Contos e Crônicas do Absurdo

Contos e Crônicas do Absurdo Rô Mierling




Resenhas - Contos e Crônicas do Absurdo


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Mary 10/07/2014

Livro Inspirador!
Eu já tinha lido livro de contos, mas eu era muito pequena e não mais adquiri um novamente. E para minha surpresa a vida prega peças e conhece a fofa Rô Mierling a qual já possui vários anos de carreira e um vasto conhecimento literário e escreveu esse livro e me trazendo de volta a minha infância não com as histórias mas com o tipo de tema abordado de pequenas histórias que te envolvem com poucas linhas.

Voltando ao livro (rsrsrs).
Começamos a leitura com a luta da autora pela sua paixão: os livros.
Eu simplesmente me surpreendo, pois ainda não tinha lido nenhum livro de contos nacional (desculpa para quem já leu vários) e ele me agarrou de jeito.
O livro no primeiro instante vem os contos e que contos. Podemos perceber a grande semelhança com nosso cotidiano o que nos deixa muitos próximos das situações citadas. Muitos deles levei para o meu lado pessoal como: Despreocupada, Cega, Água e Óleo e Amizade Colorida. Não toda a história, mas alguns trechos mexeram bastante comigo e até tirei grandes lições para a vida depois que li.

Quotes:

“A mocinha gordinha, que era estudante, virou mãe de família passando seus dias ajudando a sogra nos afazeres domésticos e esperando o rapaz pescador voltar do mar (pág. 27)”.

“Mas Sonia não aceitava, ela agora amava muito e muito. Não era mais paixão, era amor louco, estranho, dependente. Ela amava aquele sorriso fácil dele. Amava, simples assim. Para ela, quem ama protege, defende e acredita. (pág. 78)”.

A segunda parte é dedicada as Crônicas que assim como os contos são focadas no dia-a-dia das pessoas e do mundo. O que mais gostei foi Menina Assassina nossa eu ri tanto que minha barriga doeu.
O livro contem um conto que foi premiado este ano pela Câmara Brasileira de novos Escritores que foi o Desencontros e uma crônica que foi premiada no 20º Concurso Literário Internacional de Poesias, Contos e Crônicas – Alpas 21 deste ano com o nome de Marcas de Caráter.
Se você ficou curioso(a) para saber um pouco mais dessas histórias e vê em qual você se encaixa.

site: http://minhasprimeirasimpressoes.blogspot.com.br/2014/07/resenha-isso-nao-e-normal-contos-e.html
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Sabrina.Messi 19/06/2014

O lado divertido, sombrio, e estranho do ser humano. O absurdo de casos reais contados por Rô Mierling
"De início a autora conta numa introdução, ou como alguns chamam de prefácio um pouquinho da sua história, e acredite, aí já me fez chorar, porque quem me conhece sabe que gosto de chorar..rs. Esse pequeno pedacinho da vida dela, me fez lembrar de um dos meus livros favoritos: A menina que roubava livros. E dali em diante foi só surpresas. Começamos pelos contos: [Destaque para]:

Nos braços do pai (um filho que luta pela atenção do pai e tem um fim surpreendente)

Anormalidade (a moça que não se encaixa nesse mundo torto e tenta se encontrar na sua própria realidade)

Amizade colorida (A sociedade preconceituosa e com princípios religiosos errados que separa um casal com um futuro promissor)

Cega (uma mulher que prefere estar alheia à verdadeira personalidade do cruel homem que ama, trazendo consequências irreparáveis pela sua escolha)

O remédio (a moça atormentada por seus medos e vazios que não consegue encontrar a solução para sua paz mental e espiritual)

E vou confessar à vocês, meu conto favorito foi: O bilhete (uma menina que por não saber ler, já que sua mãe não quer que ela aprenda, é enganada por um homem com segundas intenções, alegando que sua mãe lhe deixou um recado para que seguisse com ele). Pode ser que você não goste tanto quanto eu, mas eu adorei o final..rs.

Claro que todos os outros são incríveis também, mas esses me tocaram muito.

Logo vem as Crônicas. Sinto até dificuldade de citar as melhores pois foram incríveis, mas mesmo assim… [Destaque para]:

Fidelidade desprezada (o caso típico do descaso com o consumidor – e eu já passei por isso!!!!)

Marcas de caráter (mais um caso de uma sociedade hipócrita que “julga o livro pela capa”)

Big Brother (a invasão que sofremos através do Facebook, e a nossa vida exposta na rede social)

Necessidades e desejos (duas questões que parecem ser a mesma coisa dependendo da situação, mas na verdade não é, definitivamente não é)

Minha crônica favorita foi Vaga livre (fala sobre o desrespeito, o livre arbítrio e no poder que mídia exerce para inverter os papéis entre o vilão e mocinho)

A autora escreve e descreve os fatos com maestria e excelência, de quem já tem muita experiência na bagagem. Faz de mim, de você, do leitor, uma observador da história, uma testemunha ou até um cúmplice dos absurdos narrados. Obra digna de 5 estrelas." 

Alguns Quotes:

"AH! O beijo. E que beijo! Ainda hoje Chil lembra e sente o gosto do beijo proibido, guardado, e nunca mais repetido. - Amizade colorida"

"Na espreita, vendo a menina ir sozinha ao mercado uma vez por semana, um homem de aparência estranha, a seguia com o olhar, cobiçando seu corpo de menina. - O bilhete"

"Ela sorri como que em delírios e a paz toma conta de todo o seu ser. Suavemente ela se deita na cama, sorrindo adormece, sentindo-se curada. - O remédio"


site: http://meuclubedaleitura.blogspot.com.br
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Lana Gomes 02/07/2014

Intenso
Acompanhei toda a gestação deste livro desde a sua concepção. Tenho a sorte de ser amiga da escritora e sei bem o quanto ainda há dentro desta mente inquieta e criativa, apenas esperando o momento certo para chegar a nossas mãos em forma de livro. Rô Mierling é intensa em seu viver e seu livro de estreia no mundo encantado das letras não poderia ser diferente.
Contos e crônicas não são textos que atraem a muitos, Rô ousa ao escrever sobre o absurdo de se viver em um mundo de absurdos, e faz isso magistralmente através de contos e crônicas com uma escrita simples (não confunda com simplória de forma alguma) e direta. Ela escreve como fala. Durante toda leitura do livro foi como se ela estivesse sentada ao meu lado no carro (sim, li durante uma viagem à capital) e ali estivesse me contando os fatos em uma longa e agradável conversa entre amigas.
Chorei, gargalhei, senti o peito oprimido, doeu em poucos, mas com sentimentos diversos presente em todos.
Como não se comover com a moça que furta por sobrevivência, ou com a criança que sai porta a fora e nunca mais é vista, ou ainda com a ignorância plena da menina que não sabe ler?
São pequenos relatos carregados de emoção verdadeira. Ouso dizer que muitos deles foram escritos às lágrimas, porque se não conseguimos ler sem chorar, mais doloroso ainda foi relatar. A autora consegue fazer comédia a partir da irritação, comoção a partir da alegria, e o mais importante de tudo, questionamento sobre absurdos a partir de fatos tidos como normais, nesta sociedade absurda em que vivemos e padecemos. Ao ler muitos dos Contos eu me lembrei da voz grave de Cássia Eller entoando: “o mundo está ao contrário e ninguém reparou”.
Não creio que seja uma leitura que agrade a todos, o tom ácido e cruel muitas vezes é mal interpretado. As pessoas preferem os romances “água com açúcar”, talvez para adoçar suas vidas amargas. Lamento pelos que começarão a ler e largarão o livro antes do fim. Ácido e cruel não é o tom de Rô Mierling. O Tom dela é sutil e delicado. Ácido e cruel é o mundo de absurdos que ela relata. Dói ler o que cansamos de ver, mas é necessário. Este livro me fez enxergar alguns absurdos que minha visão contaminada estava enxergando como algo normal. Não. Isso não é normal! Não há normalidade nos habitantes daquele telhado, nos fofoqueiros virtuais, nos desencontros...
Após a leitura parei pra pensar um pouco sobre o que mais gostei no livro.
Das Crônicas ou dos Contos? Sinceramente? Fiquei sem resposta.
De qual Crônica ou de qual Conto? Não gostei de me questionar a respeito.

O elemento surpresa do ápice final de cada um, desde o primeiro, me fez desejar pelo final de cada próximo.
Na medida no que diz respeito à quantidade de páginas. A brevidade da leitura, devido as suas pouca páginas, nos faz ansiar pelo próximo e apenas corrobora o fato de que crônicas e contos são para serem lidos brevemente. Interessante como a brevidade dos textos não significa, neste caso, falta de profundidade.
É desses livros que vamos ler e ler e ler e ler e ler... Incansavelmente!
É desses livros apaixonantes, desses que falamos para todos e presenteamos a muitos!
É desses livros pelos quais muitos se apaixonam e poucos odeiam!
É desses livros que só largamos ao terminar e, eu particularmente, sempre após terminar cada leitura, abraço o livro e agradeço a Deus pelo dom da escrita com o qual Ele presenteou o autor. Com este não foi diferente.
Lana Gomes


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Rob Ferreira 09/07/2014

Confesso que não costumava ler muitas crônicas e contos, mas quando recebi o livro fiquei encantada pelo jeito realista da autora escreve-los. Senti-me próxima de alguns personagens e isso o tornou especial. Essas crônicas e contos são baseados em pessoas reais. Poderia ter acontecido comigo, com a minha irmã ou até com o meu vizinho. Você sente essa proximidade. É difícil descrevê-lo, pois mexeu com os sentimentos que eu nem sabia que possuía. Se colocar no lugar do outro é algo que precisa ser trabalhado e pude trabalhar esse meu lado lendo esse livro. É um livro muito bom que merece um destaque especial. Fiquei muito feliz em poder participar desse Book-Tour e conhecer os pensamentos da Rô. O jeito que ela via o mundo que a cerca. Emocionei-me. Ri. Chorei. Ler esse livro deixou meus sentimentos misturados, bagunçados, mas me senti feliz quando cheguei ao final dele. Ele me deixou sua marca.

Não conseguiria deixar de destacar os contos e as crônicas que mais mexeram comigo. Precisava deixar um gostinho de quero mais... Esses foram os que mais mexeram comigo.
Contos

Nos Braços do Pai: um filho em busca do amor do pai.
Despreocupada: foi mãe muito cedo e agora enfrenta algumas dificuldades.
Riacho da Inocência: o primeiro beijo, o primeiro amor... Ou não.
Cega: uma mulher que finge que não vê a personalidade cruel do homem que ama e que carrega as consequências da sua escolha.

Crônicas
Fidelidade Desprezada: aquela frase “só dá valor quando perde” se encaixa perfeitamente aqui.
Menina Assassina: dei bastante risada e me identifiquei com a parte de que o pai não deixava a menina sair de casa e ela pede ajuda da mãe.
Marcas de Caráter: onde você guarda seu preconceito?
Big Brother: o Facebook é meu e eu posto o que eu quiser.

Gostei bastante desse livro e foi um prazer enorme dividi-lo com vocês. A autora usou coisas do cotidiano e me fez participar do livro, observá-lo e o mais importante... Descobrir quem eu realmente sou e o que eu sinto. Despertou em mim o olhar mais detalhado e uma escuta sensível ao mundo e ao meu dia-a-dia.
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Luan 17/07/2014

Resenha Feroz: Isso não é normal! Contos e Crônicas do Absurdo - Rô Mierling
Resenha Feroz!

"Nunca deixe de verificar se sua porta ou janela está trancada, o vento que adentra pode trazer maus ares."


Contos - O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total. O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Ao escritor de contos dá-se o nome de contista.


"A anormalidade no mundo normal? O que seria o anormal?"

"A amizade que separa? Cores diferentes?"

"O olhar do amor? Onde os olhos não veem, mas o corpo senti?"

"Rosas? Ela gosta de rosas brancas?"

" Nada é normal, tudo é um absurdo!"




O que podemos falar dos contos do livro de Rô Mierling?

Bom, vamos falar dos contos que ela escreveu: são contos que retrata acontecimentos totalmente absurdos do dia-a-dia. E se vocês os lerem podem falar que alguns são total imaginação da autora, mas creio eu que não, o que ela retrata em seu livro é uma total realidade, claro que com um pouco de ficção.

O pouco de ficção que encontramos no contos, somente serve para dar uma magia e deixa los mais interessante do que já são, e observando bem, podemos ver que tem casos que acontecem em nossa volta, casos esses que podemos ver todos os dias na televisão, só que totalmente desprovidos de ficção, é a pura realidade.

Rô, consegue se expressa muito bem em seus contos, deixando claro sua revolta. Como ela mesmo disse, o livro conta a realidade dos fatos, respeitando os indivíduos que participaram. O que podemos concluir nos contos de Rô Mierling?

Podemos concluir que, ela conseguiu reuni muito mais que apenas contos, e sim realidades que podemos identificar em cada esquina, em cada casa. Ela somente nos mostrou um pouco mais, nos deixando a par sobre o mundo em que vivemos hoje, onde finais felizes, são raridade.

"A vida pode ter surpreender com os mais absurdos acontecimentos, prepara -se, pois o seu amanhã pode ser um fato histórico."



Crônicas - Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados a arte, esporte, ciência etc.




"Serio? Ele fez isso?"

"Sera? Devo confiar?"

"Que horas? Daqui a pouco estou ai."

"Você vai? Vestida assim?"

"O anormal que é considerado normal!"




O que podemos falar das cronicas do livro de Rô Mierling?

Não tenho muito a dizer sobre as cronicas, eu percebi que Rô os escreveu para nos fazer refleti, pra nos fazer entende que certas coisas são normais, outras nem tanto. Ela nos faz pensa como as pessoas se sentem quando agimos de uma certa forma que deveria se errada, mas na sociedade moderna é normal.

Gostei como ela nos monstra coisas que, pra muitos é normal, só que não é. A sociedade de antigamente, tinham costumes que hoje não valem de nada e coisas que consideramos "normais" pra outros são uns absurdos.

Ela nos faz ver que, devemos aprestar mais atenção ao nosso redor e tenta distingui o "certo" do "errado". E não confundir nem um nem outro.


Entrevista com a escritora:


Rô Mierling, o que considera mais importante na sua vida?

R - Deus, meu filho e meus livros.

Rô, você já me disse que viu livros que você escreveu pra outros "escritores" em livrarias, certo? O que você sente, quando ver obras suas sendo lidas por uma gama de leitores e não podemos dizer que foi você que escreveu?

R - No começo era difícil, mas depois me acostumei, é meu trabalho, ajudo escritores com contextos, ideias, revisões, faz parte da minha profissão, eu recebo e desapareço.

Eu vejo que seu livro está fazendo um sucesso muito grande. Quais seus sentimentos, quando ver seu talento sendo reconhecido?

R - É gostoso, é motivador saber que apesar da grande dificuldade que o mercado editorial brasileiro impõe aos escritores iniciantes, temos leitores que dão valor ao nosso trabalho.

Quais foram as pessoas que lhe deram força para prossegui nessa jornada que está percorrendo?

R - Meu marido é meu grande motivador. E alguns amigos que conquistei nessa estrada literária.

O que tem a dizer a seus leitores?

R - Muito obrigada, vocês me ajudam a ser mais e mais feliz.


Bom, essa foi uma entrevista com a Escritora, Ghost Whiter e Revisora Rô Mierling.




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"Todos os dia era a mesma coisa na vida da pequena Alice: frio na espinha, arranhões e gritos."

Quando recebi o livro em minha casa, eu comecei a folheá-lo e minha curiosidade venceu e me fez começa a leitura na mesmo instante, resultado: Terminei de ler em 3 noites, isso, três noites.

Como o livro é de contos e cronicas, são de vários gêneros e são abordados diferentes temas, mostrando diferentes visões de determinado acontecimento. E é interessante como a pessoa se sentiu, já que o livro é baseado na vida real. Você acha que está lendo algo do imaginário da autora, mas não, você está lendo a realidade com um pouco de ficção.

"O medo é seu inimigo na busca da felicidade"

Olha, os contos são de uma intensidade incrível. Mas, eu achei que poderia ter tido mais finais felizes, mas está bom do jeito que está.


Os personagens estavam.... PERFEITO! Adorei cada um, mesmo sendo bom ou ruim, mostrou com clareza como cada um é, sem esconde nada. Pude percebe que, cada personagem foi "criado" com o proposito de nos mostra a verdade dos fatos.

"A solidão sempre vai te procurar, esconda-se nas páginas de um bom livro."

O que eu posso falar de Rô Mierling? Ela é ótima, como autora, como pessoa. Eu a conheci em uma promoção que eu, ela e outros blogueiros fizemos, e foi nessa promoção que me tornei parceiro e amigo. Ela sabe escreve muito bem, tudo que escreve lemos em fração de segundos. Seus textos são sucesso dentro e fora do Brasil, e ela já escreveu vários livros, porém não pode se reconhecida, já que escreveu pra outros "escritores".


A capa é linda, enigmática e com um nome de deixa qualquer um curioso. A diagramação é perfeita e sem erros na revisão. O livro é perfeito!


"As experiências que vivo me dão material de sobra para meus contos e crônicas, pois não falo do que nunca vi ou nunca vivi. Primeiro olho para mim mesma, para depois olhar para o lado."

site: http://lendoferozmente.blogspot.com.br/2014/07/resenha-feroz-isso-nao-e-normal-contos.html
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Tham (4 You Books Mania) 22/07/2014

Impressionante e Irônico
Uma análise da vida real e uma pitada de ficção é o que encontramos no livro da autora Rô Mierling. Com base em fatos reais a autora nos passa através de Contos e Crônicas histórias do mais variados gêneros, que nos capturam por serem muito semelhantes a nossas vidas! São 23 Contos e 13 Crônicas, que abordam temas como violência, romance, primeiros beijos e amores e muito mais.

“Eles andavam sempre juntos, amigos de verdade. O que ela sentia por ele era diferente de tudo que já havia sentido por qualquer outra pessoa.” – Amizade Colorida..

“ Esse problema psicológico é sério e deve ser respeitado e tratado e se é citado nessa crônica jamais o é por desprezo e sim por ampla consideração da seriedade dessa doença.” – Cidade Bipolar.

Não tenho palavras para dizer o quanto o livro é bom e de uma maneira que até as pessoas que não costumam ler podem apreciar. Sua escrita fácil e com um pouco de ironia, o que nos deixa mais interessados no que possa acontecer em cada pedacinho de seus textos.

Confesso que não tinha até então lido livros iguais a este, pois de uma maneira geral ele me conquistou desde seu primeiro conto, fazendo com que eu começasse a refletir sobre o que acontece e que mostrados na televisão deixam de ser interessantes e que de uma maneira bem escrita nos deixe cada vez mais curiosos. Recomendo este livro não só para os leitores assíduos, mas para todas as pessoas que vivem!

site: http://4youbooksmania.blogspot.com.br/2014/07/isso-nao-e-normal-contos-e-cronicas-do.html
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Cameron 04/08/2014

{RESENHA} Contos e Crônicas do Absurdo
Não sei exatamente como começar a falar sobre este livro, já que ele não é um romance, onde temos personagens centrais e o desenrolar da história durantes as tantas páginas, mas sim um livro cheio de personagens com suas histórias resumidas em poucas páginas. Bom... Vou falar o que digo para todos os que me perguntaram sobre o que se tratava: É um livro de contos e crônicas que fala sobre casos que você não imagina que aconteça na vida real, casos que não estamos acostumados a ouvir, ler ou ver constantemente. É basicamente isso. Um livro com fatos anormais que irão te intrigar.

Digo que o título do livro já entrega o que irá encontrar pelas páginas que se seguirão, anormalidades, não são todos, mas existem uns contos que admito, fiquei de boca aberta alguns, em outros eu ri, e outros não me fizeram chorar, mas me fizeram sentir bastante o que o personagem podia sentir no momento. O que me deixou um tanto mais próximo da história. Existiram momentos durante a leitura em que fiquei com aquele pensamento na cabeça: "Nossa... Isso realmente aconteceu."

No início do livro, antes de começar os contos, até mesmo o índice, existe um "conto" chamado "O Nascimento de um Fantasma" que conta a história da nossa autora, e olha, eu sou desses que gosta de ler a apresentação dos autores, mas eu li todo o conto, não por interesse, mas pelo simples motivo de eu não conseguir largar a leitura. Cada página era algo novo que eu ficava "Woow." E quando percebi eu já tinha lido tudo. Assim eu percebi que estava pronto para encarar todos os contos e crônicas que estariam adiante.

O livro é dividido em 23 Contos e 13 Crônicas, onde nos contos, ela nos apresenta história e personagens variados, alguns engraçados, outros tocantes... Já nas crônicas é apresentado mais uma visão do que a autora pensa sobre coisas que considera absurda e concordei com ela em algumas crônicas com ela. Alguns dos contos que eu mais gostei foram esses:

Nos Braços do Pai: O conto fala sobre um garoto, chamado Carlinhos, que apenas queria o amor e a convivência com o seu pai, o que todo filho quer, pelo menos eu acho, só que o pai é muito ocupado com outras coisas para dar atenção ao seu filho, até que este garoto liga para o Centro de Defesa da Criança e do Adolescentes e as coisas meio que mudam. Bom. Não tenho muito o que falar, só digo que esse conto realmente me tocou e que não tenho palavras para o mesmo. E a frase no final do mesmo, foi muito engenhosa.

O Vazio: Fala sobre uma mulher que não sabia explicar o porque de sentir vazia por dentro, mesmo inteligente, bonita e tudo o mais, e mostra a busca dela para preencher o vazio que ela tanto sente. A história de Lena é muito bonita, e eu não podia simplesmente deixar passar uma história dessas, não é?

Anormalidade: Este conto simplesmente fala sobre uma mulher que se achava uma estranha no meio da sociedade, uma mulher um tanto digamos que antissocial, e então um dia, voltando a pé para casa, ela observa uma casa isolada, "longe" de tudo e todos, e decide se mudar para aquela casa, apenas com suas roupas e coisas básicas que alguém precisa para sobreviver. O conto não é só isso, existem outras coisas e um final que nossa, me deixou realmente sem palavras. Fiquei olhando para o ponto final durante um bom tempo, para depois passar a página.

Sobrevivência: Tenho que dizer que esse conto é realmente meio que anormal. Este é bem curtinho, mas você fica pasmo com o que se passa na situação. Eu se estivesse na mesma situação que Eleanor passou, eu faria ou igual, ou pior. Eu fiquei tipo: "Como assim, meu deus?!"

Eu poderia falar de todos os contos, porque todos são ótimos, mas... Como essa postagem ficaria muito grande... Decidi por falar apenas desses 4. Já as Crônicas... Eu dei destaque para três que me encheram os olhos:

Marcas de Carácter: Nesta crônica a autora fala sobre como julgam uma pessoa apenas por terem tatuagens em seu corpo, ou por ter uma cor diferente da que estão acostumada a ver. Eu simplesmente amei as colocações que foram postas.

Criança Onde?: Nesta crônica a autora critica sobre o que taxamos ser crianças e adultos. Porque algumas crianças agem como adultos e são tratadas como menores de idade, quando deveriam ser tratados da forma que realmente mereciam.

Vaga Livre: Não poderia não citar essa Crônica. Nela, Rô Mierling, dá a sua opinião sobre a força da mídia para iludir a massa dizendo para você quem é o vilão e mocinho, sendo que na verdade é o contrário.

Nessas Crônicas eu senti vontade de bater palmas para a autora, pela sua audácia de falar tudo o que sentia e expor em seu livro. Com certeza um livro que merece cinco livrinhos devorados!!

Recomendo: para todo mundo. Vale a pena ler, pelo menos dois contos você vai gostar, eu tenho certeza. Se você não gostar... Bom. Você é ANORMAL. E se você não ler... Bom. ISSO É UM ABSURDO.

site: http://devoradoresde-livros.blogspot.com.br/2014/08/resenha-contos-e-cronicas-do-absurdo.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 06/08/2014

Contos e Crônicas do Absurdo
O livro é dividido em duas partes: a primeira é de contos e a segunda é de crônicas.
Logo no começo, em "O nascimento de um fantasma: o início de tudo", a Rô conta a sua história: como ela conheceu os livros e se apaixonou por eles a ponto de se tornar uma escritora. Já gostei logo de cara, me identifiquei com a história dela em diversas partes (a importância que uma biblioteca pública teve nas nossas vidas de garotas pobres e do interior foi semelhante).
Talvez a intenção dela tenha sido apenas nos fazer conhecê-la um pouco, mas esse relato tão pessoal foi uma das partes que mais gostei do livro. Abaixo, um trecho:
"Conheci muita gente legal lá na biblioteca municipal, gente que fez parte da minha adolescência, foram meus grandes amigos e confidentes: Machado de Assis, Camões, Victor Hugo, Cecília Meirelles, Aluízio de Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, José de Alencar, esses foram os primeiros que conheci."

Os contos e crônicas tem um elo em comum: falam de situações absurdas que a autora presenciou. O bacana de um conto é que são necessários poucos parágrafos para uma história ser contada, e uma única palavra ou frase pode mudar tudo.
O livro faz jus ao nome, alguns contos mostravam situações tão absurdas (especialmente "Um gesto de socorro" e "Vida Perdida") que eu ficava chocada ao terminar a leitura e tinha que reler para ver se era aquilo mesmo que eu tinha entendido, aí eu pensava: "Não, isso não pode ter acontecido!". Mas depois me lembrava que a autora se baseou em acontecimentos reais para escrevê-los, e que eu também já tinha visto algumas daquelas situações acontecerem.

Alguns contos são mais pesados e mostram absurdos assustadores, outros são bem mais leves e bonitos, alguns tem doses de ironia e humor, alguns falam de coisas antigas e outros de coisas bem atuais. O que comprova a versatilidade da escritora.
"Ela mentia, ela pecava, ela errava, mas não a todo minuto, com todos e a toda hora como era em sua volta." (Anormalidade)
"Ela gostava dele. E ele gostava dela. Mas havia um abismo enorme entre eles. O pai dela dizia em alto e bom tom que ela deveria achar um namorado que fosse mais branco que ela, mais rico que ela, mais espiritual que ela, mais inteligente que ela, mais rico que ela.
Certo, quem seria esse otário que iria se casar com uma moça tudo menos que ele?" (Amizade Colorida)
Em "O Vazio", eu começava a achar a história repetitiva por mais uma vez a personagem do conto ser pedida em casamento, aí a autora foi lá e me mostrou que ela também achava isso, foi como se a personagem tivesse vida própria, gostei:
"(...) Lena conhece Mauro e ele parece ser uma boa pessoa, ele a pede em casamento (mas que droga que todo mundo só quer casar, casar, enfim) (...)"
Na crônica "Somos todos mentirosos", a Rô descreveu uma cena que me enche de ódio quando acontece comigo, e eu achava que não acontecia com outras pessoas:
"- Olá Silvana, como você está? - pergunta Carla encontrando Silvana em uma esquina.
- Eu não estou muito bem, você acredita que ontem...
- Silvana me deixa ir ali que estou atrasada, depois a gente se fala.
E Carla parte deixando para trás Silvana de boca aberta.
- Ela me pergunta como eu estou e depois vira as costas e vai embora? - indaga Silvana para si mesma."

Num geral, gostei mais dos contos do que das crônicas, não dá para fazer uma análise de cada um senão a resenha ficaria enorme. Concordei com a visão da autora em diversos pontos e discordei em vároutros.
Trecho da crônica Big Brother:
"É pessoal, antes usávamos a janela de casa para acompanhar a vida do nosso vizinho, agora não dá mais, se colocamos a cara para fora da janela corremos o risco de levar uma bala perdida, nos recolhemos para dentro de casa e ligamos nossos computadores e acessando o Facebook temos a oportunidade de ver diversas novelas simultaneamente, a vida da Maria, da Excluída, da Beleza Exótica, a minha e a de tantas outras pessoas."
Fato:
"Cidades pequenas ainda cultivam conceitos antigos, mesmo com o advento da tecnologia e da internet." (Despreocupada)

Com uma linguagem fácil de compreender e textos curtos, creio que "Contos e Crônicas do Absurdo" seja sim uma boa indicação tanto para leitores quanto para pessoas que querem criar o hábito de ler. A leitura pode ser feita em pouco tempo, embora eu aconselhe que seja feita aos poucos para que se tenha tempo de digerir e apreciar cada história.

Antes mesmo de ter o meu exemplar (que veio autografado!), já havia gostado da capa. As folhas são brancas e o tamanho das letras, o espaçamento entre uma linha e outra e as margens tem um bom tamanho. A única coisa que estranhei foi a ausência de numeração nas páginas.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2014/08/resenha-livro-contos-e-cronicas-do.html
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Adriana 26/07/2014

Amadurecendo a escrita
O livro Contos e Crônicas do Absurdo foi escrito pela Rô Mierling, que desde sua juventude ansiava por colocar em letras e folhas seus pensamentos e histórias, que criava e alimentava enquanto crescia. Junte isso à síndrome de leitora voraz, que mergulhada com grandes obras lidas diversas vezes se viu "inundada de contos e coisas a serem escritas".

Assim nasceu o livro com contos do cotidiano(sim isso mesmo) que aos nossos olhos parecem histórias absurdas, mas que dia após dia acontecem nesse mundo com pessoas que desconhecemos e que estão muitas vezes na casa ao lado!

Eu confesso que esperava um pouco mais da escrita da Rô, achei um pouco repetitiva nas frases, onde poderia ser mais elaborada; já que os contos aqui retratados são ao meu ver comuns. As histórias lembram velhos conselhos dados pelos avós para que tenhamos cuidado na vida, desconfiemos dos desconhecidos e saibamos viver.

Em alguns momentos eu achava que ela seguia uma linha muito boa, com contos mais "revistos e revisados" e gostei substancialmente, mas em alguns contos achei uma escrita imatura, o que parecia que estava lendo contos de pessoas diferentes.

Isso me fez questionar se esses contos foram escritos na mesma época, o que acho que não, pois eles demonstram que a autora foi escrevendo e guardando para um momento de publicá-las.


"Na espreita, vendo a menina ir sozinha ao mercado uma vez por semana, um homem de aparência estranha, a seguia com o olhar, cobiçando seu corpo de menina."
(O BILHETE)

Paralelo à essa disparidade de estilo de escrita tem uma coisa que eu realmente admirei nos contos: a descrição de cenas e detalhes de cada história.

Enriqueceu os contos essa quantidade de detalhes, deu um certo charme, e trouxe algumas reflexões. Com temas diversos, o que me chamou a atenção foi a escritora ter focado em contos de "agressão", sendo essas dos mais diversos tipos, físicas, psicológicas e verbais!

"- Se você contar a alguém eu largo sua mãe e ela vai chorar muito, vai ser infeliz para sempre. Ela só acredita em mim mais ninguém."
(CEGA)


Concluindo, eu gostei do livro e de alguns contos e crônicas, e acredito que a escrita da Rô está muito melhor a cada dia, a cada linha e foi um prazer ler essas histórias reais com toques de fantasia e de maneira simples.


MINHA NOTA: 3 (numa escala de 5)
PERSONAGENS: 4 (precisavam ser mais explorados)
CAPA: 4 (achei bonita e simples.)
DIAGRAMAÇÃO: 4 (apesar da letra pequena e folhas brancas deu para ler facilmente, encontrei apenas um erro de escrita)
ESTÓRIA: 3 (poderiam ser mais elaborados alguns contos)


site: http://voltopracurtir.blogspot.com.br/2014/07/titulo-isso-nao-e-normal-contos-e.html
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Cassy 03/09/2014

Absurdos da realidade
Eu fiquei bem receosa de resenhar o livro, enrolei um pouco até, porque é complicado de se resenhar contos, não é mesmo? São várias histórias diferentes, com vários conceitos e interpretações, mas criei coragem e resenhei.
Na sinopse, e na introdução do livro, ficamos sabendo que os personagens das crônicas e contos são reais, são histórias reais que aconteceram com pessoas próximas a autora, família, amigos e conhecidos, e que podem ter acontecido até mesmo com ela.
Os contos que mais gostei foram os que passaram uma mensagem ou uma lição de vida. Em Anormalidade, temos a história de uma garota que se isolou da sociedade por não se achar normal, não entender o porque as pessoas agem dessa forma. Em Cega, a vida de uma mulher que amava tanto que não enxergava a própria realidade, que não via o que se passava em sua própria família e deixou de lado muitas coisas em nome do "amor". Como água e óleo, duas garotas totalmente diferentes que dividem o mesmo quarto em uma pensão, viram amigas, e depois por uma discussão boba não se falam pelo resto da vida. O Bilhete, a vida e uma menina que por ter que trabalhar, não frequentava a escola e, consequentemente, era analfabeta, que acaba sendo sequestrada por não saber ler e depois mostra isso a sua mãe falando um belo "pra que estudar? Trabalhar é mais importante".
Como é um livro de contos e crônicas, classificá-lo é mais complicado. Eu escolhi a nota 3 de 5, porque tiveram contos que eu gostei muito e contos que não gostei. A Rô escreve bem, tem uma escrita gostosa, não é muito complicada, e foi rápido para se ler. Indico o livro para quem gosta desse tipo de leitura, ou para quem quer mudar um pouco os ares.


site: http://wewantdreaming.blogspot.com.br/2014/08/resenha-contos-e-cronicas-do-absurdo.html
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Ro Angarten 15/10/2014

[RESENHA] CONTOS E CRÔNICAS DO ABSURDO - RÔ MIERLING
"Quando o encontro fatal aconteceu pela primeira vez, eu tinha 12 anos"

Assim nós entramos no mundo da Rô Mierling e de seus Contos e Crônicas do Absurdo.

Primeiro conhecemos a sua história. Mas não pense naquela biografia padrão, não. Está mais para uma declaração de amor aos livros. Ela descreve seu primeiro amor, como quem conta um romance entre dois adolescentes que viverão felizes para sempre.

Cada linha, cada parágrafo, você descobre as idas e vindas desse amor. E, para quem tem o mesmo amor, também se reconhece nele. Quantos já não passaram por esse encontro fatal? A descoberta desse novo e diferente amor?

"A cada minuto do nosso dia, algo de bom pode acontecer, mas algo de terrível também pode bater a nossa porta."



Após conhecermos o amor, vamos conhecer o absurdo. Que nem é tão absurdo assim.

Espera, mas você não acabou de dizer que era absurdo? É ou não é absurdo?

Depende do ponto de vista, se levarmos em conta os valores humanos, sim é um absurdo. Se tomarmos por base o mundo em que vivemos, com todos os seus crimes, corrupção e drogas, essas histórias parecem normais.

Quantos casos de crianças desaparecidas, sequestradas ou estupradas você já viu? De quantos casos de preconceito você já soube? Quantas pessoas passam por nós sem que saibamos de suas histórias? Quantas coisas engraçadas ou estranhas já te aconteceram?

É tudo isso que a Rô nos mostra nesses contos e crônicas. São histórias reais, que já aconteceram comigo, com você, com algum vizinho, parente ou amigo. Coisas que nós nem prestamos atenção, mas que neste livro são expostas por um novo ângulo.

Quando terminei a leitura deste livro, não fiquei pensando nas histórias dele, mas na simplicidade e absurdo delas. E no quanto estamos acostumados a esses absurdos, que já nem nos importamos mais no nosso dia-a-dia.

Querem exemplos?

Continue lendo em...

site: http://cladassombras.blogspot.com.br/2014/10/resenha-contos-e-cronicas-do-absurdo-ro.html#more
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Aliscia Wendt 20/10/2014

Contos e Crônicas de Absurdo
A leitura de um livro de contos e crônicas, como esse; ou de poemas e poesias, como tantos outros, é sempre prazerosa pelo fato de você não estar preso a uma página, a uma história. Você pode simplesmente abrir em uma página qualquer e encontrar um bom texto para ler.
Dividido em duas partes, esse livro me impressionou pela qualidade dos contos e crônicas da escritora Rô Mierling, que depois eu vi confirmadas pelas demais conquistas literárias da autora que acompanhei pelo Facebook.
A resenha completa dessa obra literária você encontra no blog Resenhando a Arte.

site: http://resenhandoaarte.blogspot.com.br/2014/09/resenha-isso-nao-e-normal-contos-e.html
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Quel 06/11/2014

Absurdos ao extremo
Como já falei, ou melhor escrevi, anteriormente o gênero 'Crônicas' começou a chamar minha atenção recentemente, e confesso que alguns dos melhores livros que li neste ano pertencem a tal gênero, e é claro que essa obra em questão está no topo da lista. Com os 'Contos' a história é outra, esses me acompanhas a vida toda, desde os infantis até os clássicos exigidos para o tão terrível vestibular.

Foi uma incrível surpresa poder fazer parceria neste semestre com a querida autora Rô Mierling, uma fofa mesmo, e participar do Book Tour do livro...quando o livro chegou todo novinho achei estranho ser do Book Tour, pois o meu blog era o 4º da lista e estava esperado um livro com características marcantes de leituras recentes, a desconfiança se agravou ainda mais quando percebi que o endereço do remetente era da própria autora e não de uma das garotas dos blogs participantes...ai a rainha do fora aqui achou que era um exemplar pra ela, a mancada não foi pensar que tinha ganhado um livro, mas a demora em lê-lo, sim, já mencionei que minha pilha de livros está grande e ando muito atarefada, por isso achei que como tinha um exemplar para mim não precisava ler tão rapidamente, pois não precisava enviar para a próxima da lista...sorry meninas e sei que já pedi um milhão de desculpas para a Rô, mas gostaria de me desculpar pela milésima e uma vez.

>> Sendo assim, como essa resenha está atrasada, vamos caprichar!

No início do livro a autora apresenta relatos de sua vida, sua infância, a paixão pela leitura e escrita, seus sonhos, desafios e conquistas ao longo do tempo. Eu achei fantástico, aproximando ainda mais o leitor à autora e fazendo com que o mesmo crie um vínculo afetuoso com a obra. Sem contar que é possível fazer uma conexão entre algumas passagens dos diversos contos com a história da própria autora, uma sacada incrível.

A obra é dividida em duas partes, a primeira composta por 23 contos, histórias curtas, à primeira vista absurdas, mas se pararmos para refletir por alguns momentos veremos que é bem possível que aconteçam com qualquer um...pessoas que não enxergam além da sua própria redoma, ingênuas, hipócritas, sonhadoras, egocêntricas, relapsas, promiscuas, iludidas, carentes...eu poderia citar diversos adjetivos para qualificar alguns dos personagens centrais dos contos apresentados pela autora, mas vou parar por aqui. E a segunda, composta por 13 crônicas que relatam cenas do dia a dia, o cotidiano de muitas pessoas, questões politicas, sociais e éticas, ações que afetam não só o responsável por elas, mas que desencadeiam e repercutem na vidas de outras pessoas, na sociedade como um todo.

Alguns contos e algumas crônicas são verdadeiras lições de moral para o leitor e tendem a elevar as reflexões para outro patamar, será que o que eu ando fazendo está realmente certo? Será que o problema são os outros ou na verdade não passa da consequência dos meus próprios atos? É valido eu ficar reclamando do meu vizinho, amigo e família, ou será melhor ficar calado, refletir e tomar uma atitude que seja realmente proveitosa...falar menos e agir mais, sim é isso que eu preciso na minha vida! Pensar e tomar uma atitude.

Foi difícil simplesmente escolher quais os contos que mais gostei e quais as crônicas que mais me agradaram, pois cada um desses relatos são diferentes entre si e ao mesmo tempo se completam. Mas apesar disso vou falar dos que mais me chamaram a atenção, não por ser melhor que os demais, mas aqueles os quais eu realmente achei um absurdo e completamente anormal, que me fizeram ficar indignada e completamente irritada com a atitude das personagens e o desfecho das ações absurdas.

CONTOS

Nos Braços do Pai
(página 21)

"Seus amigos na escola debatem histórias familiares onde até brigas e discussões são descritas como histórias engraçadas. Mas nem isso Carlinhos tem, ele não tem nem mesmo a atenção de seu pai para brigas com ele."


O Presente
(Página 29)

"Que coisa curiosa, para a esposa a primeira coisa que viu, para a amiga quarenta minutos para escolher algo..."


O Baile
(Página 41)

"Em uma segunda feira qualquer, os vizinhos repararam que a senhora do Valdo não estava mais na cadeira embaixo da árvore como ficava todas as tardes, nem no dia seguinte, nem no outro."


Desencontros
(Página 73)

"...Não quero perde-lo e conforme minhas amigas 'modernas', devo ser liberal, ceder para não perder..."


Cega
(Página 77)

"Sua filha agora tem 14 anos e tenta falar com Sonia sobre seu trauma, Sonia ignora, bate no rosto da filha, a chama de mentirosa e a manda para fora de casa."


O Bilhete
(Página 97)

"Saber ler para que, não é mesmo? O que vale é você saber falar e trabalhar - dizia sua mãe...Escrever e ler, palavra escrita e lida de nada adiantam sem o pão na mesa - outras palavras de sua mãe."


Estou a sua disposição
(Página 105)

"- menina, vamos deixar tudo assim, sem pressão, sem compromisso, funcionou até agora, porque mexer nisso?"


Violentada
(Página 113)

"Ninguém via nada naquela escuridão e ela lá apavorada com ele segurando a mão dela, forçando um carinho em cima da calça dele..."


CRÔNICAS

Fidelidade Desprezada

Tenho certeza que esse tipo de situação já deve ter acontecido com muita gente, você paga por um serviço e não recebe o que foi descrito no contrato, a empresa tenta te enrolar com algumas histórias e te empurra uma nova e "especial" proposta ou promoção, e quando você não aceita é tratado com pouco caso, é quase como se dissessem: - Pode cancelar nossos serviços, some, você está fazendo eu perder o precioso tempo da empresa, você não significa nada para nós...e tenha um bom dia!
Esse tipo de situação é muito comum em empresas de telefonia, cartão de crédito e servições de internet...eles te empurram um serviço dito como incrível, super especial que nenhuma outra empresa vai oferecer...mil maravilhas para você assinar um contrato e depois, quando você já é cliente...ahhhh coitado, fica pendurado no telefone durante horas escutando uma musiquinha insuportável só para resolver a incompetência e descomprometimento da "maravilhosa" empresa...é muita palhaçada com o ser humano!


Criança onde?

Esse assunto é um dos quais mais me revolto, esse sentimento de raiva não foi vivenciado somente ao ler essa crônica, mas o tema geral me revolta de tal maneira que não consigo compreender, como um ser humano pode ser julgado adulto para eleger um representante nacional, tomar decisões pertinentes ao seu futuro e do futuro do país e o mesmo indivíduo ser considerado criança para pagar pelas consequências de um ato que cometeu, isso é hipocrisia. Todos devem ser responsáveis pelos seus atos, independente da idade.


Atrasildo

Essa crônica foi a qual mais me identifiquei, quantas vezes já sofri com a falta de compromisso das pessoas, esse é meu carma, em qualquer época da minha vida tive que lidar com esse tipo de situação, você marca um horário e a pessoa simplesmente não aparece, não cumpre com o combinado.
Qual será o motivo que leva muitas pessoas a pensarem que o tempo delas é mais precioso e importante que o seu? Eu não sei, mas sinceramente gostaria de descobrir.

Bom, resumindo...adorei a obra, a autora escreve de um modo que o leitor sente prazer no momento da leitura, a mesma se torna dinâmica, rápida e fácil. Rô mierling é direta, sem medo de expor seus pensamentos, não mede palavras e nem se importa do que vão falar a respeito...se gostar da minha opinião bem, se não gostar amém! É assim que eu gosto...sem papas na língua.

Nesta obra tudo parece irreal, um compilamento de verdadeiros absurdos, mas absurdo mesmo é não ler, ter medo de pensar e agir...absurdo é não ter sua própria opinião!

site: http://literaleitura2013.blogspot.com.br/2014/10/resenha-contos-e-cronicas-do-absurdo.html
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