Espinho de Ferro

Espinho de Ferro Caitlin Kittredge




Resenhas - Espinho de Ferro


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Yasmin 02/01/2013

Universo surpreendente e fascinante.

Assim que vi o livro entre os lançamentos da Rocco sabia que ia ler. Primeiro porque sempre leio novas séries da Rocco e segundo porque a história pareceu diferente da maioria do que já havia lido. Não falava muito, mas era fantasia e assim que o livro chegou pela parceria com a editora comecei a ler. A maior surpresa foi constatar no começo que não era apenas fantasia, mas uma mistura dela com steampunk. Caitlin Kittredge criou um universo sombrio, rico, misterioso e que ousou ao unir diversos seres em um único cenário.

A história começa com Aoife no hospício em mais uma visita a mãe, que está mais delirante do que nunca. Aoife teme a data que se aproxima. Ninguém de sua família escapou da loucura depois dos 16 anos. Como tutelada do estado ela sabe que não foi pouca coisa conseguir estudar na Academia. Se não ficasse louca teria uma carreira no Engenho, mas quando uma misteriosa carta de Conrad chega Aoife se vê mais distante desse futuro. Seu irmão está desaparecido, sempre em fuga. A carta diz para ela ir à Arkham, e encontrar o "alfabeto da bruxa". Aoife não tem ideia do que isso significa, mas a simples sugestão de conhecer a casa do pai e descobrir mais coisas sobre a própria família a anima. Sair de Lovecraft é arriscado, existem criaturas soltas fora dos limites da cidade e existe o risco de ser pego pelos corvos mecânicos confundidos com heréticos. Aoife sabe que é um caminho sem volta. Depois de se arriscar consegue um guia. Dean, um rapaz esguio e astuto. Seguindo por caminhos tortuosos eles chegam a Arkham, a casa é sombria e majestosa. É lá que conhecem Bethina, a empregada da casa, que está apavorada desde que "sombras" levaram Conrad. Aoife tem que encontrar respostas e ainda lidar Cal, que não para de dizer que tudo é impossível e com o misterioso Dean.

A partir dessa premissa a história se desenvolve, mas seria estupidez dizer que o parágrafo acima resume bem a história toda. A viagem de Aoife até Arkham, por exemplo, é repleta de acontecimentos e a situação na casa do pai de Aoife é mais complicada ainda. O que encontra na casa é o contrário de tudo o que sempre acreditou. A narrativa da autora é rica em detalhes e mitologia criada por ela é fascinante. O ar sombrio e o ambiente desolador parecem sempre frio, escuro e sempre tenso, com algo a espreita, mas é vívido. Fiquei surpresa com o tanto que gostei dos elementos do steampunk. A cidade de Lovecraft é interessantíssima. O ferro e o vapor lado a lado, a forma como ela descreve a cidade e os contrastes quando ela começa sua viagem.

A trama e os personagens não ficam atrás. O mistério por trás da casa do pai de Aoife é ótimo, mas aliado a possível loucura de Aoife e ao sumiço de Conrad fica impossível largar o livro. O ritmo é cadenciado, alternando momentos de ação e momentos tensos. Pistas, novidades e novas informações surgem a todo o momento deixando a trama mais instigante. Dean, o guia de Aoife e Cal é um mistério, com personalidade forte, foi muito bem concebido e ao contrário de Cal não espera normalidade das pessoas. Cal é um garoto padrão da sociedade, achando tudo esquisito e contradizendo tudo o que Aoife encontrava. Ele só não foi um completo chato porque quase caí dura nas páginas finais com uma reviravolta impensável.

O final surpreende e encerra a história em um ponto crítico. O que só me deixou mais curiosa ainda. A autora me pegou de surpresa com a sequência final. Realmente não estava esperando nem pela metade. Com a maldição do campo de lírio quebrada todo o mundo de Lovecraft está para ruir. A verdade vai vir à tona? Mundos novos, elfos, vampiros, bruxas, e diversos outros seres sombrios. O dom de Aoife vai ajudar em algo?

Leitura rápida, interessante e instigante. O universo é rico e a história de Kittredge extremamente criativa, inovadora. A edição da Rocco está ...

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/01/resenha-espinho-de-ferro.html

Trilogia Código de Ferro: - Caitlin Kittredge
1- Espinho de Ferro
2- The Nightmare Garden
3- The Mirrored Shard

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carinavd 23/09/2013

Nada por fora indica o que iremos encontrar na história...
Em suas 500 páginas (sim, esse livro é grande) não há um momento para pausa. É ação, ação e ação. Não é o melhor livro que já li, e tive sim alguns problemas, mas essa história me fez viajar por 1 semana, e me deu uma desculpa para não entrar no computador todo o dia quando voltava do trabalho. E agora que eu acabei estou me sentindo assim... vazia, desocupada, com um buraco na minha imaginação.
Esse livro tem uma capa feia. E nada por fora indica o que iremos encontrar na história. Até o nome traduzido não tem muito a ver e por isso eu entrei completamente despreparada para a aventura que me aguardava junto da doce e inteligente Aoife. (por que esse nome? por que? - e o pior é que é o único nome do livro que é assim ruim. Todos os outros são "normais")
Como eu já disse, não sabia que era um Steampunk e por isso demorei muito para me situar. Eu sabia que se passava depois de uma grande guerra, mas não sabia bem qual. Imaginei que fosse a primeira, mas lá para frente do livro percebi que era a segunda. O livro se passa no ano de 1955, como descobri da metade para o final, com o diário que tem uma data. E até eu chegar nessa parte não tinha certeza de nada. E isso foi uma coisa que senti falta da autora, ela deveria ter pesquisado melhor essa década de 50 para fazer os costumes de acordo. Em alguns momento eu sentia que a Aoife queria ser a Srta Alexia Tarabotti, de Alma?, com as regras de etiqueta de outro século.
Mas quando a personagem assume a sua personalidade, ela é ótima. Ela é uma mecânica, uma engenheira, ela pensa em números. Ela trabalha e estuda cercada de meninos, ela está entrando em uma área que até hoje é dominada pelo sexo masculino. Ela gosta de se sujar, de graxa, de coloca a mão na massa e ver/fazer a máquina funcionar. E é essa a personagem que me conquistou. Forte, desbravadora, que ignora os próprios medos e acredita no que pode fazer.
E com tudo isso ela vai quebrar maldições, andar por terras desconhecidas, descobrir a magia dentro de si, perceber que está condenada e nem por isso parar/deixar de lutar e amar. Perceber que o melhor amigo é um mostro, um lobo mau, e mesmo assim não desistir dele, salvá-lo em nome da amizade e fazer ele acordar. Apesar de tudo que a vida jogou nela, ela olha para frente e segue, sem preconceitos, quebrando paradigmas e fazendo guerras, né? Afinal, nem tudo pode ser perfeito e ações tem consequências.
As tecnologias Steampunk que a autora descreveu é uma das mais completas e complexas que já li, com direito a autômatos, corvos mecânicos e canhões de éter (também conhecidos como televisão). Mas de novo, achei estranho a data que ela resolveu colocar a história. Nessa data já havia energia nuclear. A elétrica já estava com força total na sociedade ocidental. E ela voltou a tecnologia do vapor e éter característicos desse gênero.
Ela colocou ainda um pouco de distopia na história (só para misturar um pouco e criar mais um desafio para protagonista) e temos a presença de um governo totalitário, repressor, que não acredita e abomina a magia, (qualquer tipo de magia) e ainda queima os condenados. Dependendo do crime, só as mãos, se a pessoa for uma bruxa completa, é pra fogueira mesmo.

site: http://ninoca-jolie.blogspot.com.br/2013/09/livro-espinho-de-ferro.html
cattjubs 06/03/2022minha estante
eu achei a capa tão linda, mas tudo bem auhsushdusu até melhor que da segunda e terceira




tiagoodesouza 07/06/2014

Espinho de Ferro | @blogocapitulo
Sabem aqueles livros que a gente quer ler por que a capa e título são chamativos e sugerem algo do que se esperar no decorrer da leitura? O meu contato com Espinho de Ferro começou assim, porque eu não tinha muita ideia sobre o que de fato se tratava essa história antes de começar a lê-la, mas sabia que ia gostar.

"A única coisa de que sempre tivera certeza eram as máquinas. Máquinas e matemática faziam sentido quando o mundo parecia estar desmoronando em torno de mim."
Página 266.

Um ponto que eu quero destacar logo no começo é o seguinte: eu não sei classificá-lo dentro de um gênero ou subgênero literário, pois ao mesmo tempo em que ele apresenta características de alguns, outros elementos o contradizem. Há um clima steampunk no decorrer do livro, evidenciado por máquinas voadoras, engrenagens e mesmo autômatos como aquele que cobra o pedágio na ponte. Além, é claro, da presença de criaturas estranhas. Mas o livro não se passa na era vitoriana, supostamente o período em que o steampunk é ambientado.

Nós vamos nos encontrar em Lovecraft, nos EUA, acompanhando Aoife Grayson num manicômio onde sua mãe está internada. Depois, vamos com ela à escola e é lá que ela recebe uma misteriosa carta de seu irmão, também condenado pela loucura. Como vocês perceberam, a loucura é uma constante na vida de Aoife e acomete sua família sempre que alguém chega aos dezesseis anos. Todos temem a proximidade do aniversário de Aoife e a manifestação de seus primeiros sinais de loucura.

Espinho de Ferro também pode ser visto como uma distopia e/ou uma fantasia sombria. Embora não apareça muito, há uma forma de governo controlador e ele está nas mãos de um homem a quem as pessoas devem muito respeito. Há algumas décadas, um mal chamado necrovírus atingiu o mundo e algumas pessoas acometidas por ele sofreram mutações bizarras tornando-se virais, como os vampiros e os carniceiros noitibós. A mãe de Aoife foi acometida pelo necrovírus enquanto estava grávida de Conrad e, acredita-se, por conta disso a loucura afeta seus filhos.

Sem muito o que perder, Aoife acaba embarcando numa jornada em busca de descobertas que podem esclarecer ou levantar muito mais questões a respeito de seu mundo e de sua família. Ela vai acompanhada de Cal, seu melhor amigo na escola, e Dean, um guia que conhece o melhor caminho para fora da cidade.

Eu demorei um pouco pra ler esse livro, mas até curti bastante. Ele é narrado em primeira pessoa e as descrições são bem feitas, tanto nos momentos de acontecimentos grandiosos quanto nos mais simples. Caitlin é bem detalhista em alguns pontos. Aoife às vezes demonstra uma inocência desconcertante e pode causar um certo incômodo.

Apesar da mistura de gêneros causar uma certa confusão, eu recomendo a leitura. Os acontecimentos finais abrem um leque enorme de abordagens para o próximo livro, Jardim do Pesadelo. O que me alivia é que eu já tenho o livro aqui para ler!

"(...) Uma mente bem organizada não pode cair na loucura, ser consumida por seus sonhos, ficar doente nas fantásticas e improváveis nações que apenas os loucos conseguem visitar."
Página 33.

site: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2014/04/resenha-espinho-de-ferro.html
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Jéssica @paraisoliterario 29/07/2014

Espinho de Ferro {Resenha para o Lendo & Comentando}
Já faz um tempo que a Rocco lançou Espinho de Ferro, o qual eu estava louca pra ler, mas acabei esquecendo dele em meio a tanta coisa para ler e trabalhos para fazer, sem falar das provas... Mas enfim decidi que era hora de ver sobre o que essa estória falava.

O livro começa com Aiofe fazendo uma visita para a mãe, mas não em um lugar qualquer porque ela está internada em um hospital psiquiátrico. Ao chegar lá a garota percebe que sua mãe está pior que da última vez que a viu, ainda que acreditasse que piorar não fosse possível no caso da sua mãe.


O que deixa a adolescente ainda mais apavorada com a situação toda é que essa insanidade parece ser genética uma vez que nenhum de seus parentes conseguiu escapar dela ao completar 16 anos. Esse fantasma a persegue por toda a sua vida e ela tem que conviver com o medo de que em algum momento ela possa acabar no mesmo lugar em que sua mãe, perdida dentro de si mesma.

Uma vez que sua mãe não consegue cuidar dela, Aiofe passa a ser tutelada pelo Estado e, por um golpe de sorte que ela sabe reconhecer, ela vai parar na Academia Lovecraft, uma importante e renomada instituição e isso da um certo direcionamento à sua vida, caso ela não sucumba a loucura, mas os dias em que estudava com Cal chegam ao fim quando ela recebe uma carta. Nela, Conrad fala para a menina ir até Arkham, e encontrar o que eles chamam de "o alfabeto das bruxas" e isso deixa o futuro seguro e confortável que ela imaginou ainda mais distante do que ele já parecia estar.

Outra complicação para a jornada que ela deve fazer é o fato de que Aiofe não faz a mínima ideia do que seja o item que deve procurar. Além do mais todo mundo sabe que ao sair de Lovecraft é extremamente perigoso por causa de todo tipo de criaturas perigosas que existem por aí, mas não é como se ela tivesse muita escolha. Ela tem que ir e sabe que não existe uma forma de, depois de começar a jornada, voltar à vida que tinha antes.

Algumas páginas depois somos apresentados a Dean, o guia que a garota conseguiu para seguir em frente em sua aventura, um cara bem esperto, como era de se esperar já que dependerá dele a sobrevivência dos dois. Depois de muitas situações perigosas os dois finalmente chegam ao destino da garota, mas será que ela conseguirá as respostas que precisa só de fazer uma jornada?

Esse livro tinha tudo pra me fazer gostar dele, mas acabei não conseguindo me conectar tanto com a personagem principal e isso fez a leitura demorar um pouco mais que o necessário. Acredito que isso seja porque não ando querendo ler livros com temática sobrenatural no momento, fico me perguntando se eu não gostaria mais dele se não tivesse nesta minha ressaca literária esquisita.

Pra quem está procurando um enredo original, eu recomendo muito que leia Espinho de Ferro, mas se você estiver passando por uma temporada onde não queira ler nada fantasioso recomendo não cogite essa leitura no momento porque vai acabar como eu.

Já li vários comentários a respeito desse livro na internet, a maioria extremamente positivos, e é por esse motivo que penso em dar uma chance pra obra assim que voltar a ler YA. Outra reclamação frequente diz respeito ao temperamento de Aiofe, que realmente às vezes é bem irritante, mas você acaba se acostumando com ele e ela também evolui bastante durante a leitura.

Eu realmente acho essa capa linda, e se vocês olharem a original verão que a nossa é um pouco mais escura, mais sombria. Isso combina ainda mais com o enredo que Caitlin traz para seus leitores. A diagramação é bonita e simples, mas não tem muito como falar disso aqui.

site: http://www.lendoecomentando.com.br/2014/06/espinho-de-ferro-codigo-de-ferro-1.html
cattjubs 06/03/2022minha estante
te entendo perfeitamente! To escrevendo aqui depois de muitos anos ishsuwudu mas esse livro caiu muito bem pro meu momento atual, mas o que vc sentiu deve ter sido o mesmo que senti em A Seleção. Se eu tivesse lido antes teria gostado mais, mas quando li, achei a protagonista chata. Já esse eu amei a protagonista, mesmo reclamando às vezes, não ficou chato pra mim!




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Celepb 05/01/2015

Muito bom, porém...
Espinho de Ferro era um livro que fazia um bom tempo que eu queria ler, porém duas coisas me impediam: a disponibilidade nas livrarias que eu frequento e o preço, esse livro é absurdamente caro e o preço dele não justifica os erros que encontrei durante a leitura e principalmente o fato de o livro começar a se desprender da capa lá para o final da história, isso foi uma coisa que me decepcionou bastante, mostrando a falta de cuidado da editora! Bom, tirando as partes ruins a história é realmente interessante, tem toda uma mitologia própria e o final foi muito bom, gostei muito da Aoife e na maior parte das vezes quis brigar com o Cal, pense em um garoto chato, mas no final sabemos seus motivos para agir daquela forma. A história tem um enredo bastante misterioso, deixando o leitor ansioso por respostas, mas eu esperava algo mais, não sei dizer o que exatamente, talvez o fato do livro ter começado a descolar lá pro final não tenha contribuído muito para me apaixonar pela história, mas nem por isso eu vou deixar de dar 4 para ela, eu esperava dar um 5 por causa de tantas resenhas positivas sobre esse livro, mas a história não me encantou a esse ponto. De qualquer forma eu recomendo para quem gosta de uma fantasia misturada com steampunk, um pouco de romance e ação!
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cattjubs 06/01/2022

Mágico!
O modo com que essa escritora descreve cada detalhe é incrível e me prende totalmente ao enredo. Às vezes é meio complicado entender sobre o que ela está descrevendo, com palavras bem diferentes, mas nada que atrapalhe a leitura. Personagens muito bem desenvolvidos, um plot twist no final sobre muitas coisas que me deixaram boquiaberta e agora fiquei com o gostinho de quero mais. Não dava nada para ele quando o peguei na biblioteca, mas ao começar a ler aquela história me deixou muito interessada. Dean o garoto problema que a gente ama, mas pena que é fumante, e Cal, o certinho, chiclete da Aoife. Uma tristeza que é uma trilogia meio flopada e aparentemente o terceiro livro não tem tradução, mas espero dar um jeito de ler tudo até o fim. Recomendo demais se afundar nessa leitura no interior, no meio de muito mato, isso deixa tudo ainda mais mágico. Mas se não for possível, o encantamento desse livro é tão poderoso quanto a um diário que vocês conhecerão no fim (não quero dar spoilers para quem não leu ainda). Estou apaixonada pela escrita dessa mulher e vou urgentemente tratar de conhecer mais livros dela!
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