Ju 06/08/2014A Guerra dos Fae: Chamado às ArmasEu quero matar a autora! Ela sabe que fez algo praticamente imperdoável terminando o livro como terminou, tanto que na página seguinte pede desculpas e diz que não consegue evitar o suspense! E a série já foi finalizada, então nem isso pode salvá-la da minha fúria! rs... Acho que estou convivendo muito com a Jayne, a protagonista desta história, ando bem esquentada e temperamental... hahaha...
Adorei o primeiro livro da série, mas este me conquistou ainda mais. Ele não tem tanta ação quanto o primeiro, mas a autora conseguiu minha completa atenção durante todo o tempo. Neste volume ela nos apresenta o mundo dos Fae, que, para quem ainda não sabe, são seres sobrenaturais de todos os tipos, como elfos, bruxas, íncubos, súcubos, sereias, ninfas, anões, duendes... além de seres sobrenaturais dos quais eu nunca tinha ouvido falar, e que vocês terão que ler para conhecer. Fora que até os que nós já conhecemos algumas vezes nos são apresentados de forma bem diferente da usual - por exemplo, há mais de uma raça de elfos, cada uma com poderes específicos.
Em Chamado às Armas, as personagens principais embarcam numa jornada de autoconhecimento. À medida que se veem inseridas em um lugar novo, passam a conseguir olhar mais para dentro de si mesmas e entender quem são. Algumas mudam bastante suas atitudes, mas mantendo a parte importante, aquilo que as define como pessoas.
Como a narração é feita pela Jayne, vamos descobrindo junto com ela coisas sobre os Fae e seu mundo. Eu me sentia tão encantada quanto a personagem com algumas revelações, e podia entender a revolta dela quando lhe escondiam alguma informação importante. Me envolvi tanto que só percebi que não tinha marcado nenhum quote quando terminei de ler.
Este livro faz a gente parar para pensar sobre coisas bem importantes; toca no assunto de que a guerra não é exatamente entre o bem e o mal, e sim entre dois pontos de vista diferentes. Algumas pessoas acham mais importante proteger tudo e todos a seu redor; outras têm em si um instinto muito forte de autopreservação, que lhes faz agir movidas pelo medo e pela incerteza. Elle Casey também nos mostra o quanto julgar alguém pela aparência pode dificultar nossas vidas - ou o quanto não se deixar levar por isso e decidir se abrir para o novo pode facilitá-las.
A capa é linda, mas não concordo muito com a roupa da garota. Fora isso, está perfeita. Houve um cuidado todo especial com a diagramação e com a revisão, como aconteceu no primeiro livro. Não encontrei erros e dá gosto olhar para as páginas, de tão lindo que ficou o trabalho!
Por mais que o título dê a entender que nesse volume seria mostrada uma batalha (pelo menos era o que eu esperava), não é o que acontece. A autora optou por relatar apenas a preparação para esse momento.
A série é composta por quatro livros, todos já publicados no exterior. Por enquanto, só os dois primeiros chegaram ao Brasil. Espero que a Geração publique logo os outros dois, porque o final de Chamado às Armas é completamente desesperador. Espero que vocês leiam logo e me acompanhem nessa angústia. =)
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