SakuraUchiha 18/01/2015
Uma leitura interessante, rápida também, mas não agradável.
Este é um dos livros que estava em promoção no submarino e mesmo sendo economia, fora da minha área, eu achei interessante a sinopse (lembrando que meu primeiro curso seria Direito).
O modo de operação do império americano sempre foi muito mais sutil do que a dos outros antecessores imperiais, como a Grã-Bretanha e em Roma. Eles não enviam exércitos ou bombardeiam como o Iraque. Tudo o que realmente querem é controlar as economias de outros países e obter o que querem a partir deles, em especial do petróleo.
John Perkins mostra exatamente como isso funciona, o jeito diabolicamente brilhante que eles encaçapam líderes estrangeiros crédulos a tomar empréstimos enormes que nunca vão ser capazes de pagar – isto é o que Perkins fez. Ele fez parte desse trabalho.
Perkins descreve casos específicos em que ele esteve envolvido, incluindo Indonésia, Panamá e Colômbia. Ele também se concentra fortemente no Oriente Médio e diversas manobras lá. O petróleo é vital para os países de primeiro mundo, de modo que era uma área que recebe foco pesado.
Então, eles os tem exatamente onde os querem, e através de procuradores ditam condições de reembolso que praticamente os permitem executar as suas economias a proveito próprio. Não tem massacre, nem armas secretas, nem nada. Perkins só mostra, passo a passo, como a América consegue esse feito através de meios muito menos extravagantes.
Acho que a coisa mais importante que eu senti ao ler foi desgosto. É incrível como os Estados Unidos tem trabalhado tão duro para destruir outras nações para que eles pudessem chegar à frente.
O livro foi uma história “verdadeira” sobre um homem que foi contratado por uma empresa de consultoria para, basicamente, cozinhar os números para os sistemas e contar aos países por meio de empréstimos de dinheiro agora para fazer coisas, que mais tarde, eles estariam em melhor situação. Mas, é claro que não estariam. Por um lado, o fato de que eles acreditavam não era bom, mas o livro conseguiu provar que, se você não fizesse como solicitado, você estava morto. Então é, jogar com a gente ou morrer. Parecia que o mundo inteiro estava envolvido, mas o âmbito disso, parecia difícil de determinar, além de que o autor foi um completo idiota.
Isso é só o começo. Aqui está um cara que passa a maior parte do livro falando sobre como ele adorava conhecer as culturas de todos estes países, mas pondo em prática todas as maneiras que eles foram destruídos, economicamente. E então do nada ele fica “Eu me sinto tão culpado”, como ele caminha para o banco ganhando milhões e escrevendo tudo. Isso, isso é o que te deixa pasma com o livro. Como se espera que você confie em alguém que é claramente sem escrúpulos? Parece mais uma ficção do que uma não-ficção. Mas não é apenas a análise, é a própria história de Perkins, escrito na primeira pessoa, de como ele chegou a ver como isso tudo foi desmoronando e, finalmente, saiu do jogo.
Uma leitura interessante, rápida também, mas não agradável.