RPericelli 24/05/2020Farol-guia de representatividade nos relacionamentosRelacionar-se é permitir trocas, estar à disposição de outra pessoa e com ela compartilhar altos e baixos, desavenças, dificuldades, amizade, respeito e amor. Sob a heteronormatividade um relacionamento complicado, cheio de dúvidas e questionamentos dos envolvidos pode ser analisado e interpretado com base em tudo o que assimilamos de nossa criação, das mídias e da cultura que consumimos.
Em relacionamento heterossexuais, lidar com suas próprias dúvidas e com as do parceiro já é complexo; o relacionamento homoafetivo, muito pouco explorado em todos os meios dos quais somos diariamente bombardeados, surge como algo tão complexo quanto, e que deve ser trabalhado na sociedade moderna.
Apesar de curtas, a variedade das histórias retratadas por Klecius Borges, baseadas em suas análises clínicas, servem como lentes para que entendamos que as complexidades de relacionamentos homossexuais se equiparam a quaisquer “relacionamentos-padrão”. Seus relatos são pequenos faróis-guia, referências, que ajudam a iluminar a natureza do relacionamento homoafetivo e a ressaltar como a homofobia, a falta de representações sociais e, muitas vezes, a dificuldade de autoaceitação podem dificultar a criação de relacionamentos saudáveis, hoje ainda restritos às barreiras da orientação sexual.