1911 - Missão de Fogo no Brasil

1911 - Missão de Fogo no Brasil Rui Raiol




Resenhas - 1911 - Missão de Fogo no Brasil


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z..... 26/04/2014

Um livro edificante e emocionante, fruto da pesquisa de Rui Raiol, sobre a história da Igreja Assembleia de Deus, centenária como denominação em 2011.
A obra não se propõe a ser um livro didático, apresentando-se de forma romanceada, onde Gunnar Vingren, um dos missionários fundadores, conta a trajetória da igreja para um jovem jornalista durante a viagem de retorno definitivo a sua terra natal (Suécia, 1932) após 21 anos de evangelização e pastorado no Brasil. Os fatos são verídicos, mas a entrevista resulta de opção para apresentar a história. Ressalta-se nesse ponto a figura do autor e seu envolvimento investigativo.
O capítulo 14 traz uma narrativa para reflexão sobre a transitoriedade da vida e perseverança em Cristo.
Conhecemos a Assembleia de Deus desde seus primeiros anos, com a chegada em Belém de Daniel Berg e Gunnar Vingren em 1910, ressaltando-se suas motivações, dificuldades e visão missionária.
Os relatos ora impressionam pela dramaticidade (perseguições, apedrejamentos, oposição religiosa, doenças, tentativas de homicídio, acidentes...) ou apresentam-se curiosamente engraçados nas impressões iniciais dos estrangeiros com a terra (a descoberta do canto dos galos nas madrugadas, o "anoitecer rápido", os hábitos do nortista, o café adocicado, o contraste entre riqueza e pobreza nas ruas de Belém no final do ciclo da borracha, etc).
Qualquer observador atento descobre muitas coisas em um histórico associado a edificação e motivação para todo crente.
Alguns dos pontos históricos que descobri e cito foram a origem da Assembleia de Deus (denominação) na Igreja Batista, o crescimento rápido e a visão pentecostal.
Me impressionaram as barreiras para a evangelização, como a que ocorreu em minha terra (Macapá) com a proibição do evangelismo imposta aos missionários por autoridades religiosas, havendo a retirada à força de suas Bíblias com uma celebrada queima das mesmas na principal praça pública, em 1916. Conheci irmã na fé, já falecida, que viveu isso na infância e contava com emoção a história.
O capítulo treze também impressiona pela perspectiva de um cristianismo onde Jesus não é o cabeça. Triste, mas infelizmente real na prática para muitos. Livra-nos Deus para não sermos esses protagonistas em nosso viver!
Nessas breves considerações que se destaque um incentivo à leitura, para mim, apenas o primeiro dos livros que reuni e estou em estudo sobre a Assembleia de Deus.
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