A Filha do Sangue

A Filha do Sangue Anne Bishop




Resenhas - A Filha do Sangue


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Cath´s 15/05/2014

Resenha A Filha do Sangue.
Anne Bishop conseguiu criar personagens profundos e um universo inteiramente novo, ao mesmo tempo em que deixou uma linguagem leve. Os outros livros que li da Saída de Emergência tem um linguajar mais complexo, que se você desvia a atenção um momento já tem que voltar e reler, em A Filha do Sangue isso não acontece, a história simplesmente flui.
O primeiro ponto a entender é a importância das joias, você pode receber uma por Direito de Progenitura e outra que pode ser três níveis acima da primeira. Os níveis são esses:
Branca, Amarela, Olho de Tigre, Rosa, Azul-Celeste, Violeta, Opala, Verde, Azul-Safira, Vermelha, Cinza, Cinza-Ébano e Negra.
Os Sangues deveriam ser protetores das Trevas, uma especie mágica e poderosa, mas desde que a Rainha Cassandra morreu tudo mudou drasticamente, Dorothea aos poucos foi tomando o poder e cada vez mais colocando em prática um reinado de terror, principalmente para os homens.
Há muitos anos é feita uma profecia que prevê a vinda de uma Feiticeira que governaria de forma correta.
Saetan é o Senhor Supremo do Inferno, muito poderoso, mas que deixou Hekatah, sua ex-esposa, tomando conta de tudo enquanto ficava em uma sala esperando a Feiticeira chegar.
Daemon e Lucivar são filhos ilegítimos de Saetan com mães diferentes. Daemon tem uma jóia negra, a mais poderosa, e é conhecido como o Sádico, é escravo sexual de Dorothea, ela o manda para varias rainhas, pois deixá-lo por perto é perigoso, não é a toa que ele tem esse apelido. Lucivar também é escravo sexual e Dorothea o enviou para Pruul, sabendo que enquanto tivesse poder sobre Lucivar teria poder sobre Daemon.
Então eu espero que estejam se indagando o porque Daemon sendo muito mais poderoso que Dorothea a obedece, e é aí que entra o Anel de Obediência, são anéis colocam nos pênis dos escravos sexuais, assim quem tiver o anel de controle, normalmente Dorothea + a feiticeira a quem estão a serviço, podem enviar ondas de dor diretamente para o membro.
Daemon acredita que pode se livrar do seu anel, mas como usariam seu irmão contra ele, não adiantaria de nada.
Quando enfim a Feiticeira chega não é como se esperava, Jaenelle tem sete anos e mais poder do que se lembram de alguém ter tido. Além de amigos incomuns, todos os lugares que ninguém se arriscaria a ir, Jaenelle vai e faz amigos.
Saetan começa a ensinar a Arte para Jaenelle, e assim se passam anos e a garota alcança seus doze anos.
Você deve estar pensando que falei muito sobre o decorrer do livro, mas isso é o básico, acontece muito no decorrer das páginas.
O livro começa com uma explicação sobre as jóias e sobre a hierarquia, que você não precisa decorar, pois vai aprendendo ao longo da história.
Embora Lucivar seja um personagem que apareceu muito pouco nesse livro, os momentos em que aparece me cativaram totalmente.
Daemon com sua história extremamente triste também me conquistou, mas foi aos poucos. Saetan ao contrário me deixou um pouco descontente, pois poderia ter evitado muito do que aconteceu a Lucivar e Daemon, mas preferiu agir de outra maneira.
Outro fato que devem entender é que Daemon dês que soube da Profecia considerava que a mulher certa seria a Feiticeira, então imaginem a surpresa quando se deparou com uma criança. Mas aprendeu a lidar bem com a situação e virou o que a Jaenelle precisava: um amigo.
Eu aviso que o livro não é uma leitura leve, é bem sombrio, teve partes que eu contava para o meu amigo que ficava: "Aiii!", sendo que quando terminei de ler ele me disse: "Não me conte mais nada!", pois eles estão vivendo em uma época que não é fácil, acontecem cenas mais fortes, como colocarem óleo de bacon no membro de um homem e largarem ratos para comer.
Ao mesmo tempo que o livro é forte, também demonstra sentimentos como amizade, bondade, proteção. Mas o livro começa e termina com uma importante lição: tudo tem o seu preço. E no decorrer do livro esse preço é varias vezes cobrado dos seus personagens.
A cada momento da leitura algo está acontecendo, é um livro que te captura a cada página, Anne não deixou cair o conteúdo em nenhum momento.
O que acredito que possa incomodar há alguns é a parte sexual, é uma obra que embora não use em nenhum momento palavras chulas está liganda a essa servidão que exigem dos personagens, o que pode também incomodar há outros é Daemon continuar apaixonado por Jaenelle mesmo ela sendo uma criança, eu não achei nada demais, pois ele não faz nada do estilo sexual com ela, mas há amou e esperou por anos e continua sentindo isso.
Pessoalmente, adorei a leitura, os personagens são complexos com várias nuances e a autora trás ingredientes importantes embora tristes que te capturam cada vez mais, seus sentimentos enquanto lê vão mudando junto com os dos personagens.
Quanto ao formato físico do livro, a Saída de Emergência Brasil continua focando forte, é muito lindo, tanto a parte exterior quando a interior, letras, papéis, diagramação, correção, tudo muito bem feito e com cuidado.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/05/resenha-filha-do-sangue.html
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Mundo de Tinta 01/02/2017

A Filha do Sangue
“– Há muito, muito tempo as trevas tem um Príncipe. Agora, a Rainha está a caminho. Pode levar décadas, até séculos, mas está a caminho. – Com o queixo, aponto os Senhores e Senhoras sentados às mesas. – Quando isso acontecer, eles lá serão pó, mas você e o eyrieno estarão aqui para servir.” Pág. 19
Essa é a profecia tão esperada. A Feiticeira está chegando.
Bom, a resenha. Algumas vezes a história é tão complexa que você sente dificuldade em colocar no papel. Como começar, o que contar. É necessário certo tempo para ‘digerir’ melhor o enredo de tudo. Sempre escrevo no papel e depois passo pra cá (sei que é trabalhar duas vezes, mas funciono melhor assim..rs), mas quando comecei agora, não gostei muito do que escrevi. Acho que ficou meio solto. Mas não dá pra contar muito. Quero que vocês tenham as mesmas sensações que eu tive. As surpresas. Emoções. Então vou manter o plano A.
Os Sangue vivem em uma sociedade matriarcal, onde os homens vivem para servir. Em tudo e para tudo. Escravos do prazer com coleira e tudo, o Anel da Obediência.

Quer continuar a ler?
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Bjs

site: http://blogmundodetinta.blogspot.com.br/2014/07/resenha-de-tinta-filha-do-sangue.html
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Robson 24/05/2014

Mágico e Sensual
Magia, intriga e sensualidade! O universo criado por Anne Bishop em “A Filha do Sangue” promete conquistar a mais variada gama de leitores neste vasto mundo literários. E eu, como bom fã de fantasias, fui fisgado facilmente pela originalidade de seu enredo.

Bishop cria um mundo complexo, permeado de um tipo único de magia, um tipo jamais lido por mim. Através da rica cultura dos Sangue (Oráculos, feiticeiros e outras categorias), Anne narra um mundo comandado por mulheres poderosas e corruptas, mundo este que está prestes a virar de ponta cabeça com o surgimento de uma poderosa feiticeira. Esse foi um dos grandes pontos da história, estou acostumado a ler romances de todos os tipos que sempre envolvem o poder masculino sob as mulheres, mas Anne Bishop inova dando este poder a elas, deixando tudo mais interessante.

De inicio as coisas me pareceram um pouco confusas, foi difícil assimilar a vasta cultura e hierarquia dos Sangue. Isso acabou por “lentear” um pouco a leitura do livro, mas logo a autora toma as rédeas e deixa as coisas claras e prazerosas, permeando sua narrativa (pra lá de bem escrita) com segredos, magia e sensualidade. Anne guia “A Filha do Sangue” através de uma narrativa bem amarrada, explorando pontos de vista cruciais para o desenvolvimento de seu enredo, o que me proporcionou uma visão bem ampla e coerente sobre o seu vasto mundo.

Outro ponto interessante é que Ann Bishop não mede esforços para chocar seus leitores, envolvendo cenas quentes entre as fêmeas dos Sangue com seus machos submissos, além de muita feitiçaria obscura e intrigante.

Em “A Filha do Sangue” fui presenteado com personagens enigmáticos e extremamente chamativos. Eu esperava mais e mais clichês quando o assunto eram os personagens, mas Anne cria personagens únicos e que forçam o leitor a continuar a ler sua história. Todos eles são chaves para montar o enorme quebra-cabeça deste primeiro livro e isso demanda uma carga maior de atenção em cada um.

Após o final de “A Filha do Sangue”, eu sem duvida alguma, mas posso esperar para ler a continuação (quando sai produção?). Esse é, até o momento, o único livro da SDE que eu li e gostei e espero que as coisas continuem assim com a editora, afinal, as edições deles são perfeitas.

site: http://www.perdidoempalavras.com/resenha-filha-sangue-joias-negras-1-anne-bishop/
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Bruna Britti 27/05/2014

***

Faz muito tempo desde a última vez em que li uma história de literatura de fantasia. Aproveitei um dos lançamentos da editora Saída de Emergência – uma vez que a sinopse de “A Filha do Sangue” se mostrou deveras interessante –, para tirar este atraso de quase seis anos sem tocar em algum título do gênero. Acho que não poderia ter escolhido livro melhor! “A Filha do Sangue” é uma história simplesmente encantadora que mergulha o leitor em um universo fantástico de esperança, sensualidade, magia e personagens magníficos.

Confesso que no começo fiquei perdida pela quantidade de termos e elementos que estruturam a história. A autora não introduz o leitor a este mundo particular, como se este já o conhecesse de antemão. Entretanto, em pouco tempo tomamos conhecimento de cada detalhe apresentado, e, a partir daí, a história é desmembrada em uma trama complexa porém extremamente cativante. Moldado a uma atmosfera depravada por ganância e luxúria, o enredo apresenta elementos densos como castração, abusos sexuais, tortura e pedofilia. Ao mesmo tempo, ao retratar a esperança, o amor e a amizade – além da premissa de um inquietante romance que, admito, me conquistou –, a narrativa rege em diversos momentos situações doces e jocosas. A Filha do Sangue fala, especialmente, da essência de um ser puro em meio ao mal e da esperança de um futuro melhor em vidas pra lá de sofríveis.

Explicar o enredo é uma tarefa complexa, pois a história é destrinchada em tantas facetas que eu não conseguiria passar nem a metade da grandiosidade desta obra. Em suma, trata-se da profecia sobre a vinda de uma poderosa Feiticeira cujo poder era maior do que qualquer outro. O que surpreende a muitos é que Jeanelle é uma garota de sete anos que mal sabe realizar a Arte básica, mas possui poder suficiente para destruir um reino. Caberá a Saetan – o Senhor Supremo do Inferno –, e seu filho Deamon – um escravo forçado a prestar serviços sexuais –, a guiá-la e instruí-la corretamente para que tanto poder não seja manipulado pelas pessoas erradas. Saetan e Deamon – dois personagens cativantes e peculiares –, constroem uma relação de amor, fidelidade e amizade com a pequena garotinha. É uma relação paterna de broncas e preocupações, bem como uma relação de amor que, algumas vezes, salta para algo maior e mais delicado.

Anne Bishop insere um reino de magia de rainhas depravadas, ligações psíquicas e jóias que determinam o poder dado a uma pessoa em uma narrativa ágil e extremamente prazerosa. A história é contada em terceira pessoa alternando na maior parte do tempo entre Deamon e Saetan. Os sentimentos apresentados no texto conduzem o leitor ao encontro de personagens reais e intensos, que demonstram o lado bom e o ruim de suas personalidades. Daemon, por exemplo, é um personagem frio, sádico e sofrível pela sua condição, mas é tocante vê-lo desabrochar para um rapaz sorridente que, ao lado de Jeanelle, volta a ser um adolescente de novo. Caí de amores por ele!

Muitas vezes o tipo de narrativa presente proporciona ao leitor um tom poético, de uma sensibilidade única. Leiam “A Filha do Sangue” de mente aberta, preparados para uma história original e maravilhosa. Um enredo que foge da mesmice sem deixar de trabalhar temas já conhecidos. Não vejo a hora de ler a continuação! Com toda certeza “A Filha do Sangue” entrou para os melhores livros lidos deste ano.

site: http://www.supremeromance.blogspot.com.br/2014/05/a-filha-do-sangue-anne-bishop.html
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Kaio Cesar 31/08/2016

Sedutor e Cruel
A Filha de Sangue é um livro que tem semelhanças e bastante até com Game of Thrones pelo modo como é narrado e por não ter de certo um protagonista é um antagonista, mas sim alguns, mas claro a pequena e peculiar Jaenelle é o foco, doce, meiga, estranha e encantadora essa é a descrição melhor enquadrada a ela, depois temos Daemon sedutor, Cruel e frio, porém amável, e Saetan que por ser senhor do inferno não é tão diabólico assim.
No começo é tudo bem confuso o jeito que é explicado este mundo, e como é narrado.
No meio começa a história ficar interessante, em certos pontos monótona, mas sempre cheia de detalhes, e no fim e que fim, Jaenelle incrível, curioso pra ver o que acontece com história dela no próximo.
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Literatura 28/05/2014

Luxúria e poder corrompendo a inocência
Para mim, a boa fantasia não é aquela que começa com o clássico Era uma vez. É algo visceral, negro, sujo, escuro e prazeroso, onde a luz e a sombra são mostrados muitas vezes dentro dos seres humanos. E não adianta negar – todo mundo gosta disso. Mais do que fadas e duendes, vibramos com traições, intrigas, lutas por poder e a manipulação dos sentimentos que muitas vezes são bons – beirando em muitas ocasiões ao exagero – em algo forte, visceral e cruel.

Por isso Game of Thrones se tornou o sucesso que é. E por isso A filha de sangue, primeiro volume da Trilogia das Joias Negras, criado pela genial Anne Bishop, veio para ficar. Com o seu Mundo Distorcido, dominado por rainhas loucas e famigeradas, nos mostrou um universo novo e insano, forte como uma punhalada no escuro – ou uma carícia, dependendo do gosto do freguês – e capaz de deixar marcas indeléveis na mente do leitor.

Tudo começou com a cultura do Sangue, seres especiais detentores do poder capaz de proteger o Reino. Poder este que mostrou o melhor e o pior de todos os seus detentores, pois onde há bondade e amor, há também intriga e desejos implacáveis. Devido a isso, a missão primordial do Sangue perdeu-se entre os seus, esquecido, e o reino ficou nas mãos da traiçoeira e insolente rainha Dorothea, a mulher mais sem coração que eu já vi.

De acordo com as lendas, a cultura do Sangue só seria restaurada quando a Feiticeira surgir… A mais poderosa, com um poder capaz de salvar e destruir tudo o que era conhecido. E quando, finalmente, a profecia se realiza e revela que a mulher forte das lendas é apenas uma menina de 7 anos, Jaenelle… Tão facilmente de ser amada – ou manipulada. Tudo depende de quem estará ao lado dela nessa escalada.

A vida a coloca entre três homens. Três pessoas que desejam se tornar reis desta futura rainha – Saetan, o senhor Supremo do Inferno e seus dois filhos, Daemon e Lucivar, ambos escravos sexuais da fria rainha Dorothea.

Quem vocês acham que ganhará essa partida?

Que os jogos comecem!

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-a-filha-do-sangue-luxuria-e-poder-corrompendo-a-inocencia/#.U4aC5fldWAU
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PorEssasPáginas 01/06/2014

Resenha: A Filha do Sangue - Por Essas Páginas
Tendo lido anteriormente dois lançamentos da Saída de Emergência Brasil que não me agradaram: A Corte do Ar e O Clone de Cristo, confesso que eu estava bastante reticente quando a ler esse novo lançamento: A Filha do Sangue. Porém, mesmo assim, resolvi dar mais uma chance, já que a capa (e novamente, a edição muito bem trabalhada) e a sinopse me encantaram. E fico feliz em dizer que foi ótimo dar essa chance, pois esse livro – apesar de um pouco confuso no começo – é uma fantasia vibrante, sensual, com personagens densos e cativantes. A Filha do Sangue, de Anne Bishop, é um livro extremamente bem escrito e imersivo e, sim, você deve lê-lo.

O início da obra é bastante confuso; parece que você recebeu um convite para uma festa, mas o anfitrião não o deixa sentar – ainda. Fiquei perdida em meio a nomes e termos relativos ao mundo criado pela autora, mesmo com a ajuda das informações que existem no começo do livro: lista de personagens, explicações sobre as Joias e sobre as hierarquias entre as raças. Essas informações ajudam, mas ao mesmo tempo, também confundem; prefiro muito mais que as coisas sejam explicadas durante o desenvolvimento da obra. Felizmente, isso aconteceu ao longo das páginas do livro e agora posso dizer que sim, estou versada na Arte desse complexo e belo mundo criado por Anne Bishop.

Após algumas páginas, o leitor começa a entender a história e receber doses calculadas de conhecimento, como se estivesse sendo educado por um mestre. Existe essa raça, chamada de os Sangue, que tem poderes e usa Joias de diferentes cores que representam sua magia e poder. A menos poderosa é a Branca e a mais sombria e cheia de poder é a Negra. Logo no início do livro, conhecemos três Machos de Sangue - é um termo utilizado no livro – que serão os protagonistas e condutores da história: Saetan e Daemon, que utilizam a Negra, e Lucivar, que utiliza a Cinza-Ébano, apenas um grau menos poderoso que os outros dois.

“Implacável, quase sempre irreprimível até o esgotamento de todo o sentimento, a raiva fria não era abrandada pela dor ou pela fome ou pelo cansaço. Emergindo das profundezas, tornava o corpo que a abrigava insignificante.” Página 147

Apesar da sinopse intrigante, acredito que ela está equivocada quando diz que Saetan, Lucivar e Daemon são inimigos viscerais. Na verdade, eles são homens poderosos que tiveram seus destinos separados e dilacerados pela ação de mulheres perversas. Nesse livro é interessante acompanhar o jogo de poder, especialmente entre os homens e mulheres. É uma sociedade em níveis, regida pela ordem das raças, mas especialmente, pela ordem das Joias. Mas, ao mesmo tempo, é claramente uma sociedade matriarcal, na qual as mulheres detêm o comando; existem Feiticeiras, Viúvas-Negras e Rainhas, sendo estas as mais importantes. Mas isso não significa que os homens não tenham voz ou poder; pelo contrário, a luta de poder existe, bem como os jogos de sedução. Existem homens que são escravos de prazer, obrigados a servirem em cortes às mulheres, satisfazendo seus desejos sexuais (e alguns outros); mas existem também as mulheres que são prostitutas e as que são abusadas, e existe até mesmo uma perturbadora parte do livro onde é abordado o tema da pedofilia.

Não, não é um livro leve. É pesado. Denso e complexo, mas abordado de um jeito natural – natural, não leviano – no qual você até mesmo aceita que um homem de 1.700 anos possa sentir amor (amor puro, amor servil e amor carnal) por uma menina de 12. Acredite, não vai parecer horrendo, mas sim natural naquele universo. Mas, sim, há passagens brutais, e uma ou duas chegaram a me deixar horrorizada - horror mesmo - e isso me agradou, pois esperava um livro apenas de fantasia, mas encontrei também uma narrativa sombria, uma história soturna, que muitas vezes alça vôos ao terror, repleta de toques de sensualidade e erotismo.

Sim, há muito erotismo em A Filha do Sangue. Todo o livro é recheado dele e há algumas cenas verdadeiramente picantes, mas nenhuma delas é despropositada e podem acreditar quando digo que todas enriquecem a obra. Mas, ao mesmo tempo, também há cenas extremamente ternas, de amor paternal, maternal, fraternal, e cenas doces de amizade. É um livro cheio de sensações e sentimentos, um livro para ser lido, mas também sentido.

É até difícil falar dele: é um livro tão rico, tão complexo, que qualquer coisa parece pequena diante de sua grandiosidade. A verdadeira “Filha do Sangue” a que se remete o título é uma menina chamada Jaenelle, uma personagem extremamente bem escrita, e ao redor dela gira toda a trama. Ela é a próxima Rainha, a Feiticeira, destinada a governar todo o reino e detentora de uma magia tão poderosa que assusta até mesmo Saetan, que é o Senhor do Inferno. Há uma teia delicada emaranhada entre os personagens que culmina em Jaenelle. Ao mesmo tempo que ela precisa ser educada e protegida, ela também é a mais forte entre todos no livro, capaz de gerar amor e temor na mesma intensidade.

“Estando perto o suficiente para observar aqueles olhos azul-celestes transformando-se em azul-safiras, era difícil pensar que se tratava de uma criança, era difícil não sentir um arrepio de apreensão diante da inteligência aguçada e selvagem por baixo da superfície, que tirava às próprias conclusões sobre o mundo.” Página 231

A narrativa é realizada em terceira pessoa, alternando entre vários personagens, não se mantendo apenas no trio de personagens chave. Na realidade, a única que não narra em nenhum momento é a própria Jaenelle, o que é ainda mais intrigante a seu respeito. Apesar da confusão inicial, depois de algumas páginas a narrativa começa a fluir com naturalidade e prazer, conduzindo o leitor cada vez mais fundo na história e nos mistérios daquele universo. Uma outra personagem bastante interessante é Surreal, uma mulher com uma história profunda e com uma importância vital na história, mesmo que não se perceba logo de cara; mesmo assim, todas as cenas com ela são vibrantes e interessantes. Falei muito de personagens nessa resenha porque esse é um livro essencialmente de personagens: muito bem desenvolvidos, cativantes, vibrantes e extremamente reais, são as suas relações, seus dramas, que dominam a trama.

A edição é caprichosa, e a Saída de Emergência Brasil está de parabéns. A capa dispensa comentários, é bela por si só, mas ainda tem o adicional de possuir um corte que mostra a primeira orelha, com uma bela ilustração da Rainha. A contracapa também é muitíssimo bem feita, bem como as páginas internas; a diagramação e o papel são confortáveis e encontrei bem poucos erros de revisão.

Sei que me alonguei nessa resenha, que ela parece confusa em vários momentos, mas minha única defesa para isso é que essa é uma obra difícil de explicar; é um livro ótimo, mas é um livro que deve ser lido e sentido e, somente assim, é possível compreendê-lo, mesmo que ele ainda tenha curvas tão misteriosas quando o corpo de uma bela mulher. O livro fechou muito bem e deixou um gancho ótimo para a continuação; aliás, há um pequeno trecho do primeiro capítulo nessa edição para dar um gostinho ao leitor. Sombrio, forte, denso, fantástico e sensual, A Filha do Sangue definitivamente foi uma ótima leitura e estou curiosa para a continuação, A Herdeira da Sombras. Os livros parte de uma trilogia – e, para minha satisfação, isso é informado logo na capa. Parabéns, SdE! E que venham as continuações dessa incrível obra de Anne Bishop!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-filha-do-sangue
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TamiresCipriano 02/06/2014

#1- A filha do sangue
Erótico, emocionante, poder feminino e muito mais, só lendo para descobrir e viajar entre os três reinos: Terreille, Inferno e Kaeleer. Suspire também com Saetan, o senhor do inferno e seus filhos, Daemon e Lucivar.

Assim que fiquei sabendo de seu lançamento, me interessei e não pude ter escolhido um livro melhor do que A filha do Sangue.
Anne Bishop arrebentou a boca do balão, criou um universo que nem imaginava e me fez divagar para partes distantes e me apaixonar pela leitura.

Como disse no primeiro parágrafo, existem três reinos, assim como o livro é dividido em três partes.
Uma feiticeira virá e mudará muita coisa, um novo reino surgirá, novos tempos virão...

A sociedade é dividida em raças, existem os que estão em extinção, os mestiços e os que estão no topo, os SANGUE, sendo que um sangue deve possuir a joia negra, o último nível das joias. Lembrando que, quanto mais escura a joia, mais poder a pessoa tem.
A função dos sangue é proteger os reinos e servir as trevas.

Jaenelle é a grande feiticeira, ninguém na sociedade possui tanto poder como ela. Com a chegada da feiticeira o poder da rainha Dorothea é ameaçado. Quem ter a feiticeira sobre seu poder, controlará todo o reino, por isso que Saetan é seu tutor e protetor, para que ninguém mais possa usar esse grande poder de forma errada, como Dorothea, por exemplo.

"Era poder demais. Nem os Sangue estavam destinados a deter tal poder. Nem a feiticeira jamais controlara todo esse poder." Pág 53.

Jaenelle é uma criança de apenas 7 anos e tem como tutor o Saetan, senhor do inferno. Mais tarde ela acaba se envolvendo com seu filho, Daemon Sadi que é o escravo sexual de Dorothea, serve sua rainha e sua corte.

O sonho dos machos do sangue é ter uma rainha boa, "amiga", servir para uma rainha melhor, não uma maluca sádica como Dorothea, por isso tentam proteger Jaenelle a todo custo.

O livro foi confuso de início, demorei para me envolver e conseguir me acentuar com o enredo, mas depois que pega o ritmo e entende a "gostosura" que é este universo tão envolvente, não para mais.

O que me irritou foi saber que Jaenelle era muito forte e ao mesmo tempo fraca, que os machos Saetan, Daemon e Lucivar as vezes agiam como crianças e as coisas bobas... A autora tentou apimentar com muito erotismo e até o incesto, mas muitas vezes não conseguia.

A capa é linda, com detalhe impecável, as folhas são amarelas e fonte agradável, a autora ainda colocou a divisão das joias, da sociedade e falou dos principais personagens, ainda sim, de início, fiquei confusa.

Outra coisa que gostei, foram os bordões que a autora criou, ficaram demais, coisas como: Mãe noite ou fogo do inferno.

Enfim, por mais que tenha estas coisinhas bobinhas, o livro para mim é considerado ótimo e até um coração no skoob ele ganhou.
Para quem é fã de fantasia, eu indico, principalmente para as meninas.

Saiba mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2014/06/resenha-filha-do-sangue.html
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C. Aguiar 07/04/2016

Na trilogia Joias Negras vemos um mundo repleto de magia, uma sociedade dividida por castas e diversas criaturas. É uma história onde as mulheres (feiticeiras/sacerdotisas) estão no comando dos reinos, porém não se engane pensando que é um livro de "fantasia qualquer".
O livro é considerado dark erótico e apesar da temática de fantasia ele envolve sexo e coisas do tipo.

Nesse mundo de magia (o reino distorcido) a mesma é distribuída através de joias de diferentes cores e quanto mais escura for a joia, mais poderosa a pessoa é. As pessoas que carregam as joias são chamadas de os Sangue e tem o dever de serem guardiões, porém uma sacerdotisa (Dorothea) acabou desvirtuando a missão dos Sangue e com isso várias pessoas sofreram com seu reinando insano - machos foram escravizados e submetidos ao "anel do controle" e as feiticeiras que apresentavam perigo para ela foram mortas ou deixadas a beira da loucura.

Daemon Sadi é um dos machos que foram escravizados pela sacerdotisa quando ele ainda era apenas uma criança, e atualmente serve em qualquer corte quando Dorothea o aluga. Apesar te der uma das joias escuras, Daemon possuí um anel do controle (que fica localizado em seu órgão sexual), por isso ele está fadado a aceitar as ordens da sacerdotisa que o comanda.

Lucivar Yaslana é meio irmão de Daemon, mas vive encarcerado devido a sua desobediência e mesmo tendo algumas desavenças com o irmão é o ponto fraco de Daemon. Lucivar é de uma raça que possuí asas e por isso viver encarcerado acaba deixando sua vida mais insuportável.
A muito tempo atrás foi profetizado que surgiria alguém importante e que seria uma feiticeira muito poderosa, e por isso os irmãos aguardam ansiosos para que ela apareça, mas não esperam ela seja apenas uma criança.

Jaenelle é uma criança tida como estranha por sua família, mas detentora de um enorme poder. Faz amigos por onde passa e todos querem protegê-la, afinal uma feiticeira como ela poderia ser um perigo nas mãos de Dorothea e sua corte insana. Mas, se depender de Daemon, Lucivar e Saetan SaDiablo (o senhor supremo do inferno) ninguém jamais irá colocar as mãos nela.

A história é realmente muito interessante, mas abandonei o livro porque além da história não está "estar dando certo" para mim, a quantidade de termos mágicos - dentro outros - era muito absurda, fazendo com que eu ficasse perdida durante toda a leitura. Inclusive vi varias pessoas reclamando disso, porém algumas conseguiram levar a leitura até o final.

O livro tem uma grande conotação sexual e ao mesmo tempo de devoção, pois os machos serviam as feiticeiras por causa da admiração que sentiam por elas, mas quando Dorothea surgiu isso acabou sumindo. Isso não é ruim, pois eu gostaria de ver como era antigamente e se Jaenelle conseguiria reverter esse quadro de caos. Mas, infelizmente não consegui chegar nem na página 200 da leitura.

É uma boa história, mas não funcionou a ponto de conseguir me manter conectada. Por isso o livro é o primeiro abandono literário do ano.

site: http://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br/
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Andréia 23/03/2016

Resenha A Filha do Sangue - www.starbooks.com.br
Devo começar essa resenha dizendo que A Filha do Sangue é um ótimo livro, mas que eu acho os detalhes da história um tanto quanto complexos de serem explicados, então não vou me ater a eles e só vou falar da premissa ok.

Anne Bishop cria um mundo de fantasia completamente único nos qual o mundo é governado por mulheres, e os homens se tornaram submissos e escravos dos seus desejos e jóias são sinônimos de poder e cada jóia em específico diz o grau de poder e em que lugar dessa pirâmide o indivíduo se encontra.

Daemon sorriu aquele sorriso frio e cruel que sempre tinha no rosto quando distorcia o jogo do amor, usando-o para magoar a mulher que servia. É tão fácil, dizia o sorriso. Vocês todas são tolas. Podem castigar o corpo quantas vezes quiserem, quantas vezes se atreveram, mas nunca conseguirão me tocar.

Há uma profecia que diz que uma nova Rainha está chegando, ela será uma grande Feiticeira, mais poderosa até que o Senhor do Inferno. Mas como essa Feiticeira ainda é jovem, corre o risco de poder ser corrompida, e quem a controlar terá um poder inimaginável e um grande controle sobre o mundo.

É então que três homens poderosos sabem que devem encontrar logo essa menina, eles são: Saetan, Lucivar e Daemon, cada um tem papel importante nessa história e no futuro de Jaenelle, uma criança inocente e detentora de grande poder, que virá a ser a grande Feiticeira. Cada um deles de certa forma sente e sabe qual é o seu papel com relação à Jaenelle, em relação a sua proteção e crescimento e só querem ter a oportunidade de servi-la, independente da maneira.

Já tinha conhecimento que a Feiticeira era uma criança, mas não fazia ideia de como reagiria quando finalmente a visse. Podia se confortar com o pensamento de que não desejava o corpo da criança, mas o desejo que sentia pelo que vivia dentro daquele corpo o assustava. A ideia de ser enviado para outra corte e não poder mais vê-la o assustava ainda mais.

Eles não são os únicos atrás dessa criança e muitos, como a Sacerdotisa déspota, Dorothea, não querem perder os seus postos e a sua situação privilegiada e farão de tudo para destruir aqueles que considerarem um obstáculo e que desejam que Jaenelle tenha um bom futuro, um futuro de luz; e assim se desenvolve uma disputa repleta de intriga, corrupção, magia e perversidade.

(...) Acha realmente que alguém como eu, tendo vivido como vivi, sendo o que sou, seria capaz de destruir a única pessoa pela qual esperou toda a vida? Acha que sou tão estúpido assim que não reconheceria o que ela é, no que irá se tornar? Ela é mágica, Cassandra. Uma singela flor desabrochando num deserto sem fim.

A Filha do Sangue foi um livro que me surpreendeu bastante, eu não sabia o que esperar, o que me levou a dar uma chance foi a sua alta nota no Goodreads (rede social americana equivalente ao Skoob brasileiro) e logo no começo já achei a história complexa, muito explicativa e repleta de detalhes, cheguei a pensar que não me lembraria de tudo, que me confundiria com tantos personagens.

Ao decorrer da leitura, percebemos que tudo é realmente necessário e que a Anne Bishop fez um ótimo trabalho, a história é sim complexa, dessas que você realmente deve prestar atenção, mas os detalhes e tudo o mais são necessários e na medida certa para um bom entendimento e uma ótima experiência e eu não tive problemas em me lembrar dos nomes, mas não me transportei para a leitura logo de cara, demorou um pouco para eu me acostumar com esse universo criado pela Anne, mas depois que me acostumei, a leitura fluiu muito bem e eu só queria saber o que viria em seguida.

Sim, o livro foi uma ótima experiência, foi o meu primeiro dark fantasy, ou seja, é repleto de fantasia, mas também têm uma temática e crítica bem pesada, há críticas sociais e também aborda assuntos pesados como tortura, incesto, pedofilia, e vários outros tipos de abuso, com personagens devassos, sem sensibilidade e desprovidos de sentimentos, e situações degradantes, mas claro que há algumas exceções. Tive as mais diversas emoções ao longo da leitura e para mim, são poucos os autores que conseguem esse feito que é sinônimo de uma ótima escrita. Considero esse um daqueles livros que ou você gosta ou não gosta. Sem meio termo.

Naquele momento visualizou o rosto de Jaenelle dentro de alguns anos, quando as feições pontiagudas se harmonizassem. As sobrancelhas e os cílios. Eram de um dourado fuliginoso ou de um negro coberto de pó de outro? Os olhos, que já se escondiam por trás da máscara infantil, atraíram-no para uma estrada mais escura do que ele jamais soubera existir, uma estrada que queria desesperadamente seguir.

No livro o sexo é um aspecto essencial de como se ganha e mantêm o poder político e é utilizado para subjugar outros e por isso é uma parte crítica da trama, e em algumas partes esse conteúdo é bem explícito, mas devo alertar que não há erotismo. Em muitos momentos da narrativa a atmosfera do livro é perturbadora e foi impossível não ficar em choque e surpresa com o desenrolar de muitas situações e fica claro que uma pessoa pode sim ter um lado sádico e perverso e também ter um lado protetor e ser capaz de fazer coisas boas.

Nesse primeiro volume, com narrativa em terceira pessoa, temos uma introdução sobre a sociedade e como funciona essa ordem de poder, conhecemos um pouco sobre as ambições dos personagens, e a protagonista, Jaenelle, mesmo mudando a vida dos personagens, em muitos quesitos ainda é uma incógnita e espero que essa personagem seja abordada bem mais de perto nos próximos volumes e o segundo livro já foi lançado e mal posso esperar para adquiri-lo, sem falar que a diagramação de A Filha do Sangue é belíssima e tenho certeza que a editora Saída de Emergência deve ter mantido o mesmo nível no segundo volume, intitulado A Herdeira das Sombras.

site: http://www.starbooks.com.br
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Erica 16/01/2016

Mais um livro da coleção Bang! que eu adorei! (Adoro a coleção Bang! da editora Saída de Emergência).

É um mundo totalmente novo, os personagens são muuuito bem estruturados. Estou apaixonada pela Jaenelle e pelo Daemon. Não vejo a hora de ler a continuação.

Pra quem quer ler uma boa fantasia, recomendo muuito essa trilogia (Jóias Negras)!
Esse foi o tipo de leitura que me fez perder umas boas horas de sono: eu não conseguia dormir de jeito nenhum e só queria ler e leeer.
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Fernanda 09/07/2014

Resenha publicada no blog Caçadora de Livros
Bom dia, caçadores!
E hoje vamos conhecer um dos livros abordados no encontro de fãs que vai acontecer no dia 19/07 na Livraria Leitura do Shopping da Ilha.
Vamos lá?

Impactante! Esse é o sentimento ao finalizar a leitura de A Filha do Sangue. Você respira a história, sente o que os personagens sofrem e ainda tem aquele quê de injustiça no ar, mesmo depois de tantas lutas internas e externas.

Antes de ler o livro, você precisa ter em mente que vai ter que ler com um olhar apurado, inclusive retirando noções da nossa sociedade atual, afinal muita coisa que acontece em Hyall e no mundo Distorcido irão chocar você.



Mas, vamos por partes.
O livro apresenta um mundo reinado por uma rainha, que não é poderosa, mas é ardilosa, venenosa e cruel. Seu nome é Dorothea. Ela tem a necessidade de manter preso e humilhado um dos homens mais poderosos do reino, Daemon SaDiablo. Mas, para quem pensa que Daemon é a típica vítima se engana. Conhecido por ser O Sádico, ele utiliza o anel da obediência e é forçado a satisfazer as Viúvas Negras, que pensam que possuem algum domínio sobre ele. Coitadas! Não sabem o que esperam...

[...] É difícil quebrar um macho com Joias dos Sangue, mas a vida de uma Feiticeira está suspensa pelo fio himenal, e o que acontece na sua Noite da Virgem determina se ela permanecerá intacta para exercer a Arte ou se irá se tornar um receptáculo partido [...]. P. 17

Lucivar Yaslana é irmão de Daemon e vive aprisionado em Pruul sob os domínios da perversa Zuultah. Ele é o primeiro que tem contato com a jovem Jaenelle, que logo de cara encanta o poderoso feiticeiro. Lucivar é mais sensato que Daemon, mas não deixe ele furioso, pois movido pela ira, faz com que ele seja imprevisível.

-Eu... ouvi você. Você queria uma amiga.
-Me ouviu? P.28

Saetan, o Senhor Supremo do Inferno, é poderoso e pai de Daemon e Lucivar. Honrado ele conhece Jaenelle e decide que precisa protegê-la de todos os perigos, mesmo que esse perigo seja um dos seus filhos.

[...] Queria paz, queria esvaecer serenamente de volta às Trevas.
O que impedia de procurar ativamente essa libertação era a promessa que fizera a Cassandra. P. 44

E por fim, mas não menos importante, Jaenelle. Ela é uma adorável jovem com uma mente anciã. Em alguns momentos apresenta-se pueril e em outros com uma sabedoria exacerbada. Tudo isso é reflexo de um corpo jovem e uma alma antiga, forte e poderosa. Quase todos se apaixonam por ela, porém seu poder é ilimitado e isso faz com que seja caçada por todos os lados.

[...] -Não estou doente - disse Jaenelle com calma, olhando para a frente.
-Sim, está. - Philip manteve a voz firme, mas amável.-Você não sabe distinguir o faz de conta do mundo real.
-Eu sei a diferença. [...] P. 101.
O mundo de A Filha do Sangue aborda a vida dos Sangue, uma raça que tem por dever servir as trevas e os seus poderes são constituídos por joias. Quanto mais escura a joia, mas forte o ser.

O livro é intenso e sensual e tem violência. Apresenta cenas realistas e você pode sentir uma dificuldade inicial, pois são apresentados cenários, personagens e tramas de forma completa e ao mesmo tempo rápida. A sensação é de começar um livro da série Game Of Thrones, mas depois você se acostuma e fica aflito querendo saber o que vai acontecer.

Não se deixe enganar pela capa, afinal Jaenelle não é tão indefesa assim e sabe mostrar suas garras quando necessário.

Estou ansiosa pela continuação, pois o livro terminou em um momento tão importante, que estou me sentindo órfã pela ausência da continuação.

A capa é linda, a diagramação foi poderosa, as letras são médias, folhas amareladas e por fim a história é ótima, resultando em:
cinco lupinhas.

Espero que tenham gostado e comentem.
Até a próxima!


site: http://www.cacadoradelivros.com/2014/07/a-filha-do-sangue-anne-bishop-sdebrasil.html
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Poesia na Alma 10/07/2014

Resenha – A Filha do Sangue de Anne Bishop
A filha do sangue, de Anne Bishop, Saída de Emergência Brasil, 432 páginas, é um livro muito esperado por mim, parecia que não chegava, mesmo estando no tempo normal de entrega... finalmente chegou e temos até sorteio. A capa também foi um forte atrativo. E já vou avisando que é uma trilogia.
Na verdade, essa não é uma resenha simples. A história é longa, com muitas tramas, personagens, excesso de informações para minha cabeça, mas que só deixa o livro melhor... logo de início, encontramos um pequeno resumo, quase um mapa para compreensão do livro. Mas só se debruçando em cada página é que o leitor conseguirá juntar os fios. Terminei a leitura esgotada! Quero mais!

“O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influencidade e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos, inimigos viscerais - sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.”

O que ficou muito claro para mim é que quando há desequilíbrio entre o bem e o mal que habita o humano, todos padecem! No reino Distorcido, pelo nome já dá para se ter uma ideia do que se trata, existem outros três sub-reinos: Terreille, Inferno e Kaeleer. Nesses reinos, possuídos pelas trevas e sombras, as raças, pois são várias, são dominadas pelos ‘Sangue’. E a fêmea dos ‘Sangue’ manda em todos e em tudo.
http://poesianaalmaliteraria.blogspot.com.br/2014/07/resenha-filha-do-sangue-de-anne-bishop.html
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Lily 23/08/2014

Sombrio e atraente.
Quando comecei a ler tinha as expectativas mais variadas, tinham dito que o livro era difícil de ler, que o mundo era complexo de compreender, e que os pormenores na história eram pesados, e inadequados para um leitor acostumados a livros leves. Depois de apresenta-los a história, direi o que penso dela.

A história se passa num mundo onde há magia, O reino distorcido, as pessoas recebem pedras preciosas, quanto mais escura a pedra, mais poder seu portador tem. O mundo está dominado por feiticeiras, e os machos são seres subalternos, até os de nascimento mais nobre podem ser transformados em escravos sexuais. Que são mantidos na obediência por anéis colocados em seu sexo, controlados pelas suas donas, podem infligir dor assim que eles não fizerem o que é esperado por elas.
Nesse mundo há mais duas dimensões, o inferno, onde estão os mortos, e o senhor das trevas, Saetan, um dos protagonistas. E a dimensão psíquica de cada pessoa, onde ela pode se perder para sempre se se aventurar a ir muito fundo nela.
A história se passa basicamente entre Jaenelle, uma criança muito especial destinada a ser a feiticeira mais poderosa que o reino já viu, como havia sido profetizado 700 anos antes. Daemon, O sádico, filho do senhor das trevas, é um escravo sexual anelado, um homem frio por causa de tudo o que foi obrigado a viver como escravo, mas que no fundo guarda um bom coração para quem souber acessa-lo (Ele é meu favorito!). Lucivar, irmão de Daemon, um pouco menos poderoso que ele, também escravo anelado. E Saetan, o senhor das trevas. Os três homens assumem a missão de proteger a pequena feiticeira dos perigos de um mundo que, comparado ao nosso, não tem regras, e no qual muitas pessoas se veem ameaçadas pelo poder da menina.
Nessa sociedade vence quem tem a pedra mais escura. E inocentes não protegidos podem sofrer com situações difíceis de imaginar, estupro, incesto, pedofilia, sadismo, todas essas coisas são corriqueiras nesse mundo( Vamos combinar que o nosso mundo não é tão melhor assim nesse aspecto!).

Apesar de tratar de temas pesados, o livro consegue ter momentos leves e alegres, mas não se iluda, também há momentos sombrios e tensos. De fato não é uma história que vá agradar qualquer pessoa, quem espera doces romances, alguma personagem docemente idealizada, e finais felizes não deve ler A filha do sangue. Esse é um livro de personagens calejadas pela existência num mundo hostil, sobreviventes. Não pessoas totalmente boas, talvez nem as crianças o sejam. Mas para quem gosta de tramas onde as pessoas são psicologicamente realistas, essa é a história perfeita. Apesar de ser um livro de fantasia, quebra com o que é esperado para esse gênero de história.
Acho que o livro é menos denso do que eu esperava, gostei do modo como a autora descreve as coisas, é detalhista, mas é de uma qualidade que seduz você para o mundo que ela cria. Quanto aos detalhes da história, apesar de serem muitos também não achei difíceis de lembrar, acho por exemplo, que A guerra dos tronos, é uma história menos acessível que essa nesse sentido. De modo geral achei a história incrível, original, bem estruturada com um enredo muito denso e sombrio, mas que ao mesmo tempo é muito sedutor. Não recomendo a todos, mas recomendo!
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Laura Richelle 16/09/2014

Por fim, na boca um gostinho de quero mais
Demorou um pouco, mas finalmente cheguei ao fim de "A Filha do Sangue", confesso que esperava um pouco mais e em alguns pontos deixou a desejar, e o principal: "faltava um mapa" :x, não sei se é pelo meu vicio de ter mapas.

Bem no começo senti um pouco de dificuldade em ler, por ser uma historia complexa e ter uma enorme quantidade de informações, com o tempo você se acostuma com o mundo do livro e fica bom. Na verdade "bom" mesmo, só achei na terceira parte, já que antes disso não teve historia, ficou na trama do que a feiticeira poderá ser no futuro deles e mal saia disso.

Mas por fim acabei me apaixonando pelos personagens (e infelizmente me apaixonei pelo Lucivar, que mal aparece), gostei das cenas impactantes e fortes, gostei de ficar chocada, estava precisando disso.

Agora basta esperar pela "A Herdeira das Sombras", que a Saída de Emergência lance logo!
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