Mia Fernandes 03/05/2020
Romances históricos são o meu calcanhar de Aquiles
Romances históricos são o meu calcanhar de Aquiles. Eles estão sempre cheio de personagens liberais, mocinhas a frente do seu tempo e cavalheiros tão cordiais e intensos. Com estes ingredientes, agora acrescente a escrita de Sylvia Day. São todos esses elementos elevados ao cubo. A sensualidade está mais aflorada, os protagonistas não usam máscaras para esconder o que eles querem. E leitoras, eles não se fazem de rogados em busca de saciar suas necessidades mais profundas.
O casamento de conveniência entre a infame Lady Pelham junto com o libertino Gerard Faulker, o Marquês de Grayson foi o escândalo mais crocante que acontecera em 1816, em Londres. Só com esta união, já dá para perceber que ambos não estão nem aí para os recalques puritanos da sociedade londrina.
Apesar de ter somente 22 anos, o jovem Gerard Faulker já sofre a pencas nas mãos de sua “querida” mãe, a viúva Lady Grayson. Foi por causa dela, que Gerard teve que abandonar o seu grande amor, Emily já que esta estava uma posição abaixo na sociedade. Quando volta de viagem e descobre que Emily se casou, decide finalmente escandalizar a sua mãe. E que melhor maneira se não firmar laços com a mulher mais “vulgar” de Londres? Seria o arranjo perfeito, pois Lady Pellan, era que nem ele. Ambos tinham os seus casos amorosos e manteriam as suas vidas de sempre. Seriam grandes parceiros, mas sem ser amantes.
Isabel, conhecida mais como Lady Pelhan ou Pel para os íntimos, já está vacinada contra os galanteios de homens charmosos, o que o diga o seu falecido marido, o mulherengo de marca maior que a traiu tantas vezes, que ela se desiludiu com o amor. Só porque ela não quer se apaixonar de novo, não quer dizer que vai se trancar numa torre, né? Pois, então ela vai vivendo sua vida, tendo casos amorosos com cavalheiros que saibam que tudo não passa de algo temporário, que ela não busca um segundo casamento. Só que a sua volúpia acaba fazendo sempre ela afastar seus amantes, pois estes querem sempre mais. Menos, o jovem Faulker, com a sua proposta absurda. Um casamento de fachada, onde ambos só seriam amigos, manteriam os seus casos amorosos. Movida pelo desafio e a audácia do jovem, ela aceita pois sabe que nunca se apaixonaria por ele e ele nunca faria ela cair nas garras do amor novamente.
Mas se tem uma coisa que eu aprendi, foi que nunca diga nunca, baby. Pois acontece uma tragédia na vida de Gerard e some por quatro anos do mapa. Pel desiste de procurá-lo e toca a sua vida. Até que ele volta, e seu ressurgimento traz mudanças nada desejáveis. Pois este tempo afastado, fez aquele jovem galanteador se tornar um homem sério, envolvente e determinado em fazer Pel sucumbir aos seus encantos. Pel fica desesperada, pois ela sabia lidar com o garoto, mas este homem, que diz ser seu marido, é uma ameaça a sua vida, sua paz de espírito. Será ela capaz de resistir a este novo homem? Será ele capaz de fazê-la amar de novo?
Um dos maiores obstáculos para o casal protagonista é realmente a diferença de idade entre eles. Isabel é mais velha que Gerard, algo que toda hora é levantado na história. É uma das maiores pulgas na orelha da nova Lady Falker, já que ela se considerava uma “idosa” para ele, que não estaria a altura de satisfazê-lo e que isso o faria se cansar dela. E outro empecilho é o passado de ambos, que teima em turvar o novo relacionamento.
Os romances de Sylvia Day são ímpares e seus fãs podem adquirir de olhos fechados esta obra. Pois sua marca registrada está ali para todos verem, lerem e degustarem com um bom vinho ao lado.
xoxo
mia fernandes.