Corações sujos

Corações sujos Fernando Morais




Resenhas - Corações Sujos


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Gustavo M.D. 30/05/2017

Um pedaço do Brasil.
Corações Sujos é um livro jornalístico de Fernando Morais publicado originalmente em 2000.

A obra fala principalmente sobre a Shindo Renmei, um grupo rebelde de japoneses que moravam no Brasil durante o fim da Segunda Guerra Mudial e não acreditavam na derrota do Japão. As ações do grupo incluía propaganda falsa dentro das colônias japonesas no Brasil, invertendo os vencedores da Guerra, assim como ataques aos japoneses e descendentes de japoneses que falavam publicamente que o Japão havia sido derrotado (chamados de makegumi, “corações sujos”). O livro também trata de outros temas relativos ao central, como a imigração japonesa e o tratamento dispensado aos imigrantes no Brasil.

Esse movimento ocorreu especificamente no Brasil justamente pelo Brasil ser o segundo país com a maior concentração de japoneses, atrás apenas do… Japão, é claro.

O livro foi escrito por Fernando Morais após uma intensa pesquisa, possuindo um estilo de escrita quase literário, o que facilita muito na exposição dos acontecimentos, e traz um grande prazer à leitura.

A história da Shindo Renmei é uma história muito interessante, não só pelas suas ações, mas sobre como eles são um estilo de próprio de insurgente, totalmente caraterizados com a cultura japonesa. Para todos os efeitos a Shindo Renmei pode ser considerada hoje em dia uma organização terrorista, principalmente por sua técnica de calar os que discordam dela com técnicas de aplicação de medo e violência pontual como forma de exemplo. O Japão nunca havia sido derrotado em guerra até o advento da Segunda Guerra Mundial, e a Shindo Remnei acreditava que era impossível ele ser derrotado e, portanto, as histórias da derrota eram falsa propaganda dos Aliados.

Mas apesar do terror que causavam, a Shindo Renmei não era concentrada em lutar contra brasileiros (apesar de algumas refregas contra autoridades policiais) mas sim contra japoneses e niseis que não tinham um espírito nipônico de confiança na invencibilidade do Japão.

Isso tudo me lembra da história de Hiroo Onoda, que continuou uma guerra de um homem só nas selvas das Filipinas até 1972, incapaz de acreditar que o Japão havia sucumbido, e se recusando à abandonar suas ordens de ocupar a ilha em que estava. Hiroo só voltou à uma vida normal depois de receber uma delegação militar do Japão, que o dispensou de seu serviço e lhe deu um prêmio pela tenacidade e lealdade. Adivinha onde Hiroo foi morar depois disso? Sim, no Brasil.

Na verdade, o que se torna central no livro é essa ideia do ufanismo e dedicação dos japoneses, e como os filhos de japoneses no Brasil sempre aprendiam a ser japonês antes de ser brasileiro ou qualquer outra coisa.

Uma das minhas partes prediletas do livro é quando é descrito uma rádio pirata que enviava falsas notícias para as colônias japonesas, entre elas:

“MacArthur suicidou-se”

“O boato de que o Japão perdeu a guerra vem dos judeus do Rio de Janeiro, que estão fugindo para São Paulo, porque o povo do Rio sabe da vitória certa do Japão.”

Enfim, Corações Sujos é uma história das mais interessantes, com um foco histórico e sociológico sobre um grupo de imigrantes tão singular dentro do Brasil.

Edição que eu li: Editora Companhia das Letras, 2011. Terceira Edição.

site: http://www.grifonosso.com/2016/02/coracoes-sujos/
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Taísa 06/04/2017

Sugestão para "consumo" do livro
Não farei nova resenha porque considero excelentes e completas as dos demais colegas. No entanto, preciso recomendar que ouçam o audiolivro! A narração de Sérgio Meneguello é digna de elogios, pois traz as nuances das emoções que habitam em cada diálogo.
Para quem se interessar, deixei abaixo o link do Ubook.

site: http://www.ubook.com/audiobook/108620/coracoes-sujos
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Braguinha 30/05/2016

Uma grande e deliciosa reportagem
Os japoneses que estavam no Brasil na época da Segunda Guerra Mundial se recusavam a aceitar a rendição japonesa. Assim, matavam os japoneses que aceitavam aquela condição de derrota. O autor descreve em detalhes como foi a perseguição que os japoneses “derrotistas” sofreram e quem eram os que perseguidores, bem como o seu fim e sua relação social com o novo país, o Brasil. Ótimo livro que vem de um desdobramento da Segunda Guerra. Na capa da edição que li, a foto dos japoneses assassinos.
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Heron 19/04/2016

Indispensável
Um recorte da história brasileira que não se aprende em escolas. A impressionante saga de um grupo de fanáticos que, em nome da pátria e da "raça", perdem a razão e se transformam em uma seita de japoneses impiedosa, corrupta e homicida.
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Nat 05/11/2015

Esse é um livro reportagem sobre os japoneses no Brasil após a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. Os japoneses daqui simplesmente não aceitavam que o Japão havia perdido, devido sua cultura eles simplesmente não podiam acreditar. Diante disso, um grupo muito radical se formou; chamados de Shindô Remmei, saíam em busca de todos os corações sujos – os que aceitavam que a derrota. Eram matadores, e depois de um tempo o clima de “guerra” acabou tomando conta de todos, e japoneses ficaram contra brasileiros e vice versa. Gostei bastante do livro, apresentou muitos detalhes de uma época do Brasil que eu achei que conhecia. Fiquei interessada em ver o filme.
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Carpe Libri 23/02/2015

“Corações sujos” ou “derrotistas” eram todos aqueles que propagavam ou acreditavam na derrota do Japão em 1946. No Brasil pós-guerra, após os países do eixo (Alemanha e Japão) terem perdido a guerra para os aliados, os japoneses imigrantes do Brasil não acreditavam que o Japão tinha perdido, pois “o Japão está nessa guerra por ordem divina”, era o que diziam, não podia perder uma só guerra, e que toda e qualquer informação que afirmasse o contrário, seria mera propaganda dos americanos, mesmo que o imperador do Japão Hiroíto, tido como uma divindade para os japoneses tenha declarado a derrota, os japoneses nacionalistas não acreditavam naquilo.
Segunda guerra mundial, com o Brasil do lado dos aliados (americanos), os imigrantes que aqui residiam, aqueles pertencentes aos países do eixo, sofreram graves perdas e danos apenas por pertencerem aos países que lutavam contra os aliados. Nos anos que seguiram a guerra e o pós-guerra, os japoneses foram os que mais sofreram aqui, e é essa parte deste mundo que o livro relata.
São Paulo de 1946 a 1947 foi palco de um grande massacre, japoneses contra japoneses e brasileiros contra japoneses. Nunca se tinha ouvido falar em tamanha cena de violência no em meio aos sentimentos de guerra aqui no Brasil, e foi aqui em 1946, após a segunda guerra mundial ter chegado ao fim que surge o grupo terrorista Shindo Renmei.
A Shindo Renmei era composta por japoneses tomados de grandes sentimentos nacionalistas, sua missão era eliminar qualquer japonês que acreditasse que o Japão havia perdido a guerra e propagasse isso. E é esse o cenário de horror que o país viveu em plena segunda guerra mundial e nos anos que se seguiram.
Corações sujos foi publicado pela Companhia das Letras, é fruto de mais de cinco anos de pesquisa, é uma obra de grande impacto, pois nela contém informações jamais publicadas sobre o período de guerra no Brasil, nunca se imaginou tamanho cenário sangrento num país que sempre se disse tão permissivo, antes dessa obra, muitos acreditavam que no Brasil durante a guerra, houve uma neutralidade, que mesmo entrando na guerra do lado dos americanos, nunca se houve tamanhas cenas de horror no país, grande engano. Não só durante a segunda guerra mundial, mas no pós-guerra continuou os massacres, cenas terríveis de serem vistas.
Corações sujos é um livro reportagem, publicado pela Companhia das Letras, com ele Fernando Morais recebeu o prêmio Jabuti de livro do ano de não ficção em 2001, escrevendo uma brilhante obra, de personagens reais que morreram, mataram em nome do grande amor que sentiam por sua pátria. Quem se interessa por segunda guerra mundial, história tanto geral quanto brasileira e informações que te deixam de boca aberta, corações sujos é ideal, com um tema que além de ser extremamente importante, impactante, esclarecedor, é bastante atraente, como um imã que atrai o aço, corações sujos atrai seu leitor.
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Julio 04/07/2014

Obrigatório.
A palavra obrigatório parece ser o último e desagradável adjetivo quando alguém quer forçar o outro a ler uma obra. Não é esse o meu caso.
Além da prosa ser leve e equilibrada, agradando a leitores regulares e a leitores iniciantes, o tema em si já instiga a curiosidade do leitor. Por se tratar da narração de fatos verdadeiros, e que não estão nos livros de história, exercem um fascínio todo especial. Além disso, a obra conta um pouco da história da colônia japonesa aqui no país. Desde a foto da capa ao fim do texto, tudo impele o leitor a prosseguir e a querer saber mais. É uma obra que caiu em minhas mãos por obra do acaso, mas que pretendo comprar para reler em breve.
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CooltureNews 01/02/2014

Coolture News
Em meio a tantas histórias de ficção, sempre encontramos histórias reais que poderiam ser tiradas da mente de algum escritor, não fosse seus personagens terem respirado e vivido em nosso meio. Uma dessas histórias é contada no livro “Corações Sujos” do Fernando Morais, que deu origem ao filme de mesmo nome, este sim ficcional.

Através de uma ótima pesquisa, Fernando Morais reconstruiu os antecedentes, fatos e consequências de um episódio da história desconhecida de muitos: a história da Shindo Renmei e de seu poder dentro da colônia japonesa no Brasil no pós-guerra.

A estrutura narrativa do livro te prende logo no inicio, com a história dos “sete heróis” de Tupã, que pode ser considerado o estopim dos conflitos entre os imigrantes japoneses e os brasileiros. Logo após, é traçado o caminho que levou a isso: preconceito.

O preconceito acaba sendo a base de toda a discórdia, já que durante o período da Segunda Guerra Mundial, foram os japoneses a sofrerem mais com a repressão do governo brasileiro. Foram impostas a eles diversas restrições, como a proibição do uso de sua língua materna, o fechamento de escola nas colônias, congelamento de contas bancárias, recolhido de bens materiais como carros e rádios, entre outras restrições que não foram impostas aos imigrantes alemães ou italianos.

Diante disso, a revolta mostrou-se o caminho natural tanto para se libertarem do preconceito e desconfiança, como para terem a liberdade de seguir o Yamatodamashii – o modo de vida japonês ou o espírito japonês – que grande parte dos imigrantes mantinham mesmo em terras estrangeiras.

Essa revolta se materializou-se no nascimento de diversas associações nipônicas, entre elas, a Shindo Renmei. Essa associação passou a usar de propaganda ideológica e ataques terroristas para “combater” as notícias sobre a rendição japonesa no final da guerra. Aos poucos, foi sendo conhecida e temida pelos imigrantes, mas principalmente pela policia nacional, que promoveu uma verdadeira caça aos dirigentes e matadores da Shindo.

Tudo isso é contado em detalhes ao longo do livro, que contou com entrevistas aos personagens que vivenciaram a história, bem como com arquivos da época, para montar este retrato sangrento e impactante, que levou a máxima a ideia de causa e consequência.

Ao ler o livro, somos conduzidos de maneira imparcial pelas desventuras de toda uma colônia e podemos olhar admirados para o passado ao perceber que apesar de tudo, e ainda que parte deles tenham agido de maneira errada, esses imigrantes apenas lutaram pelo reconhecimento de seus direitos dentro da sociedade brasileira.

Não há como definir lados nesse momento, cada qual teve sua parcela de culpa, tanto o governo como os associados da Shindo, e ambos envolveram pessoas inocentes, disseminaram preconceitos e agiram sem medir consequências. Ao final, fica apenas a certeza de que todos os fatos foram um reflexo histórico dos acontecimentos globais da época, e de que a força dos japoneses em reconstruir suas vidas após grandes perdas ou desastres nunca se extinguira.

O livro certo para quem gosta de conhecer os episódios mais obscuros da história brasileira, sem maquiagem ou pré-julgamentos. Com certeza deveria constar no currículo de todas as escolas do Brasil.

site: www.coolturenews.com.br
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allanpatrick 15/12/2013

Empolgante
Como toda a obra de Fernando Morais, o livro é empolgante e resgata um momento de nossa história que estava quase caído no esquecimento. Farto em informações sem ser chato ou pedante, só faço um pequeno reparo à obra: o epílogo poderia ter trazido mais informações sobre o período pós guerra e a forma como enfim houve a aceitação da derrota do Japão no seio da comunidade.
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Hester1 02/03/2013

muito bom. Parte da nossa história que eu desconheci completamente.
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mura 04/02/2013

Uma grande história e um grande livro.
Tem livros que começamos a ler sem pretensão nenhuma. Foi o que aconteceu comigo com Corações Sujos, li apenas por ser de Fernando Morais. Mas aos poucos o livro nos empolga e é impossível parar de ler. Ainda mais por ser tratar de história pouco conhecida e que aconteceu no Brasil. Além de retratar o fanatismo de certos japoneses, o livro mostra também como foi difícil a colonização para os orientais no Brasil, uma cultura completamente diferente e muitas restrições impostas pelo governo do Estado Novo vigente no país.

Leitura recomendadíssima.
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André 21/01/2013

Os Samurais e Ronins da Colônia
Impressionante como F Morais escolhe temas interessantes para seus livros, Chatô, Olga e Corações Sujos... Conhecer melhor peculiaridades da cultura japonesa, sua disciplina inquebrável, seu fanatismo pela divindade, o imperador, causa espanto. Tudo isso no conturbado período da II Guerra e do Estado Novo brasileiro. Organização secreta japonesa na colônia brasileira matava os patrícios que acreditavam na rendição japonesa, num fundamentalismo dos mais ferrenhos já visto.
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Victor Simião 08/01/2013

Japoneses e a guerra que o Brasil não conhece
Aposto que você é daqueles que sabem que os japoneses vieram ao Brasil há mais de 100 anos, que, com muito esforço, eles conseguiram garantir uma vida melhor, e que a maioria das pastelarias que você frequenta são estabelecimentos comandados por eles.

Isso tudo é clichê. A história dos nossos amigos orientais é muito mais bonita e sangrenta.

E é esse tipo de história que eu não conhecia. Que você não conhece, e que a escola infelizmente não ensina. E será essa a história que você irá conhecer, ao menos um pouco, nesta resenha.

Creio que você conheça a história da primeira guerra mundial. Ou, quem sabe, da segunda. Mas da guerra que os japoneses travaram no Brasil, mais precisamente no interior de São Paulo, eu acho que não.

"Corações Sujos", que teve a primeira edição lançada em 2000, veio para narrar à história da batalha travada pela colônia japonesa pós-segunda guerra mundial nas terras verde-amarelas.

A colônia japonesa que se instalara no Brasil estava dividida. De um lado havia os “Kachigumi”, que significa “vitoristas”. Do outro, os “Makegumi”, ou “derrotistas”, apelidados também de “corações sujos”, pela seita “Shindo Renmei”, cuja qual era ligada aos “vitoristas”, e que tinha como objetivo principal, acabar com os “derrotistas”.

A obra é fantástica. Li em pouco tempo. Abria em todos os locais em que estava para poder ler. Acredito que, por causa disso, perdi vários amigos, pois eles queriam puxar assunto comigo, e eu queria saber como se desenrolava a história.

Sem dúvida alguma, o livro é uma grande reportagem muito bem feita. Coisa de quem sabe escrever. Fernando Morais, autor de “Olga”, “A ilha”, e, o mais recente “Os últimos soldados da guerra fria”, cria um best-seller, e mostra o porquê de ser considerado um dos melhores autores nacionais.

O estopim para o início da “guerra” dos japoneses foi a derrota do Japão para os Estados Unidos, em 1945. Foi a primeira derrota do país, nos 2600 anos que a terra do sol nascente tinha até então.
Aqui, no Brasil, viviam cerca de 200 mil imigrantes japoneses e que acabaram se dividindo em dois grupos: os que acreditavam na derrota do Japão (“Makegumi”), e os que não acreditavam (“Kachigumi”).

Para os “vitoristas”, o motivo para não acreditar era simples: o Japão nunca havia perdido uma guerra, por isso não seria naquele momento que perderia; e pelo fato da notícia ter chego ao Brasil pelo rádio, aquilo significava uma propaganda norte-americana.

Os japoneses que acreditavam na vitória do Japão começaram a ir atrás de quem duvidasse da vitória de seu país de origem. E os matavam. Mas antes, em frente à casa do futuro assassinado, deixavam uma mensagem: “Lave sua garganta, coração sujo”.

Enquanto lia isso, imaginava como era a situação. O medo tomou conta de mim. Imagine, então, de quem viveu na pele aquilo. O que eles sentiram e pensaram? Como reagiram?, me perguntei. E logo em seguida, obtive a resposta, já que o próprio livro traz essas informações.

Com o passar do tempo, vários japoneses se reúnem para organizar um grupo - os “vitoristas” – que acaba sendo batizado de “Shindo Renmei”, que se unem para matar todos aqueles que duvidassem da vitória do país.

Para dar veracidade aos fatos, alguns “Makegumi” falsificavam fotos e alteravam revistas para mostrar a vitória do exército japonês. Ai de quem ousasse duvidar da veracidade de tais informações.

Uma das características dos “Makegumi” era a inocência. Após assassinarem quem deveria morrer, eles tinham ordens explícitas de se entregarem a polícia, pois sabiam das leis brasileiras.

Ao todo, durante a atuação da organização, 23 japoneses foram mortos, e cerca de 150 ficaram feridos entre janeiro de 1946 a fevereiro de 1947. Não houveram mais mortes por conta da pontaria dos “vitoristas”. Por várias vezes eles erraram o alvo – quando não matavam japoneses errados.

O Dops (Departamento de Ordem Política e Social), para conter a ação espalhada pelo estado de São Paulo, prendeu 30 mil suspeitos, condenando 381 de um a trinta anos de prisão. E o então presidente Getúlio Vargas decreta a deportação de oitenta pessoas ligadas à “Shindo Rinmei”.

Um último detalhe que me deixou fascinado foi a pesquisa realizada pelo autor para escrever a obra. Ao final do livro, ele deixa o nome das pessoas que foram entrevistadas. Entre elas, havia alguns ex-membros da “Shindo Renmei”.

Em 2001, "Corações Sujos" levou o prêmio Jabuti de Literatura na categoria Reportagem. Neste ano a obra foi adaptada para o cinema. Infelizmente, não assisti. Me contentei em ver o trailer, e ler sobre a película, que, segundo Fernando Morais, não é totalmente fiel ao livro, já que cria uma história de amor e um novo personagem, mas nem por isso deixa de ser um bom filme.

Ah, um alerta para todos: não estranhe se você começar a andar por aí e começar a imaginar que todo japonês que você vê pode ter sido membro de uma organização secreta, ou que ainda é. Eu também fiquei com o mesmo pensamento durante um tempo – e às vezes ele volta (risos).

Resenha publicada originalmente no blog literário Caçadora de Livros.

http://www.cacadoradelivros.com/2012/11/coracoes-sujos-fernando-morais.html
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Leonardo Rosa 06/11/2012

História desconhecida
Livro fácil de ler e indispensável por se tratar de uma parte da história não contada. Nunca tinha ouvido falar da Shindo Renmei porém é algo bem vivo no passado dos descendentes japoneses. Mostra muito do fanatismo e do preconceito de ambas as partes deixando claro como é desnecessário e destrutivo o exagero de sentimentos, especialmente o étnico-cultural. Recomendo.
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Bia Souza 26/09/2012

Lave sua garganta e leia Corações Sujos
Nunca ouvi falar da Shindo Renmei (Liga do Caminho dos Súditos), uma organização de japoneses patriotas, residentes em São Paulo, que não acreditava que o Japão perdeu a guerra. No livro, Fernando Morais conta que a Shindo matou pelo menos 23 mortos e cerca de 147 feridos. As ações provocaram linchamentos públicos nas ruas do interior paulista, bate boca na votação da constituinte e acirrou os problemas com a xenofobia no Brasil. Aí eu me pergunto: Por que não estudamos isso na escola?

Confira a resenha na integra em : http://cronicasdabia.com.br/2012/09/lave-sua-garganta-e-leia-coracoes-sujos/
Amadeu.Paes 29/08/2013minha estante
Terminei de ler o livro e pensei a mesma coisa: Por que não se ensina isso nas escolas????
Vlw.




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