Maria - Blog Pétalas de Liberdade 11/12/2015Mamãe Walsh O livro é basicamente o que está no subtítulo: um pequeno dicionário onde a Senhora Walsh diz o que algumas palavras significam para ela. Para quem não conhece a Senhora Walsh, ela mora na Irlanda e é casada com o Senhor Walsh, mãe de cinco filhas: Claire, Margaret, Rachel, Anna e Helen. Cada uma das cinco teve sua história contada em um livro, começando pela Claire em Melancia.
Para fechar a série, temos o dicionário, onde a Mamãe Walsh divaga sobre sua vida e sua família. E eu nunca dei tantas risadas com um livro tão pequeno!
Pra cacete, como se costuma dizer. (Ou não. Ainda é permitido usar a expressão "pra cacete"? Minha Santa Mãe Divina, essa história do "politicamente correto" é um verdadeiro campo minado. Vivo sofrendo por isso. Lá estou dizendo uma palavra ou usando uma expressão que usei a vida toda, e, de repente, as pessoas começam a me olhar como se eu tivesse acabado de assassinar alguém. (página 13)
As aparições da Senhora Walsh nos dois livros da série que li (não é necessário ler em ordem) sempre me agradavam, e não foi diferente no livro só dela. Aliás, ela merecia esse livro, para soltar o verbo, poder falar abertamente o que quisesse. Afinal, criar suas cinco filhas não foi tarefa fácil.
Pois bem, os guarda-chuvas são a minha paixão. Na verdade, deixei de comprar os mais bonitos porque, segundo a tal da "lei de Murphy", eu vou esquecer a porcaria do guarda-chuva novo no ônibus na primeira vez que usá-lo. (página 84)
Mamãe Walsh é um livro divertido, onde conhecemos um pouco mais sobre essa família tão apaixonante, através da narração sincera e do olhar amoroso da mãe, uma senhora colecionadora de guarda-chuvas, que se preocupa e procura conviver com as filhas.
Sem soltar muitos spoilers dos livros anteriores, ela nos dá um panorama da vida de cada uma de suas meninas, além de nos contar coisas como o motivo de ela não cozinhar ou o outro lado da história das bebidas que sumiam de seu bar.
É mais uma prova do talento de Marian Keyes, que sabe levar os leitores às lágrimas ou às gargalhadas e construir personagens que não são perfeitos, e por isso mesmo se parecem tão reais. Não é à toa que ela é minha escritora favorita.
A capa segue o padrão dos livros da série, com ilustrações que combinam com a história. A diagramação também segue o padrão dos anteriores: páginas brancas, letras, margens e espaçamento de bom tamanho.
site:
http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/12/resenha-livro-mamae-walsh-marian-keyes.html