O filho eterno

O filho eterno Cristovão Tezza




Resenhas - O Filho Eterno


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debinha 21/07/2023

Cru e direto
Biografia inicialmente pesada de realidade que achei genuína e relevante, não acho que teria outra forma de retratar os sentimentos pessoais do autor.
de acordo com o desenvolvimento do livro, a maturidade do Tezza me surpreendeu e achei tudo muito necessário, exceto pelos throwbacks da vida dele que chegavam do nada no meio de algum parágrafo e bagunçavam meu foco.
mesmo assim, maravilha.
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Greice21 30/06/2023

Filhos, são eternos...
Neste romance, premiado 8 vezes, Cristovao Tezza -natural de Lages/SC- relata de forma crua e sentimentalista a experiência da chegada de seu primeiro filho, Felipe. Como pais de primeira viagem, o casal constrói sonhos e perspectivas a longo prazo para seu bebe. A porta da sala de parto, Tezza vagueia entre visões e planos, envolvendo ele e seu filho(a). Quando a notícia chega, Tezza vê o chão se abrir a seus pés. O menino, ao qual deram-lhe o nome de Felipe, é diagnosticado já na maternidade pelos médicos com síndrome de Down. Mergulhando em um looping de loucura e negação, Tezza nos revela seus mais sórdidos pensamentos, envolvendo os primeiros momentos após o nascimento do filho. No transcorrer do livro, ele aprendera, enquanto aprende com seu filho, embora a vergonha se mostre escancarada em seu semblante, e nas linhas ali postas.
Eu escolhi esse livro como leitura, justamente por ser um tema bem agravante. O livro parece ser um baque, mas é um espelho de muitas vivencias. Trabalho com educação especial, e sei da realidade de muitas famílias, ouvindo seus relatos, de como é ter um filho dito ?especial?. A fase de planejamento, de criar expectativas para um ser que ainda não veio ao mundo. Construir um projeto, em que o filho(a) intitulado perfeito, fara dos seus dias, cada um, uma experiência diferente, preenchendo um espaço enorme no seio da família. E qual o modo/forma, sentimento, quando os seus sonhos são descontruídos, quando precocemente ou tardiamente em algumas vezes, a família é ?surpreendida? com um diagnóstico. Apesar de todo o planejamento, haverá a reconstrução, um novo aprendizado, mediante as limitações, os avanços diários, por menores que sejam. Uma nova forma de amor, de cuidado.
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Intermitencias 20/06/2023

Cristóvão Tezza recebeu os principais prêmios literários com O Filho Eterno, publicado originalmente em 2007 e agora relançado

Não é de se estranhar....necessário uma coragem sobrecomum para escancarar, sem permeios, o lado imaturo e preconceituoso de um homem diante do nascimento de seu filho, portador da síndrome de Down, em uma época em que essa denominação nem sequer era utilizada....À época em que a trissomia do cromossomo 21 era denominada mongolismo...."Nada do que não foi poderia ter sido"...

Em uma escrita permeada de fluxos de consciência e sucessivas mesclas de tempos diversos, envolvendo o periodo ditadorial e a pós ditadura no Brasil, com direito a críticas aos dois momentos....a autor, em uma obra de conotação autobiográfica, se expõe emocionalmente de forma nua e crua....casado, mas sem qualquer responsabilidade profissional e financeira, com todas as cargas lançadas às costas da esposa, a obra escancara sua vida imatura e fracassada..suas obras escritas e não publicadas, diante das negativas das editoras...e em paralelo, os sentimentos velados e abomináveis em relação ao seu filho "imperfeito", até o desejo de sua morte..Cristóvão Tezza traz um narrador personagem que não possui nome, é tão somente pai de Felipe, que
se depara com um filho portador de deficiência e escancara a vergonha e o preconceito, o despreparo e imaturidade de alguém que se deixou levar pela vida, sem responsabilidades e com justificativas vazias e, que aos poucos, diante das responsabilidades da paternidade e dos ensinamentos de uma criança que vive restrita ao seu mundo, passa a compreender o que esse amor é capaz..

Impossível a leitura não se iniciar com uma repulsa e um ódio desse narrador....mas como julgar o despreparo e os sentimentos contraditórios que a paternidade nos incute...nosso narrador busca sentido em sua vida e nessa relação de pai tão bruscamente apresentada....E Felipe, este filho eterno, não poderia lhe conduzir da melhor forma...

É um relato inesquecível de amor entre pai e filho adquirido a cada convivência, a cada crescimento, a cada dificuldade e barreira... é uma obra a ser lida e relida
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Lucikelly.Oliveira 14/06/2023

Não gostei!!
A história fica parecendo que o autor estava escrevendo uma autobiografia quando se deu conta que tem um filho com síndrome de down e resolveu incluí-lo na história mas fez de forma terrível.
Ele passa o livro todo se comportando como se o filho com down tivesse acabado com a vida dele, e repetindo o quanto o filho é um peso, repete outras inúmeras vezes que sente vergonha e até mesmo desejou a morte do filho por não ter ser uma criança "normal" no final ele dar uma floreada tenta nos convencerque não odeia o filho mas.... Um narcisismo enojante! Livro massante e sinceramente leitura horrível.
Fabi 15/06/2023minha estante
Tive o mesmo sentimento.




Bookster Pedro Pacifico 23/05/2023

O filho eterno, de Cristovão Tezza
Publicado em 2007, o livro venceu os principais prêmios literários e aborda os conflitos de um pai que descobre que o seu filho recém nascido tem síndrome de Down. O romance também possui um forte aspecto autobiográfico, que deixa a realidade criada pelo autor ainda mais potente.

Confesso que, até ler O filho eterno, tinha lido poucos livros que abordavam a temática de pessoas com deficiência. E quando iniciei a leitura, fui surpreendido com um forte incômodo, já que o pai de Felipe não poupa o leitor na hora de expressar a sua decepção com o diagnóstico do filho. Ainda que a narrativa se passe no final do século passado, em que o conhecimento e as discussões sobre capacitismo fossem menos profundas, é difícil não sentir um desconforto com a figura do pai. Seus pensamentos chegam a ser cruéis, um reflexo de uma sociedade ignorante e repleta de preconceitos.

Aos poucos o protagonista começa uma trajetória em busca de especialistas que pudessem garantir uma condição melhor de vida para o Felipe. São poucos dias de vitórias, que se destacam a uma rotina difícil e frustrante. O pai tem dificuldades de lidar com as expectativas de que se filho se comportará igual a outras crianças típicas, mas com o tempo vemos um fortalecimento na relação entre os dois. Se no início existia uma certa rejeição na ideia de ter um filho com síndrome de Down, o personagem principal vai percebendo que não consegue mais se imaginar vivendo sem todo aquele amor.

É uma narrativa muito mais voltada ao pai, um escritor insatisfeito, com mergulhos nas suas memórias mais antigas. Felipe aparece de uma forma secundária, a partir da reação de seu pai com as dificuldades e conquistas da relação paternal. Uma das passagens que mais me tocou foi sobre a capacidade de amar que o filho possui. Felipe sabe amar incondicionalmente, o que o destaca em relação as demais crianças.

A leitura é impactante e, ao gerar um desconforto no leitor, nos faz refletir sobre temas importantíssimos relacionados a pessoas com deficiência e paternidade.

Nota 8,5/10

Para mais resenhas, siga o @book.ster no instagram.

site: https://www.instagram.com/p/CrjittttBxZ/
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Fabi 12/04/2023

O autor queria fazer uma autobiografia mas aí lembrou que tem um filho com Down e resolveu inserir o menino como personagem.
Narcisista é pouco.
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spoiler visualizar
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Gustavo Simas 02/04/2023

O Pai Eterno Narcisista
Ter filhos é uma possibilidade de estender as vitórias, desejos de sucesso ou vingança dos pais. Os fracassos paternos podem ser remediados por meio da prole, assim se cria a expectativa sobre estes novos seres, embora haja o choque de identidade, de geração e intenções, ainda mais quando as expectativas são quebradas logo no nascimento ou infância dos sucessores.

Um filho com síndrome de Down é uma surpresa para Cristóvão Tezza neste livro autobiográfico que divaga sobre a grande missão de ser pai e que acaba sempre caindo no aspecto narcisista do artista em desespero. O homem que, agora, precisa ser adulto devido à condição da paternidade, é atravessado por descobertas que culminam em vergonha e preconceito sobre seu filho e que, por meio de um olhar de pai atônito, mascaram a figura da mãe ao longo de toda a história.

"O filho eterno" constrói a figura de um pai eterno, sol do sistema familiar que adota o filho biológico como objeto de ensaio, como elemento de pesquisa e ferramenta para escrever sobre seus sonhos e pesadelos passados.

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samucacn 10/03/2023

Aclamado pela crítica e pelo público, O filho eterno conta a história do nascimento de uma criança com síndrome de Down coincidindo com o momento de ruptura na vida dos pais. Um filho desejado, mas diferente: nas palavras do pai, na tímida tentativa de explicar para os conhecidos, nos primeiro meses, uma criança com ?um pequeno problema?. De início, tudo é estranhamento, e o pai assume que a urgência não é resolver o tal problema do menino - haveria algo a ser resolvido? -, mas o espaço que o filho ocupará, para sempre, na vida do casal.

Em um livro corajoso e emocionante, Cristovão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. O périplo por clínicas e consultórios médicos no início da década de 1980, época em que o assunto não era tão estudado, estando ainda envolto por certo grau de misticismo. E a tensa relação inicial com a mulher.

Com o passar do tempo e uma série de pequenas conquistas - os primeiros passos, a ida à escola -, o pequeno Felipe vai conquistando o seu lugar de filho. O pai supera a fase de negação e já não vê mais a condição do primogênito como uma espécie de ?maldição inesperada?, enxergando-o como um indivíduo único, que necessita de amor e cuidado.

O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho desde o nascimento de Felipe para reordenar a própria história: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade com o cargo de professor em universidade pública.

Com precisão literária para encadear, de maneira clara, referências de anos e situações tão díspares, Cristovão Tezza reforça, com a publicação de O filho eterno, seu lugar entre os maiores escritores brasileiros.
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LimaJr 15/02/2023

A prática da empatia
É uma leitura dura, pois sentimos na pele o que passam os pais de uma criança com síndrome de down ou pessoas com deficiência. Mas é um bom exercício de empatia, ajuda a humanizar as relações em sociedade. Achei alguns trechos um tanto chatos, mas recomendo a leitura.
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victor.victor.victor 29/10/2022

Antipático
O problema do narrador não é ser uma pessoa horrível, mas desinteressante.

É uma autoficção, em teoria, sobre o filho com Down do Cristovao Tezza. Mas, logo logo o próprio pai toma o relato pra ele. A desculpa do filho era só pro autor escrever sobre si mesmo com menos culpa.

O livro é preenchido por cenas em hospitais (muito parecidas), descrições acadêmicas sobre a síndrome de down e um flashback sem sentido com a juventude rebelde do narrador.

Não gostei.
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Gondinho 24/10/2022

O Filho Eterno
Ao me deparar com o livro, tinha uma história em mente. No momento em que comecei a ler percebi que aquilo que havia imaginado estava completamente equivocado.
Apesar da ótima estrutura e narrativa, o livro não alcançou o que eu esperava. Isso se deve principalmente ao fato que ele não mostra o lado positivo de ter um filho com Síndrome de Down, apenas os desafios e as problemáticas.
O livro mostra a visão de um pai que acaba de descobrir que seu filho possui o chamado ?mongolismo?(hoje esse termo pejorativo não é mais usado), a desconhecida até então, síndrome de Down. Ele mostra a sequência de vida do filho, retomando também as suas experiências.
É uma história que intriga, já que não segue o óbvio, mas chama atenção e prende o leitor.
Desfrute desse livro revelador quanto aos sentimentos conflitantes de se ter um filho com a trissomia do cromossomo 21.
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Ellen Rayane 28/08/2022

Honesto...
A melhor palavra pra definir esse livro!!
O autor conta sua experiência de pai, seus sentimentos, sem romantismo ou dissimulação... Gostei muito de ler seu relato tão honesto!
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Ruth 23/08/2022

Excelente, chocante e lindo
Nesse livro o autor corajosamente conta sua própria história desde o nascimento de seu filho down até seus 18 anos, aproximadamente. É um livro cuja narrativa não é linear, na qual há muitos diálogos iinternos, reflexões, pensamentos. O maravilhoso dessa história é que ele revela o que a maioria não tem coragem de dizer: o choque e a rejeição ao descobrir que tem um filho diferente. Ele abre seus pensamentos que muitos podem considerar horríveis, mas que são típicos da contradição humana. Além disso é um livro muito bem escrito, gostoso de se ler pela qualidade literária.
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Wellington.Pimente 01/08/2022

Faltou mais do filho eterno.
A história se passa com um homem reflexivo, em que chega em seu mundo, o seu filho Felipe, com Síndrome de Down. A forma dura que o narrador contempla a sua volta e principalmente seu filho, as vezes choca e fica num limite de humor negro, com um homem que parece lutar para não cair num sentimentalismo. São muitas e muitas páginas de reflexão do pensamento do narrador, apesar de interessante e instigante em muitas partes, enfadonho em outras, na minha análise, o livro ficou a dever em maior aprofundamento e maior sensibilidade ao tratar do filho eterno. Um livro bom, porém fiquei com vontade de entrar mais nesse universo tão singular.
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