O Livreiro de Cabul

O Livreiro de Cabul Åsne Seierstad




Resenhas - O Livreiro de Cabul


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MARTA CARVALHO 22/09/2021

Quanto mais leio sobre a vida e a sociedade de países do Oriente Médio e adjacências, mais me choco com a diferença cultural.
Nesse livro a autora, uma repórter norueguesa, descreve histórias vividas e narradas por uma família que a acolheu dentro de casa por três meses, e quê, com o convívio, tanto os homens quanto as mulheres, acostumaram-se com a sua presença, mesmo sendo uma mulher de outra cultura e se sentiram à vontade para contar suas experiências.
O livreiro, líder da família por ser o mais velho entre os homens, declarava-se "moderno" pois era flexível no quesito religião, defendia a liberação feminina e vestia-se com roupas ocidentais, mas dentro de casa exigia o respeito de todos, mostrando-se muitas vezes, autoritário e até tirano. Ele era um aficionado por conhecimento, adquiria muitos livros e tinha o sonho de expandir o acesso aos mesmos. No período rígido de domínio do Talibã, teve parte do seu acervo queimado e foi preso. Quando o regime extremista caiu e houve uma flexibilização das regras, ele retomou suas atividades até mesmo por suas aspirações de crescimento financeiro.
De todos os membros da família me compadeci da irmã mais nova do livreiro, por quem torci muito mas que, infelizmente, dentro de uma sociedade machista, não teve um destino diferente da maioria das mulheres daquela região: serem escravas do lar, donas de casa sem voz e nem vontades.
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Julia Oneda 27/12/2020

Após a guerra civil e a queda do Talibã no Afeganistão, Asne passa três meses convivendo com a família de um livreiro (em um país onde três quartos da população não sabem ler nem escrever). Asne demonstra durante a obra principalmente como é a vida da mulher afegã, em uma cultura comandada por homens. Com o regime Talibã, as mulheres foram proibidas de estudar, de fazer compras desacompanhadas de um homem da família e foram obrigadas a usar a burca. Estes traços ainda permanecem fortes após a queda do regime. O casamento é como um mercado de negociações: a filha é dada em casamento para o pretendente que der a maior quantia em dinheiro e mercadoria à família. A esposa é mais valorizada se gerar mais filhos homens. A leitura flui de forma natural, e instiga cada vez mais pela curiosidade de conhecer uma cultura tão diferente da cultura Ocidental.
?Sultan falava da burca como uma gaiola opressora e ficou contente porque o novo governo nomeou ministras para algumas pastas. O seu coração queria um Afeganistão moderno e ele falava com entusiasmo sobre a liberação da mulher. Mas dentro da família continuava sendo um patriarca autoritário?.
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Márcia 14/08/2009

Fiquei em cima do muro.

Esperava outra coisa do livro; mas não me decepcionei.
Sultan, o livreiro, era um homem culto e liberalista sob muitos aspectos; pena que não soube ser um homem de verdade. Ele não aproveitou toda a educação proveniente dos livros que tanto amava. Tratava a família como escravos.
Gostei do Epílogo. Gostaria de ter uma continuação dele.
O jeito como a autora narra a vida das personagens e a história de guerras do Afeganistão e de seu povo tão sofrido, nos agarra.
è uma leitura fácil e prazerosa.
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Craig 15/08/2009minha estante
Eu vou ler, espero que seja bom


Mih Alves 09/10/2009minha estante
que BLÉH sua resenha !




Jessy 08/04/2010

Mudei de opinião
Esse livro fez eu simplesmente me apaixonar pela história e cultura mulçumana,passei a respeita-la e a ve-la de forma diferente,passei a admira-la.
Esse livro sed resume numa única frase: pessoas mesmo com restriçoes religiosas e culturais conseguem ser felizes.
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Flavio.Vinicius 13/09/2021

Uma reportagem romanceada
Escrito por uma jornalista norueguesa, correpondente de guerra no Afeganistão dois meses após os ataques às Torres Gêmeas em 2001, o livro é uma mistura de reportagem e romance.

A publicação é envolta em polêmicas, com acusações do livreiro de que a jornalista teria se apropriado da vida privada da família dele sem qualquer autorização.

A narrativa apresenta a sociedade afegã a partir do ponto de vista ocidental, com destaque para a intensa opressão vivida pelas mulheres dentro de uma sociedade verticalizada ao extremo e em que há vasta proliferação da miséria.

Achei o livro muito bem escrito, dá pra ler rapidamente, a leitura é bem dinâmica, principalmente depois que passa a focar nos outros membros da família que não apenas o livreiro. É bem informativo e elucidativo sobre vários pontos da história e da cultura do Afeganistão. Claro, tendo consciência de que o que se apresenta neste livro é um ponto de vista limitado e ocidental, é o Afeganistão visto de fora. É uma leitura que revolta pela situação de destruição total da vida dos afegãos, principalmente das afegãs.
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Rafaela.Cruz 20/08/2021

Aprendizados.
Atualmente acontece coisas muito surreais no Afeganistão, principalmente em Cabul. Resolvi seguir a dica da Isabela do Ler Antes de Morrer e gostei bastante. Supriu minhas expectativas, considerando que procurava mais informações acerca desse tema.
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spoiler visualizar
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Francisco152 06/10/2023

Um livro sobre muitos personagens e uma sociedade
Confesso que demorei muito para ler esse livro, e ele me foi uma leitura extremamente gostosa que me fez refletir muito sobre a sociedade afegã e como o mundo pode ser tão díspare
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Patricia.Cerutti 07/02/2022

Hoje venho aqui contar para vocês a minha experiência com esse livro, num momento em que o Afeganistão se encontra, novamente, em guerra por conta do Talibã.?
Sultan Khan acredita que sua paixão pelos livros pode ajudar a transformar o mundo num local menos sombrio.?
Mas por trás de seu sonho, está toda a cultura afegã no qual proibi mulheres de saírem às ruas sozinhas, de escolherem seus maridos, de frequentarem escolas e por aí vai.?
Os relatos da jornalista norueguesa Åsne, que morou com a família de Sultan por 3 meses, nos mostra o dia a dia de uma família islâmica, suas dificuldades de obter conhecimento e de se comunicar. Como ocidental, Åsne teve o privilégio de poder transitar entre os mundos masculinos e femininos, escondendo-se atrás de uma burca, morando nesta cidade devastada, recuperando-se da guerra e dos atos políticos, enfrentando os desafios diários com uma certa normalidade, mas acima de tudo, vivenciando os conflitos internos de homens e mulheres dessa família.?
Uma história que precisa ser lida e transmitida ao mundo, assim como as contradições da vida afegã.?
Um soco no estômago!?
?
Como curiosidade: o livreiro Shah Mohammed Rais, que inspirou o livreiro de Cabul, quando recebeu um exemplar do livro, abriu, imediatamente, um processo contra autora.?
?
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rafa moreno 05/09/2010

culturas...
Não espere um romance desse relato jornalístico que ele te surpreenderá.

Como sempre o choque cultural assusta e muitas vezes revolta, mas temos que olhar a partir do relativismo cultural, e entender as diferenças, não a partir dos nossos conceitos, mas da visão do meio cultural em que se encontra.

Por mais diferente que seja a história da família Khan ela se repete em milhares de famílias árabes.
Achei interessante como a Asne discorre neste livro, a princípio busquei uma relação entre tantos personagens, mas não é necessário. Ela conta cada história em seu tempo e no final vc entende o contexto que ela quis passar.

Confesso que travei um pouco a leitura no final, mas gostei muito do livro e recomendo. Conversando com amigos árabes percebo que aprendi muito sobre essa cultura e sobre o islamismo simplesmente lendo romances. A leitura é importante, seja ela qual for.
Léia Viana 30/01/2011minha estante
Eu dei graças a DEUS por ter nascido no Brasil e de viver aqui.
Como a cultura desses países são tão egoístas com as mulheres. E de pensar que o livreiro era um homem culto, amante dos livros e se comportat assim.
Ele é apenas um fruto do meio, sei bem, mas achei-o tão pobre de espírito. Não permitir que o filho estude, pois tem que trabalhar na livraria e aumentar a sua riqueza, doeu-me.


Junior 28/02/2011minha estante
E as mulheres afegãs? "Dão graças" a quem?

O que eu mais gostei nesse livro é da possibilidade que ele abre aos leitores/as de reflexão sobre a influência da religião na sociedade.

A base de todo aquele sofrimento descrito no livro, não só o das mulheres, mas de todo um povo, é puramente religiosa. Dar "graças a Deus" após ter tomado conhecimento da dura realidade destas pessoas mostra que, no mínimo, as entrelinhas não foram muito bem compreendidas.




Caarol 28/07/2010

é tão triste, historia de mulheres oprimidas que não podem fazer nada alem de serem escravas do lar, é horrivel saber que isso ainda existe num mundo tão desenvolvido.
Senti muita pena da Leila, eu estava torcendo por ela, bom acho que todo mundo que leu estava, quase chorei quando li o final, e descobri que o destino dele era igual o da maioria, sem sorte.
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Lori 03/08/2010

Por causa do título é possível imaginar que seja um livro sobre um homem específico ou sobre a profissão. Da para se imaginar um bom número de possibilidades, porém não creio que uma delas seja sobre como é ser mulher no Afeganistão. Não que o livro seja focado neste assunto, contudo boa parte dos capítulos conta as experiências das mulheres da família. Penso que fosse inevitável para a autora viver ali e não mostrar como cada uma se sente e vê o mundo. Imagino que seria para qualquer mulher em sua situação. Todavia o livro não se resume a isso. Também trabalhava sobre o cotidiano e a história afegã. E o bom é que a autora desde o início deixa claro que seu livro não é a representação do Afegão, principalmente por que ela vivia com uma família que era exceção em seu meio.

Livros sobre o Oriente Médio me fascinam, a possibilidade de poder conhecer algo tão obscuro. Independe que seja literatura ou não, se foi escrito por alguém que teve a experiência, creio que seja uma forma de quebrar meus preconceitos e ignorância. Só tinha lido um sobre um espião no meio do Jihad, sendo ele um muçulmano, assim pude conhecer um pouco a mentalidade de um guerrilheiro como também seus preceitos. Com esse busquei saber um pouco mais sobre o cotidiano. Novamente, o cotidiano de uma exceção, mas ainda assim pode ser visto de uma forma mais ampla. Como a hierarquia na família, as obrigações da mulher na casa, os costumes orientais.

Seierstad mostra o já conhecido, como a desvalorização da mulher, contudo também mostra outro lado. Aquelas que enfrentam o sistema vigente, como também aquela que se abaixa frente a ele. Mostra mulher felizes no casamento como as infelizes. Revela sobre poesias e músicas de mulheres que sonham com liberdade e igualdade. Lembra de mulheres com sonhos, como também aquelas que são ignoradas embaixo de uma burca. De uma forma, pouco convencional e forte, ela mostra as complexidades de qualquer pessoa.

O livro como trata de seres humanos, faz você ter diferentes emoções sobre as pessoas. Meu caso especial é com o livreiro em si, Sultan Khan. No início, achei-o corajoso por buscar levar conhecimento para o seu país e fascinantes seus objetivos. Depois fui sentindo desgosto pela forma que ele tratava sua família, o homem que queria levar cultura não deixava os filhos irem para a escola. Uma parte resume bem, ele queria liberdade nas ruas, mas era tirano em sua casa. Como todas as pessoas têm atitudes contraditórias e sentimentos complexos. Acho que ver as diferentes faces das pessoas em uma cultura distinta lembra que no fundo somos todos farinha do mesmo saco. Talvez essa seja uma das maiores belezas humanas.

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http://depoisdaultimapagina.wordpress.com/
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gi.caldart 29/10/2023

Com certeza é um livro que eu recomendaria! Além de mostrar a vida num país com costumes tão diferentes dos nossos e estar inserido em uma realidade dura, especialmente para as mulheres, acredito que a obra da escritora Åsne Seierstad nos faz refletir sobre os limites entre a cultura e questões sociais, como o machismo e o preconceito.
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Laryssa Barros 28/01/2022

Fascinante e estarredor
Nesse livro é possível conhecer um pouco da cultura do povo afegão, através de uma família que se disponibiliza para a autora. Eu gostei de conhecer um pouco da história desse povo, mas confesso que é triste ver como as mulheres são tratadas, sem ter voz, e por conta da burca, nem rosto. Por mais que a realidade do Afeganistão nos faça querer chorar, antes lágrimas que ignorância.
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Lucikelly.Oliveira 22/03/2022

Promete mas não entrega
Achei o personagem principal horrível. História do livreiro de Cabul não passa de uma história de um homem abusivo e agressivo com filhos, mãe e esposas. Não é uma leitura que eu recomendaria!
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