Juwão 29/10/2014
A espada de Kuromori
O primeiro livro adquirido na Bienal, me seduziu pela capa feat personagem presente no evento. Era uma japa girl equipada com uma espada em um macacão a lá motoqueira, soube depois que tinha um oni por lá também. Não sabe o que é ONI? OMG! Eu também não sabia, descobri com o livro.
Lançado pela Brinque-Book, sob o selo Escarlate, é o primeiro livro de Jason Rohan. O cara era roteirista na Marvel ,siiiim, aquela dos X-mens, Wolverine e Homem de Ferro; então sente o nível do que esperar do livro.
Bajulações à Marvel a parte, o livro conta a história de Kenny Blackwood, um garoto inglês, que mora nos EUA e vai passar as férias no Japão. Super normal, quem nunca? Mas ai que ta o X, já no avião coisas acontecem, e Ken-shan começa a descobrir coisas que até então eram absurdas, como ver seres que ninguém vê (não fantasmas, mas seres da mitologia japonesa) , como Poyo, Onis e Deuses orientais.
Ao desembarcar, ele é preso, interrogado, privado de ver seu pai e ainda tem que ver Onis e achar que é normal, mesmo não sendo. Nisso é resgatado por Kiyomi, a japa girl que tava lá na Bienal.
Papo vai, papo vem, Ken descobre que cabe a ele evitar a destruição do lado ocidental do mundo. Mas, até ele descobrir e entender, muito aprendizado de cultura oriental é passado a ele e a quem lê também. Inclusive aprendi alguns números e palavras em mandarim. E usei muito o glossário que vem no final.
Para Kenny evitar o desastre, ele precisa resgatar a espada de Kuromori, que é Blackwood, seu sobrenome, em japonês (Kuro quer dizer black e mori quer dizer wood: Floresta Negra. Só faltou a cereja hahaha) e realizar uma façanha com ela, que não contarei, afinal, já solto muito spoile, mas o final do livro a gente não conta.
Muita aventura e ação acontece até o desfecho, mas fiquei surpreso pelo toque de flerte adicionado, afinal Ken-shan e Kiyomi tem 15 anos.
A história, teria tudo para ser o tipo clássico Marvel, DC onde o mundo está pra ser destruído, um super-herói com poderes aparece e mais uma vez o mundo foi salvo, graças as meninas super poderosas, mas A espada de Kuromori foi além disso.
Em vários momentos do livro, me peguei analisando cultura ocidental versus cultura oriental, e como a personagem principal, Kenny, reage entre esse choque cultural, afinal, seu cérebro e costumes são americanos, mas toda sua história, realizações e ações se dão em uma base oriental, com costumes, hábitos e cultura diferentes, desde comida, fala, escrita, crenças e até mesmo pensamento.
Ganhou o cantinho dos livros especiais na prateleira.
AH, e no final vem o começo do próximo livro O escudo de Kuromori, que não li pra não passar vontade até o lançamento, que vai demorar, afinal, esse acabou de sair do forninho.
E ai, já descobriu o que é Oni? Não joga no google não, lê o livro, é bem mais legal como ele é apresentado lá.
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