Fundação e Terra

Fundação e Terra Isaac Asimov




Resenhas - Fundação e Terra


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Grazi Comenta 02/05/2015

Eu não encontro elogios suficientes
Estou eu aqui mais uma vez para me rasgar de elogios a esse gênio que é/foi Isaac Asimov e dizer que sou completamente apaixonada pela saga da Fundação. Primeiro, um pequeno resumo.

Fundação e Terra termina exatamente de onde Limites da Fundação parou. Depois do confronto mental entre Gaia e as duas Fundações, Trevize está em dúvida quanto à sua escolha para o futuro da galáxia. Uma vez que ele é um ser que tem certezas sem precisar de muitas provas, ele simplesmente sabe que precisa encontrar a Terra para entender o porquê de sua escolha. Pelorat e Júbilo/Gaia decidem acompanhá-lo nessas jornada que os levará a planeta ''mitológicos'', não mapeados e a descobrir histórias que vão fazê-los repensar seus conceitos sobre a humanidade e a psico-história de Hari Seldon.

Meu pai do céu! Fundação e Terra, até mais do que Prelúdio à Fundação, me deixou num êxtase muito louco de emoções. Primeiramente, fiquei bem enfadada com os primeiros capítulos nos quais Trevize demonstra sua óbvia desconfiança contra sua própria escolha e fica questionando Gaia/Júbilo a todo momento, promovendo discussõezinhas bestas. Mas assim que comecei a notar a intenção disso minha experiência melhorou. Fiquei nervosa, apreensiva, com expectativas, com raiva, decepcionada, expectativas de novo, ri em alguns momentos, sorri de orelha a orelha e quase jogo o livro na parede em outros.

Esse livro é o último da cronologia da Fundação e como já passei pela maioria dos outros, além da trilogia de robôs, a experiência de leitura aqui é magnífica. As referências aos outros livros de Asimov, a visita aos outros planetas já tão conhecidos e queridos por mim (ok, um nem tão querido assim) são simplesmente embriagadoras. É realmente muito bom quando você consegue juntar uma história na outra e ver que você consegue amar todas elas tanto assim quanto separadamente. É espantoso ver a criatividade que esse homem tinha. Pegar um enredo inteligentíssimo, bem desenvolvido, com tramas maravilhosas, jogar numa ficção científica, manter a qualidade e ainda ser compreensível e interessante.

O tipo de narrativa se mantém a mesma que todos os outros livros do autor, sempre tentando explicar ao máximos todos os conceitos, explorando a psiqué dos personagens maestralmente, ainda que na terceira pessoa. Sempre cortando aquelas partes necessárias para manter o mistério e nos deixando roer as unhas de ansiedade. Eu tô com horários loucos de estágios, mas levava esse livro pra todo canto e lia nas horas que dava. Acabei lendo em apenas 4 dias, porque não dava para largar!
Eu vi aqui uma coisa que jamais poderia imaginar com a leitura da trilogia principal. Foi arrebatador. Pela primeira vez eu quase choro com a resolução da trama. Os diálogos, a interação entre os personagens... cara, é tudo muito crível, tudo emocionante. Asimov descreve com perfeição os problemas sociais atuais nessa sociedade futurística tão diferente, mas ainda humana.

Sobre a edição: a qualidade é mantida e é do mesmo jeito que as outras. Diagramação simples, achei apenas um erro de revisão e a tradução tá incrível. Deve ter sido difícil traduzir as intenções de Asimov com as diferenças linguísticas entre os povos de cada planeta e algumas passagens sobre essas são perdidas porque já está tudo traduzido e tal, então você não entende porque às vezes os personagens não se compreendem, ou seja, aquelas coisas que ficam sem ter como serem passadas pro português mantendo a intenção.

Enfim, estou chorosa porquê o final do livro deixa um gancho gigantesco para o desenvolvimento de pelo menos mais uns quatro livros da série, só que o mestre já morreu :'( O jeito é me resignar e ficar só criando na minha mente onde mais Trevize, Pelorat e Júbilo - ou outros personagens - poderiam parar e fazendo o quê e ficar agradecida por ter tido a oportunidade de ler uma história grandiosa como essa.


site: https://irmandadeliterariabr.blogspot.com/2017/11/resenha-dupla-limites-da-fundacao.html
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Ezequias 11/08/2013

Bom livro para quem já acompanha a série, mas carece do brilhantismo do autor.
Neste livro vemos o encerramento da série Fundação de Asimov. Chegamos próximos de uma conclusão do futuro do Plano Seldon, e vamos além.

Ir além é exatamente o problema deste livro e de seu antecessor, pois é especialmente neste livro o autor tenta fazer conexões com suas obras passadas, unificando o universo criado.

Ele consegue fazer-lo, mas a um custo: como não acompanhei a série sobre Robôs (só li o Eu, Robô), não identifiquei as referências, e no final, achei completamente infrutífera e repetitiva a jornada do protagonista em busca da Terra.

Não gostei do fato de de sugerir uma conspiração, uma trama para o desconhecimento da localização do planeta, e menos ainda dos motivos e forma como fora feito.

Também não gostei do desenvolvimento dos personagens. Trevize é um cara insuportável a maioria das vezes, Júbilo não pode ser considerada irrazoável, mas poderia evitar de sempre entrar em conflito com Trevize, o Dr. Perolat não tem carisma também... tampouco o quarto integrante da "trupe".

O livro passa a maior parte do tempo não indo para lugar nenhum,o que me dá saudades da trilogia clássica onde Asimov estava afiado na sua lógica de: cria-se um problema, e se dá uma resposta cerebral e lógica para o mesmo.

Lembro que foi desta série que saiu uma das suas frases mais célebre: que a violência é o ultimo recurso do incompetente.

Enfim, não achei que foi bom para o Asimov se focar num personagem durante tanto tempo como aconteceu neste livro e no seu anterior.

Assim, infelizmente, esse foi o pior livro do autor que lí. Mesmo assim fiquei curioso minimamente para chegar no fim.

Então recomendo a leitura, sem expectativas, para quem já acompanha a série.
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Felipe 25/09/2013

Mais um clássico de Asimov
Isaac Asimov é um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos. Entre suas obras-primas está a trilogia da Fundação que ganhou sequências mais de duas décadas após a publicação do terceiro livro da série. A primeira sequência é ‘Limites da Fundação’ e a segunda ‘Fundação e Terra’. Nesta segunda sequência, apesar de Asimov usar algumas fórmulas da primeira, o livro continuada empolgando os fãs de Asimov e do gênero da ficção científica.
O livro começa quando Golan Trevise decide por um rumo da galáxia que busque a paz entre todos os planetas, que é o clímax do livro anterior. Após isto, Trevise ainda tem dúvida sobre sua decisão e decide procurar o mítico planeta que teria dado origem a todos os humanos, conhecido por Terra, onde acredita encontrar suas respostas. Nesta aventura ele tem a companhia do casal Júbilo e Janov Pelorat, a quem depois se junta a hermafrodita Fellon.
Nesta busca eles passam por quatro planetas, escapam de cães raivosos, fungos assassinos e de vírus mortais, além da cobiça de habitantes de planetas menos desenvolvidos da nave dos viajantes que é do tipo gravitacional que não utiliza combustível para viajar. Trevise tem aventuras sexuais e encaram sociedades diversas com costumes e intenções bem distintas.
Toda esta busca visa encontrar informações sobre a localização da Terra, que parecem ter sido apagadas por alguma força oculta que Trevise acredita ter alguma coisa muito importante para esconder no planeta. Perto do fim da jornada, eles visitam a estrela Alfa Centauro e o planeta que abriga uma colônia humana e de lá partem para o desfecho que guarda alguma surpresa mas tem estrutura bem semelhante ao de ‘Limites da Fundação’.
O livro é um deleite aos fãs da trilogia original, apesar de não ser tão empolgante quando os originais, o enredo agrada os fãs do gênero, mas deve entediar leitores que preferem outro tipo de literatura.
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