Os mortos

Os mortos James Joyce




Resenhas - Os Mortos


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Cinara... 03/12/2020

"Desmaiava-lhe a alma lentamente enquanto ouvia no universo a neve leve caía e que caía , leve neve, como o pouso de seu fim definitivo, sobre todos os vivos e os mortos. "

Conto que mais amo do Joyce, Natal já passou, ano novo também! Será que é dia de reis? Mas pra mim sempre será um conto natalino!
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yas 30/12/2020

Como primeiro contato com o autor posso dizer que foi uma leitura agradável, não posso deixar de citar o quanto ambos os contos (Os mortos e Arábias) me cativaram, a escrita certamente é boa mas ainda sim sinto que talvez precise ler outra obra para compreendê-la melhor.
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Pandora 18/12/2022

Os mortos é uma história de Natal. Último conto do livro Dublinenses e o mais famoso deles, nesta edição bilíngue da Editora Autêntica, reina sozinho.

As idosas irmãs Kate e Julia e sua sobrinha Mary Jane promovem todos os anos, à época do Natal, um baile e um jantar, onde recepcionam amigos e parentes em sua casa alugada em Dublin, Irlanda. Longe de serem abastadas, todas contribuem para o sustento da casa, mas mantêm alguns caprichos e gostam de receber. Um dos convidados é o sobrinho Gabriel, que comparece com Gretta, sua mulher e é responsável, todos os anos, pelo discurso de agradecimento. Neste ano, particularmente, ele saberá de algo perturbador sobre o passado de sua esposa.

Meu primeiro contato com Joyce. Gostaria muito de ter lido as notas do tradutor antes de ter lido o conto, pois apesar de ter gostado da leitura, eu a teria aproveitado muito mais. O texto pode parecer simples para alguns, mas há um grande significado nas entrelinhas e muitas referências à Irlanda da época (foi escrito em 1907): questões como o domínio inglês; a tentativa dos partidários da independência da Irlanda de retomarem as tradições do país, a língua galesa, as raizes celtas; o rigor da igreja católica; a morte e os mortos como um tema sempre presente, comum nesta época do ano em que se pensa sobre os que já se foram.
Diz Gabriel em seu discurso: “Não me deterei, pois, no passado. Não deixarei que nos invada, aqui, nesta noite, qualquer juízo sombrio.” [1]

Mas apesar da festividade da ocasião, há no ar certa melancolia e desesperança. Na carta do autor ao seu editor, sobre o livro Dublinenses, ele escreveu: “Minha intenção era escrever um capítulo da história moral de meu país e escolhi Dublin como cenário porque essa cidade me parecia o centro da paralisia”. Segundo Tadeu, “Joyce não nutria qualquer ilusão quanto à falta de perspectivas culturais e políticas de seu país, razão pela qual ele próprio decidiu abandoná-lo para viver na Europa continental”. Joyce passou a maior parte de sua vida adulta fora da Irlanda.

Enfim, procuro sempre fazer leituras temáticas em dezembro e este foi um dos livros escolhidos para este ano. Acho que foi um bom começo para conhecer James Joyce e no futuro me aventurar por suas obras mais complexas.

Nota: [1] Cabe aqui uma observação interessante: Tomaz Tadeu afirma, nas notas desta edição: “(…) diz-se que Joyce nutria uma certa ojeriza à vírgula, utilizando-a muito economicamente, uma escolha estilística que seria visível sobretudo nos contos reunidos em Dublinenses”. Porém no período citado, onde no texto original só havia uma vírgula, na tradução há, desnecessariamente, cinco.
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Ebenézer 16/11/2020

Impactante
Remexia minha já não tão pequena biblioteca e, procurando não sei quê, me deparei com James Joyce em "Os Mortos".
A narrativa orbita na temática natalina e do ambiente que isso evoca. De seu jeito de ver a realidade, Joyce faz um recorte da humanidade pouco importando o espaço geográfico que ela ocupa no universo, uma vez que os seres humanos são uno.
Joyce caracteriza bem o comportamento do indivíduo em sua trajetória em que se impõe o registro de datas importantes que marcam o tempo cronológico. Dentro desse tempo narrativo as personagens revelam com fidelidade como os indivíduos se movimentam nessas datas importantes.
Natal e Ano Novo são marcas cronológicas que propiciam reflexões a respeito da existência através de reminiscências, tristes ou alegres; e na vã expectativa de deter o tempo muitas vezes reproduzimos continuamente modelos e estereótipos seguindo rituais monótonos que falsificam a nossa percepção sobre se estamos vivos ou mortos.
Estimulados pela música, pela dança, por pessoas vulgares e seus tolos discursos e ainda, pelas ?passas, amêndoas, figos, maçãs, laranjas, chocolates e doces? que percorrem a mesa, pouco nos damos conta de que a transitoriedade da vida... e os mortos, estão muito mais (oni)presentes do que nós mesmos imaginamos.
Individualmente somos como espectros que desempenham papéis numa sociedade como tal organizada. E dentro desse tempo/espaço cada pessoa é constituída de experiências distintas e únicas que caracterizam sua intimidade e que está em constante mutação, transição ou transformação.
De um lado, a sensibilidade de Gabriel é genuína, pois se ?Aqueles tempos podem, sem exagero, ser qualificados de espaçosos e se já não voltam mais, esperemos, pelo menos, que em reuniões como esta recordemo-los com afeto e orgulho e acalentemos em nossos corações a memória desses grandes mortos, cuja glória o mundo não deixará perecer.?
Não menos significativa é a narrativa da experiência romântica inconfessada de Gretta, mas que no tempo incerto ela emerge com sua força irresistível.
Realmente, Os Mortos de James Joyce é extraordinário: um dos belos contos da literatura ocidental?.
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Wivy.Lima 04/12/2023

Um brinde à nostalgia e aos mortos
Primeiro contato com uma obra de James Joyce e sinto que deveria ter algum tipo de bagagem sobre ele para ter iniciado a leitura.
A estória é contada em forma de "paralisia" - não sei e não consigo expressar isso melhor; logo, ou você desiste no começo ou decide ir até o final. Infelizmente, a reta final da obra é o ponto alto - vale ressaltar também o discurso de Gabriel. É um livro com algumas curiosidades e mistérios em sua composição e com várias temáticas para se refletir, como conflitos ideológicos, a saudade do passado e do lar.
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Bu 21/03/2021

Um conto natalino
De uma simplicidade imensa, mas miraculasamente trabalhado, um conto excelente que deixei passar por muito tempo pra ler. Nada mais que uma noite em família, discutindo sobre o presente e o futuro e até mesmo relembrando o passado, com rituais que toda família tem.

Esse material é riquíssimo, tanto por ser bilíngue e você pode acompanhar na versão original, como o zelo que tiveram os editores e tradutores, um trabalho excelente com as notas, que por sinal dos da muito mais profundidade ao texto e deixa ainda mais rica a experiência da leitura.
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EduardoCDias 28/08/2020

Apaixonante
Um Joyce um pouco mais fácil de ser lido. E delicioso! Duas irmãs solteironas, recebem todos os anos, muitos convidados para um baile. O sobrinho, apaixonado pela esposa, após o baile descobre um segredo guardado pela mesma.
brunaponce 28/08/2020minha estante
(despertou minha curiosidade)


EduardoCDias 29/08/2020minha estante
Eu gostei muito!




Newi 15/12/2020

Conto bastante sem graça.
Conto simples e fácil de ser lido. Achei melancólico e muito sem graça, talvez não tenha entendido bem o que o autor quis passar ou realmente a narrativa não seja nada demais.
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Xavier42 03/02/2024

Gostei da escrita; é bem descritiva, mas de um jeito que não cansa. É interessante como identifiquei modos de agir, falas, e situações pontuais que, apesar da distância cultural e temporal, vejo nas pessoas que cercam meu dia a dia.

Mas, no geral, achei um conto ordinário. O último parágrafo é bem bonito e com certeza leria outras obras do autor, principalmente para descobrir como é o Joyce romancista.
Yuri462 04/02/2024minha estante
Ei, parece interessante




Raoni Pereira 01/01/2022

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Um conto curto de final de ano, memórias, lembranças e afetos.

Diálogos crus com diversas interpretações tão comuns a literatura joyciana remetidas sempre a história da Irlanda.

Um encontro de proles, em que a atual tenta superar a antepassada, repetindo os mesmos clichês ordinários.
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Everton.Paulo 18/12/2022

Não é uma história de terror
Apesar do nome, essa novela de James Joyce não é uma história de horror.
Basicamente a história narra o banquete de uma família rica irlandesa na época do Natal. Acompanhamos alguns núcleos de personagens comendo abundantemente em louças impecáveis e prataria reluzente, sempre enfatizados pelo autor para destacar a riqueza das pessoas e do evento, com seu baile, cantores, ceia, conversas e tudo que pode envolver a suntuosidade de tamanha celebração.
Há que se ler tal história com cuidado e textos de apoio ajudam a entender o contexto, afinal, se passa na Irlanda do fim da era Vitoriana.
E traz um pouco daquela melancolia de fim de ano que algumas pessoas sentem, no diálogo de alguns personagens e também na descrição dos cenários.
A edição que tenho é bilíngue, sendo assim muito interessante para estudantes da língua inglesa.
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Marcelo 10/09/2021

Excelente!!!!
Conto muito bem escrito, nos transporta para o clima natalino e duvido não se identificar com as festas de família de final de ano. Minha primeira leitura de James Joyce e achei maravilhoso. Neste conto acompanhamos uma festividade de final de ano, conversas entre vários personagens e as várias relações entre eles e muita nostalgia sobre tempos passados e pessoas que já se foram...
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Cris 21/11/2020

Os mortos
É o último dos contos de "Dublinenses" que possui 15, escritos por James Joyce entre 1904 e 1907. A história se passa em Dublin, Irlanda e relata a atmosfera de paralisia e desesperança relativa à Irlanda em geral. Detalha a hospitalidade irlandesa na ceia natalina onde se passa a maior parte do conto. Gabriel Conroy descobre um segredo de sua esposa que o faz pensar no que é o amor e a morte.
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