A Menina Submersa: Memórias

A Menina Submersa: Memórias Caitlín R. Kiernan




Resenhas - A Menina Submersa


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Lavinia166 31/01/2024

A um passo de descobrir o que só os loucos sabem
Apesar de não ser tão querido, o livro é autêntico, pelo fato de abordar sobre uma personagem que sofre de um transtorno mental, que inclusive fez parte de todas as suas gerações - a esquizofrenia, e mesmo com uma mente nada confiável ela (a Imp) escreve para nós leitores, a respeito da sua história de fantasmas, sereias, lobos, quadros, etc. ela discorre entre o que é real ou o que ela mesma inventou, e por vezes parece distante da realidade, citando a si mesma em terceira pessoa, o que prega uma peça no leitor: não sabemos se a sua história é real ou inventada. outro ponto abordado no livro é sobre a transexualidade, representada pela personagem Abalyn, que é a namorada da Imp, e sobre a homossexualidade. E por falar em Abalyn, quero destacar que é a única personagem memorável nessa história, por ser humana e gentil nos piores momentos da Imp, da intrusão em seu relacionamento com a chegada da Eva Canning, que apesar de tudo esteve ao lado dela mesmo com toda insanidade decorrente do seu transtorno mental. Mas uma vez, a dark arrasou, não pude parar de observar cada detalhe nessa edição, desde a capa, as suas ilustrações internas... um projeto gráfico encantador!
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Kelly @foinumlivro 30/06/2020

Ainda tentando entender
Confesso que foi um dos livros mais diferentes que li nos últimos tempos! A narrativa não é fluida e confesso que tive que parar variar vezes para absorver tudo que estava acontecendo, mas vale a pena insistir na leitura.
Começamos o livro sabendo que entraremos na mente de Imp que sofre de esquizofrenia mas não tem como explicar como é essa experiência!
O livro é meio confuso e confesso que tem alguns capítulos que não fazem sentido (principalmente quando os surtos da protagonista ficam mais frequentes) mas estou apaixonada.
Você acaba o livro sem saber se o que aconteceu é real ou se aconteceu só na cabeça de Imp e começa a questionar sua própria sanidade mental mas eu juro que vale a pena ler.
Thays 30/06/2020minha estante
Eu tô com esse livro há tanto tempo encalhado na estante, começo a ler e paro, volto a ler e paro. Depois de ler isso, vou tentar mais uma vez


Kelly @foinumlivro 30/06/2020minha estante
Tenta sim! Ele não é fácil de ler realmente mas vale a pena!




Tatiane.Gatto 05/12/2021

Não gostei.Achei a história cansativa demais e não consegui entender 99% do que li. Sei que se passa na mente de uma pessoa esquizofrênica, porém imaginei que conseguiria entender alguma coisa.
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LetAcia637 07/03/2016


Sobre esse livro.
Não espere um livro de romance, pois o a história de amor dele é superficial e mal desenvolvida.
Não espere um livro de ação, não há nenhuma.
Não espere aforismos valiosos, alguns hão de discordar, mas não há mesmo.
Não espere um final surpreendente.
Não espere, e isso me doeu, um livro de terror.
Espere, talvez, um romance introspectivo, que vai te levar para dentro da personalidade de uma mulher chata que conhece outra mulher mais chata ainda de verdade e depois conhece outra mais chata que as duas juntas, só que de mentirinha.
Se não fosse pelo material de qualidade da Darkside, teria uma estrela e meia a menos.
Lidiane 28/03/2016minha estante
Antes de comprar pensei muito se o livro valeria a pena, por fim resolvi adquirir o livro pelo grande trabalho da editora darkside.
No entanto a historia é meio monótona realmente, concordo com cada palavra que você disse sobre o livro.
Contudo é um livro bem diferente o que deixa um certo charme, mas não vale cinco estrelas.


Wellington.Monteiro 30/03/2016minha estante
Aí Letícia! Seu comentário doeu.
Acabei de efetuar a compra deste livro. E claro, fiz uma árdua pesquisa sobre seu conteúdo. Também me encantei pela beleza da edição da Darkside, e achei extremamente interessante da parte dela valorizar tanto uma obra tão... Podemos dizer... Complexa em seu conteúdo.
Pois é. Na minha pesquisa pude notar uma coisa em comum em todas. Todas as resenhas faziam ecoar na minha mente a obra de escritores como Virginia Woolf ou até mesmo Dostoiévski. Porque? Pelo uso do "fluxo de consciência", o qual foca em si na transcrição do complexo processo de pensamento do determinado eu lírico, expressando suas impressões momentâneas entremeada a seu raciocínio. Acredite, é pra ser complexo. E, as vezes isso desvaloriza muito em si o enredo, e a exploração - podemos dizer - "mais externa" dos personagens, e valoriza o entendimento do "interior" de um personagem, o qual muitas vezes pode-se ficar incompreendido, afinal aquilo é praticamente a representação de uma mente de certa pessoa e muito bem sabemos que a mente humana é complexa.
Creio que encontrarei algo semelhante nesse livro.
E realmente, quero acreditar nisso.


Lia Cavaliera 23/09/2017minha estante
Realmente livros que são feitos em fluxo de consciência não são para todo mundo. Esse livro é montável e tem uma personagem não confiável, mas são camadas e camadas de subtexto e simbolismo.
Enfim, realmente não é um livro para qualquer pessoa. Eu, por exemplo, amei e é um dos meus livros favoritos, releio todos os anos e sempre encontro coisas novas nele, que não percebi na primeira leitura. E, sim, é um livro que demanda certo estudo, um livro que te passa dever de casa. Não é pro público descompromissado, que lê por ler.
Tanto que ganhou um dos prêmios de terror mais importantes atualmente.
Mas, é aquilo, gosto é gosto...




Lala 21/01/2021

A Menina Submersa: Memórias é o meu livro favorito.
Comprei ele aos treze anos, em 2015. A capa me chamou atenção, já conhecia e amava o trabalho da editora Darkside, e coloquei o livro no carrinho virtual sem nem ler a sinopse. Eu queria aquele livro que não tinha nada escrito na capa. Queria descobrir sobre o que era a história, folha por folha. Não pesquisei nada a respeito da escritora, não pesquisei por avaliações. Era apenas eu e um mistério a ser resolvido.
Lembro até hoje que comecei a ler à noite e não consegui dormir. Estava assombrada pelos pensamentos de Imp, mas não pude parar. Terminei o livro fascinada e com uma sensação incômoda de que o mistério não estava resolvido - pelo contrário, eu tinha dúvidas, precisava analisar mais detalhadamente, queria desvendar os delírios de Índia Morgan Phelps como se eu própria fosse sua psiquiatra.
Reli o livro. Coisas começaram a acontecer na minha vida, e a cada vez que eu iniciava o livro mais uma vez, havia uma nova frase piscando, traduzindo exatamente o que eu sentia naquele momento. Toda vez que eu precisava - toda vez que eu preciso - de compreensão, é só folhear as páginas e a mágica acontece. Comecei a colocar flores recolhidas em momentos especiais no meio das páginas, marquei minhas passagens favoritas com minhas melhores canetas. Passei tanto tempo com esse livro que ele tem meu perfume.
Não posso dizer que desvendei a história de verdade, afinal, nem mesmo a protagonista sabe o que é real ou não em sua narrativa. Mas de uma coisa eu sei: se livros podem nos salvar, A Menina Submersa é o livro que me salvou.
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Gabriel.Rodrigues 28/03/2021

Não existe uma mesma obra para duas pessoas.
E este livro é a prova disso! Vejo tantas resenhas negativas, mas foi um dos livros mais belos e mais tristes que tive o PRAZER de ler.

Aquele favoritado mas 4 estrelas. Realmente ele é MT denso, confuso e complexo, eu ctz vou reler ele num futuro não tão distante para compreender melhor a história.

O livro é belo, me entristece notas tão baixas. Não faça menos da história da Imp só pq vc não compreendeu... afinal ela não escreveu para vc..
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Tamirez | @resenhandosonhos 04/03/2016

A Menina Submersa
India Morgan Phelps quer contar sua história sobre fantasmas e para isso ela começa a escrever suas memórias em um livro. Imp, como também é chamada, tem esquizofrenia desorganizada, assim como sua mãe e sua avó também tiveram e ambas cometeram suicídio. Após descobrir que possui a doença ela começa o tratamento, mas mantém seus momentos menos lúcidos.

Como característica da esquizofrenia desorganizada, Imp por vezes não sabe distinguir o que é real do que acontece somente em sua imaginação, ou o real momento em que algo aconteceu, mantendo uma linha do tempo bastante desorganizada. É dessa forma que ela vai contar pra nós sobre a menina submersa.

“Uma coisa que comecei a entender sobre as verdadeiras histórias de fantasmas é que raramente sabemos que elas estão acontecendo conosco até depois do fato, quando somos assombrados e os eventos da história propriamente dita já aconteceram e acabaram. Esse é um exemplo perfeito do que quero dizer. A primeira mulher que eu beijei foi l’Inconnue de la Seine, a imagem de uma suicida não identificada que nasceu cem anos antes de mim”.

Nesse livro que lemos – que também é o livro que India escreveu – ela descreve como quando ainda criança viu o quadro de Phillip George Saltonstall, A menina submersa, pela primeira vez e do quanto ele a assustou. A partir daí ela começou a pesquisar sobre e descobriu várias coisas intrigantes a seu respeito. Porém, para explicar a importância do quadro Imp precisar passear com o leitor sobre alguns meses da sua vida, como quando ela conheceu a namorada que vivia com ela no momento em que encontrou a misteriosa Eva Canning pela primeira vez e como esse encontro mudou sua vida e a trouxe de volta para dentro do quadro de Saltonstall.

Minha opinião
A Menina Submersa é um livro complexo, estranho e desorganizado. Tudo isso se dá ao fato de estarmos dentro da cabeça de uma protagonista esquizofrênica que não tem a noção de tempo bem definida e que também não sabe diferenciar o que real do que não é. A narrativa não é linear, o que faz com que o leitor precise estar atento a todos os fatos e aos poucos ir definindo ele próprio a ordem certa de alguns acontecimentos, bem como também tentando separar o que é verdade do que apenas aconteceu na cabeça de Imp.

Acho que a primeira dica para compreender a obra de Kiernan é saber que você não receberá um livro mastigado e com todas as respostas. A autora exige do leitor um esforço a mais e, portanto, esse é um livro que precisa ser lido com atenção e calma, e talvez não seja para todas as pessoas.

A segunda coisa importante é como a narrativa transcorre. Aparentemente estamos lendo o livro que India escreveu, mas a India as vezes conversa com ela mesma, fugindo da “história” do livro e introduzindo sua outra personalidade, Imp. O nome e o apelido estão presentes e se você reparar bem, talvez veja duas vozes diferentes falando. Dessa forma temos três situações dentro da narrativa: a história do livro, os debates internos de India e as afirmações de Imp.

“Gente morta, ideias mortas e supostamente momentos mortos nunca estão mortos de verdade e eles moldam cada momento de nossas vidas. Nós os ignoramos e isso os torna poderosos.”

Logo no começo ela diz que vai escrever uma história sobre fantasmas, porém os fantasmas da protagonista vão além dos seres paranormais que estamos acostumados, para ela fantasmas representam tudo aquilo que a persegue em sua mente, novamente de forma real ou não, portanto não espere um livro assustador ou com algo de terror, porque ele não vai acontecer dessa forma.

Esse é um livro composto de várias personagens intrigantes e femininas. A mãe e a vó de Imp, Abalyn – a namorada, Eva Canning, a médica e a amiga do emprego. De homens temos o pintor, que é apenas mencionado e o pai de India, que também só está presente na memória dela por contar como ficava pensando em maneiras horríveis para ele morrer.

Confesso que no começo eu demorei pra entender como a coisa funcionava e me perdia em várias partes tentando compreender o que estava acontecendo, já que a forma de narrar, a história e a voz mudava sutilmente. Porém, depois que compreendi que talvez não estivesse lidando somente com um “livro” e sim com mais de uma possível narradora – mesmo que as duas sejam uma – a leitura fluiu melhor e eu passei a aproveitar a história. Confuso, não?

E que edição linda da Darkside, a começar pela capa que nem título tem, deixando bastante para a imaginação do leitor. Por dentro está tudo muito caprichado, com detalhes e ilustrações que complementam a história e passam a fazer sentido conforme você vai conhecendo e desvendando a mente de Imp.

Ao fim, ainda ficaram alguns pontos abertos para serem discutidos, mas em geral eu gostei bastante da experiência de leitura e do livro em si. Acho que nunca tinha pegado uma história que fosse propositadamente confusa pra descrever como a mecânica funciona na cabeça da protagonista, por causa da esquizofrenia. Dessa forma, esse é um livro que eu recomendo se você quer sair um pouco da sua zona de conforto e enfrentar algo completamente novo, está preparado para se dedicar a essa leitura e para compreendê-la como ela merece.

site: http://resenhandosonhos.com/a-menina-submersa-caitlin-r-kiernan/
Julia 29/03/2016minha estante
acabo de assistir sua resenha, muito legal, é isso que os livros fazem, mudam a gente, fazem as pessoas passarem por experiências que não são nossas, nos faz "outrar"


Liana 31/10/2017minha estante
Olá Tamirez,
Nunca li nada nem remotamente parecido com esse livro. Ainda estou lendo e tentando não abandoná-lo por ter lido resenhas tão boas quanto a tua, que motiva a terminar de ler... Mas olha... que desafio esse livro...




roses in winter 27/09/2021

a menina submersa - 2021
quando li a sinopse do livro, achei que seria de fantasia, sereia, fantasmas e tals, mas não, são apenas analogias e metáforas. o livro é arrastado, não tem ação nenhuma, é muita comparação e história dentro de história, muitas das vezes estava lendo só esperando o capítulo acabar para finalmente dar uma pausa.
por ser da darkside, eu esperava mais e acabei me decepcionando, o que só comprova que capa bonita não é conteúdo bonito. não recomendo, duas estrelinhas de cinco.
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Coruja 21/06/2016

Quando esse livro foi primeiro anunciado, minha reação foi contraditória: por um lado… o Gaiman fazia a indicação dele e Gaiman costuma ser gospel para mim e sempre acabo indo atrás dos livros que ele recomenda. Por outro, sou uma medrosa assumida que foge de histórias de terror de uma maneira geral (sério, eu fecho os olhos até nos trailers no cinema).

Tempo passou e terminei indo atrás do livro para dar de presente… e tenho como política ler os livros que dou de presente para ter pelo menos noção do que estou dando para a pessoa (ou leio críticas se o título realmente não for do meu gênero ou o tempo for curto). Então fui le-lo… e aí tive uma surpresa.

A Menina Submersa não é uma história de terror. Ao menos, não foi uma história de terror para mim. É uma história de fantasmas, sim, especialmente os fantasmas que carregamos conosco em nossa memória. Mas é uma história como poucas que conheci, totalmente aberta à interpretação do leitor.

A chave para a compreensão do livro é, creio, a idéia de que a fantasia é um caminho para que se possa chegar à verdade - porque histórias são verdadeiras, ainda que não sejam factuais. Ainda que sejam fatos impossíveis, ainda que haja paradoxos inteiros, a realidade é que fatos nada têm a ver com a verdade.

Esse é um conceito que me é muito caro e que encontro em muitos dos meus autores favoritos. Através de sua narrativa, a protagonista de A Menina Submersa, India Morgan Phelps - ou, simplesmente, Imp - exorcisa seus fantasmas e demônios: o diagnóstico de esquizofrenia, o suicídio da avó e da mãe, sua própria solidão, o impulso criativo por trás de suas pinturas e contos… e, claro, Eva Canning.

É interessante que Eva seja retratada sob dois aspectos que, a um tempo, fascinam e aterrorizam Imp. Ela é sereia, seduzindo o herói em sua jornada; ela é lobisomem, ameaçando a frágil percepção de si mesma da heroína. Ela é vítima e vilã, monstro e ser humano, uma história de infância, um quadro e uma criatura real, horror e desejo.

A narrativa me fez lembrar muito o fluxo de consciência característico da obra de Virginia Woolf - em especial Mrs. Dalloway - e não acho que seja uma coincidência, considerando que Woolf é citada logo ao início da história. É um formato difícil porque acompanha as idas e vindas da forma como pensamos, pulando por referências, formando conexões e sinapses.

São poucos os livros que conseguem seguir esse fluxo de maneira crível e compreensível e A Menina Submersa consegue fazê-lo admiravelmente, nos enredando em voltas e voltas sem nos deixar perder da essência da história que Imp conta. Sem nos deixar perder de vista a busca por uma identidade e por amadurecimento, por compreensão e aceitação.

A história mistura real e imaginário de uma maneira que confunde o próprio leitor, levando-nos a acreditar cada vez mais no enredo - enquanto lia, pesquisei o ensaio da Ursula leGuin que Imp cita, e a história da Dália Negra, e também a desconhecida do Sena e fiquei frustrada ao entender que Saltonstall e Albert Perrault são criações da autora (sério, eles são tão bem construídos e há tantos pequenos fatos sobre os dois artistas, que ficamos na expectativa de ir ao google e encontrar as obras citadas por lá). E isso é fascinante - como a autora é capaz de nos levar, leitores, a também se perder entre real e imaginário, a nos mergulhar no mesmo estado mental de Imp.

Ao final, contudo, o que interessa é apenas isso: o que importa se foi real, contanto que seja verdadeiro?

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2016/06/para-ler-menina-submersa-memorias.html
Flávio 21/06/2016minha estante
? ( esse coração representa tudo que senti ao ler sua resenha que foi simplesmente ? porque você conseguiu descrever a essência do livro, a loucura a realidade e o imaginário e tudo mais, e foi simplesmente incrível. )


Coruja 21/06/2016minha estante
Muito obrigada, Flávio! Confesso que foi difícil escrever essa resenha porque ainda estava com a cabeça rodando com o livro, com tanta coisa que aconteceu, tanta coisa de que se falar...




Lamyla 15/01/2021

O livro tem uma leitura difícil, mas não foi por isso que não gostei, a autora não conseguiu transmitir a esquizofrenia ou passar a ideia de final. Era como se a autora tivesse pego várias histórias aleatórias e juntado para gerar a loucura do personagem, o que pareceu mais remendo do que a história de Imp propriamente. O ponto alto do livro foi a história de Abalyn, nesse personagem senti que a autora tinha propriedade sobre o tema.

Bom, o fato de o livro ter sido uma decepção para mim, não significa que seja para os outros, mas achei importante deixar minha opinião diante de ter comprado o livro baseada em várias resenhas positivas e nenhum alerta.
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Camila.Brito 28/05/2021

Lindo
Li a versão capa dura, a capa é linda, a história é meio confusa, mas é bonita a gente se perde mas se acha. Amei só acho que merecia um final mais elaborado.
Darkside eu te amo!
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spoiler visualizar
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Thaís 04/10/2021

Meu favorito, mas não é para todos.
A Menina Submersa: Memórias, de Caitlín R. Kiernan, é um livro que “é o que é, o que significa que ele pode não ser o livro que você espera que seja”. Publicado originalmente em 2012, foi traduzido para o português em 2014 pela editora Darkside. A obra trata de assuntos como esquizofrenia, trangeneridade, homossexualidade, amor, perda, arte, sexo e literatura de forma poética e sensível. Foi indicada a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, ganhando o Bram Stoker Awards em 2013. A autora nasceu em 1964 na Irlanda, mas mudou-se para os Estados Unidos quando jovem. Além de escritora, é palentologista, e já publicou dezenas de romances, contos, quadrinhos e novelas, tendo se especializado em ficção científica, dark fiction e weird fiction. Kiernan se identifica como gênero-fluido e lésbica.
Nesta obra, conhecemos India Morgan Phelps, ou Imp, como ela é apelidada, que trava uma árdua batalha contra o que chama de “a maldição da família Phelps”. Em um fluxo de consciência narrado em primeira pessoa, entramos na cabeça de uma menina esquizofrênica que vive entre sereias, lobisomens e fantasmas, figurativamente, mesmo que para ela as criaturas sejam muito reais. Sempre questionando o que de fato está acontecendo e o que é fruto de sua doença, Imp encontra o amor três vezes, de forma conturbada e caótica. Ela é fascinada por uma pintura chamada “A Menina Submersa”, e gosta de criar histórias e teorias para a verdade por trás do mistério da obra de arte. Imp faz isso com frequência durante a narrativa, sempre trazendo referências obscuras à outros livros, filmes, ou acontecimentos históricos. Caso você não conheça essas referências, pode ser um pouco complicado acompanhar o falatório interno da protagonista.
De qualquer forma, mesmo que seja necessário ler e reler o mesmo parágrafo diversas vezes, o livro é hipnotizante e cativante, sendo impossível largar a leitura. Por mais que a linha temporal do enredo seja confusa, tudo se ajeita no final e é possível compreender melhor o porquê da Imp tomar certas decisões que, à princípio, são extremamente questionáveis. Ela mesma descreve seus remédios como sua “sanidade artificial”, e percebe-se claramente quando ela os está tomando e quando os abandona; não é necessário que nos seja dito com todas as palavras. A história é cheia de subtextos, deixando algumas coisas implícitas, mas que agregam à história da Imp e de suas desventuras. Caímos no buraco do coelho junto com ela, de mãos dadas, enfrentando os seus amores, seus medos, a estranha Eva Canning, e as memórias dolorosas sobre sua família. Imp não é a garota que se afoga, não nessa história que está escrevendo. Ela é a garota que aprende a nadar.
A Menina Submersa: Memórias é comovente, cruel, insólito e desesperador. Definitivamente não é uma leitura para todos, mas os que escolherem embarcar nessa aventura não irão se arrepender. Caitlín R. Kiernan nos apresenta com profundidade e emoção o que há de mais cru no ser humano, dando vida a personagens carismáticos e complexos. Esse é com certeza um dos melhores livros que tenho na minha estante.
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juliatorress 21/09/2020

Não me arriscaria fazer uma resenha dessa obra, pois falaria algum spoiler com certeza ou me enrolaria tanto quanto a Imp se enrolou na sua narrativa que faz sentido só para ela. A trama não é linear e nem se sabe o que é real (factual) ou não. Não é um livro nem um pouco fácil e me perdi algumas vezes, mas é muito incrível como a autora conseguiu nos fazer entrar na mente de uma esquizofrênica. Adorei as citações a contos de fadas, sereias, crimes reais e etc. Recomendo essa leitura a apenas quem tem a mente aberta e que não espera muito do livro, pois ele é o que ele é, não o que você gostaria que fosse.
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Regina.Luiza 03/05/2020

É como estar dentro da mente de um esquizofrênico paranóico.
Imp é uma garota incomum, para dizer o mínimo. E é ela quem datilógrafa essa história, a história dela.
Sua avó e sua mãe possuíam uma doença mental, elas eram esquizofrênicas paranóicas e, Imp herdou delas essa herança indesejada. Ler esse livro foi como estar dentro da cabeça de Imp, no começo ela estava bem, trabalhava, morava sozinha, fazia terapia, tomava seus remédios e conseguia manter sua vida e mente dente de uma normalidade. Mas ao conhecer uma mulher, Imp terá um declínio em sua saúde mental e não conseguirá deistinguir o que é real, do que não é. Sua mente fica confusa, dispersa e obsessiva. Assim também fica o livro é e bem difícil dar continuidade a leitura. Para Imp é difícil viver desse modo, motivo pelo qual ela tenta o suicidio, tal qual sua avó e mãe.
No início da história, Imp diz que vai contar uma história de fantasmas, sereias e lobos. Só que não se trata de fantasia, pelo menos não a que você imagina. Os fantasmas são o passado, sereias e lobos são pessoas, às vezes pessoas que ela se relaciona, às vezes de quem faz parte de uma história passada e que ficou como obsessão.
Por ser construída a narrativa do modo que foi, achei o livro interessante. Mas devo admitir que foi pesado. Não o tipo de livro que você devora, mas que te devora se você não cuidar.
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