Esboço para uma teoria das emoções

Esboço para uma teoria das emoções Jean-Paul Sartre




Resenhas - Esboço Para Uma Teoria das Emoções


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doceluzz 06/01/2014

Surpresa é a palavra junto a emoção que senti.

Sarte iniciou-me sobre o entendimento da elaboração das emoções e suas atribuições, ajuizamentos e transparições.

Foi-me um inicio e deu-me ânimo para continuar os estudos. Sarte esclarece por mais de uma vez que o ensaio é ainda um ensaio, e que quando se trata de emoções, é quase sempre tudo muito prematuro, mas de meu ponto de vista, afasta qualquer vestígio de ter feito um ensaio com caracteristicas pequeninas e inseguras.

Sartre escreve de forma clara, objetiva, com várias exemplificações e sem excesso de adorno.

Indico á todos os iniciantes de filosofia e demais curiosos da constituição das consciências e emoções.
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Aribra 24/03/2009






Um livro bem pequeno, apenas 94 páginas, porém difícil e muito sucinto. Em poucas páginas Sartre tenta definir o que é Emoção. Menciona diversos psicólogos, psiquiatras, filósofos e antropólogos, tais como: Pierce, Heidegger, Kant, Husserl, W.James, Sherrington, Janet, H.Wallon, Kohler, Lewin, Dembo, Alain, Cannon, Teckel, todos sem referência alguma e como se você estivesse familiarizado com os outros autores, por exemplo: “A emoção é uma certa maneira de aprender o mundo. É o que somente Dembo entreviu, embora não dê a razão disso”, ou este: “O Mágico, diz Alain, é “o espírito arrastando-se entre as coisas.””. Entretanto, se você conseguir passar os obscuros e tortuosos primeiros capítulos onde ele começa a esboçar sua teoria baseando-se em todos os mencionados acima, chega-se afinal ao capítulo onde a teoria é definida.

Para Sartre a emoção é a mágica que aparece na consciência quando esta se depara com um mundo sem saída. Na emoção a consciência se degrada e transforma este mundo sem saída em algo novo, mágico. Definindo uma classificação das emoções:

Emoções transformadas: Condutas que de uma emoção chega-se a outra, o medo pode levar a cólera, da alegria para a tristeza. Você não muda o mundo, apenas lhe revela uma outra perspectiva que não estava sentindo.

Emoções falsas: Condutas falsas, imitadoras, você recebe um presente e mostra-se feliz quando na verdade o presente e o ato da pessoa lhe são indiferente e até mesmo irritante.

Emoções Verdadeiras: Condutas sentidas, sofríveis e que lhe levam a alterar o mundo em que vive.

Emoções Finas: Condutas intuitivas, as mais reveladoras e transformadoras, você fez porque sentiu que era necessário, entretanto, quando surgem na consciência, precisam ser reveladas, analisadas para continuar a transformação.

A consciência desta forma pode “ser-no-mundo” de duas maneiras diferentes:

Primeiramente um mundo organizado, em que você transforma agindo sobre um objeto que lhe causa um efeito determinado e assim sucessivamente até atingir um objetivo.

Ou, de outra forma, um mundo que pode aparecer à consciência como uma totalidade não-objeto, isto é, modificável sem intermediário e por grandes massas, ou seja, o mágico, o mundo afeta a consciência imediatamente. O fato ocorreu e a consciência não tem como negá-lo.



Guia Para a Leitura



Pierce: Charles Sanders Peirce (no caso aqui Pierce, muito comumente na internet e outros autores e , diz-se piercianismo, piercianista, etc.) Filósofo, cientista e matemático americano - Difinição de Hipótese : suposição admissível, soma dos resultados perceptíveis.



Heidegger : Matin Heidegger – Filósofo alemão. Este filósofo foi muito influente em Sartre e o seu conceito de Dasein - O Ser-aí ou Ser-aí-no-mundo que seria a tradução portuguesa do termo alemão Dasein, muito usuado no contexto filosófico como sinônimo para existência.



Husserl : Edmund Gustav Albrecht Husserl – Filósofo Alemão - Fundador da fenomenologia.



W. James: William James – Filosofo e psicologo americano. Fundador do pragmatismo junto com Pierce. Pragmatismo: caracterizada pela descrença no fatalismo e pela certeza de que só a ação humana, movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da condição humana. Definiu a emoção em dois grupos de fenômenos: Fisiológicos e Psicológicos.



Sherrington : Charles Scott Sherrington - Foi um cientista do Reino Unido. Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1932, por descobrir a função dos neurônios.



Janet : Pierre-Marie-Félix Janet - Foi um psicólogo e neurologista francês que fez importantes contribuições para o estudo moderno das desordens mentais e emocionais envolvendo ansiedade, fobias e outros comportamentos anormais.



H. Wallon : Henri Wallon – Medico, filosofo e psicologo francês. Desenvolveu uma nova concepção da motricidade, da emotividade, da inteligência humana e, sobretudo, uma maneira original de pensar a Psicologia infantil e reformular os seus problemas. Sartre definiu o seguinte esquema a partir deste autor:

Não consegui colocar a figura, Criança->CircuitoPrimitivo Através de Condutas chega a Adulto->CircuitoAdaptado.

Estas condutas em situações novas e dificeis formam as suas reações ao mundo

Kohler : Wolfgang Kohler – Psicólogo Alemão que foi um dos fundadores da Teoria Gestald : “O todo é mais do que a simples soma de suas partes”.



Kurt Lewin : Psicólogo Alemão – Criador da Teoria do Campo Psicológico, Teoria das Três Etapas e da Hodologia: estudo da conectividade dos neurônios.



Dembo: Tamara Dembo - Discípula e colaboradora de Lewin, escreveu o primeiro artigo sobre o qualitativo em psicologia, intitulado Pensamientos sobre los determinantes qualitativos en psicología. Un estudio metodológico, onde tentou definir toda a dimensão do qualitativo na pesquisa psicológica, até hoje considerado um referencial para essa modalidade de pesquisa.



P. Guillaume : Paul Guillaume – Autor de La Psicologie De La Forme, não confundir com André Paul Guillaume Gide ( André Gide - Francês ganhador do Premio Nobel)



Cannon : W. B. Cannon – Antropologista americano - Teoria da Sensibilidade Cerebral.



Steckel : Wilhelm Steckel – Psicanalista e discípulo de Freud e que refutou a idéia de inconsciente de Freud.









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Élida Lima 17/03/2009

"A proximidade absoluta da consciência em relação a si mesma".
Comprei este livro deve fazer 2 anos.
Já tinha lido A Idade da Razão e vidrado. Lembro que, na primeira tentativa, eu não entendi... nada, e achei chato, teorês. E disse ao meu namorado: "Toma, quer ficar com essa coisa chata?" (algo do gênero).
CALMA, NÃO ABANDONE AINDA ESTA RESENHA!!
Eis que, no meio desta madrugada acordo, guiada por onipotente insônia, vou até a sala: avisto o livrinho servindo de calço para o receptor do fone de ouvido sem fio. Leio o título, novamente me parece brilhante!
Explodindo entre consciência e sono, leio logo até a metade e durmo feliz, feliz, feliz. Por essas descobertas vale a pena se viver.
Quem eu era antes de conceber um esboço possível sobre a teoria das emoções?
Se dormir, se acordar. Chorar, sorrir. Não é tudo igual. As coisas têm porque! Se não elas, somos nós que temos, porque procurá-los.
Mais misterioso-icomensurável ainda é ver que o Sartre me esperou, fez-me esperar até que eu estivesse pronta, cavada para entender esse esboço.
Strwsk 21/12/2012minha estante
Aconteceu algo parecido comigo! Retomei a leitura do livro após 5 anos de silêncio de páginas!


Cristian 24/09/2017minha estante
Fantástico! Tentei lê-lo em 2008 e abandonei também por não conseguir entender nada. Sabe aquela sensação de ler uma página, parar pra respirar e dizer para si "não entendi nada". Agora tomei o livro nas mãos, cheio de um certo gosto de novidade e me pus a ler. Eis que, espantado, devorei o livrinho numa noite só. Maravilhado. De fato, "ele" me esperou amadurecer a leitura para saboreá-lo.




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