A Ausência

A Ausência Agatha Christie




Resenhas - A Ausência


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Linn 17/06/2010

Puxa vida, que livro diferente !

A princípio, achei que fosse mais um clássico de Agatha Christie. Um assassinato. Suspeitos. Uma mente brilhante que desvenda o mistério. Conforme as páginas foram sendo viradas, fiquei frustrada ao perceber que o cenário não variava, ou que a diversidade de personagens era inexistente.

Mas fui surpreendida por um suspense leve sobre a verdadeira natureza da Sra. Scudamore. A profundidade dessa personagem é impressionante. Os mínimos detalhes de sua vida e de sua mente foram exploradas sem que o leitor se dê conta de que todo o enredo se resume às aflições e à descoberta da identidade de Joan.

Genial !
Iva 31/10/2016minha estante
Tão minha mãe...




Fran RW 13/05/2012

"A Ausência" - Mary Westmacott (Agatha Christie)
Este foi um dos seis romances que Agatha Christie escreveu como Mary Westmacott. Não é uma história policial e a autora fala um pouco sobre ele em sua autobiografia. Ela o escreveu em 24 ou 48 horas, não lembro exatamente, só sei que depois disso ela dormiu ininterruptamente durante um dia!

Na história, Joan Scudamore, uma mulher de meia-idade, fica "presa" no deserto durante uma viagem de regresso do Iraque à Inglaterra, quando o trem que a levaria fica atolado e impossibilitado portanto de pegá-la em Tell Abu Hamid. Sem ter o que fazer e estando só, Joan passa seus dias numa casa de pernoite, pensando em si mesma. E o que descobre lhe causa dúvidas e de certa forma lhe assusta. Ela passa a pensar nos filhos, no marido, nos amigos, enquanto tenta sobreviver a suas reflexões.

"A Ausência" não é um daqueles romances que emocionam, mas é gostoso de ler. Tem uma narrativa leve e uma linguagem simples, que permite abandonar o dicionário a quem costuma ler acompanhado de um. O enredo pode parecer dos mais desinteressantes, mas não é. O leitor acaba simpatizando de uma forma ou de outra com todos os personagens e a leitura não proporciona sobressaltos, choques repentinos, como a maioria dos romances, e faz o leitor pensar tanto quanto Joan. Faz perceber que, como dito no próprio livro, basta ficarmos sozinhos por alguns dias para descobrirmos coisas espantosas a nosso respeito.

Tive pena da protagonista no final. Como dizia seu marido Rodney, "Pobre pequena Joan!".






(09/03/2011)



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Aline.Sacramento 15/03/2022

É completamente diferente de tudo que já li da dona Agatha, mas eu acabei gostando mais do que esperava. Mas fica um gosto amargo no final porque faz vc refletir sobre si mesmo e as suas relações com as pessoas.
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day 11/08/2013

maravilhoso!!
Um livro muito interessante e prazeroso de se ler.
um livro da escritora Agatha Cristie,usando o pseudônimo de Mary Westmacott.
O livro conta a história de Joan,uma mulher casada com um bem sucedido advogado inglês que sempre foi um marido e pai exemplar.
Joan viaja a Bagdá para visitar sua filha e na volta desta viagem ela reencontra sua antiga amiga de colégio Blanche,que era uma das moças mais bonitas da escola.
Ao reencontrar Blanche,Joan vê como sua amiga parece velha,maltratada pelos anos e com roupas baratas.
Vendo Blanche naquelas condições Joan pensa,que bom que meu destino não foi como o dela.
Porém depois daquele reencontro e da conversa com a antiga amiga,Joan nunca mais será a mesma.
Joan é realmente feliz? seu marido a ama verdadeiramente? e seus filhos a amam também?
O trem de JOan atrasa dias para chegar e neste tempo ela começa a avaliar como foi seus anos de casada...
será que ela é realmente feliz? ou vive de aparências?
É um livro muito bom de se ler,nos leva a refletir sobre nossas próprias vidas e avaliar o que estamos fazendo...vivendo ou fingindo uma vida que não existe?
uma leitura maravilhosa!! recomendo.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br/2013/08/na-companhia-das-estrelas.html
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Uiara 25/08/2015

Reflexivo
O argumento do livro é bem simples: Joan e uma senhora inglesa, casada e mãe de três filhos com famílias formadas. Em retorno de viagem ao Oriente médio, reencontra uma velha amiga de escola, cuja aparência fracassada lhe incomoda muito, e Joan admite que gostaria de um tempo sozinha para refletir sobre si mesma. O pedido de concretiza e Joan fica presa em uma estação de trem solitária por uma semana, devido ao mau tempo. Ela inicia o retiro forçado acreditando que sua vida é perfeita, mas dia a dia ela vai chegando a conclusões que indicam o contrário: sua futilidade acabou tornando a via de seu marido e família em um inferno! Quais decisões ela tomará a partir do reconhecimento desta realidade? O livro, apesar de ser quase um monólogo, e muito bom de ler, não se tornando monótono. Em resumo, pode-se dizer de Joan: o pior cego é aquele que não quer ver!
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Solange 29/01/2011

Excelente
Confesso que quando comecei a ler "A Ausência" eu esperava mais um clássico mistério elaborado pela Agatha Christie. Porém, o livro definitivamente não segue essa linha. Pelo contrário, é uma estória sem grandes acontecimentos, onde a personagem volta constantemente ao passado.

O que mais me chama atenção é o cuidado que a escritora teve para desenvolver a linha de pensamento da personagem com uma riqueza incrível de detalhes. Além disso, o livro não conta com grandes acontecimentos, mas prende o leitor que se apega a personagem e acompanha seu raciocínio durante toda a leitura.

Por fim, o desfecho me surpreendeu muito, pois eu esperava um final completamente diferente. Enfim, eu recomendo a leitura.
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Annaplima 10/04/2022

Reflexão
Uma mulher que reflete sobre sua vida em um momento de solidão.
Gostei bastante. Faz a gente refletir sobre nossa própria vida.
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Julia3932 22/09/2023

Sufocante!
Definitivamente, o melhor livro escrito por Agatha Christie que já li até então. Esse livro se diferencia por não ser um dos clássicos mistérios cheios de assassinatos e suspeitos que estamos acostumados, mas Agatha concluiu sua missão com êxito.

Foi impressionante a forma como cada página era mais mirabolante do que a anterior, a forma como os fatos foram apresentados é sensacional!

Com personagens tão complexos quanto a própria história. Com certeza é um daqueles livros que eu gostaria de ter a oportunidade de ler novamente como se fosse a primeira vez.

Recomendo fortemente. ??
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Gerson 01/02/2015

Reflexão e descoberta
Peguei esse livro para ler em busca de bom e rápido entretenimento como só um livro de Agatha pode proporcionar. Confesso que esperava uma trama de detetive com crimes, provas e deduções fantásticas. No inicio, como outras resenhas falam aqui, me decepcionei pois parecia um texto um tanto insipido, até enfadonho. No entanto perseverando um pouco percebi que era um livro sobre ingenuidade, introspecção e auto descobertas daquelas que se consegue em momentos de solidão e contemplação como em um deserto ou em uma montanha. Sem nada para se entreter , ou distrair, a personagem não tem outro jeito senão voltar-se para dentro de si mesma repassando e reavaliando momentos de sua vida. Mostra como nós fugimos da realidade criando uma própria para nós mesmos. Outros que convivem com ela tem uma visão mais clara de sua vida do que ela mesma e o marido ao final do livro profere um pensamento que define a personagem perfeitamente.

Uma boa leitura, mostra como Agatha era criativa.
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Anna1452 24/09/2017

Partes favoritas
"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma, para a eternidade.
Se isto é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou."
- Soneto 116 de Shakespeare (pag 77 a 78).

"Mas isso parece apenas aprofundar a piedade que se por toda a raça humana, tão vulnerável, tão inclinada ao medo, à suspeita e à ganância, e às vezes capaz de atos inesperados de altruísmo e coragem. Esta talvez seja a única compensação que existe: o aumento de nossa compaixão." (pág 113)

"Se você amasse as pessoas, deveria conhecê-las.
Você não as conhecia porque era muito mais fácil acreditar nas coisas agradáveis e simples que você gostaria que fossem verdades, e não se incomodar com as coisas que eram esmo verdadeiras." (pág 166)

"você está satisfeita em apenas sentar-se e olhar pela janela para as montanhas. No entanto, não as está vendo. Você olha para algo que só você mesma vê, não é? Você vive em sua mente uma grande emoção, ou passou por uma. Você tem uma tristeza? Ou uma grande alegria?" (pág 188)
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Adriana 15/02/2019

Egoísmo ou Altruísmo?
Antes de tudo, devo dizer que esse livro me perturbou bastante. A história é sobre uma mulher presunçosa que tem que passar alguns dias em um posto isolado do deserto no Oriente Médio enquanto espera por um trem, sem ninguém para conversar e nada para fazer.
Sozinha, ela começa a relembrar momentos de sua vida toda, até que ela tem um colapso mental quando chega a algumas conclusões sobre ela.
Uma vez me falaram que o livro era um retrato devastador do isolamento emocional que o personagem sofre, quando a negação é seu mecanismo de defesa. E eu concordo plenamente.
Quem nunca prometeu, em profunda reflexão, mudar sua vida, e então, quando chegou a hora, se desfez em negação?
Ausência na Primavera faz você examinar suas próprias ações e a verdadeira motivação delas - egoísmo ou altruísmo?
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Fer 19/12/2021

Perturbador
A vontade de ler esse livro surgiu enquanto lia a autobiografia da Agatha Christie. Um livro que ela relata ter escrito porque quis e como bem entendeu, usando pseudônimo para diferenciá-lo de suas histórias policiais. Totalmente diferente, totalmente íntimo, humano e perturbador. Um livro que conta a história de uma mulher obrigada a lidar com seus pensamentos e que nos carrega juntos nessa empreitada. Incrível! E arrisco dizer, por hora, minha obra favorita dela.
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Kamilla 07/07/2023

Pobre Joan...
A protagonista do livro é Joan, uma mulher casada e de meia idade, que por um imprevisto é forçada a passar alguns dias em um deserto e com isso acaba se entregando a um estado introspectivo onde vem a conhecer mais de si mesma.

Joan acaba juntando as peças do quebra-cabeças da superficialidade que permeia a sua vida e a relação com os seus familiares.

Eu entendo que de certa forma a personagem ao longo dos anos 'escolheu' ignorar diversos aspectos da realidade que a cercavam em nome de preservar uma estabilidade na vida familiar, mas eu consigo eximir a personagem de parte da sua culpa quando consideramos a cultura da época.

Na época em que a história se passa, a mulher burguesa ou 'de boa família' era educada dentro de uma bolha, o seu valor de troca era a pureza e a educação que era justamente focada em preservar a estabilidade da família.

É fácil julgar a personagem como acomodada e fútil, mas a base de toda a criação de mulheres da sua época era justamente formar uma pessoa assim. É fácil ficar indignada por ela não ter apoiado a empreitada financeira do jovem esposo, mas ao mesmo tempo, em uma sociedade onde mulheres não tinham carreiras e nem fonte de renda, eu dificilmente me imaginaria ficando empolgada no lugar dela com a ideia do único responsável pelo sustento da família embarcar em uma aventura.

A relação com as filhas é mais complexa, pois as filhas já são o fruto de uma relação radicalmente diferente, os valores já estavam começando a mudar e as jovens já estavam enxergando possibilidades de ser mais independentes e donas de si.

Gostei mais de Avril do que de Barbara, que a meu ver não passava de uma pessoa bastante impulsiva e mimada. O filho Tony foi quem mostrou ter mais firmeza e conseguiu levar a vida que gostaria.

Eu esperava que a coragem que ela encontrou na viagem a acompanhasse até o final do livro, mas o final também foi bastante condizente com tudo que Joan conhecia da vida até ali. Não fiquei tão triste com Rodney, os homens da geração dele sabiam exatamente o que queriam quando procuravam as "Joans' para casar, depois não adianta ficar se remoendo pelos resultados de uma sociedade que eles mesmos construíram.
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