Resenhas - Poemas

Alexandre Kovacs / Mundo de K 12/02/2011

Marianne Moore - Poemas
Editora Companhia das Letras - 208 páginas - Tradução e Posfácio de José Antonio Arantes - Lançamento 1991.

Marianne Moore (1887 - 1972) marcou a poesia norte-americana com a sua originalidade que aproximou a poesia e prosa conquistando poetas importantes da sua geração como Ezra Pound, T. S. Eliot, William Carlos William ou Wallace Stevens e também influenciou gerações de poetas posteriores como W. H. Auden, Elizabeth Bishop e o nosso João Cabral de Melo Neto. Por tudo isso foi chamada pela crítica de "poetisa dos poetas" apesar de detestar chamar atenção e apresentar sempre um comportamento humilde. Ela recebeu o National Book Award por Collected poems de 1951.

A sua poesia de verso livre e metrificação silábica , com e sem rima, cheia de imagens é sempre surpreendente. Quando Moore morreu, Ezra Pound encomendou uma missa em sua memória, durante a qual leu os versos de "What are years": "o próprio pássaro / que ao cantar se engrandece, acera / o corpo aprumado"; "quão puro é o regozijo. / Isto é mortalidade, / isto é eternidade".

Ivan.Lucas 27/09/2020

Leitura diferente
Encontrei esse livro em um AirBnB onde me hospedei e comecei a lee-lo em meu tempo livre. Sempre gostei muito de poesias, porém as mais tradicionais, com todos os versos metrificados. A poesia de Moore acho que também é assim, porém no idioma original, inglês. No português achei os temas meio modernistas, alguns chatos outros nem tanto e que perdeu muito da rima original. Gostei, mas não me apaixonei pelo estilo da autora. Recomendo para apreciadores de arte moderna e contemporânea, mesmo a autora não sendo desse período...