O Livro do Silêncio

O Livro do Silêncio PJ Pereira




Resenhas - O livro do silêncio


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Barbara 26/09/2014

O livro do silêncio
Bom vou começar falando que não sou do candomblé, mas respeito e muito a religião, por isso, o interesse em ler este livro.
Além de ser uma obra brasileira (acho que devemos sim prestigiar os autores nacionais).

Depois de colocar estas informações acima, só tenho a dizer que o livro é muito bem escrito, pensei que ficaria perdida com tantos nomes diferentes, mas o autor consegue te colocar dentro do livro, quando você menos percebe já esta vivendo a história junto com o personagem!!

Resumindo vale a pena ler o livro, não importa sua religião ou credo o livro tem uma história envolvente!!
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Isabelle Rocha 19/07/2014

Poderia ter sido um bom stand alone, ao invés de mais uma trilogia
Vou ser sincera, esse livro demorou para me prender. Acho que passei quase um mês negligenciando a leitura, até que finalmente conseguisse me interessar pelo que acontecia. Por se tratar de uma mitologia que não é conhecia pela grande parte da população, como a grega ou a nórdica, os termos e o próprio mundo retratado são complicados, e o autor não faz nenhum esforço para ajudar o leitor a se situar nesse novo espaço místico.

Logo, o grande diferencial do livro acaba se tornando em um dos problemas técnicos dele. A Mitologia de Deuses de Dos Mundos é baseada na cultura Yorùbá. Então, quando peguei o livro, eu acreditava que ele se utilizaria dessa riquíssima cultura, porém também acreditava que o autor teria o bom senso de nos explicar sobre ela, não apenas jogar fatos e palavras das quais desconhecemos o significado. Mesmo o pequeno glossário de termos africanos no final do livro é desnecessário, visto que teria sido mais satisfatório que o escritor acrescentasse aquelas palavras no texto, visto que elas estão diretamente ligadas ao cotidiano de um grupo de personagens.

O maior problema do livro, contudo, é o New. Ele é arrogante, prepotente, cheio de si, imoral, idiota, irritante e chato pra caralho. E o autor ainda tenta nos fazer convencer de que ele é um rapaz "astuto", inteligente e bacana, um personagem que merece o título de herói. Ele não merece nem o título de vilão, sinceramente, porque nem vilões são tão chatos quanto ele.

Como se apenas a personalidade dele não fosse ruim o bastante, os capítulos dele são a maior enrolação. Ele passa páginas e páginas divagando sobre si mesmo e sem levar a história a lugar nenhum.

Os capítulos pares, os que contam a história do outro mundo, são os mais interessantes. Eu só consegui terminar o livro, porque li primeiro todos os pares e depois passei os olhos em cima dos ímpares.

O mundo que o escritor criou é fantástico, cheio de misticismo e de personagens com os quais conseguimos simpatizar e torcer para que continuem vivos (ao contrário do New). Porém, em vários momentos, fiquei com a sensação de que eles são unidimensionais. Por exemplo, há um personagem que cometeu um "crime" muito horrível no passado, por causa disso ele passa muitos anos recluso na floresta, e chega a se transformar num bárbaro. Porém, subitamente, todas as marcas de instabilidade psicológica deixadas por aquele "crime" desaparecem como se nunca houvessem existido. E toda a complexidade do personagem vai para o espaço.

Outra coisa que me incomodou foi o final, assim como o fato de que esta é mais uma trilogia que poderia facilmente ser um bom stand alone. A história é curta, o livro só parece grandinho por causa do tamanho das letras, que poderia ter sido menor. Além disso, muita coisa que o New escreve poderia ter sido facilmente jogado no lixo, porque não acrescentam nada a história, somente frustam o leitor. Então, não vi necessidade de separar o que deveria ter sido um livro em três. Mas, assim se ganha mais dinheiro, fazer o que....


site: Resenha completa no blog As Metamorfoses: http://2surrealistas.blogspot.com.br/2014/07/o-livro-do-silencio-pj-pexeira.html?spref=tw
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Alinde 04/07/2014

O livro é dividido em duas narrativas. Uma delas é fantasia urbana,e se passa na São Paulo contemporânea. A outra é mitológica, atemporalizada num momento histórico indefinido em que os orixás viviam na Terra. Em um dado momento, as narrativas se cruzam, de uma forma inesperada. Gostei da surpresa.
Eu que conheço pouco sobre o candomblé, fiquei satisfeita com a recriação da mitologia ali feita. Combina com o pouco que sei e amplia. A ideia do livro é apresentar a antologia a leigos, e temos no New, protagonista da narrativa de fantasia urbana, o personagem que encarna o sujeito que não conhece nada da religião.
Ele é obrigado, aliás, a se envolver com o candomblé. Nesse primeiro livro, esse contato com a religião não o faz pensar seu materialismo e ambição atrozes, vamos ver se nos dois livros seguintes ele passa a se importar com coisas não materiais. Se sai dos desejos sexual, gastronômico e financeiros puros e simples,para encontrar prazeres
menos superficiais e mais duradouros.
Parte chata do livro é que ele evidencia demais que é parte de uma trilogia: o final dele mesmo é muito inacabado, dá angústia para ler o seguinte. Não é um final aberto: é simplesmente algo que mal pode ser chamado de final.
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Nina 15/06/2014

O livro do Silêncio
Deuses de dois mundos foi uma experiência literária incrível, ainda mais por tratar da mitologia dos deuses africanos, a qual muito me interessa. A narrativa se divide entre a vida do personagem principal o jornalista Newton Fernandes - New - e um grupo de guerreiros que se forma na africa ancestral. Este grupo foi criado com a finalidade de salvar a terra por meio da procura dos Odus. A busca se incia quando Orumilá - o maior adivinho de todos os tempos tem seus instrumentos silenciados, algo estava errado e o mais rápido possível isso deveria ser corrigido. A vida de New está de alguma maneira ligada à esta busca, que o próprio New não entende. Mas procura entender no decorrer da trama, por conta de uma série de acontecimentos que vão mudar o rumo da sua vida. Enfim o livro será sem dúvida uma ótima leitura para quem se interessa pelo mundo místico dos deuses africanos e mais ainda por quem espera por uma trama onde o mundo que nós conhecemos se mistura com o mundo mágico das lendas africanas.
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Letícia M. 31/05/2014

Desperdício de um grande tema
Não é um livro ruim, mas para mim foi bastante decepcionante. Uma excelente ideia e um tema tão rico poderiam resultar numa grandiosa obra em mãos mais hábeis que as de PJ Pereira.

A parte da trama passada no tempo atual é um suspense policial bem fraco, protagonizado por um personagem exageradamente cliché e enfadonho. Newton é um jornalista arrogante, detetivesco, que consegue conquistar todas as mulheres que deseja - estas, meras coadjuvantes que se limitam a serem bonitas e sensuais, sem acrescentar em nada como personagens femininas à trama. Sua personalidade é rasa e um incômodo déjà vu de histórias policiais batidas e de baixa qualidade.

Até às passagens mitológicas faltou vigor e um desenvolvimento mais cuidadoso dos personagens e cenários, assim como dos próprios acontecimentos, que acabaram corridos e pouco emocionantes.

Ainda me agrada a simples iniciativa de explorar os mitos e a cultura iorubá, que sem dúvidas deveria estar muito mais presente na literatura brasileira, e não nego um grande mérito ao autor por isso; ainda mais com o respeito que demonstra pelo candomblé.

Honestamente, terminei o livro sem nenhuma ansiedade pelo próximo volume.
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Só Sobre Livros 09/04/2014

Surpresa arrebatadora
Confira resenha no blog

site: http://sosobrelivros.blogspot.com.br/2014/04/surpresa-arrebatadora-renata-lima.html
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Luiz Araújo 04/02/2014

Dois Mundos de Frustração
Puxa vida, não tenho como descrever a ansiedade que me consumia pelo desejo de ler este livro. Sou um claro defensor das "brasileiridades" e, mais ainda, "baianidades" por ser filho da terra do Nosso Senhor do Bonfim, contudo, assumo ser totalmente leigo e desinformado sobre as questões religiosas do candomblé, umbanda e similares.
A possibilidade de ter acesso a este mundo através de um romance me parecia formidável! Apostei todas as fichas nessa que poderia ser uma maneira saborosa de ser apresentado a esse novo mundo que me fascinava. E que ideia brilhante! Criar um mundo de fantasia mais próximo de todos nós, fugindo dos padrões europeus! Li em alguns lugares na internet inclusive elogios a esse que seria o "Harry Potter com orixás", ledo engano.
Temos que admitir que o marketing que envolveu a produção do livro foi impecável, trailer com narração de Gilberto Gil, contato direto dos leitores com o autor através das redes sociais (afinal, como eu acho que todos deviam ser)... Não era de se esperar menos de PJ Pereira, um expoente na área. Há que se falar ainda da diagramação do livro. Bonito. Uma arte invejável, ainda mais por que tive a oportunidade de obtê-lo com a capa dura, o que o torna ainda mais prazeroso de ler, me incomodando somente a letra excessivamente grande (talvez para aumentar a quantidade de páginas para assemelhar-se aos grandes épicos).
Vencida a análise da produção do livro, vamos à história. Temos uma organização que pessoalmente me incomoda, mas que não há qualquer problema, na organização dos capítulos, variando entre as personagens. Eis então que nos deparamos com o primeiro problema: a narrativa. Nitidamente fica clara que essa é a primeira experiência como escritor de PJ Pereira, que narra de maneira muito simplória todos os fatos, com dificuldades na caracterização dos mesmos e principalmente das personagens, que são tão profundas quanto uma colher de sopa. A abordagem rasteira destes acabam por eliminar qualquer possibilidade de empatia que possa ocorrer com estes. Vemos também uma necessidade de aprofundamento excessiva somente na personagem principal, que nos joga informações continuamente sobre si própria, num exercício narcisista sobre questões que são realmente irrelevantes no contexto e que certamente não seria algo a se compartilhar da forma como é compartilhada com um interlocutor no próprio livro. Posso estar enganado, mas em determinados momentos, a personagem principal parece ser um reflexo do que é ou gostaria de ser o próprio autor, este que parece ter dificuldades de se separar da própria obra.
Sobre os orixás e a mitologia envolvida pelo livro, possui uma abordagem superficial e de difícil entendimento para o primeiro episódio de uma trilogia, fato que, cumpre salientar, se tornou mais claro após ler o Posfácio da própria obra, demonstrando a falta de prática do autor. Destaco também um glossário nas últimas páginas com pouco mais de dez palavras da língua iorubá, que poderiam tranquilamente deixar de estar lá para fazer parte da narrativa, tornando a história muito mais interessante, rica e compreensível.
À obra dou duas estrelas, pela inovação e valorização da cultura afro-brasileira e, ainda, pelo sensacional trabalho de marketing. Espero sinceramente que os próximos capítulos consigam melhorar verticalmente, pois esse tipo de temática e abordagem deve ser incentivada, valorizada e, se de qualidade, servir de exemplo.

Axé.
Liu 28/08/2021minha estante
Te entendo completamente me senti assim é um livro viciante muito bom eu tenho a trilogia aqui em casa estou lendo o primeiro e mds estou apaixonada, a narrativa, a diagramação é tudo muito bom




Caio 27/01/2014

Enrolado. Mas vai.
Antes de qualquer julgamento, leia a resenha inteira e entenda tudo o que eu digo. Agradecido.

Bom, eu dei uma folheada nesse livro no final do ano passado e parei. A escrita me incomodava e eu estava extremamente ansioso para lê-lo. Acontece que a escrita não fazia jus à minha ânsia, então, parei. Peguei de novo, do começo, e comecei a ler. Sem dar spoiler: O livro conta duas histórias, em paralelo. A intenção é juntar as histórias, obviamente. Nos capítulos ímpares, cartas de um humano comum, conversando com alguém que não sabemos quem é, contando suas aventuras. Nos capítulos pares, uma "aventura" com os seres cultuados pelo Candomblé - Orixás, no caso, mas eles ainda não se tornaram Orixás (o livro deixa isso um pouco confuso, dando apenas uma frase antes do prólogo para você identificar isso).
A questão é: o cara pega vários mitos que existem dentro do Candomblé e dá umas mudadas, pega os Orixás como personagens e conta a história de um jeito dele. Apesar de me incomodar, não achei ruim. Eu sabia que a história era assim desde o começo e, a princípio, achei genial. O meu problema com o livro, na verdade, nem é a parte dos Deuses. Meu problema é: O Newton (o humano que escreve para esse alguém que não sabemos quem é) é INSUPORTÁVEL. Nos Agradecimentos do livro, o autor diz que uma pessoa disse a ele que o personagem era insuportável e ele o mudou. IMAGINO COMO ERA ANTES. Pq ele é extremamente chato e dono de si, com comentários machistas e dá vontade de socá-lo várias vezes. Os capítulos pares, quase todos, valem a pena. Os capítulos ímpares começam a ficar interessantes quando FINALMENTE são relacionados com os capítulos pares - e demora muito. Sinceramente, vi como enrolação grande parte do que ele conta, a princípio. Cortaria metade. Talvez, só talvez, seja necessário para "links" com o resto da trilogia. Mas eu realmente duvido.

Em suma, o livro é arrastado em algumas partes, mal escrito em outras (acho que o autor se enrola em umas partes numa tentativa de "escrever bonito", e eu identifiquei um pequeno problema de continuidade), e quem tem "problemas com atenção" não vai conseguir ir muito longe com ele - pq a escrita me perdeu em VÁRIOS momentos. Apesar da nota baixa, recomendo, e vou acabar lendo os outros dois - que ainda não foram lançados. O final acabou ficando melhor e eu quero saber qual rumo essa história vai tomar e vou dar chance para a trilogia. E prevejo que as notas irão ficar maiores. Desculpem-me qualquer erro de escrita. E, sim, sou da religião, apenas para embasamento.
Letícia M. 31/05/2014minha estante
Caio, tenho muito pouco contato com a religião, apesar de grande respeito e curiosidade, e minha impressão do livro foi bastante similar à sua. Confesso um grande alívio em ver que um resenhista homem também sentiu desconforto com o machismo presente no protagonista sem a menor necessidade (sou feminista e cheguei a evitar tocar nesse ponto em minha resenha por estar acostumada a ter desprezadas minhas reclamações nesse sentido).
Fiquei curiosa, no entanto, quanto ao erro de continuidade que você mencionou. Creio que a mim passou despercebido, talvez pela quase nenhuma empolgação que a leitura me despertou, de maneira que simplesmente não me apeguei a muitos detalhes - é difícil se apegar aos personagens, que dirá aos detalhes...
Qual foi o problema de continuidade que você identificou?


Alan 16/11/2015minha estante
Suas palavras me ajudaram bastante, já que planejo publicar um livro. Mas sou muito mais despreparado que o Newton já que sou da área de TI, apesar de escrever fanfics desde 2007. Acho que o meu problema é ter ideias demais que não se conectam. Talvez por isso eu não vá conseguir pôr o livro para o papel, vai saber. Mas boa resenha.


Camila 03/01/2017minha estante
Achei a proposta temática inovadora, por isso gostei do livro a ponto de buscar o segundo volume da trilogia.
Também me incomodei com os comentários machistas do protagonista, que é mesmo um personagem difícil de construir vínculos!




Alan 17/01/2014

Recomendado para os adeptos, os fãs de fantasia e os curiosos pela religião.
O filme Thor é baseado na mitologia nórdica, Senhor dos Anéis na cultura celta e no catolicismo, Percy Jackson na mitologia grega. Eu não precisei ser odinista, celta, católico ou adorador de Zeus para gostar dessas histórias. O livro Deuses de Dois Mundos é baseado no candomblé, mas pode ser apreciado por qualquer um de qualquer religião ou “não-religião”. Como fã de fantasia e adepto do candomblé sempre achei que as histórias dos orixás poderiam render uma boa aventura (os deuses gregos rendem centenas, porque eles não?). Infelizmente é difícil encontrar romances do gênero em que eles apareçam, com muita sorte dá para vê-los como coadjuvantes. Graças aos orixás o escritor P.J Pereira veio atender minha prece de ler um livro de fantasia centrado no imaginário africano com esse excelente livro.

Dos vários livros que comprei em 2013 (e foram muitos) este foi de longe o que mais me empolgou. Porém eu sei que muito disso vem do fato da história desse romance se relacionar com uma parte importante da minha vida, não sei se a obra tem o poder de ter esse mesmo efeito com leitores cujo as vidas não tem nada a ver com religiões Afro-Brasileiras. Mesmo assim, se for esse o seu caso, você estará comprando uma boa história de aventura que mistura fantasia urbana moderna com High Fantasy. A história no passado é mais épica e heroica enquanto a do presente é mais cheia de suspense, quase que um thriller. Caso você seja um leigo que queira aprender mais sobre os cultos africanos esse livro é altamente recomendado. Além de mostrar muito bem como é o pensamento dessas religiões, com o romance você aprenderá se divertindo.

Resenha completa:

site: http://www.almhpg.com/tolkienmetal/?p=2100
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cillamoreira 06/01/2014

Gostei do livro
No início achei um pouco confuso os entremeios das duas histórias, depois já mais familiarizada fui gostando aí chego no final que dá a agonia de aguardar o próximo livro.
Uma história crescente e bem surrealista com relação as histórias dos orixás.
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Laura 05/01/2014

Africanismo?
Faz tempo que estou procurando autores brasileiros contemporâneos, novos, principalmente de ficção. Quando vi "Deuses de dois mundos" pairando no Facebook, me animei. Me animei ainda mais quando, ao ler uma amostra dos três primeiros capítulos, o negócio me pareceu bom. Comprei logo a versão capa dura, bonita, papel bom. Não demorou muito para, entre uma estação de metrô e outra, as páginas correrem e o livro acabar rapidinho, me deixando uma sensação de... Espera. Vamos aos fatos.
O livro é dividido em duas "frentes", com capítulos alternados. A primeira é do adivinho Orunmilá, que perdeu seus poderes. Com seu auxiliar, Exu, ele que parte em uma busca por bravos guerreiros dispostos a ajudá-lo. A segunda é do repórter Newton, que relata sua história para um desconhecido em busca de compreensão. Claro que, ao final, revela-se uma conexão entre as duas (mas não sou eu que vou contar).
Logo de cara, me deparei com um problema: não sei nada dessa mitologia - e o autor parece nem ligar, despejando uma infinidade de nomes sem se dar o trabalho de explicar. Toda vez que me deparava com um desses, era obrigada a parar, pensar, lembrar. Não que isso seja ruim, mas atrapalhou um pouco o fluxo da leitura.
Outro problema veio da parte de New. Nossa, que cara chato! Fui obrigada a rir quando, lendo os agradecimentos ao final, descobri que, segundo o próprio autor, o personagem era bem mais insuportável antes. Hein? Tem como ser mais prepotente, elitista e machista? Eu acho que não!
Meu último problema tem a ver com o final (não vou contar detalhes, só falar sobre a estrutura mesmo), que é um final aberto. Ou melhor, não é um final aberto, já que o livro não se conclui e não aponta para nenhuma conclusão possível. Eu já vi uma infinidade de finais abertos, e esse me pareceu simplesmente um corte na história. Como se o autor tivesse feito um manuscrito só e pensado "hmmm, se eu cortar minha história em três partes, posso fazer três livros e vender mais!" E essa sensação só piorou quando descobri a origem publicitária do nosso querido PJ Pereira.
O que me leva a mais uma impressão geral: que o autor aproveitou o sucesso de livros baseados em mitologia (Percy Jackson, cof) com mais a maior visibilidade da africanidade no nosso país (instituída pelos PCNs no geral) e juntou os dois para fazer esse livro. Mais depois, vi que o livro foi escrito há dez anos atrás e lançado só agora, ou seja... Ele não juntou os dois para fazer o livro, mas sim para finalmente lança-lo, isso sim.
De qualquer jeito, não achem que sou só ressalvas. O livro é bem escrito, nos faz querer continuar lendo. Vou comprar a continuação, sim, quero saber o que acontece depois. Além disso, é legal ver que, não só a cultura africana não está sendo negada, como também que ainda existem escritores brasileiros dispostos a inovar. Espero fortemente que o sucesso de vendas desse livro inspire a vinda de outros, e que nós tenhamos mais livros próprios para ler. Recomendo que vocês vejam com seus próprios olhos.
Caio 09/02/2014minha estante
"Outro problema veio da parte de New. Nossa, que cara chato! Fui obrigada a rir quando, lendo os agradecimentos ao final, descobri que, segundo o próprio autor, o personagem era bem mais insuportável antes. Hein? Tem como ser mais prepotente, elitista e machista? Eu acho que não!"

EXATAMENTE!




Delano Delfino 02/01/2014

Amei o livro! Como citou a Tatiana Feltrin num de seus vídeos, todo bom livro deve ter um mapa. O mapa no início desse livro só podia ser um bom presságio.
O livro é leve, com uma escrita fácil e gostosa de se ler. O tema a princípio pode parecer difícil, mitologia, ao menos de acordo com a minha experiência livros que tratam desse tema sempre tem escritas pesadas e cansativas, esse foi uma grata surpresa.
PJ Pereira consegue nos envolver na sua trama e nos faz comprar sua história nos deixando com gostinho de quero mais.
Por se tratar de uma trilogia, pode-se pensar que o livro termina no nada. Apesar de sabermos que ainda tem muito mais para acontecer, o autor conseguiu criar uma história com começo, meio e fim. Não nos deixando perdidos no final da mesma e sim ansiosos pela continuação.
Que bons ventos tragam o livro da traição. Ah! Amei o pós-fácio escrito por Reginaldo Prandi, parafraseando-o : "... A morte sempre aponta para um novo nascimento..."
Talvez o maior mérito do autor foi conseguir trazer os orixás para o mundo real, fazer com que nos identifiquemos com eles e não colocá-los numa redoma de vidro acima do bem e do mal e sim apresentá-los como seres humanos normais com suas virtudes e falhas como todos nós.
Aguardo ansioso a continuação, que está venha logo.
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Literatura 24/12/2013

Deuses humanos
Criatividade... Quando em qualquer conversa o tema "autor brasileiro" entra em pauta esta é a primeira palavra que me vem à cabeça. Não serei um defensor voraz, cego e melindroso que diz ver toda obra como um best-seller... Mas tem algumas história que não podemos negar a qualidade e a sensibilidade lançadas entre as páginas, onde o autor consegue tomar o leitor entre os dedos e convidá-lo a participar de uma inesquecível viagem. PJ Pereira é um destes casos.

Deuses de dois mundos (Livros de Safra, 265 páginas) me atraiu em vários aspectos. Primeiro, como publicitário que sou de formação, já conhecia alguns trabalhos do autor na área. Segundo, o booktrailer de cair o queixo digno dos maiores blockbusters hollywoodianos. E, o mais importante, por ser tratar de um livro de aventura cuja mitologia utilizada é a africana. Ainda quer mais motivos para ler? Vou lhe contar, mas antes deixa eu te contar um pouco da premissa do livro.

No Brasil do presente, Newton Fernandes é um jornalista inescrupuloso, que não hesita em utilizar das maiores artimanhas para conseguir seu lugar de destaque na imprensa nacional. Cético, acha que o único valor que temos é o poder material, até que o sobrenatural lhe encontra de forma definitiva...

Na África ancestral, Orunmilá, o maior adivinho de todos os tempos, perdeu o seu dom de ler os búzios. O Orum estava em silêncio... Isso porque as Iás roubaram os Príncipes do Destino, dezesseis almas especiais que mostravam o futuro dos homens. Resta ao babalaô, junto a sua filha Oxum, Exu, Ogum, Xangô e Inhansã iniciarem uma grande missão de resgate...

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/12/resenha-deuses-de-dois-mundos-deuses.html
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Alako Machado 21/12/2013

Uma grande questão para ser respondida pela continuação
Antes de tudo, tenho que assinalar: Sou iniciada.
Tendo assinalado, podemos começar.
Fiquei sabendo do livro pela minha irmã de santo e fiquei completamente entusiasmada, não me cabia em mim ao saber de um livro com os meus deuses em primeiro plano.
Ao pesquisar pela plot do livro, achei extremamente semelhante a Deuses Americanos, de Neil Gaiman(livro que por sinal, nem terminei), mas resolvi dar uma chance, afinal, Deuses Africanos.
Leitura fácil, dinâmica e rápida, adorei a forma como o Sr. Pereira fez a divisão capítulos, deixa o leitor com uma pulga atrás da orelha querendo saber o que diabos está acontecendo. Estalinhos para o Sr. Pereira.(eu ainda quero saber o que está acontecendo! Mas sem spoilers!)Pessoalmente, sou fã da troca de fonte.
O primeiro livro cumpre muito bem a sua proposta de apresentar a história e nos mostrar onde e o que está acontecendo. Aos meus olhos de religiosa, achei MUITO bem pensado o enredo, apesar de difícil de se desenrolar, estou muito ansiosa para ver como vai acontecer.
Agora... Mantendo o olhar de Religiosa, eu esperava mais.
Não sei se porque fui com muita sede ao pote(li o livro em menos de 12h), mas eu esperava uma abordagem e uma personificação diferente dos Orixás. Admito que demorei um pouco para entender a proposta que ele nos traz, que está nas primeiras páginas do livro.
Achei extremamente superficial o tratamento dos estereótipos, mas também sei que essa é, de fato, uma das melhores formas de representação. Os Orixás tem várias facetas e várias fases, tem de se escolher uma delas para escrever.
Mas, quando se acaba, quer logo se saber como New vai conhecer seu amigo secreto, e como ele vai ajudar o Orum, e como, bem... Como a história continua.



site: http://frodobaggays.tumblr.com/
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