Resenhas - Tigres em Dia Vermelho

Universo de utopia 10/04/2017

Três em dia Vermelho, Universo de utopia
Ainda em estado de choque com esse primeiro romance da jornalista norte-americana Liza Klaussmann que mostra de forma surpreendente que nasceu para fazer o que faz tão bem: escrever!

Sabe quando você não sabe definir se o livro foi bom ou ruim? Até então nunca tinha passado por isso, mas essa leitura se mostrou tão emocionante que está difícil absorver os acontecimentos e digerir suas consequências.

A obra se passa no período Pós Segunda Guerra Mundial, basicamente situada entre 1945 a 1970, contando a história de duas primas: Helena e Nick, completamente diferentes, mas inseparáveis. Cada uma trazia consigo diversas expectativas e sonhos sobre o futuro, regados a banho de mar e muito álcool na imponente casa Tiger House. Porém a realidade se mostra bem mais diferente depois de seus casamentos...

Nick sofre com uma vida monótona e sem graça, repleta pela ausência de seu marido Hughes, enquanto Helena tem que lidar com os vícios aos medicamentos, a fissura de seu marido pelas sombras de seu passado e uma vida de anulação.

Depois de doze anos da separação, elas se reencontram e passam a morar na velha e poderosa casa da ilha, e a relação das duas não vai nada bem. Para piorar as coisas, seus filhos Ed (Helena) e Daisy (Nick), descobrem um assassinato que aparentemente não tem nada a ver com a família, mas que possui uma trama que vem premiada de muita violência, mistério e traição.

Narrado sob cinco perspectivas dos personagens principais ? Nick, Helena, Hughes, Ed e Daisy ? o leitor passa a conhecer os fatos a partir da percepção e o modo de ver de cada um deles. Estes são reais, antagônicos e sem clichês, mas dentre todos, a mais fascinante é Nick, mulher elegante e forte, que não desce do salto nem mesmo nas situações mais difíceis.

Repleto de experiências complexas, cotidianas e constantes, escondidas sob a tensão dissimulada da fachada e polidez de uma família repleta de desastres particulares.

Para essa leitura é necessário muita sensibilidade e compreensão das diversas nuances da realidade, pois é de uma maturidade que ultrapassa barreiras. A narrativa está longe de ter um final feliz e soa de forma bastante natural com os enlaces e desprazeres que a vida proporciona.

Sil 13/01/2017

Não deu.
Gostei demais da proposta do livro e estava empolgada demais com a leitura. Infelizmente o livro é arrastado e o final não conseguiu salvar. Pena, queria mesmo ter gostado.

Realtche 27/09/2016

Feroz como um Tigre
Livros de fácil leitura, mas com uma ótima narrativa e as ideias bem concatenadas. Apesar de demorar um pouco para enter o que a autoria queria transmitir com o livro soube me segurar até o final sendo simples como a vida é.
Mostrando que o final feliz é não ter final e nem desfecho.

Leila Ohana 25/07/2016

A grama do vizinho é realmente sempre mais verde?
Um livro intrigante, fascinante, bem difícil de largar.. assim foi minha experiência com "Tigres em Dia Vermelho". Eu não havia lido a sinopse, então embarquei na estória sem muitas expectativas, mas Liza Klaussmann foi me conquistando de tal forma que eu queria saber logo o que aconteceria com esses personagens, saber o que realmente tinha acontecido e desvendar o suspense do livro.
O enredo basicamente foca em um família entre os anos de 1945 e 1969, dando um panorama dos acontecimentos sob os pontos de vistas dos principais personagens. Porém, a autora passa para o leitor aspectos desses personagens tão únicos, tão factíveis, que fica difícil definir quem é bonzinho ou quem é vilão. São personagens humanos que te fazem pensar sobre nossas próprias escolhas e como, mesmo uma família aparentemente bem estruturada, pode ter seus segredos, intrigas e dissabores.
Eu realmente gostei do livro e acho que vale a pena dar uma chance à leitura. Claro que cada um terá uma experiência de leitura, mas Tigres em Dia Vermelho te prende de uma forma prazerosa.

Sueli 14/07/2016

Tigres em Dia de Vermelho
Um romance intenso, vigoroso, onde os cinco protagonista se revesam para descortinar cada etapa dos acontecimentos que culminaram em um final desconcertante e muito factível. Adorei, principalmente, pela escrita despudorada e verdadeira das mazelas humanas.
Comprei pela capa belíssima e me apaixonei pelo conteúdo.

Makan 29/02/2016

Fui arrebatado pela capa...mas...
Durante o término da 2ª Guerra Mundial as primas Nick e Helena deixam para trás seu período de juventude e sonhos, vividos na Tiger House, propriedade da família localizada na ilha Martha's Vineyard, costa leste do EUA. Nick irá se casar com Hughes , um jovem oficial, veterano da guerra e Helena irá para a Califórnia se casar com um obscuro produtor de cinema. A partir daí a narrativa se divide na perspectiva de cinco personagens, Nick, Helena, Hughes, Daisy (filha de Nick) e Ed (filho de Helena), com avanços e retornos cronológicos de meses e de anos, assim, um mesmo acontecimento pode ser abordado diversas vezes.
Pela opção narrativa da autora, cada capítulo torna-se oportunidade para conhecermos os pensamentos, anseios e frustrações dos personagens principais: Nick uma mulher charmosa, egoísta e resignada, que soterrou a decepção pela sua vida ordinária, sob a fachada de uma família perfeita e bem relacionada; Helena sempre ofuscada pelo brilho da prima, esconde um sentimento de inveja que a consome e alimentará um rancor durante toda sua existência; Hughes nada mais que uma imagem pálida em razão das escolhas feitas na guerra; Daisy uma garota simultaneamente insegura e obstinada, a qual nutre pela mãe um sentimento ambivalente de admiração e ciúme, por fim Ed, cuja personalidade sibila entre a introversão excêntrica e a sociopatia.
Da reunião de tantas personalidades peculiares surgem dramas cotidianos, trivialidades, resignações, arrependimentos reprimidos por décadas e até mesmo um assassinato nas redondezas que servirá de catalizador para as sombras escondidas pela família. Pode parecer ao leitor que a miscelânea poderia resultar em uma trama intricada e densa, mas não, tive a sensação que careceu de “liga”, chegando a se arrastar em alguns momentos. Contribuíram para a falta de intensidade da obra, os personagens insípidos, exceto Helena, cujo capítulo próprio revelou uma mulher amargurada, complexa e real.
Tigres em Dia Vermelho foi um livro que me conquistou pela capa, cujo interior não estava a altura da mesma, porém sem ser decepcionante. Se foi médio em sua história do início ao final previsível, nos presenteou com a seguinte inferição; nossas vidas dificilmente são moldadas por situações extraordinárias, pois são os pequenos eventos que no fim marcarão de forma indelével nossa trajetória.

Luciana 08/05/2015

Faltou algo
O livro é bastante interessante, com personagens bem autênticos e palpáveis. Mostra que as complicadas relações familiares de amor e ódio, da não perfeição humana, dos pontos de vistas diferentes. Essa estrutura da narrativa foi o a minha preferida, a história é contada por 5 pontos de vistas diferentes de 5 personagens (Nick, Daisy, Helena, Hughes e Ed), entre 1944 até 1969. Vemos as primas Nick e Helena jovens, casarem, terem filhos, e envelhecerem.
Eu gostei do livro, mas quero justificar porque avaliei com 3 estrelas. Senti que faltou algo. A narrativa não cronologicamente linear por um lado deixa a história mais leve, entretanto, por outro, deixa algumas lacunas que me parecem importantes. E eu sei que em famílias muitas coisas não são ditas, fica implícito, mas em um livro eu gostaria de maiores esclarecimentos. Em alguns momentos os personagens se olham, um quer dizer e o outro diz que não é necessário, pois ele já sabe. No entanto, a autora poderia explicar para nós leitores o que o personagem sentiu, pois fica muito vago o que ele sabe. E imaginei que a descoberta "horrível" dos primos Daisy e Ed, era um segredo de família, mas não é. É algo sobre outras pessoas que traz a tona o quê exatamente? Aliás, eu não acho que foi uma descoberta, pois Ed sabia o que teria lá.
Tive a impressão que a autora nos capítulos do Ed simplesmente queria terminar a história e deu um destino razoável aos personagens.
Enfim, para um romance de estreia é muito bom, entretanto ainda senti falta de algo.

Higor 24/03/2015

Falsas felicidades; vidas frustradas
“Tigres em Dia Vermelho” é o tipo de livro pouco vendido que você quer que todo mundo conheça imediatamente, e fica se perguntando por que diabos não é um sucesso, quando livros muito aquém são verdadeiros best-sellers. É aí que a gente sabe que não é só porque está na lista dos mais vendidos que são exatamente os melhores.

O livro é diferente do que eu esperava, e até do que a sinopse, que aparenta entregar tudo, e entrega, mas ao mesmo tempo não entrega nada, pois a autora escreve muito profundamente. Para começar, a capa: que capa linda! Sério, aparentam, num primeiro momento, personagens ricos, mas vazios. Conforme a leitura vai fluindo, a gente vê que a capa é perfeita, mas com uma interpretação um pouco errada. O que eles têm de sobra é conteúdo, profundidade!

A 2º Guerra Mundial acabou recentemente, e as primas Nick e Helena estão cheias de expectativas quanto ao futuro, onde se casarão e viverão felizes, não necessariamente para sempre, mas com riquezas e glamour. Não é isso o que acontece. Elas se separam drasticamente, e apenas 12 anos depois que se reencontram, e a relação delas não vai nada bem. Para piorar, os filhos, Ed (de Helena) e Daisy (de Nick), encontram um corpo, que aparentemente não envolve a família, mas está mais ligada que nunca.

Eu não vou conseguir escrever uma resenha a altura, mas devo dizer que o livro é denso, a história aparenta não levar a lugar nenhum, mas a escrita de Liza é tão boa, que você quer ler apenas para apreciar a leitura, mas acaba percebendo que, sim, estamos indo para algo inimaginável. Pode ser uma leitura difícil pelo fato de os capítulos serem organizados por datas, e elas são misturadas. Alguns capítulos são em 1945, e outros pulam pra 1969 pra então voltar a 53, então devemos ter atenção.

Os personagens são maravilhosos. Humanos, bons, maus, ignorantes, inseguros. O livro é como um tapa na cara, de tão reais que são, egoístas a ponto de nos colocarmos no lugar. O cenário, quase sempre ambientado na Tiger House, é limpo, nítido, de fácil visualização.

Por fim, a narrativa é intercalada entre cinco personagens: Nick, Helena, Hughes, Ed e Daisy, e o mais legal é que algumas cenas serão repetidas em todas as narrativas, mas tão bem construídas, que não nos incomodaremos, pois veremos sob os olhos perversos de cada um deles. E que FINAL FOI AQUELE? Vago, mas ao mesmo tempo perfeito.

“Tigres em Dia Vermelho” é um livro sensacional! O melhor ainda é que foi apenas o livro de estreia da autora, e ela já mostrou todo o seu poder. Ansioso para outros livros dela. Sem dúvidas um dos melhores livros do ano.

Fernanda Turino 25/09/2014

As primas Helena e Nick têm personalidades muito distintas, enquanto Nick é forte, bonita, decidida e chama a atenção de todos para si, Helena é muito mais passiva e vive à sombra da prima. Mas mesmo com tantas diferenças, as duas são grandes amigas e confidentes. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, elas acham que vão seguir a vida da maneira como planejaram: felizes no casamento.
Porém, a realidade que o futuro preparou para as duas é bem diferente. Com uma vida nada estimulante, Nick e Helena enfrentam casamentos praticamente fracassados e um tanto quanto longe da felicidade. Mas os casamentos também trouxeram filhos: Daisy e Ed.
Daisy, a filha de Nick é uma menina um pouco forçada e que quer ser logo adulta, já Ed é um menino estranho e um tanto quanto assustador.
A amizade dos primos é esquisita, principalmente por parte do menino que se comporta de maneira quase obsessiva com relação a Daisy. Juntos, os dois fazem uma descoberta sinistra: um assassinato na bucólica cidade onde costumavam passar o verão. A partir desse acontecimento, a história vai se desenrolando e expondo os personagens de maneira intensa e profunda.
Cada capítulo do livro mostra o ponto de vista de um dos personagens (Nick, Helena, Daisy e Ed) em diferentes épocas. Assim vamos descobrindo detalhes importantes da trama para compreendermos cada um deles e o que o assassinato têm a ver com esss família.
Tigres em dia vermelho é o livro de estreia de Lisa Klaussmann e posso dizer que ela deu conta do recado muito bem. Com uma linguagem lenta, mas dinâmica, a autora nos apresenta personagens muito bem construídos. Ninguém é completamente vilão ou mocinho na história. A maneira como o livro foi dividido, mostrando diferentes pontos de vista faz com que a gente mude nossa forma de encarar a trama e cada um dos personagens, o que, a meu ver, é um grande mérito.

site: http://cultsemserpedante.wordpress.com/

Fabricio~Raito 09/04/2014

Desprazer da realidade
Tigres Em Dia Vermelho é um livro bem peculiar, diferente de muita coisa que já li. É o romance de estréia de Liza Klaussmann e traz um enredo voltado ao drama de duas primas e a perspectiva de suas vidas, com o passar dos anos.
O livro é narrado por cinco visões diferentes, de cinco personagens muito importantes na história. Nick e Helena são primas que cresceram apegadas uma à outra, e compartilharam várias histórias e sonhos juntas. As coisas começam a mudar quando se apaixonam e se mudam para morar com seus amores. Desta forma, uma enxurrada de situações e emoções são colocadas para o leitor, paixão, violência e assassinato, angústias e traições, a frieza da realidade, diferente de tudo aquilo que imaginaram para as duas.
A narrativa de Liza é muito interessante. O livro é dividido em "perspectivas", e dentro de cada perspectiva, existem capítulos, separados pelo tempo. A história narra o passado em um capítulo, no próximo traz o presente, volta ao passado novamente. E tudo é muito fluido, muito natural e torna a leitura interessante. O leitor pode sentir uma certa necessidade de uma linha de raciocínio mais definida, não se sentir tão solto na história. Parece, em diversas vezes, não haver um direcionamento da trama e os detalhes das emoções e comportamentos dos personagens pode vir a ser um motivo para um leve "marasmo".
A edição da Intrinseca, mais uma vez e como sempre falo (é minha editora favorita) é muito boa. Ótima diagramação, gramatura, inclusive da capa. É um livro diferente, que exige uma sensibilidade maior do leitor, para que possa compreender os enlaces e desprazeres que a realidade da vida proporciona.

WBN 05/03/2014

A vida de duas primas norte-americanas e sua família cheia de mistérios
'' As casas são assombradas
Por camisolas brancas.
Nenhuma é verde,
Nem roxa com bainha verde,
Nem verde com bainha amarela,
Ou amarela com bainha azul,
Nenhuma delas é estranha...
Ninguém vai sonhar
Com caramujos e orangotangos.
Só um ou outro marinheiro velho,
Bêbado dorme de botas,
E pega Tigres
Em dia vermelho


Desencanto das dez horas,
Wallace Stevens
Tradução:Paulo Henriques Britto ''

O primeiro romance da jornalista norte-americana Liza Klaussmann, ''Tigres em Dia Vermelho'' (Editora Intrínseca), conta a envolvente história das primas Helena e Nick. Elas foram criadas em uma charmosa casa de praia na ilha de Martha's Vineyard e, paralelamente ao fim da Segunda Guerra Mundial, elas iniciam os preparativos para adentrar o mundo adulto e se casarem. Se separando uma da outra pela primeira vez. Helena irá se mudar para Hollywood, onde seu noivo a espera, enquanto Nick embarca para Flórida onde se juntará ao marido, Hughes, um jovem oficial que estava servindo as forças armadas em Londres. ♥

Para as duas, que cresceram passando os verões na Tiger House, aproveitando os dias quentes e as noites regadas a bebidas e banhos de mar, o mundo parece cheio de possibilidades. Contudo, Nick e Helena percebem que a realidade não corresponde ao que sonhavam, e, com o passar dos anos, as viagens para Tiger House assumem uma nova obscuridade. Pois à beira da década de 60, a filha de Nick, Daisy, e o filho de Helena, Ed, fazem uma descoberta sinistra, que rouba a aura de felicidade da ilha e lança os corações da família às sombras.

O livro se desdobra em camadas, pois é narrado a partir de cinco perspectivas ~ quem nos conta a história são as duas primas, Helena e Nick, seus filhos, Ed e Daisy, e ainda o marido de Nick, Hughes. Essa opção interessante de narrativa que a autora escolheu dá a nós leitores diversos panoramas das situações decorrentes durante a leitura. Já que, como leitor, você acaba entrando na mente de cada personagem e obtêm distintas opiniões sobre o que eles pensam um do outro.

Desconstruindo os personagens

Nick nos é apresentada como uma mulher forte que ama seu marido e que, em um primeiro momento, nem queria ter filhos, mas que se propõe a ser mãe quando descobre que talvez seu casamento não seja lá essas perfeições todas e mesmo com a maturidade, ela não deixa de arrancar suspiros onde quer que vá.


Hughes, marido de Nick, esconde alguns segredos, mas quando chega a hora de contar a sua versão dos fatos até que dá um caldo de galã e garanhão da parada, além disso, é um pai muito carinhoso e um tio tremendamente preocupado com o sobrinho.

Daisy, filha de Nick e Hughes, é a mocinha determinada da história que tudo que queria era a atenção de Tyler, o moço paquerador da ilha que vive de olho na mãe dela.

Helena, é a prima que vai te deixar querendo esmurrar a parede muitas vezes, pois os acontecimentos na vida matrimonial dela não são nada perfeitos, mas pior que isso é que ela encara o fato como uma tramóia da prima ''para controlar a vida dela'' e não se dá conta das loucuras e devaneios do marido. Sem contar que há algo de muito errado em Ed, seu filho, e ela vê a estranheza do garoto como uma ''força que ela não teve para lidar com o mundo''.


Ed, é realmente o mistério da história ~não é atoa que sua narração é a última~, desde que ele e Daisy fazem a descoberta de algo horrendo na ilha, tudo muda e você começa a reparar que ele tem um Q de '' Dexter Morgan'', mas calma que nada se revela tão simples assim. Algo que você só consegue saber de Ed é que ele tem um carinho muito especial por sua prima e que seria capaz de ir além do que se imagina para que as pessoas ao redor não a machuquem.

Bem, particularmente, achei um livro muuuuuuuuuuuito visual. Certeza que se fizerem filme vai ser daquele de ir para premiações e tal. O universo de épóca que ele revela e constrói é muito bem detalhado pela escritora e nos deixa querendo mais a cada página virada. O enredo de tão atraente te deixa em choque com os acontecimentos e os personagens são muito bem arquitetados e , inclusive, o playlist de leitura dessa vez foi totalmente inspirado nas músicas que foram citadas no livro! Pois a ''NICK" é uma amante do bom e velho JAZZ!!! Dá play ai!

Ficha Técnica
Tigres em Dia Vermelho
( Liza Klaussmann)
(Intrínseca, 2013, 1 Edição)

Por fim, é bom dizer que Tigres em dia vermelho é uma estreia e tanto, pois é um romance permeado de mistério, traição, paixão e violência, tudo isso escondido sob a fachada de polidez e riqueza dessa família nada comum.
Com efeito, é um suspense familiar que vai te deixar de boca aberta em seu surpreendente e emocionante desfecho. Não é uma leitura que abrange o universo teen, mas sua complexidade é de uma maturidade excelente para ultrapassar barreiras. (Vou esperar pelo próximo livro de Liza na certa)

Vocês podem conferir o primeiro capítulo aqui!(visite o blog)

O livro está nas livrarias de todo o Brasil!


See Ya

B.

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; )

site: http://www.wannabenerd.net/2013/09/tigres-em-dia-vermelho-liza-klaussmann.html#.Uxdv1vldUZM

Livretando 31/01/2014

Resenha: Tigres em dia vermelho
“Porque tudo passa. Qualquer um que tenha vivido nem que seja só um pouquinho sabe disso. As coisas simplesmente...vão embora.” Página 248

Tigres em Dia Vermelho é o primeiro romance da jornalista Liza Klaussmann, e conta história das inseparáveis primas, Nick e Helena que viviam na casa de praia do seu avô em Tiger House que foi herdada pela mãe de Nick e posteriormente pela própria personagem.

A historia se inicia com o fim da Segunda Guerra Mundial quando o marido de Nick, Hughs, vai retornar do seu serviço na Marinha e Helena que perdeu o seu marido no inicio da guerra decide-se casar novamente e assim as duas primas se separam. Helena irá morar com seu marido em Hollywood e Nick irá viver na Flórida. As duas esperavam iniciar um futuro cheio de glamour, principalmente pela referência que tinham da vida em Tiger House, porém aqui se iniciam os dias escuros da vida das duas personagens e daqueles as cercam.

A vida de Nick não é nada do que ela esperava, ela buscava aventuras e se viu tornando em uma dona de casa entediada pela rotina. Já Helena se casou com um homem interesseiro e fascinado por uma mulher morta. As primas se encontram esporadicamente, mas a cada encontro parece que a amizade entre elas se esfriam mais ainda e tudo piora após os seus filhos Dayse, filha de Nick, e Ed, filho de Helena, encontrarem o corpo de uma moça que foi assassinada. Este crime misterioso abala de vez a relação entre as duas e a estrutura de toda a família.

Tigres em Dia Vermelho se passa sob o ponto de vista em anos diferentes de cinco personagens: Nick, Dayse, Helena, Hughs e Ed e por isso você conhece o intimo de cada um e entende os sentimentos que cada personagem nutre pelos os outros. Um dos olhares que mais gostei de ter foi de Helena em relação a Nick e o de Hughs em relação a Ed, pois ao olhá-los sob o olhar de outros personagens você fica em duvida com relação às atitudes que eles têm, mas ao entrar na cabeça deles você consegue compreender facilmente.

Os personagens são realmente humanos, tendo seu lado de bondade e também de maldade, o que te faz amá-los e odiá-los ao mesmo tempo. Eu sinceramente consegui amar muito Nick, mas ao vê-la sob o olhar de Dayse e Helena consegui sentir ódio da personagem.

Klaussmann soube fugir da forma comum de tratar sobre dramas familiares de uma forma belíssima, mostrando como cada um de nós podemos ter diferentes perspectivas sobre os diversos fatos que nos ocorrem. Tigres em Dia Vermelho é um livro triste e por isso mesmo torna-se muito real, mostrando que o feliz para sempre é algo que vamos construindo diariamente através da sinceridade dos nossos relacionamentos.

site: http://livretando.blogspot.com.br/2013/10/tigres-em-dia-vermelho-liza-klaussmann.html

bbarbarahh 01/10/2013

Enredo impressionante e narrativa de bom gosto : Tigre em Dia Vermelho de Liza Klaussmann
O primeiro romance da jornalista norte-americana Liza Klaussmann, ''Tigres em Dia Vermelho'' (Editora Intrínseca), conta a envolvente história das primas Helena e Nick. Elas foram criadas em uma charmosa casa de praia na ilha de Martha's Vineyard e, paralelamente ao fim da Segunda Guerra Mundial, elas iniciam os preparativos para adentrar o mundo adulto e se casarem. Se separando uma da outra pela primeira vez. Helena irá se mudar para Hollywood, onde seu noivo a espera, enquanto Nick embarca para Flórida onde se juntará ao marido, Hughes, um jovem oficial que estava servindo as forças armadas em Londres. ♥

Para as duas, que cresceram passando os verões na Tiger House, aproveitando os dias quentes e as noites regadas a bebidas e banhos de mar, o mundo parece cheio de possibilidades. Contudo, Nick e Helena percebem que a realidade não corresponde ao que sonhavam, e, com o passar dos anos, as viagens para Tiger House assumem uma nova obscuridade. Pois à beira da década de 60, a filha de Nick, Daisy, e o filho de Helena, Ed, fazem uma descoberta sinistra, que rouba a aura de felicidade da ilha e lança os corações da família às sombras.

O livro se desdobra em camadas, pois é narrado a partir de cinco perspectivas ~ quem nos conta a história são as duas primas, Helena e Nick, seus filhos, Ed e Daisy, e ainda o marido de Nick, Hughes. Essa opção interessante de narrativa que a autora escolheu dá a nós leitores diversos panoramas das situações decorrentes durante a leitura. Já que, como leitor, você acaba entrando na mente de cada personagem e obtêm distintas opiniões sobre o que eles pensam um do outro.

Desconstruindo os personagens

Nick nos é apresentada como uma mulher forte que ama seu marido e que, em um primeiro momento, nem queria ter filhos, mas que se propõe a ser mãe quando descobre que talvez seu casamento não seja lá essas perfeições todas e mesmo com a maturidade, ela não deixa de arrancar suspiros onde quer que vá.


Hughes, marido de Nick, esconde alguns segredos, mas quando chega a hora de contar a sua versão dos fatos até que dá um caldo de galã e garanhão da parada, além disso, é um pai muito carinhoso e um tio tremendamente preocupado com o sobrinho.

Daisy, filha de Nick e Hughes, é a mocinha determinada da história que tudo que queria era a atenção de Tyler, o moço paquerador da ilha que vive de olho na mãe dela.

Helena, é a prima que vai te deixar querendo esmurrar a parede muitas vezes, pois os acontecimentos na vida matrimonial dela não são nada perfeitos, mas pior que isso é que ela encara o fato como uma tramóia da prima ''para controlar a vida dela'' e não se dá conta das loucuras e devaneios do marido. Sem contar que há algo de muito errado em Ed, seu filho, e ela vê a estranheza do garoto como uma ''força que ela não teve para lidar com o mundo''.


Ed, é realmente o mistério da história ~não é atoa que sua narração é a última~, desde que ele e Daisy fazem a descoberta de algo horrendo na ilha, tudo muda e você começa a reparar que ele tem um Q de '' Dexter Morgan'', mas calma que nada se revela tão simples assim. Algo que você só consegue saber de Ed é que ele tem um carinho muito especial por sua prima e que seria capaz de ir além do que se imagina para que as pessoas ao redor não a machuquem.

Bem, particularmente, achei um livro muuuuuuuuuuuito visual. Certeza que se fizerem filme vai ser daquele de ir para premiações e tal. O universo de épóca que ele revela e constrói é muito bem detalhado pela escritora e nos deixa querendo mais a cada página virada. O enredo de tão atraente te deixa em choque com os acontecimentos e os personagens são muito bem arquitetados e , inclusive, o playlist de leitura dessa vez foi totalmente inspirado nas músicas que foram citadas no livro! Pois a ''NICK" é uma amante do bom e velho JAZZ!!! Dá play ai!

Ficha Técnica
Tigres em Dia Vermelho
( Liza Klaussmann)
(Intrínseca, 2013, 1 Edição)

Por fim, é bom dizer que Tigres em dia vermelho é uma estreia e tanto, pois é um romance permeado de mistério, traição, paixão e violência, tudo isso escondido sob a fachada de polidez e riqueza dessa família nada comum.
Com efeito, é um suspense familiar que vai te deixar de boca aberta em seu surpreendente e emocionante desfecho. Não é uma leitura que abrange o universo teen, mas sua complexidade é de uma maturidade excelente para ultrapassar barreiras. (Vou esperar pelo próximo livro de Liza na certa)


site: http://www.wannabenerd.net/2013/09/tigres-em-dia-vermelho-liza-klaussmann.html

Bia Pimenta 27/09/2013

Resenha #15: Tigres Em Dia Vermelho
Elas eram inseparáveis, lindas, traiçoeiras, felizes, tinham um bom casamento e pretendiam ser as esposas perfeitas. Foi com o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o marido de Nick voltou pra casa, e Elena ficou viúva, que as coisas começaram a mudar e a realidade caiu sob seus pés.

Nick e Elena sempre foram muito ligadas e cultivam uma amizade muito forte. São primas. No entanto, com personalidades fortíssimas e melindres que beiram a falsidade, a relação das duas e de suas famílias é uma montanha russa de emoções.

Nick se casou com Hughes, um oficial reformado da marinha dos Estados Unidos que lutou a Segunda Guerra Mundial. Ela herdou de seus pais a belíssima casa de praia Tiger House, cenário da infância e adolescência dela e de sua prima, Elena.

Já Elena perdeu o seu jovem marido para a Guerra, e casou-se novamente, mas, desta vez, com um excêntrico vendedor de seguros de Hollywood, obcecado por uma atriz que fora assassinada tempos antes.

Aos poucos, ambas percebem que a vida não é aquele sonho que sempre quiseram viver. Nick, uma mulher de espírito livre, sofre com uma vida estática, sem graça, procurando resolver as suas frustrações nos braços de outros homens, enquanto seu ausente marido prefere fingir que não vê.

“Foi tudo que ela conseguiu dizer omitindo o que realmente se passava em seu coração. Algo em relação a fugir, algo a ver com aquele chalé horroroso, um rádio quebrado e a mão de Hughes em suas costas.” Pág 36

Elena tenta lidar com a obsessão de seu marido, enquanto ele lhe conduz a um vício sem volta: remédios tarja preta, que eram a última sensação do momento entre as atrizes, misturados com bebida alcoólica.

Foi nas férias de 1959 que Ed e Daisy, filhos de Elena e Nick – respectivamente, encontraram um corpo de uma empregada assassinada em um matagal nas redondezas da Tiger House. Esse acontecimento não somente dá o tom da obra, mas também desmascara um a um dos personagens maravilhosamente bem construídos pela autora.

O livro que, no início, parece uma novela com intrigas e decepções, se desenvolve de forma surpreendente tornando-se um thriller maravilhoso. Com uma pitada de psicopatia, assassinatos e segredos, a obra situada entre 1945 a 1970, é conduzida com maestria pela autora que assina este como sua estreia no mundo literário. Contado sob a perspectiva de cada um dos cinco personagens, o livro é leve, irônico e muito cativante.

Com riqueza de detalhes a autora nos transporta para dentro da Tiger House. Nos faz viajar àquela época glamorosa de jantares, martinis, vestidos, falsidades e traições… Sentimos vontade de dar uns tapas em Elena; raiva e amor por Nick; ódio e medo de Ed; carinho por Daisy, trapaceada por tantos, inclusive pela própria mãe; e desprezo por Hughes.

Há quem diga que o final foi uma surpresa, mas, pra mim, não se poderia esperar nada de diferente, principalmente, quando se trata de Nick! Vale a pena conferir.

Não deixem de ler!! Eu adorei!



site: www.livroscompimenta.com.br

Ananda Sampaio 03/08/2013

Uma narrativa genial
O romance de estréia de Liza Klaussmann demonstra o poder de inovação na maneira de narrar um história. Intricada, sensível e inteligente toca em pontos interessantes da natureza e comportamento humano. Surpreendente, a escritora consegue prender o leitor e não pelo uso de fórmula cansada, mas porque constrói personagens convincentes, reais e antagonicos. Não sabemos ao final do livro quem é vilão e quem é vítima. A vida parece uma cadeia de ações e reações todos nós atingimos, nós machucamos mutuamente.Mesmo sem querer. Essa autora promete.