Os Vagabundos Iluminados

Os Vagabundos Iluminados Jack Kerouac




Resenhas - Os Vagabundos Iluminados


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thiagodotcom 19/01/2015

Vagabundos Iluminados é outro "road book" com inspiração autobiográfica de Kerouac. Depois de Sal Paradise atravessar os Estados Unidos com seu amigo Dean Moriarty, dessa vez o personagem principal é outro alter ego de Kerouac - Ray Smith. Em ambos (Sal e Ray) se notam uma busca pela volta a um estado de pureza original. Mas se Paradise busca isso atravessando os EUA de carona, a busca de Ray é mais espiritual - através do budismo, procurando a iluminação.

O curioso é que novamente Kerouac tem um personagem que faz contraponto ao personagem principal. Em Vagabundos Iluminados, é Japhy Rider, também um jovem americano estudante do budismo, que, além de transmitir ensinamentos budistas ao amigo, passa a ele o amor pelas trilhas e o montanhismo.
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TheBorba 02/08/2013

Gosto demais da forma como Kerouac descreve as coisas, transformando uma xícara de chá num ritual cheio de significado e importância.

Essa capacidade de transformar a simplicidade da vida na mais bela das coisas realmente me encanta.

Jack Kerouac é foda! Um autor que me inspira como poucos.
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Ge 29/05/2012

É Kerouac, é iluminado, é espiritual, é poético, é bonito. É o eco do meu próprio pensamento, do meu próprio ser inquieto tentando descobrir os porquês que não sei se existem. É a aceitação, a busca e a rendição.É o pôr do sol no topo de uma montanha.
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Raphael 13/02/2012

Em busca de si mesmo na América profunda
Vagabundos iluminados é mais um "livro de estrada" uma "road novel" de Kerouac, assim como On the road e Viajante solitário. O livro possui um enredo relativamente simples com poucos personagens. Alguns dizem que ele é um On the road zen budista, mais espirituoso, mais iluminado. Ele é em si mais religioso, com tentativas de conciliação entre Oriente e Ocidente, numa aproximação entre budismo e cristianismo.

A novela foi lançada um ano depois do sucesso de On the road e mostra as andanças dos jovens universitários Ray Smith e Japh Rider vestidos com roupas baratas vendidas pelo Exército da Salvação, alimentados por boas refeições de vinte centavos em restaurantes de beira de estrada numa busca espiritual por trilhas em montanhas, rodovias e ferrovias estadunidenses, com um monte de andarilhos e demais vagabundos pelo caminho. Tudo isso embalado por conversas sobre zen budismo, o vazio, alpinismo, a verdade e a poesia. O livro possui várias descrições de paisagens e da natureza, o que as vezes o torna cansativo, a não ser que você tenha um interesse especial por naturalismo ou geologia. Apresenta também uma quantidade variada de cardápios para andarilhos, de feijão com carne de porco à frutas desidratadas.

Além de todas as dicas de logística para mochileiros, poeminhas improvisados durante caminhadas e todo o papo furado zen budista sobre o sentida da vida, Vagabundos Iluminados é uma jornada espiritual e física à América profunda, a América popular, povoada por todos os tipos da classe trabalhadora do mar à terra, de caminhoneiros à estivadores. É uma trilha com passagens iluminadas e outras escuras de um jovem em busca de si mesmo.

Raphael Cuz,
lixojovem.blogspot.com
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Robson Souza 20/07/2011

Budismo Beat
Outro livro de Jack Kerouac, sim! Sou fã do cara e acho ele um dos melhores escritores norte-americanos, tanto pela sua obra, quanto pelo legado deixado. Ele influenciou meio mundo, deixando sua marca na história.
Neste romance, escrito na década de 50, ele antecipa o espírito hippie numa trama com viagens de mochila nas costas, sexo liberal, harmonia com a natureza, anti-consumismo e zen-budismo.
Ray Smith é um escritor iniciante que busca a iluminação, e encontra em seu amigo filósofo hipponga Japhy Rider o caminho. Eles amam a natureza, gostam de se isolar, subir montanhas, beber vinho barato, participar de orgias, festas, se isolar novamente e rezar. Por fim, Ray se oferece para um trabalho de vigia de incêndios numa cabana isolada no Desolation Peak (experiência que o próprio Kerouac viveu) e acaba se "encontrando".
No mesmo estilo "fluxo de consciência" tão típico do autor, o ritmo aqui é desacelerado, às vezes contemplativo. Ele ainda narra fatos, misturando reflexões no mesmo parágrafo, mas bem mais tranquilo que a loucura de "Os Subterrâneos". Vale a pena conhecer o budismo beat de Jack Kerouac.

Mais em http://robsonbatt.blogspot.com
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Patricia 13/03/2011

Infelizmente esse livro sofre a sina de ser constantemente comparado a "On the Road".
"Vagabundos Iluminados" foi o primeiro livro do Kerouac que eu li, e por isso não fiz o movimento lógico de compará-lo a qualquer outro.
Claro que existem similaridades, assuntos em comum e personagens que muito bem poderiam se encontrar numa beira de estrada.
Mas o grande mérito deste livro em específico é a abordagem zen-budista, pessoalmente eu nunca me aprofundei no tema, apenas tenho um conhecimento supeficial e geral. E achei interessante como Kerouac consegue no livro trazer alguns ensinamentos e questões budistas/zen-budistas de uma maneira "ocidentalizada", quebrando um pouco uma visão (que em parte eu tinha, pelo menos) de que um adepto desses ideais seria um monge sóbrio e isolado no topo de uma montanha.
Fora que o personagem de Japhy Rider é algo a parte, alguém que muitos na rua considerariam um mendigo, ou quase isso, se revela alguém extremamente culto, literalmente um vagabundo iluminado.

Que fique registrado para as pessoas, que mesmo que não tenham lido ainda "On the Road", que leiam o prefácio do Eduardo Bueno na edição de bolso da LP&M. Um belo resumo de como o livro foi parar num pedestal e serviu de referência para todas essas comparações, algo que diga-se de passagem, nem o próprio Kerouac ficou muito contente. Claro, tendo que sofrer do mau do escritor de ter que escrever algo "a altura" ou "tão bom quanto" "On the Road"
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Marino 17/02/2010

A beleza solta por aí
O romance de Jack Kerouac faz a leitura do mundo com as lentes do zen-budismo. Viajando por aí, o personagem principal, Ray Smith, e seu fiel amigo Japhy Rider transmitem o desapego a lugares, ambientes e bens valorizados pela sociedade de consumo. Amigos e namoradas são bons de conviver enquanto eles estão por perto, e quando estão longe mantêm o vínculo pelo que um aprendeu com o outro, como se pode ver na inesquecível parte final do romance, quando Ray passa uma temporada entocado numa cabana no alto de uma montanha, na companhia apenas da natureza e entregue a um visual quase inimaginável. O texto fluente e desgarrado de Kerouac é como o próprio personagem: quando não está caminhando montanha acima, está viajando de carona ou como clandestino em trens de carga. O destino seguinte satisfaz Ray Smith por pouco tempo; logo ele põe os pés na estrada outra vez, e enquanto isso encanta o leitor com lindas descrições dos cenários que seus olhos vêem e desenham. "Os vagabundos iluminados" é uma lição de vida: o valor da amizade, do prazer, de correr junto com o tempo, de enxergar a beleza solta por aí, da experiência de viver. Ainda que viver seja pouco mais que se transportar de um lugar a outro. Belo romance.
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Tiago Ceccon 21/04/2009

Apenas Kerouac conseguiria transformar um lanche de chá e pudim de chocolate em algo tão emocionante e excitante.
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GCV 18/03/2009

Kerouac para iniciados
Faltam dados para isso, mas é bem provável que cerca de 90% dos leitores de Kerouac tenham se iniciado com "On the Road". E partir em seguida para "Os Vagabundos Iluminados" pode ser uma tarefa bem árdua.

Publicado um ano depois do maior sucesso do "Rei dos Beats", o livro mal pode ser comparado a "On the Road". Será? Bem, em termos. Depois de percorrer os EUA como Sal Paradise, Kerouac faz sua viagem no zen-budismo-beat como Ray Smith; se estava acompanhado pelo louco Dean Moriarty (Neal Cassady), em "Os Vagabundos Iluminados" seu parceiro é o filosófico Japhy Ryder (Gary Snyder).

O estilo de vida "drop out" dos beats toma contornos mais sutis quando em contato com o budismo. Kerouac, que influenciou toda uma geração com "On the Road", vai além da "vagabundagem" de viajante, mostrando como ela pode ser verdadeiramente sábia e iluminada - como bem mostra o título. A concepção de vida na ótica budista toma um tom quase didático no livro, mas, ao invés de um manual, Kerouac a traduz como um "guia de viagem". A narrativa sincopada colabora com as pequenas visões - ou epifanias, como queiram - que surgem durante a obra: uma escalada e descida de um monte, uma festa, caronas até o México, meditações.

Com uma viagem mais espiritual do que física, ou uma viagem física que leva a uma viagem espiritual, "Os Vagabundos Iluminados" é uma obra bem representativa de seu tempo (publicado em 1958), apresentando "proto-hippies" e a aproximação com a espiritualidade oriental. Exige, contudo, um bocado de paciência do leitor.
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RAVAGNANI 28/02/2009

Não é o melhor....
Longe de um "On The Road" do mesmo Jack Kerouac. Não é o melhor deste autor. Também me decepcionei!
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Linter 19/01/2009

Fiquei um pouco decepcionado com este livro, já que o On the Road gerou uma expectativa de que este Vagabundos Iluminados seria, além de melhor, um pouco diferente do livro que fez a fama do Jack Kerouac...
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