, paradoxalmente, o menos autobiográfico (ao menos aparentemente). Também em Blues, ao falar de uma música que não existe mais e talvez só exista na cabeça de colecionadores nostálgicos, lendas melhores que os fatos e que por isso se sobrepõem a eles, expõe um desejo de beleza que é de certa forma o desejo de uma vida diferente. Às vezes dá vontade de esfregar isso na cara de Crumb; que ele mesmo é tão ridículo e mesquinho e decadente quanto aqueles (e aquelas!) que critica. Aí o espelho me olha de volta.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/03/03/meninos-eu-li-20/)
Alex BS 11/05/2012minha estante
Eu adorei Bob & Harv. Foi o que eu mais gostei da leva que eu comprei da Conrad também. Mas realmente, é um tédio. Acho que foi por isso que eu gostei. Não tem nada de extraordinário nas histórias do Harvey Pekar, só a vida como ela é.




Israel145 21/04/2016

Mr. Natural passa longe de trabalhos mais bem elaborados de Crumb como Fritz The Cat, Gênesis ou o genial Blues. Infelizmente ficou perdido no passado, com suas piadinhas com referência a contra-cultura, ácido, amor livre, rock, comunas e gurus. apesar da arte vigorosa e marcante, o personagem é chato e não emplaca nos dias de hoje. Recomendável mesmo só para quem é fã do Crumb.
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