Uma História Social do Conhecimento

Uma História Social do Conhecimento Peter Burke




Resenhas - Uma História Social do Conhecimento


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Leticia 22/09/2022

O autor entrega o que promete
O livro aborda a história social do conhecimento durante os primórdios da era moderna na Europa de forma bem interessante, tendo como foco do Renascimento ao Iluminismo. Foi uma leitura bem interessante.
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Maurino 18/09/2011

A República das Letras.
A meu ver o inglês Peter Burke é um dos maiores historiadores da atualidade. Inspirado por Manheimn, Weber, Durkheim, Foucault e Bourdieu ele tenta, nesse livro fantástico, preencher uma lacuna na literatura historiográfica acadêmica: “Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot”. Trata-se de uma série de ensaios, cujos limites cronológicos são o Renascimento e o Iluminismo, em que ele traça, mesclando uma pluralidade de disciplinas, as transformações das formas dominantes do conhecimento - particularmente entre a elite intelectual – situadas em um amplo contexto social, nos primórdios da Europa moderna. Reunindo pequenos fragmentos, em um tema amplo, que o leva recorrentemente a explorar os contrastes, em comparações que vez ou outra transgridem os limites de sua análise, o autor explora, de forma erudita e agradável, os já incipientes processos de sociabilização, ou “mercantilização” da informação e o papel social dos “homens de saber” desse período histórico. Bem antes de nossa sociedade da informação a “República das Letras” já expressava uma identidade comum, ou, se preferirmos, uma consciência de pertencimento a uma comunidade que, compartilhando costumes próprios, ultrapassava as fronteiras nacionais. Esse é um livro e tanto!
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Vick 20/07/2021

Bom
Li como leitura obrigatória pra faculdade, se não fosse o caso não me interessaria pelo livro. O assunto é maravilhoso mas a forma como o autor abordou ele foi desinteressante.
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Julio L.Rossi 14/01/2014

Leitura intensiva ou extensiva ?
Esse primeiro volume da série "Uma História Social do Conhecimento" - nessa edição da Zahar - é um livro muito atrativo e gera expectativas grandiosas.

Porém, nada melhor do que tentar ser realista nesses casos! Portanto, seguem as minhas impressões sobre a leitura:

Sinceramente, é um leitura mais complicada com muitas citações e idas e vindas na cronologia. Caso você - assim como eu - não seja uma pessoa que consiga ler um Aristóteles em uma hora... provavelmente, a dificuldade de digerir esse livro pode te espantar. Mas ao mesmo tempo não é coisa de outro mundo, afinal, eu sobrevivi \o/

Se os obstáculos do livro não afastarem a sua curiosidade, vá fundo e faça uma leitura intensiva. Todavia, se depois de ler um pouco ou depois de ser essa resenha você ficou com pé atrás... Nesse caso aconselho a adoção de uma postura de leitura extensiva, folheie o índice e veja o que te agrada. Minha sugestão é o capítulo VI.


site: www.vagabundosconstrutivos.wordpress.com
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Nathália 12/05/2015

Um livro muito interessante, indicado não só para aqueles que estudam História, mas também para quem deseja entender um pouco como funciona a produção, disseminação e o controle do conhecimento desde os primórdios, A forma como o Peter Burke aborda o tema é didática e simples, sendo facilmente entendida e te fazendo acompanhar e refletir. Recomendo!
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elly 13/10/2022

Bom
Esse livro é bem interessante. Explica bem como o conhecimento começou a ser visto como algo a ser adquirido, catalogado e distribuído.
Como li como leitura acadêmica acaba que não aproveitei tanto quanto teria se tivesse lido por livre e expontânea vontade mas ainda assim é uma leitura que eu recomendaria pra quem se interessar pelo assunto!
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Pires 03/07/2014

História social do conhecimento e inteligência coletiva
“Uma História Social do Conhecimento – de Gutenberg a Diderot”, de Peter Burke (Rio de Janeiro, Zahar, 2003), é incrivelmente curto para o tema que aborda: 180 páginas, excluindo-se lista de referências e índice remissivo. Duvida-se da possibilidade de algo sério e consistente, sobre tema tão amplo e complexo, fazendo uso de tão poucas páginas. Mas, “Este estudo se baseia em quarenta anos de estudo dos primeiros textos modernos, bem como em obras secundárias”, informa o autor no prefácio. O que vai se comprovando na medida em que se lê. Peter Burke faz uma síntese muito competente e clara da evolução histórica do “mundo das letras” ocidental, traçando alguns rápidos paralelos com o que aconteceu na China, no Japão e no mundo islâmico, evitando entrar em detalhes específicos, sem deixar de remeter o leitor às obras onde estes podem ser encontrados. As numerosíssimas fontes são apresentadas em notas de fim de texto, revelando a erudição que fundamenta o texto curto, mas consistente, cuja principal qualidade é oferecer uma visão panorâmica do objeto, captando-lhe as principais características e tendências. Autores como Foucault, Thomas Kuhn, Eduard Said e Pierre Bourdieu comparecem abundantemente como referências argumentativas relevantes na caracterização do processo inovador da aquisição e disseminação do conhecimento, no período que vai da invenção da imprensa à publicação da famosa Enciclopédia, pelos iluministas franceses.
A leitura é muito agradável, seja pela fluidez do texto, seja pelo prazer de ver se completar, à medida em que se avança nas páginas, um quebra-cabeças em que as peças - às vezes coloridas, às vezes brancas, à vezes negras - são a comunidade dos “homens de letras”, a universidade, as “capitais do conhecimento”, os currículos, as bibliotecas, as enciclopédias, a Igreja e o Estado em sua relação com o conhecimento (fonte de poder), o “mercado do saber”, o leitor. Também é prazeroso adquirir uma percepção minuciosa dos séculos XVI, XVII e XVIII, sob o enfoque da antropologia, da sociologia e da economia do conhecimento, que trazem à baila instituições e indivíduos até hoje muito presentes na vida de todos, pelo papel revolucionário que tiveram, configurando o mundo dos livros, das bibliotecas, dos estudos, das universidades.
“Uma História Social do Conhecimento” é uma obra oportuníssima, neste momento histórico em que os homens dos livros estão se tornando os homens das telas de computadores. É muito interessante lê-lo depois de “A inteligência coletiva”, de Pierre Lévy, em que o tema é, exatamente, o impacto das tecnologias da informação sobre as possibilidades de aprendizado e de manejo do saber. A internet e a atual capacidade quase infinita de armazenamento e processamento de informações estão para a sociedade atual como a imprensa, as enciclopédias e as bibliotecas estiveram para o mundo do fim da Idade Média e começo da Idade Moderna. Em ambos os casos os modos de produzir, armazenar e acessar informações e lidar com o conhecimento sofreram transformações profundas, com impactos sobre a vida dos indivíduos e comunidades. Com a diferença de que a revolução recente ainda está por ser compreendida em toda sua extensão e profundidade, aparecendo Pierre Lévy como um otimista.
E cá, fico me perguntando: como seria uma história social do conhecimento pós-Enciclopédia? E na era da internet? Enquanto Peter Burke ou alguém tão corajoso e empreendedor como ele não dá a resposta, relerei “Uma História Social do Conhecimento – de Gutenberg a Diderot” e “A inteligência coletiva”, a fim de refletir pelo menos sobre algumas tendências que marcarão a comunidade privilegiada a que pertenço: a dos homens de letras. Comunidade esta que anda um tanto perdida e marcada por conturbações que ninguém sabe, ainda, aonde chegarão.
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