Andre.28 25/04/2021
Um retrato da China Contemporânea
A República Popular da China se apresenta para o mundo neste novo milênio. Sua potência, para além de suas gigantescas fronteiras continentais e dimensão populacional, a influência cultural chinesa toma o mundo. As transformações sociais e estruturais na China são descritas pelo correspondente português em Beijing/Pequim, o jornalista Antonio Caeiro em seu trabalho ‘Novas coisas da China: Mudo, logo existo’, livro publicado em 2013.
Neste livro temos uma fotografia real das enormes transformações e mudanças em curso na sociedade chinesa contemporânea. Analisando a história política e econômica da China desde meados do século XIX, desde a Guerras do ópio às transformações de um “socialismo de mercado” que vem transformando as estruturas do país, passando pela revolução chinesa de 1949 e a Revolução Cultural maoista no inicio dos anos 1970. Uma sociedade que conseguiu se adaptar aos sistemas internacionais, mas que vive as suas contradições e dilemas ante a uma busca que pretende conciliar tradições e mudanças.
As transformações em Pequim, com a construção em dimensões nababescas de centros financeiros, prédios, aeroportos, autoestradas, através de uma expansão de capital dirigida de uma forma mista entre “novos” ricos e entidades do Partido Comunista Chinês. Uma China que domina aos poucos o mercado econômico, ainda sofre com pressões por uma abertura política, que cresce de forma desigual e tenta modernizar o país (coisa que vem conseguindo com muito êxito).
Antonio Caeiro traz um relato de forma simples, com uma linguagem acessível e didática. Achei interessante que ele toca nos pontos controversos dessa nova China sem deixar de apontar todos os agentes presentes no contexto. Nesse sentido, a nova China é formada por uma população que cresce em ritmo progressivo, um mercado extremamente interessante, que aos poucos vai tomando a banca, e engolindo os centros emergentes da economia mundial.