A Saga do Monstro do Pântano - Livro Um

A Saga do Monstro do Pântano - Livro Um Alan Moore




Resenhas - A Saga do Monstro do Pântano - Livro Um


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Normando_ 24/09/2023

A história sobre um cara, um monstro e uma planta
Monstro do pântano, oq falar sobre qdo quS todos já hablaram?
Oq eu posso dizer é que sim, vale o hype, no início, eu tava achando uma viagem doida, e não me leve a mal, continua, mas vc acaba se interessando por essa viagem e ao passo que vc vai aprendendo mais sobre os personagens vc vai se apegando à história, tem bastantes reflexões atemporais aq q valem a pena serem debatidas.
É basicamente a história de um cara, um monstro e uma planta, que não necessariamente estão separados um do outro.
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Significando Coisas 20/08/2023

Espetacular
Essa história prende o leitor. Nela vemos o princípio da criação de um mito. Alan Moore entregou tudo.
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Camila(Aetria) 29/11/2014

Monstro do Pântano
Alan Moore.
Foi o nome que me fez comprar o bendito. HAHA
Fiz o que é condenável na sociedade, que é julgar um livro pela capa. Tenho feito isso bastante aliás... com livros.

Mas valeu a pena.

Nunca tinha lido nada sobre o Alec Holland, seu acidente no laboratório e seu renascimento como O Monstro do Pântano, então quando vi que era meio que um reboot do personagem, não liguei muito, a única preocupação era não entender por não conhecer o passado da série.

E em algumas partes isso realmente se provou verdadeiro, alguns personagens não foram muito explicados, somente estavam lá, mas o passado conseguiu ser compreendido, embora não totalmente, o suficiente pra entender a história. Não as tensões de todos os personagens como o Matt e as visões bizarras dele, e há uma necessidade de conhecer um pouco os outros personagens da DC como o Etrigan que faz uma aparição relâmpago e poética, haha.
E que história gostosa de ler. Com aquele traço dos anos 80, e a pintura da mesma época,(o que é bem lógico, considerando que é dos anos 80... haha) o roteiro do Alan Moore deixou tudo uma delicia de ler.

Pelo que dá pra compreender pelo prefácio, feito por um dos criadores do Monstro do Pântano em si, ele reiniciou o personagem, deu uma nova cara, um novo direcionamento, e foi isso mesmo que fez, dá pra sentir aquele roteiro cinematográfico, os dramas internos, as descrições literárias da natureza, das sensações. É lindo.

Esse é uma compilação dos volumes 20 a 27.

Já comprei o volume 2, e logo que ler ele aparece aqui também :)

site: www.castelodecartas.com.br
Caderoger 16/05/2018minha estante
Engraçado isso que você falou sobre os roteiros cinematográficos. Eu percebi isso nessas histórias e em outras da mesma época do Moore, fora algumas citações e referências a filmes. No final de uma das histórias ele até chega a citar um roteiro. Me fez pensar se essa foi uma das razões de ele ter partido pro mercado americano, trabalhar com cinema...


Camila(Aetria) 28/05/2018minha estante
Siiim! Desde então consegui ler mais, e é inegavelmente fantástico o trabalho dele. Fazer essas pontes com trabalhos antigos pros mais novos é uma aula tbm! :)




Naza 14/02/2020

Assombroso.
Não vou contar a resenha dele, porque já tem muitos pela internet, vou contar como eu me sentir ao ler essa obra de arte.
A hq é de tirar o ar, uma história atrás de outra, e Alan Moore, faz com que ela, n fique enjoativa, é como se fosse uma bagunça, e ao mesmo tempo, uma bagunça organizada, um paradoxo, por melhor dizer, a história é assombrosa. Cenário apocalíptico, vc tem personagens aprisionados por seus medo, e por conseguinte a libertação doa mesmo. Uma distopia com uma arte impecável!
Já quero dar continuidade!
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Nathaniel.Figueire 09/03/2015

Costumo achar que troca de roteirista e artista em revista mensal de história em quadrinhos resulta em lambança. Isso poderia ser especialmente verdade no caso de "A Saga do Monstro do Pântano", em que Alan Moore (roteiro), Stephen Bisette e John Totleben (arte) tiveram que assumir um arco inacabado (e meio embromado) deixado para trás por Martin Pasko (roteiro) e Tom Yeates (arte).

A nova equipe amarrou tudo que estava acontecendo anteriormente em "Pontas Soltas" (Saga do Monstro do Pântano 20). Achei legal a Panini seguir a edição dos Estados Unidos e inserir esse número no encadernado, até para ver como Moore "resolveu" as pendengas anteriores do Pantanoso.

Então, em "Lição de Anatomia" (Saga do Monstro do Pântano 21) Moore, Bisette e Totleben mostraram para que vieram. E não era para fazer lambança, mas sim revolucionar as histórias quadrinhos nos Estados Unidos.

Primeiro, o roteiro. Acho que eu nunca li nada tão ousado em um revista mensal quanto o que foi feito nessa história. Partindo de uma autopsia, Moore deu um "reboot" no personagem, desconstruindo-o em pedaços para ao poucos remodelar totalmente seu conceito (que até então já era consagrado). De um médico geneticamente modificado para uma forma vegetal que pegou emprestada a unidade de uma consciência humana para tomar forma há não só uma mudança, mas a marca da audácia de Moore de refazer o conceito central do personagem, criados por míticos Bein Wein e Bernie Wrigthson, para construir uma versão completamente diferente da anterior.

O texto de Moore é denso, recheado de metáforas (algumas bem ruins, diga-se de passagem...). Geralmente prefiro que uma história em quadrinhos mostre mais em imagens e narra menos "em off", mas no caso de Monstro do Pântano o texto sempre acrescenta novos elementos à imagem. Prestem atenção: as narrações dos quadros sempre dizem mais do que as imagens a elas associadas. É um casamento entre texto e imagem em que ambas se complementam mas, ao mesmo tempo, se expandem para além de seus limites, deixando diversas sugestões para leitor imaginar.

E a arte de Bisette e Totleben é linda demais. Acho ótimo a maneira como eles dispõem os quadros para contar a história e nisso eles só foram melhorando ao longo da série (e copiados largamente posteriormente). O estilo, carregado de traços e sombras escuras, remete aquelas histórias de terror estilo "House of Mystery" (de onde Monstro do Pântano surgiu), "Creepy", "Contos da Cripta" e tantas outras que me acompanharam no início da adolescência. E as cores de Tatjana Wood são um show a parte, especialmente no caso da escolha do papel para esse encadernado, o 'pisa brite', muito criticado por fãs brasileiros, mas que eu gostei, pois dá um clima todo vintage para a leitura.

"Lição de anatomia" carrega o tom da fase Moore de Monstro do Pântano: uma história de terror onde o tema da monstruosidade, do sobrenatural e do medo são centrais.

Enfim, se o primeiro arco que segue "Lição de Anatomia" não é TÃO legal, com o Pantanoso combatendo o alucinado Florêncio/Woodrue, acho que ainda assim ele figura entre minhas histórias favoritas do Monstro do Pântano, pois é nela que se insere a ideia do Verde, uma espécie de consciência coletiva de todas as plantas da terra com a qual o Verdão está em sintonia. O Verde é psicodelia pura com a arte de Bisette e Totleben, onde os limites dos quadros se borram e se misturam. Novamente, as cores de Wood são metade da beleza do Verde, o que denúncia o crime que foi aqueles encadernados da Pixel em que essas histórias foram impressas em preto e branco...

A piração da representação do Verde em Monstro do Pântano é visível em diversas histórias em quadrinhos posteriores: nas lisergias simbólicas de Jaime Delano em "Hellblazer", na magia do kaos de Grant Morrison em "Os Invisíveis", no Sonhar de Neil Gaiman em "Sandman". Exemplos que demonstram a influência de Monstro do Pântano da fase Moore não só em nível temático, mas também (e, na minha opinião, principalmente) em nível formal.

O arco posterior, em torno do Rei Macaco, serve mais para aprofundar a personagem Abby Arcane. Ainda que eu tenha gostado (ela é uma personagem muito importante na revista), achei que nesse arco o Verdão não fez diferença nenhuma, só serviu para "porrar"... Pouco ou nada acrescentou para aprofundar a psicologia do protagonista da revista, a não ser na conclusão: "monstros também sentem medo"... Ainda assim, é uma bela história de terror e uma homenagem "bonitinha" ao mestre Jack Kirby.

Para finalizar, arrisco-me a um paralelo musical: "A Saga do Monstro do Pântano' da fase Moore está para as histórias em quadrinhos como o álbum "Sabotage" do Black Sabbath está para o rock pesado. Tudo que você vê/escuta posteriormente nesses gêneros aparecem, de alguma forma, nessa obras originais. Esses encadernados lançados pela Panini são edição obrigatória na estante de qualquer fã de quadrinhos não só pela ótima história, mas por tudo que ela significou de mudança dentro do gênero no mercado dos Estados Unidos e pelos ótimos filhos que ela gerou e gera até hoje.
Caderoger 16/05/2018minha estante
Obrigado por exaltar o pisa brite... Pra mim esse sim é o papel de quadrinho, em especial de quadrinho antigo. Outra coisa, graças a deus não mexeram nas cores. Essa arte com cor digital ia ficar totalmente sem alma.




Luciano Luíz 22/06/2016

ALAN MOORE é pai de diversas grandes obras. A SAGA DO MONSTRO DO PÂNTANO é uma delas que fica na memória. O sujeito simplesmente redefiniu o personagem, dando uma origem mais precisa e uma personalidade completamente cativante. Apesar de ser um quadrinho de horror, a série vai muito além disso com diálogos geniais e cenas enriquecedoras. É raro encontrar leitores que não curtam o Monstro. Pois ele é o ego, a ligação, uma espécie de alma da natureza, mesmo tendo um passado humano...
Enfim, o que realmente deixa a versão brasileira decepcionante é o miolo em papel jornal. Mas fora isso, é uma obra de arte gráfica que não pode faltar numa estante de quem tem paixão por estórias do mais alto nível.

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/LLSantosEscritor/?ref=ts&fref=ts&qsefr=1
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Gustavo Casemiro 31/01/2024

E sempre um prazer ler qualquer coisa que o Alan Moore escreve, no caso do Monstro do Pântano é muito mais que qualquer coisa é incrível a profundidade ao personagem e força do seu texto, sem dúvida uma obra obrigatória.
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Leonardo1436 23/09/2023

Achei tão boa, que li essa saga e não quis mais ler o personagem por outro autor!
Alguns quadrinhos são tidos SIM, como obrigatórios. Independente do estilo que goste, do gênero, do escritor, da editora, do personagem, há obras que são indispensáveis pelo simples fato de ter uma trama que transcende o comum. Monstro do Pântano saiu há muito tempo, mas só depois da repaginada de Alan Moore ganhou a atenção e prestigio merecido.

Criado nos anos 70 pelo roteirista Len Wein e Bernie Wrightson, Monstro do Pântano foi feito propriamente para um viés sombrio da DC Comics. Após ter uma boa aceitação do público da época, o Monstro do Pântano se mostrou um personagem forte e com grande potencial para emplacar, porém, o escritor não estava conseguindo dar conta suficiente da publicação que na época a toque de caixa. Decidiu junto a editora escolher outro escritor para dar continuidade.

A origem do personagem acompanha um clichê de personagens de ficção cientifica. Alec Holland é um cientista que trabalha em um projeto para acabar com a fome mundial de vez. Mas após uma explosão, seu corpo é lançado em um pântano em Louisiana onde o processo químico da explosão faz com que Alec se junte ao pântano, formando assim uma criatura única e horripilante. Essa é a origem pelo escritor Len Wein. Mas quando Moore tomou conta do personagem junto aos desenhistas Bissete e Totleben, fizeram uma mudança radical na estrutura do personagem, tornando algo mais místico, elemental e sentimental.

Ao longo das 6 edições (aqui no Brasil pela Panini) acompanhamos as escolhas e caminhos do Monstro do Pântano. Basicamente a vegetação se apropria da consciência de Alec, de seus sentimentos e lembranças de uma forma sobrenatural. Na primeira edição, após sua metamorfose de origem, temos o Monstro sendo perseguido e capturado pela segurança nacional, onde é acionado o Dr. Jason Woodrue, o Homem Florônico, responsável por dissecar o monstro e estudá-lo. Mesmo parecendo morto, o Monstro do Pântano conta com a força da natureza, força essa que está em todo lugar, e o personagem começa a identificar seus poderes e ferramentas para se livrar...No decorrer das histórias, Moore traz sentimento de existência e propósito ao personagem, amor, paixão, medo, ódio, faz com que o leitor compreenda o Verde e torça por ele, mesmo quando tudo se mostra contrário. A impressão que deixa é que mesmo o Monstro sendo o protagonista, os demais personagens se desenvolve quase que com a mesma importância e atenção, e a cada capítulo uma diretriz diferente.
Horas temos um romance genuíno entre a criatura e uma humana, onde fica fácil identificar que o amor não exige aparência ou compatibilidade. Ao melhor estilo King Kong o Monstro luta contra tudo e todos para ficar junto de seu par romântico. Em outro momento temos, um verdadeiro horror/terror, com lendas urbanas, rituais de magia e coisas sobrenaturais que fazem com que o Monstro seja transportado para outro momento, mas sem perder sua essência.
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Becky 28/12/2019

Ainda me perguntando por que enrolei tanto para terminar...
Fiquei apaixonada com as cores e a composição das páginas. Os tons muito saturados dão uma sensação esquisita, as vezes desconfortável, mas ao mesmo tempo parece tão mágico. Em HQs frequentemente temos desenhos que funcionam puramente para o andar da história, mas aqui é possível ver uma utilização mais subjetiva. O que também se dá ao fato de que era necessário ilustrar as reflexões. Reforça muito o tom insólito e melancólico da história. Afinal de contas, é triste o que aconteceu com Alec, mas quem não acaba tendo curiosidade de saber como seria estar conectado com o Verde? Mais um destaque também vai para a qualidade dos diálogos e narração - são cheios de poesia!
Naza 14/02/2020minha estante
Sobre as cores, me sentir do mesmo jeito rrsrs a proposito, ótima resenha.




Paulo 26/04/2020

Quando ouvimos falar no nome Alan Moore existe toda uma mística por trás dele. Um autor que tem o toque de Midas e consegue criar clássicos em um piscar de olhos. Títulos como Watchmen e V de Vingança estão marcados na história dos quadrinhos mundiais. Mas, se podemos marcar algum ponto de entrada para a ascensão do Mago é A Saga do Monstro do Pântano. É o lugar onde ele teve sua projeção mundial e lhe deu a abertura para projetos mais ousados como Watchmen. Foi na aposta de Len Wein em um desconhecido inglês que podemos falar da revolução na forma de se encarar quadrinhos. Até aqui eu trouxe o histórico por trás do clássico. Estaria a HQ à altura dessa alcunha? Com certeza.

Você percebe que tem algo especial nas mãos logo nas primeiras linhas. A prosa do Mago é diferente de qualquer coisa que eu já vi. E, sim, por incrível que pareça e terrível coincidência, é a minha primeira experiência com algo escrito por ele. O roteiro é incrível, bem amarrado, repleto de erudição ao mesmo tempo em que é algo acessível aos leitores. Se formos parar para pensar as duas histórias tem um objetivo bem simples: a revolta do Homem Florônico e o ataque do demônio-macaco. De um ponto de vista hermético, não é um roteiro difícil de ser realizado. Mas, o que torna Alan Moore especial é o como ele faz isso; são os processos empregados para revitalizar um personagem, construir uma nova mitologia, tornar um vilão D em algo credível e vincular sua narrativa a um universo maior sem perder a aura de mistério do personagem. E agora? Parece simples para você?

A primeira história representa o final de um arco que estava sendo escrito por outra equipe criativa. Ele amarra as pontas, dá um fim ao que estava sendo feito e até com um epílogo bem digno. Ali a gente já consegue perceber a maneira como Moore se aproxima da narrativa. Claro que só na segunda é que vamos ver o texto e a maneira de representar o mundo ao seu redor. Até na quadrinização vemos o toque de Moore em como potencializar a arte de Bissette e Tottleben. O desenvolvimento narrativo é para algo a longo prazo. As peças de xadrez foram colocadas uma a uma e aos poucos vemos um pano de fundo maior sendo construído. Mas, claro, Moore precisava primeiro cimentar uma fundação para ampliar suas ideias.

Bissette é o responsável pela arte enquanto que Tottleben faz a finalização. A arte é extremamente competente e Bissette realmente faz uso da temática florestal para nos mostrar o estranho mundo do Monstro do Pântano. Algumas cenas são absolutamente surreais como o Homem Florônico tirando um tubérculo do corpo do Monstro e comendo. Tem um momento dentro da consciência de Alec Holland (o hospedeiro do Monstro) em que vemos vários simbolismos sendo empregados. E aqui vemos por que a HQ deu certo; é a mescla da mente criativa de Moore com uma arte focada em explorar o fundo de Bissette. O mais curioso é que mesmo empregando uma quadrinização padrão (isso quando ele não viaja total, como eu vou comentar mais abaixo) ele consegue destacar muita coisa no fundo, sejam animais, nuvens, outras criaturas ou efeitos.

A quadrinização também é fantástica. Tem alguns truques de quadrinização que ele emprega que são enlouquecedores. Até o emprego de símbolos como a águia que aparece em algumas páginas e a figura totêmica é inserida no topo do quadrinho. Mesmo os momentos em que se torna necessário explorar a ação em um capítulo são muito bem realizadas. Detalhistas. Também curti muito o design do Monstro que vai se aprimorando a cada novo capítulo. Bissette vai inserindo novos detalhes em cenas mais próximas. Claro, em alguns momentos em que o personagem não é focado, ele possui uma aparência até mais simples, mas quando há uma aproximação do foco, tudo muda. Isso fora o Etrigan que ficou animal nas mãos do artista. Quanto ao Tottleben, eu preciso elogiar a escolha de cores. A gente vai ver muitas cenas girando no verde e azul que se tornam característicos da HQ. Mas, eu gosto de como as cores e o traço se mesclam em um todo uniforme. E quando você tem um artista e um arte-finalista, pode acontecer de os dois entrarem em descompasso em alguma das escolhas. Não é o que acontece aqui. Daria até para pensar que o Bissette estava fazendo as duas funções.

Começamos este primeiro volume com um encerramento de arco onde Alec Holland consegue derrotar seu inimigo e agora ele estava colhendo as consequências do fato. Os militares estão atrás dele por entenderem que o Monstro é uma ameaça real, mas parece existir alguns interesses escusos no meio. Vou dar esse pequeno spoiler já que ele é a mola que leva para o run do Alan Moore, o Monstro é perseguido por um grupo armado até que leva vários tiros e acaba "morrendo". Ele é levado por uma organização que decide estudá-lo. Eles desejam entender como funciona o organismo que fora alterado durante o incêndio na casa de Holland (que levou à criação do Monstro). O grupo de pesquisadores é liderado pelo Homem Florônico que é um botânico e já chegou a ser um vilão. Ao não produzir resultados satisfatórios, ele desperta a ira de seu empregador.

Neste primeiro arco de histórias o Monstro do Pântano precisa lidar com o fato de que ele talvez tenha perdido a sua humanidade (ou nunca a teve) e precisa descobrir qual é o seu papel no mundo. Ao despertar e fazer uma descoberta terrível, ele precisa lidar com as consequências disso. Será ele um vegetal e seu papel é se transformar em um ser imóvel e gerar frutos? Ou ele é um humano com a capacidade de raciocinar? Em um primeiro momento, o Monstro caminha para uma vida vegetal e um contato maior com a vida silvestre. É interessante porque Alan Moore coloca o Monstro em contraste com o Homem Florônico, alguém que possui poderes também de contato com a natureza, mas que deseja se tornar um vegetal por completo. Só que ele não sabe como alcançar isso e nem se tem coragem para tal. É curioso que Alan Moore tenha explorado o tema da relação violenta do homem com o meio ambiente e que este estaria enfurecido conosco. Um pensamento ecológico de vanguarda anos antes da discussão sobre a destruição do meio ambiente (algo mais dos anos 90).

Uma personagem de apoio importante é Abigail e seu marido Matt. Ambos já eram personagens do run anterior e foram levados para o atual. As experiências estranhas vividas por Abby e Matt acabam causando uma lenta ruptura na relação entre ambos. Matt vai se tornando cada vez mais delirante e adquire a capacidade de projetar uma imagem distorcida de Abby que lhe é submissa enquanto Abby se irrita com a postura indolente do marido. Ela deseja retomar algum tipo de normalidade em sua vida e, assim como Alec, ela se torna alvo dos militares por associação com o Monstro do Pântano. A casa dela e de Matt acaba sendo destruída e ela entra na narrativa principal buscando um novo lugar para si. A ruptura entre ela e Matt acaba colocando a personagem mais próxima do Monstro, que tem uma postura mais afável com ela.

E isso me traz ao segundo arco nesse primeiro volume que envolve o novo emprego de Abby como cuidadora de crianças especiais. A ideia era o abrigo se tornar um ponto de normalidade para ela, mas tudo vai pelos ares quando uma força demoníaca parece estar espreitando o lugar. É aí que Jason Blood entra em contato com Abby. E aonde Jason Blood está, Etrigan não está longe...

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Na Literatura Selvagem 31/07/2015

Resenha dupla - a saga do Monstro do Pântano [2 volumes]
Cumprindo a terceira meta da Maratona Literária de Inverno 2015, li A saga do Monstro do Pântano Livro 02, produzido por Alan Moore, Stephen Bissette e John Totleben, publicado pela Panini Comics, como cumprimento do Desafio de ler uma obra com imagens ou ilustrações. Já havia lido o primeiro volume uns meses atrás e resolvi ler a segunda parte antes de correr atrás dos livros 03 e 04 e não ficar encalhando HQ na estante sem ler... Sábia escolha minha...

Ainda estou me perguntando porque diabos não tinha lido o volume dois ainda, pois a história é maravilhosa, além de possuir um traço maravilhoso. Então resolvi dar uma relida na outra edição e trazer uma resenha dupla para vocês...

O primeiro volume reúne as edições 20 a 27 da Saga do Monstro do Pântano, contando algumas histórias de Alec Holland, mas não do início, como pensei que fosse, embora tenha - ao longo da leitura - me familiarizado com a origem de sua existência, desde o acidente em seus laboratório até seu ressurgimento como uma criatura feita de plantas e raízes, que habita um pântano perigoso...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/07/resenha-dupla-saga-do-monstro-do.html
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Rafael 02/12/2015

Sobre o Livre Um
As primeiras oito edições do Moore são um total terror. Praticamente todas as histórias mexem com o medo e coisas assustadoras. Porém, diferente do que vemos nos filmes do gênero, o horror aqui é aplicado de forma diferente (como é muito mais aproveitado numa história do último livro) e aumentando devagar a cada quadro, em pequenas proporções. Nesse livro temos a re-introdução (pois era um vilão já conhecido) do Woodrue. Escrito de forma magistral. Porém, o que destaca pra mim nessa edição é o aparecimento de um dos meus personagens favoritos do universo DC: Etrigan. O demônio rimador aparece para “ajudar” contra um demônio macaco que está assombrando o orfanato que Abby (o par romântico do monstro) trabalha. Cara esse aparição é tão boa que até a tradução das rimas do demônio ficaram boas (resgate qualquer história que o Etrigan apareça e veja a tradução para o português, na maioria das vezes é um lixo). Deve ser a história no encadernado com menos peso sobre as histórias futuras, mas pra mim é a melhor. As histórias para ser mais específico são: “O sono da razão”, “…Uma hora de correr…” e “…Movido por demônios!”
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Cristiano.Almeida 27/07/2016

Lindíssimo
Quem fala que história em quadrinhos são contos para crianças sem fundamento ou enredos bons não conhecem esta Saga. Allan Moore pega um personagem e o transforma espetacularmente dando um tom poético, lindo instigando o leitor aos poucos a descobrir este lindo personagem. Moore nos revela um personagem que vive em seu mundo um paradoxo, e que acaba aceitando que o destino lhe pregou não foi uma peça, mas uma nova visão, de perspectiva de vida. Quantas vezes podemos aplicar isto em nossas vidas. Linda história, ricos personagem, enredo e ilustrações que mostram bem o contexto. Obra-prima.
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Israel145 13/03/2018

Monstro do pântano parece que fica melhor a cada releitura. Nesse volume 1 pela panini o clima de horror das HQs oitentistas deixam um sabor nostálgico em quem viveu a adolescência nessa época, lendo as histórias do monstro na antiga revista superamigos. Logicamente só o gênio Alan Moore pra criar HQs eternas. Fenomenal!
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