Wanderson 08/09/2014
Para melhorar o mundo, devemos melhorar a nós mesmos
Não precisamos aceitar as coisas como são. Podemos moldar a realidade a partir de nossa visão pessoal, mas para isso precisamos reformar o conceito de impacto e influência. A história vista como a biografia de grandes homens é um modelo que nos faz acreditar que nossas ações são menos importantes do que na verdade são. Mudar a si mesmo, ao mudar sua percepção do que é importante, e de quem causou as maiores mudanças no mundo.
O que torna algo grande é a coletividade, inclusive o mal. Não devemos ser passivos diante do mal. E uma vez que entendemos o poder de mudança que um indivíduo possui, poderemos nos tornar autores da mudança que queremos promover. "Mudar o mundo" sobre uma perspectiva prática nos leva a considerar estágios concretos de atuação. Pessoas no passado tentaram provocar mudanças normalmente o fizeram de forma espontânea e intuitiva. Mas Gene Sharp propôs uma lista de 198 ações não violentas que mudaram o mundo. Pode ser um começo para você.
O autor trabalha algumas armadilhas de pensamento, como a falácia da falta de dinheiro. A falta de dinheiro pode dar a impressão de que nos livramos de uma enrascada: gostaríamos muito de ajudar, mas a situação financeira nos impede. Entretanto, a verdadeira generosidade consiste em mais do que fazer um cheque e colocar moedas em uma lata. A crença do amor deve ser subjacente a toda prática humana e só assim poderemos mudar o mundo. O amor é sábio, o ódio é tolo. Nós temos que aprender a tolerar uns aos outros. Nos temos que aceitar que algumas pessoas dizem coisas que não gostamos. Mas ainda sim, cultivar a bondade, a caridade e a tolerância.
Por fim, mude o mundo por seu testemunho. Fale sobre o que acredita, da forma que puder a quem quiser ouvir e faça as pessoas compreenderem sua visão. Entenda que as mudanças são empreendimentos coletivos. Rosa Parks e Martin Luther King não foram os responsáveis pela mudança, foram os porta-vozes de pessoas que se organizaram e criaram estratégias. O carisma de uma liderança nunca nos libertou e nunca nos libertará, pois a liberdade é, por definição, a compreensão por parte dos indivíduos que eles são seus próprios lideres.