Dai @veraaode92 04/07/2021Quando Cam percebe que sua vida é uma monótona rotina, e tudo o que ela anda fazendo é porque as pessoas acham que deve ser feito assim, e não porque ela realmente quer fazer assim, ela decide embarcar em um ônibus e viajar. Nada mais a prende em sua zona de conforto, afinal, o amor de sua vida morreu em um acidente de carro, seus pais se separaram e seu irmão mais velho está preso. E para finalizar, ela acaba de brigar e talvez perder sua melhor amiga para sempre.
Seu destino, que foi escolhido aleatoriamente, se torna um pouco mais interessante quando Andrew, um garoto misterioso e que também viaja sozinho, se senta ao seu lado e começa a puxar conversa.
É complicado falar de um livro quando você termina a leitura achando que perdeu completamente o seu tempo, e todas as palavras que você tem para definir o livro são de baixão calão, assim como quase com todos os diálogos do casal. Será que fui tão persuadida assim?
O livro começa como um drama, uma menina que perdeu praticamente tudo na vida e sai em busca de felicidade, de algo que a faça sentir prazer pela vida. Acaba encontrando um garoto, que não é muito diferente dela, e também tem muita história para contar. Mas, em determinado ponto da trama, a história vira do avesso, e o que era bom de acompanhar se torna cada vez mais difícil.
Um romance cheio de putaria ganha vida em torno de um relacionamento abusivo, e um cara bastante machista. O engraçado é que a autora transforma esse relacionamento CHEIO DE PROBLEMAS, em satisfação para a protagonista. Assim, claro, ela não precisa explicar o abuso aqui presente, já que se a mulher gosta, deixa de ser abusivo não é mesmo?!
“Amor, a questão não é a idade - admito. - Tipo, não curto vovozinhas, nada disso, mas acho que dá pra foder qualquer mulher, por mais velha que seja, se ela conseguir se manter gosrosa.”
As cenas de sexo me incomodaram muito aqui, palavras xulas são ditas o tempo inteiro, e a personagem tem um “fogo” que QUALQUER lugar se torna suficiente.
E para concluir, a autora cria um problema no final do livro que não tem sentido algum, além de querer criar caso, problema esse que é resolvido com a simples frase “dois meses depois.”
E, se não bastasse todo esse desenvolvimento fraco, o livro é recheado de erros de tradução. Como um objeto que é deixado em determinado lugar e no parágrafo seguinte, o personagem solta o mesmo da mão; um personagem que leva um tombo e se equilibra para não cair; o top que é retirado e aí a personagem levanta os braços para tirar a blusa; etc etc.
Definitivamente, o pior livro que li até o momento.