Lina DC 02/04/2014"A outra dimensão" é o primeiro livro da trilogia Enfynie, onde conhecemos Natasha Fernandes, uma jovem de 22 anos, carioca, filha de Paula e Roberto e tem dois irmãos: Yuri, de 20 anos e Isabella de 14 anos. Natasha vem de uma família unida e amorosa e tem uma vida tranquila até o momento em que encontra uma estatueta de dragão com olhos vermelhos.
O livro é narrado em primeira e terceira pessoa e apresenta ao leitor a jornada de uma jovem em busca do lar e daqueles que ama.
Natasha se vê transportada a uma dimensão onde tudo é completamente diferente do que ela já viu em sua vida, começando pelo modo que as criaturas se comunicam, que é através do contato visual, uma conexão de almas.
Enfye é dividida em 10 grandes áreas e Natasha vai parar em Gar, na área 5, onde conhece o rei Dhag e sua filha Thier e é claro Onglier, uma criatura da raça Reyat que está estudando para se formar um sacerdote diplomata.
Os personagens apresentados aos leitores são intrigantes, não só por suas personalidades e crenças, mas também pela criação de diversas raças diferentes. Natasha, que seria a protagonista central, acaba se apagando um pouco em meio a tantas novidades. Além disso, Natasha não é uma protagonista carismática, pois fica a maior parte do livro reclamando e se lamentando, o que a torna um pouco repetitiva.
A escrita da autora é cativante, mas ainda precisa de um certo amadurecimento. Em alguns trechos da leitura, existem alguns devaneios da protagonista, que acaba fugindo demais do assunto central. O texto também é cheio de observações entre parênteses que poderiam ter sido editadas.
A trama tem um grande potencial e a jornada de Natasha é diferente e criativa. Os personagens e as raças apresentadas pela escritora são extremamente encantadores, mesmo quando tem hábitos não muito amáveis.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora pecou no trabalho. Foram encontrados inúmeros erros, de modo que a própria escritora acabou enviando uma errata. A capa é linda e com certeza chamou a minha atenção.
"- QUE FLORESTA É ESSA, MEU OSÍRIS? EU MORRI? EU MORRI E ESQUECI DE CAIR DURA NO CHÃO? - Deu um tapa no rosto para ter certeza e foi andando em direção ao túnel, gritando: - AI, MEU DEUS! MOISÉS! VISHNU! ODIN! AMATERASU! ZEUS!, MARIA MADALENA! GOKU!" (p. 67)