O Colóquio dos Cachorros

O Colóquio dos Cachorros Miguel de Cervantes




Resenhas - O colóquio dos cachorros


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Gabriel 15/03/2024

Novela bem curtinha que conta a história de dois cachorros que começam a falar do nada e contam suas histórias de vida. Bem leve e breve de se ler. Gostei.
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Aguinaldo 13/01/2015

O colóquio dos cachorros
"O colóquio dos cachorros" é a última das doze narrativas curtas de Cervantes reunidas no livro "Novelas exemplares" (publicado originalmente em 1613). Ela segue imediatamente os sucessos descritos em "O casamento enganoso", onde o leitor acompanha a narrativa de um jovem militar (um alferes), que foi ludibriado pela mulher com quem havia se casado (e de resto ter contraído dela uma doença venérea, da qual convalesce em um hospital). Após relatar seus aborrecimentos no casamento o alferes passa a contar a um amigo a surpreendente conversa que ouviu de dois cachorros, o que vem a ser o colóquio que encerra o ciclo das novelas exemplares de Cervantes. Cipião e Berganza são dois cães de guarda de um hospital de Valladolid. Em uma noite ambos descobrem que adquiriram a capacidade da falar. Para exercitar suas novas habilidades Berganza passa a contar as aventuras pelas quais passou até ser admitido no hospital. Bastante dispersivo em suas lembranças Berganza é reiteradamente corrigido por Cipião. É um texto divertido, através do qual Cervantes fala das mentiras e do mau comportamento dos homens, sempre dispostos a enganar seus semelhantes. Cipião sempre faz comentários eruditos, parece ser mais sábio que Berganza e, didático, utiliza conceitos filosóficos para extrair verdades morais das aventuras de seu colega, além de incluir no colóquio análises ligeiras sobre a literatura, a ciência e a política daqueles tempos. Com a chegada da aurora o colóquio e o livro terminam, com a promessa de continuarem na noite seguinte com o relato das aventuras de Cipião (caso eles continuem com o dom da palavra, mas isso o leitor jamais saberá se aconteceu ou não). Assim como "A briga dos dois Ivans" e "A lição do mestre", ambos já resenhados aqui, esse pequeno livro faz parte de uma coleção de histórias curtas (A arte da novela, da Grua Livros, originalmente produzidas pela Melville House Publishing).
[início - fim: 29/10/2014]
"O colóquio dos cachorros", Miguel de Cervantes, tradução de Nylcéa Thereza de Siqueira Pedra, São Paulo: Grua livros, 1a. edição (2014), brochura 13x18 cm., 96 págs., ISBN: 978-85-61578-41-1 [edição original: Novelas ejemplares de honestísimo entretenimiento / El coloquio de los perros (Madrid: Juan de la Cuesta) 1613]

site: http://guinamedici.blogspot.com.br/2014/10/o-coloquio-dos-cachorros.html
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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 22/04/2019

Um diálogo educativo entre cachorros
"O colóquio dos cachorros" conta uma história através de um diálogo que se dá entre dois cães. E esta, aliás, é a primeira história de cachorros falantes na literatura ocidental.
"O colóquio dos cachorros" é uma das novelas que compõem as “Novelas exemplares”, livro de Miguel de Cervantes publicado pela primeira vez em 1613. Esta história nos mostra o diálogo entre Cipião e Berganza, cachorros que protegem o Hospital da Ressurreição de Valladolid (cidade espanhola situada a noroeste da Península Ibérica). Em uma bela noite, sem explicações, esses cachorros adquirem o dom da fala e combinam que, nesta primeira noite, Berganza narrará sua vida a Cipião e que, na noite seguinte, caso eles ainda possuam o dom da fala, será a vez de Cipião narrar a sua vida.
Berganza, portanto, passa toda a noite falando sobre sua vida, sendo, porém, inúmeras vezes interrompido por Cipião, que faz pontuações e correções, demonstrando ser um cachorro mais sábio e equilibrado.
Por meio da vida de Berganza, vamos passeando pela Espanha do século XVII, conhecendo cidades e hábitos. É por meio de cachorros, portanto, que aprendemos sobre o homem e a ética daquele tempo. E não só: inúmeros comentários também contém questões filosóficas, literárias e científicas.
Berganza teve muitos donos, pois a cada vez que se sentia injustiçado e maltratado, fugia e buscava um dono melhor. Poucos sabemos sobre seu dono atual, mas sempre havia algum momento em que o ser humano perdia sua humanidade e, consequentemente, seu fiel cão (e está aí uma das inúmeras possibilidades de leitura que esse livro nos dá).
O tempo da narrativa é curtíssimo — uma madrugada — as lições, porém, são inúmeras. A leitura é rápida; os aprendizados ficam.

site: https://blogdastatianices.wordpress.com/2019/04/22/o-coloquio-dos-cachorros-miguel-de-cervantes/
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