Pólvora

Pólvora Tico Santa Cruz




Resenhas - Pólvora


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Amanda 03/04/2020

Ótimo!!
Comprei logo quando lançou, ainda veio autografado, lembro que assim que chegou comecei ele e acabei virando a noite lendo! Terminei em algumas horas. Amo essa história, me prendeu do começo ao fim, pretendo reler muito em breve.
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Mila F. @delivroemlivro_ 07/11/2014

Bizarro, Forte.
Tico Santa Cruz dispensa apresentações: vocalista do Detonautas e já tem alguns livros publicados, Pólvora, é o livro proibido do escritor (muitas editoras se recusaram a publicá-lo por conter cenas fortes), que primeiramente foi publicando em seu site de forma paulatina, agora os fãs podem conferir cada capítulo na íntegra e de uma vez só.
Em uma palavra o livro é Chocante. Com o já conhecido estilo irreverente de Tico o livro traz muitas cenas de carnificina, sexo e drogas, na realidade a sua imaginação é o limite. Rola de tudo um pouco nesse livro.
Apesar de estar aberta a vários tipos de leituras, porque só lendo posso afirmar se gosto ou não de determinado livro ou gênero, confesso que Pólvora me deixou aflita e angustiada.
Mesmo já conhecendo a escrita de Tico e os palavreados de baixo calão e do dia a dia, ainda não consigo ver essas palavras no papel como algo natural (embora seja), respeito o estilo do autor e a sua forma de utilizar as palavras, mas sou adepta das delicadezas e da sensibilidade, então me surpreendi com a narrativa.
Fiquei chocada com o desencadear dos fatos: tanto sangue, assassinato e outras desgraças a mais sem um motivo aparente a não ser o simples fato de que os personagens: um ex-banqueiro e Lore sejam loucos e movidos a sexo, drogas e sede de sangue.
Mesmo não tendo gostado da história, reconheço que o Tico sabe prender o leitor, porque é impossível não ficar curioso com o desenrolar dos fatos e saber como tanta barbaridade iria terminar. Só por causa deste fato eu segui a leitura.
Pólvora foi um livro que me fez perceber que apesar de gostar de suspense, terror e essas coisas, não fazem meu gênero completamente e cuja narrativa teve um papel fundamental para o meu desagrado, a crueza me deixou desconfortável e até um pouco traumatizada. Hoje, tenho a opinião de que não me arriscaria em uma leitura de Tico Sta Cruz tão cedo.

Camila Márcia

site: www.delivroemlivro.com.br
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Jéssica 25/10/2014

Hora da Leitura - Resenhando
Um bancário cansado de sua vida certinha e pacata entra de cabeça em um relacionamento com Lore, uma enfermeira sadista. Lore era tudo o que ele queria naquele momento. Eles tinham uma bela química sexual e os caprichos dela tiraram o rumo do banqueiro. Eles largaram tudo: Emprego, Família e Amigos.Saíram pela estrada espalhando rastro de sangue - muito sangue -, sexo, drogas e loucura.

"Lore dizia no meu ouvido que se lembrava do dia em que transamos pela primeira vez em sua casa e isso a fez desejar repetir a sensação, tudo por conta do fetiche que tinha com a imagem do sofrimento do filho de Deus. Aquilo parecia insano, bizarro, psicótico".

Lore agia naturalmente. Não se importando de tirar a vida de nenhum ser humano. A única coisa que ela se importava era com os animais. E foi nos andanças do caminho que eles recrutaram um coelhinho branco para seguir viagem com eles. Outra integrante do grupo foi Milene. Uma mulher de cidade pequena que aparentemente era uma pessoa certinha, mas no decorrer da história, se mostra como a possuidora de uma das mentes mais perturbadas que eu já vi.

Eles conseguiam dinheiro a base do roubo. Não se importavam de onde ele iria vir. Um dos assaltados fora um pastor. Que estava andando com um saco de dinheiro nas mãos enquanto conversava com uma mulher.

"O pastor pegou o saco plástico o entregou nas mãos de Lore. Ela jogou o saco no carro e libertamos o casal. Sussurrei no ouvido da acompanhante do pastor que, se avisassem a polícia, encontrariam o capeta sentado na poltrona onde ela fazia sexo com aquele sem-vergonha"

As palavras usadas durante o livro são fortes e até mesmo o desenrolar da história. Se você não curte leitura onde o palavrão rola solto, o sexo, e mortes a quase cada capítulo, eu aconselho você a não ler. Porém, se você não se importa com isso e gosta de um livro com uma bela crítica social, política e da situação do Brasil, eu aconselho vocês a lerem. Muitas passagens do livro me faziam assentir. É a realidade contada de uma maneira mais impactante. Realidade econômica, religiosa, política, sexual e das drogas. Os capítulos são pequenos e você consegue lê-los rapidamente. Cada capítulo praticamente tem uma imagem.

"Certa vez uma pessoa me disse: "Droga é uma droga". Então eu lhe disse: "Tudo bem, quando você estiver doente, coma um bombom por que bombom é bom".

Durante a leitura eu ficava me perguntando o que levaria uma pessoa que tinha uma vida tranquila a seguir uma pessoa como Lore daquela maneira. Acredito que a resposta está na pressão que sofremos na sociedade. Alguns mais do que os outros. A pressão que sofremos de que não podemos sair da linha por nenhum momento. Somos a pólvora e só precisamos de uma pequena faísca para explodirmos.

"- Essa gente tá nem ai pra isso, não! Eles só votam porque são obrigados! Acho é bem feito! Já trabalhei em posto de saúde e sei qual é a realidade. Se tiver a cervejinha e o futebol no fim de semana, não importa se os filhos estudam ou se precisam ficar horas em uma fila de hospital. Não vê? Eles enfrentam a polícia, aglomeram-se para torcer por seus times de futebol, mas quando precisam se juntar pra reivindicar seus direitos, onde eles estão?"

site: http://horadaleitur.blogspot.com.br/
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Marcos Pinto 23/10/2014

Drogas, violência, sexo e crítica social
Um bancário, dono de uma vida monótona e chata, encontra uma mulher sagaz e sensual. Ele resolve fugir do tédio ao lado de Lore, porém nem imagina que sua vida será mudada completamente. Com ela, ele embarca em uma viagem sem destino e sem volta, vivendo um dia de cada vez. Nesta viagem não existem regras e juízos de moral, apenas vontades satisfeitas.

Para conseguir dinheiro, eles precisam roubar. E, aos poucos, os escrúpulos escorrem pelos dedos e se perdem completamente. Eles se tornam ladrões violentos e serial killers. A viagem passa a ser regada por drogas, sexo e prazeres diversos. Porém, os caminhos do mundo podem ser mais perversos do que eles imaginam.

No meio dessa viagem alucinada, eles encontram mais uma tripulante para a sua comitiva: Milene. Porém, o que nosso protagonista não imaginava é que essa nova viajante fosse tão parecida com Lore em suas loucuras. O trio está formado e a estrada será banhada a sangue.

O motorista parecia nervoso, o que me deixou atento. Peguei um bastão de ferro e fiquei à espreita. Percebi quanto o ajudante do motorista deu a volta no carro. Ele quis atingir Lore com uma pedra que pegara no acostamento. Ela estava tão conectada com aquilo tudo que, antes de desviar da pedra atirada pelo assistente, deu um tiro certeiro entre os olhos do homem ao volante (p. 8).

Tico Santa Cruz, em seu terceiro livro, nos apresenta uma história diferente. Não tem fantasia, apesar dos personagens não serem reais; não é um livro de terror, apesar de a vida real ser assustadora. Tico nos mostra a realidade nua e crua e isso reflete na linguagem usada na obra: tão crua quanto a realidade. Porém, acima de uma história, o livro é uma crítica escarrada.

Não é segredo para ninguém que o Brasil é um país com muita coisa para ser ajustada. Tico aborda exatamente isso, colocando o dedo na ferida: ele critica o governo, políticas públicas quanto às drogas, a monotonia e a rotina estressante da cidade, preconceitos múltiplos, inclusive o religioso, o esquema eleitoral e, também, o envolvimento de famosos e poderosos com o tráfico.

Para dar conta de tudo isso, o autor utiliza-se de personagens profundos e politicamente incorretos. Eles falam o que pensam, fazem o que sentem. Primeiro vem a vontade e depois a consciência. Todos os personagens principais têm essas características, apesar de em gradações e níveis de consciência diferentes, tornando-os únicos.

Ninguém tem o direito de me dizer o que devo ou não fazer com meu corpo ou com minha mente. Já não sou mais adolescente e isso não é uma atitude de rebeldia como pode parecer. Além do mais, se esses políticos podem encher a pança de uísque e relaxar, por que eu não posso fumar meu beck? (p. 46).

Outro ponto interessante e que agregou muito valor à obra foi a narração em primeira pessoa, o que nos permite conhecer melhor o protagonista. Entendemos seus medos, seus receios e sua vontade de se libertar. Suas opiniões fortes também ficam nítidas através desse tipo de narração.

Como já dito, a linguagem do livro é crua e direta, deixando a leitura ainda mais rápida. Há alguns palavrões no livro, mas nada demasiado. Todos eles foram colocados no texto de forma inteligente. Há também algumas cenas hot, mas, como não estão em excesso, não devem incomodar quem não curte esse tipo de literatura.

Pólvora nos proporciona uma leitura rápida e com altas doses de realidade. Dá para ler o livro em um dia apenas, tranquilamente. Para quem gosta desse tipo de literatura, o livro é mais do que indicado. Vocês não vão se decepcionar.

Essa gente não tá nem aí para isso, não! Eles só votam porque são obrigados! Acho que é bem feito! Já trabalhei em posto de saúde e sei qual é a realidade. Se tiver a cervejinha e o futebol no fim de semana, não importa se os filhos estudam ou se precisam ficar horas numa fila de hospital (p. 51).

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/10/resenha-polvora.html
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