Anna 29/10/2010
Paneb, o Ardoroso - ainda mais emocionante
Este é o terceiro volume da série “A Pedra da Luz” de Christian Jacq. Depois de focar nos dois personagens principais, o mestre- de obras Nefer e a mulher sábia Clara, Jacq foca em Paneb, um dos mais interessantes artesãos da confraria.
No primeiro volume, conhecemos a luta de Paneb para fazer parte da confraria. Ele ouviu o chamado e sabia que seu destino era ser pintor. Concentrou todos os seus esforços para alcançar o objetivo de fazer parte do Lugar da Verdade. Suas provas foram difíceis, mas o resultado foi surpreendente.
O volume 3 inicia-se descrevendo a morte do faraó Merneptah. Filho de Ramsés II, o Grande, Merneptah lutou para manter o legado de seu pai e a confraria. Agora com a morte de Merneptah, o lugar da verdade teme o seu destino que será ditado pelo novo faraó. O filho de Merneptah é coroado rei do Egito, Sethi II.
Usando este nome, várias especulações rodam a corte e a cabeça dos artesãos do Lugar da Verdade. São poucos os faraós que possuem força suficiente para carregar este nome e canalizar a fúria do Deus Seth para o bem.
Como Sethi II já estava em idade avançada, seu filho Amenemesse tinha certeza que seria coroado faraó no lugar do pai. Ao ver o pais assumir o trono, este declarou-se faraó também e o Egito ficou dividido em Alto e Baixo Egito.
O Lugar da Verdade fica dividido. Qual faraó obedecer? Deverão interromper os trabalhos na morada eterna de Sethi II? Amenemesse mandará demolir a morada de seu pai? Haverá uma guerra civil? Como manter a missão da confraria? Como construir, em tempo recorde, tantas obras? Os jogos de poder começavam a prejudicar aqueles que possuem a missão de perpetuar a vida e alma dos faraós.
Além de todos estes problemas, os artesãos do Lugar da Verdade estão cada vez mais ameaçados pelas ambições do traidor. Este artesão, que abdicou de toda ética e verdade que aprendeu na comunidade, está disposto a ir cada vez mais longe para descobrir os segredos da pedra da Luz. Sua inveja de Nefer, o Silencioso, alimenta o ódio e o sentimento de injustiça que ele carrega. A cada novo fracasso, o Mehy, Serketa e o traidor(cujo o nome ainda não foi revelado) investem com mais força e audácia para destruir o Lugar da verdade.
Em meio a tudo isso, Paneb é convocado a realizar sua obra-prima. Prova mais difícil pela qual pode passar um artesão da confraria. Ele deverá encontrar o caminho e a matéria-prima para realizar sua obra e mostrar aos seus pais adotivos que é digno de perpetuar a vida dos faraós com sua pintura.
Muito mais dinâmico que os volumes anteriores, Paneb, o Ardoroso, é ainda mais fascinante do que o volume 2. Cheio de intrigas, mistérios, guerras pelo poder e traições. Porém, o nome do artesão traidor está guardado a sete chaves por Jacq que só revelerá no quarto e último volume.
Para quem leu o primeiro volume e desistiu(como eu quase fiz), não faça isso. O volume 1 traz uma certa decepção, principalmente para quem já leu a saga de Ramsés, o filho da Luz. Mas vale a pena. O segundo e terceiro volumes são muito bons e vale a leitura!
Agora é aguardar pelo volume final onde tudo será esclarecido….