Platina23 19/03/2014"-Você não vai acreditar nisso! [....] É piração demais!" Sempre amei magia e fantasia, por isso, comecei a ler desde pequena esta temática e até hoje procuro um ou outro para me distrair. Porém, depois que se lê alguns autores, você percebe muitas semelhanças ou disparidades que faz a história ser horrível, ou, na melhor das hipóteses, desinteressante.
Com Bruxos e Bruxas foi assim.
Eu havia lido a sinopse quando foi lançado e depois comecei a ouvir opiniões negativas sobre o livro, então desisti dele. Mas, por acaso, destino ou cina, me deram ele de presente de natal ano passado. Então ele foi para a pilha de vou ler, adiando o inevitável.
O livro conta a história de dois irmãos, não gêmeos, chamados de Whitford e Wisteria Allgood, apelidados carinhosamente de Whit e Wisty. Eles levavam uma vida comum e pacífica, onde Whit era o filho perfeito de 18 anos que estava prestes a se formar, tinha uma namorada perfeita que sumiu do mapa e é seu grande amor, e era o melhor quarterback do colégio, enquanto que sua irmã Wisty era a garota de 15 anos ruiva e problemática, não gostava da escola, era rebelde e sarcástica, e se metia em confusão a ponto de ser suspensa, mas ainda sim no fundo era uma boa menina.
Certa noite, um grupo político que vinha ganhando destaque, denominado Nova Ordem, invade a sua casa e os prendem acusando ambos de bruxaria! Mas, como essa Nova Ordem era muito boazinha, permitiram que eles se despedissem dos pais e levassem dois objetos para a prisão, uma baqueta e um livro em branco. Nesse momento as suspeitas são confirmadas, pois Wisty começa a ficar em chamas devido ao nervosismo da situação!
Os policiais entraram em pânico e o caos foi instaurado no recinto, trazendo O Único que é o Único para o lugar. Esse é um título dado ao novo ditador dessa distopia, os outros líderes também recebem títulos como "O Único que Julga", "O Único que faz leis", etc, etc. Enfim, esse ditador entra no olho do furacão criado por Wisty e conta como eles pretendem limpar o mundo dos jovens. Que, segundo eles, são uma raça perigosa e tem até um profecia envolvendo dois bruxos e todo o mundo conhecido.
Depois desse mal entendido, os gêmeos são levados para uma prisão de quinta e sofrem todos os tipos de torturas e abusos: São mal alimentados, tem de fazer uma batalha de exames e são açoitados pelo carcereiro.
O livro não é muito bom em descrições e usa de expressões repetitivas e genéricas. Além, de ter uma história bem infantilizada, sua linguagem é como se o personagem estivesse te contando uma fofoca e não uma tragédia! Ou uma aventura! Também quebrava muito o ritmo da leitura os capítulos serem muito curtos e rápidos. Em menos de duas linhas, você é levado de um mundo humano para o além túmulo, e eles simplesmente aceitam isso e caminham ao lado de fantasmas como se isso fosse a coisa mais normal do mundo!
O livro é péssimo nas partes sentimentais pelos motivos citados acima, mas esses mesmos motivos melhoram as cenas de ação e fazem você se integrar mais a cena e devorar o livro em menos de dois dias. Mas ainda assim, o livro penou em muitas partes e acabou fugindo do rumo inicial dele. Você lê o livro todo e ele ainda não responde às perguntas iniciais só para escrever mais livros e vender mais, pois se ele juntasse os capítulos direito, não teríamos nem metade do número de páginas que existem agora.
A série tem quatro livros lançados lá fora, sendo três já traduzidos aqui no Brasil.
Não sei se lerei o resto da série. Comprar tenho certeza de que não, mas se eu ganhar o segundo livro, talvez eu leia ele e faça a resenha para vocês, mas a primeira impressão sobre o autor não foi boa. Realmente espero que a série seja melhor nos próximos volumes, pois quero que os personagens amadureçam( nem mesmo o Whit que tem 18 anos tem uma escrita diferente da Wisty que tem 15!) e que eles tratem de magia com maior seriedade e que a tornem atraente.
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