EntreMundos

EntreMundos Neil Gaiman




Resenhas - EntreMundos


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Portal Caneca 18/06/2014

Viaje você também entremundos!
Numa nova trilogia, Neil Gaiman (Sandman) e Michael Reaves (Caverna do Dragão) nos apresentam Joey e um mundo… ou melhor… VÁRIOS mundos do qual ele faz parte. Muita calma, já explico tudo. Joey é apresentado como um garoto tão normal e esquisito quanto eu fui ou você certamente ainda é. Talvez a única coisa que chame atenção seja o fato dele ser particularmente desastrado e perdido, mas perdido no lvl 89 numa escala 100 – a ponto dele se perder dentro da própria casa ou mesmo perder objetos como ninguém (ou como toda população mundial junta).

O livro faz parte de uma coleção de livros infantis com o selo Jovens Leitores da Editora Rocco e por isso, foge um pouco do tradicional mundo sombrio de Gaiman. Continuando… Joey, em um trabalho de campo pela cidade se perde um pouco e acaba chegando numa outra dimensão (…)

CALMA! Respire, leitor. Respire! Seguinte: após o ocorrido, Joey de fato chega em outra dimensão, muito semelhante com a dimensão de origem dele, porém ainda uma outra dimensão. A partir daí, a vida de Joey vira do avesso e vai colocá-lo em meio a muitos perigos, descobertas e guerras.

Joey, descobrimos depois, nasceu como um “Andarilho” – o que significa que ele pode andar entre diferentes dimensões – fato que explica a capacidade de se perder ou perder objetos mais do que o normal.

OBS: me identifiquei um pouco com ele e fiquei feliz com a justificativa – quem sabe um dia?

Andarilhos são pessoas raras em todo o universo (seja a realidade que for) e o poder intrínseco a essas pessoas são um ótimo combustível para veículos grandes (como barcos ou naves) viajarem por entre as dimensões. Esse é justamente o plano de Lady Indigo com seu navio Maléfico: percorrer diferentes dimensões e conquistar planetas com o poder bélico de seu exército.

Para combatê-los existe um tipo de “guarda” do multiverso. Joey chega até a base de treinamento deles depois de passar por alguns contratempos e perdas de amigos. Lá, ele pode também estudar sobre essa coisa maluca de metafisica e múltiplas realidades (alô, você que reclama da prova de matemática e física do colégio).

Na trama, os planetas são divididos em duas categorias: os que se aprofundam no uso e estudo da magia e os que se apegam mais à ciência – a nossa Terra, no caso se apega mais à ciência. O mais legal da história é que – para cada dimensão que viaja Joey se encontra com seu correspondente nesta outra realidade. No fim ele acaba com um exército de si mesmo, com diferentes capacidades, poderes e até mesmo idades – afinal o tempo corre diferente nas diferentes dimensões).

Apesar de aparentemente confuso, a leitura é absolutamente fluída e envolvente. Narrado em primeira pessoa, o humor é muito recorrente nos pensamentos e ações de Joey. Bem como suas confusões e pesares. Achei uma ótima abertura para a trilogia: o livro tem a história completa em si e não termina de modo muito brusco do tipo “leia o próximo livro para saciar sua curiosidade, HÁ!”. Não, nada disso – fato que me fez gostar ainda mais da história. A sequência da saga fica por conta de “The Silver Dream” (O Sonho Prateado em tradução livre), que ainda não chegou ao Brasil, confira a capa clicando aqui.

site: http://www.portalcaneca.com.br/viaje-voce-tambem-entremundos/
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Descontrolados 25/05/2014

Sliders encontra Harry Potter à bordo do Pérola Negra
Joey Harker é um garoto comum que, durante um inusitado teste de localização proposto pelo professor de Estudos Sociais, descobre ser um Andador, alguém capaz de deslocar-se de uma dimensão para outra. Enquanto tenta entender onde está e o que significa sua nova condição, Joey percebe que aquele é o começo de uma nova vida e de uma grande aventura em que magia e ciência se unem para garantir a paz em vários mundos.



Primeiramente, antes de iniciar essa leitura, certifique-se de possui algum nível de nerdice ou apreço pelo seguimento ficção científica. Mantenha sua mente aberta para possibilidades e exageros. Tudo ok? Então prepare-se para embarcar numa viagem psicodélica, através de infinitas dimensões com EntreMundos, livro escrito por dois gênios da ficção: Neil Gaiman, responsável por Nerverwhere, Stardust e pelos quadrinhos Sandman; e ainda Michael Reaves, roteirista e escritor, responsável por sucessos como Caverna do Dragão, Batman: The Animated Series e diversos livros de ficção, incluindo alguns inspirados na saga Star Wars.

EntreMundos foi originalmente concebido, em 1995, como um projeto de série de tv. Não que o tema – viagem através de dimensões – fosse alguma novidade, pois naquele mesmo ano estreava na Fox americana a série Sliders (1995-2000). Aliás, o próprio Michael Reaves escreveu um episódio para a quinta temporada de Sliders, em 1999: Requiem.

Como infelizmente, ninguém efetivamente se interessou em produzir EntreMundos no formato série (o que lhes garanto, teria sido muito interessante), os dois autores decidiram finalizá-lo no formato livro e lançá-lo como primeiro volume de uma trilogia, em 2007. O segundo livro, The Silver Dream, foi lançado em 2013 e o terceiro está previsto para 2015.

Dizer que esta história é um misto de Sliders com Harry Potter, acrescido de doses de Fringe, Piratas do Caribe, Dungeons & Dragons, Alice no País das Maravilhas, Star Wars e uma pitada de Náufrago, não é exatamente um exagero. Todos estes conceitos, reunidos, dão o tom do que poderá ser encontrado na trama deste livro, fazendo com que ele vá além de uma simples história de viagem através de dimensões, que o enredo talvez sugira.

A narrativa do livro, toda na primeira pessoa, é bastante irreverente, o que proporciona uma leitura leve e contagiante. O texto está repleto de referências à cultura pop-nerd e conceitos de física e física quântica, o que faz esta leitura ser perfeita para os fãs do gênero sci-fi. A história é extremamente envolvente e não possui muitos aspectos clichês, como se pode esperar deste tipo de enredo. O final deixa um gostinho especial de quero mais, apesar deste não ser um daqueles típicos livros que costumam deixar um irritante cliffhanger. Sendo assim, o leitor não se sentirá obrigado a ter que reler o primeiro livro para dar continuidade ao próximo, o que eu, particularmente, acho muito bom.

Por fim, se você não é nerd, não se espante. Este livro realmente possui uma dose elevada de nerdice, mas pode ser apreciado por qualquer leitor que tenha uma mente aberta para histórias fantásticas, daquelas que vão além do cotidiano. Lhes garanto, apesar de curto, EntreMundos supera as expectativas e certamente será um bom alimento para o seu intelecto e, especialmente, sua imaginação!

Por Diego Cardoso

site: http://programadescontrolados.com/resenha-entremundos-de-neil-gaiman-e-michael-reaves/
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