ritita 04/02/2021Que título enganoso.Com este título e a capa, o livro estava me esperando a um tempão. Ainda bem que tentei.
O título e a resenha não fazem jus à delícia que é ler um livro que fala de livros, leitores, agentes literários, editores, e todo o resto que fazem a delícia de qualquer leitor. Para não ficar muito oba oba, vou destacar algumas marcações que fiz:
"Mais todo o tempo: antes de dormir, enquanto comia, enquanto se vestia... Leria no banho se tivesse conseguir um método que não estragasse o livro."
"Além disso, é legal a gente poder se exibir sobre os liros difíceis que leu".
"Sob vários ângulos, escrever é como pintar. O artista olha para a vida e a traduz em alguma oura coisa. O escritor faz isso com as palavras, não com tinta."
Laura é despedida da livraria que trabalha, não só como vendedora, como também como organizadora de grupos de leituras e copidesque avulsa de escritores amadores, ama o que faz e só aceita outro emprego se for para trabalhar com livros. Laura tem seu escritor favorito de vida - Dermot Flynn, que ficou famoso com apenas dois livros tido como sensacionais.
Ao ser convidada a organizar um festival literário (que inveja - hahaha), não titubeia em aceitar trabalhar ainda que só como voluntária - sem ter certeza que vai receber algo por aquilo.
Como fã nº 1 do maior escritor irlandês contemporâneo, tem a difícil tarefa de convencê-lo a "sair da toca" e comparecer ao evento. Sem ter certeza se o misantropo de crachá e carteirinha irá comparecer, os organizadores do grande avento anunciam sua presença assim mesmo.
Será que ele comparece? Se comparece, será que faz sucesso? Se faz sucesso, será que conseguirá voltar a escrever?
Leia, leiam e leiam. Sabem aquele suquinho refrescante na hora do calor? Aquele picolé que sacia a sede? Pois é.
Ah, o romance havido, ou não, entre Laura e o escritor é apenas para encher linguiça, mas muito divertido também.
Recomendo de zóios fechados.