Amálgama

Amálgama Rubem Fonseca




Resenhas - Amálgama


32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Oscar8 21/04/2014

Continua ótimo
'Você é aquilo que quer ser.' p.35
'As pessoas leem livros? Não, veem novelas de televisão. Resumindo as pessoas são todas umas cretinas.' p.79
'qualquer bunda-suja tem um carro, pago em 94 prestações.' p.80.
'Quem estiver achando que sofro de sindrome de la Tourette que vá se foder, que vá pra puta que o pariu.' p.96"
Li muitas opiniões negativas a respeito da nova obra de Rubem Fonseca. Ele perdeu o frescor, perdeu o jeito, perdeu a escrita. É um autor que se repete... etc. etc. etc.
Rubem Fonseca completou 88 anos, uma idade difícil de se chegar no Brasil. E quem chega, quando chega geralmente não consegue amarrar os sapatos ou limpar a bunda sozinho. RF chegou e ainda escreve contos primorosos como: O filho (retrato da sordidez humana); Poema da vida (Com 88 anos e escreve uma ode as queridas e amadas bocetas); O matador de corretores (a loucura dos dias atuais); A festa (assassinato em primeiro grau com requintes de crueldade familiar); Os pobres e os ricos (pequena vingança dos oprimidos).
Até poesias temos aqui!
Na minha humilde opinião Rubem Fonseca é genial. Espero ter o prazer de ler ainda muita coisa escrita por esse notável escritor.
comentários(0)comente



Leonardo 14/08/2021

Repetição de uma fórmula
Este é o segundo livro de contos que leio do Rubem Fonseca e já percebi a repetição de uma fórmula, o que te dá uma estranha sensação de já ter lido a obra. Finais chocantes, sem noção, sem sentido, enfim, nada disso surpreende mais. Vou experimentar ler um romance desse autor, porque acho que os contos já conheço o suficiente.
comentários(0)comente



Luis 20/11/2014

Sopas de dor, amor e pedra.
Já devo ter escrito isso antes, mas é inevitável repetir : a cada lançamento, e eles se dão com infalível regularidade, a literatura de Rubem Fonseca, a despeito de suas quase nove décadas de vida e mais de cinco de carreira, está longe de demonstrar qualquer tipo de desgaste , cansaço ou estéril repetição.
“Amálgama” (Nova Fronteira, 2013), a mais recente incursão no gênero que o consagrou, é uma espécie de show room das qualidades que há muito o colocam no patamar de totem da ficção brasileira contemporânea.
Como um chef consagrado, mas ainda disposto à experimentações, Zé Rubem trabalha com os mesmos ingredientes de sempre, o sexo, a violência, a solidão, a frieza do concreto urbano, embora, e aí esta a essência de sua genialidade, consiga reconfigurar esses itens de forma a obter resultados que ao mesmo tempo que não descaracterizam sua obra, tampouco a aprisionam às velhas armadilhas da acomodação, fato tão comum entre os medalhões de todas as artes. O interessante é que o velho eremita do Leblon não precisa de muitas páginas para isso. Muitos contos se resumem a uma.
Entre as trinta e quatro curtas narrativas, o leitor habitual há de reconhecer traços definitivos do escritor como por exemplo em “O Filho”, que abre a coletânea e mostra a tentativa de uma jovem miserável para vender ser filho recém nascido; Em “Amor”, um homem solitário reflete sobre o desejo e o abandono, caminhando pela cidade vazia; “O Ciclista” traz um jovem que usa de seu meio de transporte para atacar “homens maus”, a partir de seu próprio e subjetivo julgamento; “Escrever” é quase uma carta de intenções, uma espécie de manifesto que defende a escrita como um ato de “urdir, tecer, coser palavras...”Também defende o ficcionista como alguém destituído de qualquer resquício de sensatez. Difícil não concordar.
“O Matador de Corretores” flerta com o livro mais célebre de Fonseca, “Feliz Ano Novo” publicado em 1975, o conto que parece ter saído direto da obra de 38 anos antes, versa sobre um serial killer que, como entrega o título, se dedica a eliminar corretores de imóveis. A suprema ironia é que a ação do assassino acaba por estimular uma alta nos preços de casas e apartamentos...
“Sonhos” é um relato de uma sessão de psicanálise em que a analista desperta os desejos eróticos de seu paciente em meio à confissões inusitadas, como a de que o analisando sonha ser um anão verde ou uma pipoca devidamente alocada em seu saco.
Talvez, a grande sacada de “Amálgama” , seja a aproximação mais explícita com a poesia, se não no conteúdo, com certeza na forma. Estão nessa categoria “Sem Tesão”, “Sentir e Entender”, “Restos”, “Lembranças” e o seminal “Sopa de Pedra”, em que o autor “brinca” com os criadores, de uma forma geral :
“A vida que é comer,defecar e morrer.
Todo poeta é maluco.
Estou de olho neles.
E também tem que se maluco o pintor
E o músico e o prosador.
A loucura é muito boa
Para todo criador.
Mesmo para os cozinheiros.
Ou qualquer inventor.
Estou de olho neles.
É melhor ser capenga que cego.
A poesia é uma sopa de pedra.
Cabe tudo dentro dela.”

Cabe tudo na amálgama de Rubem Fonseca.
Arsenio Meira 26/04/2015minha estante
Comprei ontem, Luis!
Havia dado um tempo no velho Rubem, mas sua resenha me convenceu!
Você é - literalmente - um craque na escrita e na sensibilidade. Camisa dez. Do time mais universal que se tem notícia: o time dos leitores.
Abraços
Arsenio




camiscaarvalho 07/11/2023

Segunda obra que leio de Rubem Fonseca, a primeira foi Diário de um Fescenino, romance onde um homem se relaciona amorosamente com mãe e filha. Neste aqui, o autor reuniu nessa edição contos e alguns poucos poemas, todos em torno de temas centrais: homens aproveitadores, mulheres caracterizadas como burras, dinheiro, desigualdades sociais, crimes, disformias corporais, o caos da cidade, especulação imobiliária... São temas muito interessantes e o texto do autor é instigante, mas confesso que alguns pontos me incomodam, principalmente o tom de se referir às mulheres, algo que beira a misoginia. Entendo a sua importância e o seu gênero literário (chamado de Brutalismo) mas confesso que não me sinto motivada a ler outras obras do autor.
comentários(0)comente



SuperCaruso 19/08/2022

Sou fã de Rubem Fonseca
Aqui pude encontrar um Rubem Fonseca diferente do que eu estava acostumado, mas preservando muitas das suas qualidades. Os contos aqui são curtíssimos e muitos com viradas engraçadas (esse aspecto foi novidade pra mim). Não liguei muito pras poesias, no entanto, mas mais porque eu não sou muito fã de poesia de um modo geral.
comentários(0)comente



Emerson Dylan 14/04/2021

Amálgama irregular
Amálgama é um bom título, por se tratar esta obra de um apanhado bem misturado de contos, poemas e ideias do autor, à época, com 88 anos. E, mais ainda, por se tratar de uma obra tão irregular, que mescla contos, poemas e ideias ótimas com contos, poemas e ideias péssimas. Ao mesmo tempo em que o livro traz alguns momentos sensacionais de Fonseca, como os contos "Devaneio" e "Conto de Amor", além do poema "Lembranças", abre-se espaço para textos que beiram o amadorismo, como "O ciclista", "Segredos e Mentiras" e "Sopa de pedra".
comentários(0)comente



Luiz Miranda 27/12/2023

O Mestre em seus últimos momentos
34 contos distribuídos em 160 páginas, um dos últimos trabalhos de Rubem Fonseca, que já tinha oitenta e muitos anos quando escreveu. Uma coisa eu garanto, não há tédio aqui, você lê rápido e com um sorriso no rosto essa que é uma bela duma aula, um exercício, de microconto.

O leitor médio, aquele que exige um arco mais redondo, talvez não fique satisfeito com a conclusão de muita coisa aqui, mas fico impressionado, admirado, com imaginação fora do comum do octogenário. Não há espaço pra pudor, vergonha ou politicamente correto, o negócio aqui é exposição, escrever pra não enlouquecer. É econômico, é violento, brutal.

Não é pra iniciantes no mundo marginal de Fonseca, mas sim pra velhos fãs, que aqui vão encontrar puro entretenimento.

3,5 estrelas
comentários(0)comente



Laís 13/04/2014

Amálgama
"Amálgama", é bem legal. Estranhei a crueldade e violência dos textos, não havia lido nada do Rubem Fonseca. Depois me lembrei do Bukowski, que li há uns tempos e achei próximo. Rubem Fonseca é louco e não sei explicar, mas adoro isso. Adoro quem escreve "além do bem e do mal".

Cê sabe o que significa "Amálgama"? Assumo que não sabia, daí pesquisei o significado depois de ter lido o livro. Amálgama significa "liga", "miscelânea". Achei que o livro tem contos que se conectam mesmo, o personagem de um conto aparece em outro conto, e vira uma sopa de acontecimentos estranhos, duros e cativantes. O primeiro conto, "Filho", é assustador. Achei o livro cheio de ficção corajosa.

site: http://letraerisco.blogspot.com.br/2014/04/livro-bom-livro-ruim-parte-um.html
comentários(0)comente



Iagne 07/02/2022

Amálgama (Rubem Fonseca)
Vigésimo sétimo livro de Rubem Fonseca, décimo quarto livro de contos. Nesse livro Rubem Fonseca reúne 34 contos (O filho; Noite; Segredos e mentiras; Sopa de pedra; Amor; Decisão; Viver; Isto é o que você deve fazer; Restos; Conto de amor; Perspectivas; Poema da vida; O ciclista; Sentir e entender; O espreitador; Devaneio; O matador de corretores; Escrever; A festa; Best-seller; Na hora de morrer; Borboletas; Lembranças; João e Maria; O aprendizado; Floripes; Sem tesão; Animam de Estimação; Sonhos; Fábula; Premonição; Os pobres e os ricos; Crianças e velhos; [*****]), todos curtinhos, dos mais variados tipos.
O livro inicia com o conto 'O filho', que aborda um tema brutal, desumano e real, quem não lembra de já ter visto no noticiário histórias de bebês encontrados no lixo, mostrando que Rubem Fonseca pode escrever sobre qualquer coisa. Passando pelo conto 'Perspectivas' que traz novamente um personagem criado em outro conto envolvido mais uma vez em uma história com anões, Rubem Fonseca gostava muito de colocar anões em seus contos e romances. E finalizando com o conto '[*****]', contando a história de um personagem muito preocupado, que começa a usar "a sutil arte de ligar o [*****]" no seu dia-a-dia para se livrar dos problemas.
Esse conjunto de contos, reunidos no livro, mostram a versatilidade de Rubem Fonseca, em fazer histórias dos mais variados gêneros, sempre com um teor frio, real, cruel que mostra a realidade nua e crua da humanidade em grandes cidades, um excelente livro mesmo que os contos sejam curtinhos (é verdade que alguns contos podem não ser indicados para qualquer um).
comentários(0)comente



Gustavo Rafhael 29/06/2022

Amalgama foi o 15º livro de contos de Rubem Fonseca, lançado no ano de 2013, em 2014 ganhou o Prêmio Jabuti. São 34 contos que transitam entre erotismo, amor, raiva, morte, vingança, entre outros sentimentos.
O livro já começa com o conto "O filho" que já entrega um soco no estômago do leitor logo de cara (pelo menos pra mim foi assim). E não perde o ritmo até o final.
A escrita de Rubem Fonseca é impecável, muito fluida, ajuda a adotar um ritmo bem frenético e, aliado ao fato de que o livro é curto, torna a leitura muito rápida.
Não vou me estender falando sobre cada um dos contos porque só lendo pra ter uma noção de cada um deles e porque eles são curtinhos e eu não conseguiria falar sem tacar na sua cara um grande spoiler.
comentários(0)comente



Thau 05/06/2023

Horrível
Eu devo ter escolhido o pior livro pra me enturmar com o Rubem Fonseca. Apesar de uma escrita fluida e concisa, os contos desse livro me deixaram amargurada. Não amargurada de um jeito bom, mas de um jeito ?que 🤬 #$%!& eu tô lendo??
Se teve uma representação feminina boa nisso aqui, desconheço. Cheio de macho brocha, parece ser o mesmo narrador em todos. Toda hora falando da aparência de uma mulher aleatória. Chato pra 🤬 #$%!& .
comentários(0)comente



Ana Clara 15/06/2020

Eletricidade e perplexidade
É uma ótima leitura para quem está procurando se sentir impressionado com assuntos da rotina. Em ?Amálgama?, você se sente constantemente alerta, perplexo e elétrico com as histórias que são contadas. É uma leitura bastante rápida e fluida. Destaco os textos ?O filho?, ?Decisão?, ?Conto de amor?, ?Poema da Vida?, ?Sentir e entender?, ?O espreitador?, ?Devaneio?, ?A festa? e ?Best-seller?. Vale a pena!
comentários(0)comente



Tai.Sueð 21/01/2023

Bom
Gostei de alguns contos, é um livro super rápido de ler, tanto pela quantia de páginas, quanto pela escrita do autor, mas alguns temas do livro e a forma como as mulheres eram tratadas me incomodaram. Mas vale a leitura.
comentários(0)comente



Bruna Oliveira 10/04/2020

Muito bom
Esse é o primeiro livro que leio do autor,
Gostei muito, o livro é bem curtinho.
Os contos são bem cativantes.
comentários(0)comente



Rafito 26/08/2018

Sensacional!
Este livro faz jus ao prêmio Jabuti que ganhou. Melhor livro que li dele, incrível. Histórias inéditas, que te deixam sem ar, a começar pela primeira que fisga qualquer um nos primeiros parágrafos. Recomendo muito a leitura!
comentários(0)comente



32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR