Queria Estar Lendo 05/12/2014
Resenha: Thorn Queen
Thorn Queen é o segundo volume da quadrilogia Dark Swan, da Richelle Mead, e pode ser traduzido em algo como Rainha de Espinhos. Infelizmente o livro não vai ser traduzido no Brasil no momento (a editora Agir fez o anúncio há um tempo já), mas a ansiedade para saber a continuação da história de Eugenie, Kiyo e Dorian foi tão forte que eu e li ele em inglês mesmo.
A Continuação de Filha da Tempestade traz uma Eugenie ligada a Terra Thorn, aquela que ela tomou após a morte do rei Aeron (sério, continuo pensando nele como um Targaryen sempre que falo/escrevo o nome). Eugenie não gostou nada de ser enganada por Dorian no final de Filha da Tempestade para que reclamasse a terra, mas agora que o fez sente-se cada vez mais atraída pelo Outro Mundo.
A verdade é que agora a magia de Eugenie está ligada a terra e ela, assim como o Reino, sofre quando passa tempo longe demais do outro lado. Tentando esconder sua nova atividade como rainha de uma terra no Outro Mundo dos pais, continuar a trabalhar no mundo humano e impedir as investidas dos seres mágicos que querem engravidá-la a todo custo e se tornarem os pais daquele que governara ambos os mundos, Eugenie precisa de muito jogo de cintura - além da ocasional ajuda de seus amigos, Tim e Lara.
No livro dois o relacionamento de Kiyo e Eugenie se desenvolve mais e podemos ver claramente a irritação dele com o fato de que Eugenie está ligada a terra Thorn e, consequentemente, passando mais tempo no Outro Mundo. Enquanto isso, no reino dos Nobres, Dorian está mais do que satisfeito em aparecer pelo reino de Eugenie a qualquer momento e em ser um aliado para ela - além de adorar despertar sentimentos confusos nela.
"Nada disso aconteceu, ok? Nada disso."
Suas sobrancelhas se elevaram. "Mesmo? Porque eu podia jurar que algo aconteceu quando a minha mão estava entre seus-"
"Não!"
- Dorian e Eugenie
A dark swan tenta passar o menor tempo necessário no outro lado, mas quando garotas de seu reino começam a desaparecer, é hora de Odile entrar em ação e descobrir o que está acontecendo e onde essas garotas estão.
Eu li esse livro muito rápido e com muita vontade. Arrisco dizer que é o meu livro preferido na série. Os sentimentos de Eugenie estão claramente em conflito. Ela tem um enorme poder dentro de si, mas todos que ama não só temem esse poder, como repudiam e esperam que ela reprima seu lado nobre - aquele que, diga-se de passagem, ela não tem culpa nenhuma de possuir. Ao mesmo tempo, quando está na Terra Thorn, Eugenie é tratada como a soberana poderosa e temível que é.
"É fácil desejar paz e amor em situações hipotéticas - mas então a realidade aparece, e as vezes precisamos fazer o que é feio."
Preciso frisar aqui que fiquei extremamente irritada e decepcionada com alguns personagens nesse livro, especialmente com o final do livro quando aquele big spoiler acontece e praticamente ninguém quer tomar uma atitude a respeito. Enquanto Kiyo fica julgando a Eugenie e insistindo para que ela não use seus poderes - o que eu acho uma grande tolice, pois já vimos a força do poder dela e estrago que pode causar se ela não conseguir controlá-lo -, Dorian permanece como o único que a incentiva a abraçar ambas as suas heranças, a humana e a nobre. Eugenie não pode escolher entre ser apenas uma coisa e a constante reprimenda que recebe daqueles que ama no mundo humano me deixou frustrada, ninguém parecia interessado em entender e ajudar ela!
"Não," eu disse calmamente, sentindo toda a energia fugir de mim. Eu estava cansada. Tão, tão cansada. "Eu não quero uma guerra. Eu... Eu não posso iniciar algo assim."
Então, pela primeira vez até agora, Dorian falou."Eu posso." ele disse.
Aqui vemos um pouco mais de Volusian e da relação de ódio e obediência que rege os encontros deles. Teve pontos na história em que eu cheguei a prender a respiração, sem saber o que esperar dele, para ser sincera.
"Eu não quero nem desejo sua gratidão, ama. Eu não quero nada nesse mundo, a não ser a sua morte."
E o final, oh Deuses, o final! A força, o amor e a motivação, a fragilidade e a vulnerabilidade, partiram meu coração, ao mesmo tempo em que cataram os pedaços e colaram tudo juntinho de novo.
E o gancho para o terceiro livro? Incrível! Nota quatro para o livro mais bem bolado dessa série. Só amor define.
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