Girl, Interrupted

Girl, Interrupted Susanna Kaysen
Susanna Kaysen




Resenhas - Girl, Interrupted


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gabi 04/06/2022

Uma viagem em um hospital psiquiátrico
A descrição desse livro é incrível, é tão simples, mas tão real e importante.
A história base é de uma menina que tenta se matar e é internada em um hospital psiquiátrico. Lá, ela constrói relações com essa pessoas que tem realidades mentais tão diferentes.
O mais importante desse livro pra mim é entender algumas doenças mentais de uma forma tão prática, como no capítulo "Viscosity x Velocity" (um dos meus favoritos), que ela descreve a forma que a doença mental se manifesta de forma diferente, pra fora e pra dentro, que são tão diferentes mas de uma origem tão igual. É muito esclarecedor e narrado de uma forma incrível.
Eu amo que algumas vezes ela narra de uma forma que chega a causar dúvida, fazendo com que eu mesma chegue a uma conclusão.
Enfim, vale super a pena se você tem interesse de acompanhar o pensamentos e os acontecimentos de uma pessoa com essas condições a serem exploradas.

"O que eu queria dizer é que agora eu estava a salvo, agora eu era realmente louca, e ninguém conseguiria me tirar de lá."
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Alaska 11/12/2022

Me lembrou como é gostar de ler
Livro maravilhoso! Super rápido e fluido de ler, mesmo se tratando de um assunto tão denso e sensível.
Já faz um tempinho que não leio nada que amo, nada que me faça terminar o livro com aquela sensação de ?precisava ter lido esse livro na minha vida?, e esse livro me trouxe isso.
É incrível a forma que a protagonista descreve toda a experiência no hospício e com as pessoas que conviviam com ela nesse lugar, não só os demais pacientes, mas também os funcionários. Outra coisa que que gostei muito é que no livro, ao contrário do que me lembro pelo filme, mostra um pouco do que acontece na vida das meninas anos depois delas já terem recebido alta.
Achei muito interessante a Suzana falando de como as vezes ela se questiona se ao falar ou fazer algo ela está sendo louca ?If I do something out of the ordinary-take two baths in one day, for example- I say to myself: Are you crazy??, ? I often ask myself if I?m crazy. I ask other people too. ?Is this a crazy thing to say?? I?ll ask before saying something that probably isn?t crazy?
Concluindo, livro maravilhoso que fiquei muito feliz de ter lido depois de tanto tempo com ele na minha listinha de desejos. Supriu todas as expectativas e mais um pouco. Favoritado sem dúvidas!!
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Ana 06/06/2020

esse livro é uma experiência muito complexa. como alguém que também tem histórico com doenças mentais, me senti contemplada por várias passagens. não há romantização ou demonização de nada na obra; só a realidade (ou falta dela) nua crua, e ela choca. emociona.
a autora levanta questões relacionando o que conhecemos como saúde mental e adequação social que eu nunca tinha parado para refletir, mesmo em 2020.
só não é cinco estrelas por eu pessoalmente não me adaptar a narrativas não lineares: me confundo e não entendo alguns acontecimentos
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Yeda 21/08/2022

Girl, Interrupted
(lido ontem, esqueci de logar)

"Emptiness and boredom: what an understatement. What I felt was complete desolation. Desolation, despair and depression".

É impossível ter uma opinião sobre esse livro sem comparar com o filme, sendo que esse é o mais conhecido. Mais aclamado, também. Ao ler a história, a única conclusão possível que encontrei sobre a preferência pela versão cinematográfica é o "shock value", a muleta utilizada durante todo o filme para impressionar quem assistiu.
O livro é bem diferente, não há a necessidade do "shock value". É um relato sobre a experiência da própria autora em um hospital psiquiátrico. Enquanto o filme exagera e inventa tramas para tornar o filme palatável e chocante, o livro "simplesmente" retrata alguns episódios sobre a rotina de um paciente e seus questionamentos sobre a vida que levava, o que é considerado "normal" e "insano" e a linha tênue entre os dois.

"My ambition was to negate. The world, whether dense or hollow, provoked only my negations. When I was supposed to be awake, I was asleep, when I was supposed to speak, I was silent, when a pleasure offered itself to me, I avoided it".

Particularmente, o livro foi muito mais interessante pela dose de realidade que ele entrega. Não há muito filtro sobre o que foi escrito: Kaysen escreveu sobre seus devaneios, suas ideias, sua rotina e seu diagnóstico.

"It was my misfortune -- or salvation -- to be at all times perfectly conscious of my misperceptions of reality. I never 'believed' anything I saw or thought I saw. Not only that, I correctly understood each new weird activity.
Now, I would say to myself, you are feeling alienated from people and unlike other people, therefore you are projecting your discomfort onto them. When you look at a face, you see a blob of rubber because you are worried that your face is a blob of rubber.
This clarity made me able to behave normally, which posed some interesting questions. Was everybody seeing this stuff and acting though they weren't? Was insanity just a matter of dropping the act?"

Boa parte dos questionamentos giram em torno sobre quem ela realmente era, se seus sentimentos eram válidos ou não, se outras pessoas sentiam o mesmo que ela. Isso é muito importante, pois em diversos momentos ela menciona a "vida real" e a vida do hospital psiquiátrico. A dificuldade em sobreviver lá fora, e o conforto sem nenhuma liberdade dentro. E ainda assim, conforto. E reconhecimento. Enquanto o mundo parecia um quebra cabeça com várias peças faltando, havia ordem na instituição, e pessoas "mais ou menos" como ela. E mesmo assim, era um lugar sem liberdade nenhuma, com suas regras "absurdas" e viligância extrema.

"For many of us, the hospital was as much a refuge as it was a prison. Though we were cut off from the world and all the trouble we enjoyed stirring up out there, we were also cut off from the demands and expectations that had driven us crazy.
(...)
In a strange way we were free. We'd reached the end of the line. We had nothing more to lose. Our privacy, our liberty, our dignity: All of this was gone and we were stripped down to the bare bones of ourselves."

A perspectiva dela como paciente e como foi sua experiência em um hospital psiquiátrico é intensa e significante. O diagnóstico oficial, transtorno de personalidade limítrofe ou borderline, só é mencionado nos capítulos finais, o que faz sentido já que ela precisou de um advogado depois de muitos anos para ter acesso ao seu arquivo(e algumas páginas estão no livro).

Lisa não causou danos irreparáveis em nenhuma outra paciente; Susanna não tomou aspirina com vodka e usou a desculpa da "dor de cabeça", aliás, não houve bebida alcoólica naquele episódio. Apesar de Daisy ter se suicidado, pouco se menciona sobre o assunto e, sua história não é parecida com a do filme: eles pegaram as poucas linhas sobre ela e exageraram até ficar "chocante" o suficiente para prender a atenção de quem estava assistindo.

O que há no livro é muito interessante, pois é unicamente a interpretação de uma paciente que estava claramente tentando entender o mundo, a sua condição, a "insanidade", a vida real. Seus pensamentos, suas necessidades, suas dúvidas e debates internos são os protagonistas dessa história; muito interessante ler a versão de uma pessoa com "transtorno de personalidade"(durante sua estadia, apenas isso era mencionado)tentando racionalizar tudo o que era dito a ela, esperado dela e a sua lógica sobre os sentimentos. Susanna tenta explicar tudo o que passa por sua cabeça, o que ela acreditava que fazia sentido, o que ela sabia que não fazia sentido, suas ações; isso foi o que me ganhou, pois em nenhum momento havia a necessidade de estar certa, de falar da forma mais "adequada" e "correta" sobre o transtorno: é simplesmente a perspectiva dela e isso é o que basta. E ainda é esclarecedor em muitas coisas. Se eu pudesse resumir o livro em uma frase seria: Susanna Kaysen analisando sua vida e a si mesma. E eu gostei da liberdade que ela usou para não filtrar ou corrigir sua versão; não é um livro para esperar veracidade e credibilidade, é um livro sobre uma pessoa tentando lidar com seu transtorno e compreendê-lo.

Em um ou em outro momento, Kaysen escreveu sobre algumas outras pessoas que estavam lá. Ainda assim, não eram momentos de profunda análise, apenas o que ela via(também diferente do livro, que exagera as características e histórias de cada uma para ajudarem a criar "um clima"). Junto com as outras personagens, também há explanações sobre o funcionamento e a rotina da instituição. Aliás, a rotina é extremamente importante, não só para manter o hospital funcionando, mas também porque a rotina dava segurança para as pacientes e as ajudavam a criar responsabilidade e confiança.

As "falhas" do relato não atrapalham a leitura, exatamente pelo que foi dito acima: desde o começo o livro deixa claro que tudo que estamos lendo é apenas a perspectiva de uma paciente. Não precisa de fundamentação ou base.
Eu gostei muito mais do livro do que o filme, especialmente pela pessoalidade; ver a situação através da mente de Susanna foi fundamental para que o livro fosse apreciado.
Nathani 21/08/2022minha estante
eu amo as suas resenhas! também prefiro o livro ao filme (apesar de gostar dos dois)




Carol 20/12/2022

Dedicado a pessoas perdidas
?Girl, interrupted?, apresenta a história de Susanna, uma jovem que precisou ser internada em um hospital psiquiátrico após demonstrar ?anomalias? em seu comportamento.
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Que leitura! Me deliciei com cada palavra desse livro. Acompanhar a rotina dessas garotas lutando com seus próprios demônios dia após dia, sem ter uma esperança de melhora é desolador e familiar ao mesmo tempo.
Apesar do livro em si não ter me marcado tanto, ter assistido o filme antes de ler o livro, foi uma experiência muito imersiva.
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Essa obra é para pessoas, que assim como Susanna, estão perdidas em seus próprios labirintos.
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Clara 19/06/2022

so pessoas inteligentes entenderiam isso. e eu entendi.
eu decidi ler o livro porque o filme é um dos meus favoritos, mas lendo, eu tive a sensação que era outra história completamente diferente.
eu vejo muita gente falando que foi difícil de ler e bem chatinho mas eu achei bem gostosinho e hipnotizante. li tudo em 2 dias em meio a uma ressaca literária
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babi 24/03/2022

sobre girl, interrupted
Um dos meus livros e filmes favoritos, escrita poética e engraçada em certos momentos, leitura curtinha, grifei o livro inteiro rs, vou com certeza ler outras vezes. Livro perfeito pra quem gosta d aprender sobre distúrbios mentais. Leitura estranhamente confortante. Explica certinho certos sentimentos. Recomendo MTO MTO
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Samira Bhering 14/11/2023

Esse livro foi uma experiência muito interessante. Confesso que me perdi em alguns momentos e tive que vou reler a mesma parte para entender. Mas, no geral, uma ótima leitura. ?
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Renata_ Pandora 02/08/2023

Maravilhoso, forte e dramático, esse livro me acertou em cheio. Cada personagem é incrível, muito bem inscrito.
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Carmella0 28/05/2024

"Freud and his circle thought most people were hysterics, then in the fifties it was psychoneurotics, and lately, everyone's a borderline personality."
A principal questão do livro é a diferenciação entre a sanidade e a insanidade. Feita por alguém que a observou e experienciou intensamente e com um julgamento tão sóbrio, o livro tem a qualidade única de abranger, ao mesmo tempo, a capacidade de criar identificação com quem passa por situações semelhantes e a análise destas situações. Mais especialmente, das definições destas situações e suas consequências.
A autora toca em vários pontos de tantos aspectos/camadas/relações da insanidade, desde como ela mesma se sentia e interpretava o que estava vivendo, passando pelos médicos, por como os outros reagiam ao saber que ela foi internada, até a análise de seu diagnóstico e suas implicações. Ela constrói uma imagem completa e densa da experiência, perfeita para dar partida a questionamentos, tanto íntimos quanto voltados ao coletivo. Acredito que estes questionamentos sejam muito relevantes nos dias de hoje, com o papel que as discussões e noções sobre saúde mental assumiram no cotidiano.
Me conforta a ideia de que ela considera seu diagnóstico questionável. Frequentemente tenho a sensação de que diagnósticos são tratados como indicadores definitivos das possibilidades de uma pessoa em relação a sua vida e identidade. Ser convidada a pensar sobre isso e chegar a conclusão de que as definições e termos que usamos para falar de saúde mental são maleáveis me traz ânimo. Mais uma maneira de imaginar novas formas de viver.
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samarelooo 05/10/2023

Sane is an insane word
?Girl, interruped? escrito por Susanna Kaysen, é uma história autobiografica. Conta sobre as memórias dos dois anos que a autora passou no hospital psiquiátrico McLean na década de 60. O livro foi adaptado para filme em 1999, e Susanna foi interpretada por Winona Ryder.
Eu tinha assistido o filme antes, e lendo o livro fiquei decepcionada com a retratação dessas pessoas no filme (principalmente a Lisa). Mas a resenha é sobre o livro, e não sobre o filme (que é mediano).
Eu amei ler e entrar na cabeça da Susanna, ela tem uma perspectiva muito interessante sobre a vida. Eu não gosto de ter que avaliar livros sobre pessoas de verdade, pq não tem como fazer isso né... mas o skoob obriga por causa do desafio de leitura.
Super recomendaria esse livro, uma pena que (se eu não me engano) a edição dele em português não é mais fabricada. Super interessante, e mostra de uma forma mto boa como funciona a mente do ser humano.
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