Vinicius 22/02/2012
Scar Tissue conta mal uma grande história e mostra um lado muito exagerado de Anthony Kieds
Sou fã do Red Hot Chili Peppers desde que me conheço por gente. Posso dizer, com sinceridade, que fui e ainda sou muito influenciado pelo som punk/funky/rock dos Chili Peppers.
Quando decidi ser um leitor de biografias logo pensei no nome de algum dos integrantes da banda. Fiquei surpreso e feliz em ver que logo o vocalista, um dos fundadores e integrante vitalício da banda tinha sua própria biografia. Não pestanejei antes de compra-la.
Para não me estender, posso afirmar que é um livro chato. Posso estar errado em relação ao original, mas a versão em português é monótona, salvo alguns momentos.
Algumas histórias parecem até mentira. Não vou dizer que são, nem nada do tipo, mas a maneira como são descritas para o leitor são extremamente inverossímeis. Sem contar, é claro, o fato de que Anthony Kieds aparece no livro como um personagem repetitivo. Tipo um cara que se limita a comer belas modelas, se drogar até cair, ser internado em clínicas, fugir e pedir perdão ao genial Flea.
Outro ponto negativo é a inserção de personagens que entram e saem da história sem a menor importância. Muitas biografias distanciam o leitor dessa maneira, como 50 anos a mil, do Lobão.
De todo ela não é ruim. A infância do astro é bem contada e chega a ser um pouco assustadora. A perda da virgindade, sua convivência com o pai, os casos da mãe e a vontade de ser alguém, mesmo que o mundo muitas vezes emplacasse um grande não em sua cara.
Não recomendo como leitura obrigatória, mas os fans do Red Hot vão apreciar por algumas horas.