Culturas Híbridas

Culturas Híbridas Néstor García Canclini




Resenhas - Culturas Híbridas:


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Tauana Mariana 27/12/2013

Culturas Híbridas
CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2000.

Comentários sobre o livro:
Canclini não se agrada à ideia de produzir um livro, uma obra ou uma leitura que tem começo, meio e fim. Prefere pensar seu livro como uma cidade, que, dependendo de como se chega e de como se vai embora, se adquire visões e percepções diferentes, afirmando: “talvez se possa usar este texto como uma cidade, na qual se entra pelo caminho do culto, do popular ou do massivo. Dentro, tudo se mistura, cada capítulo remete aos outros, e então já não importa saber por qual acesso se entrou. […] O antropólogo chega à cidade a pé, o sociólogo de carro e pela pista principal, o comunicólogo de avião. Cada um registra o que pode, constrói uma visão diferente e, portanto, parcial. Há uma quarta perspectiva, a do historiador, que não se adquire entrando, mas saindo da cidade, partindo de seu centro antigo em direção aos seus limites contemporâneos. Mas o centro da cidade atual já não está no passado” (pp. 20-21).

Também não lhe agrada a possibilidade de produzir afirmações concretas. Quer pensar a sua obra como um ensaio, algo que é “possível de explorar em várias direções, retificar o itinerário se algo não caminha bem, sem a necessidade de 'defender-se durante cem páginas de exposição prévia, como em uma monografia ou em um tratado'” (p. 28).

O autor, na entrada da obra, dá-nos um panorama do que encontraremos nas páginas a seguir. Segundo ele, há três questões em debate: “Como estudar as culturas híbridas que constituem a modernidade e lhe dão seu perfil específico na América Latina. Em seguida, reunir os saberes parciais das disciplinas que se ocupam da cultura, para ver se é possível elaborar uma interpretação plausível das contradições e dos fracassos da nossa modernização. Em terceiro lugar, o que fazer - quando a modernidade se tornou um projeto polêmico ou suspeito – com essa mescla de memória heterogênea e inovações truncadas” (p. 20).

Especificando o conteúdo do livro capítulo a capítulo, Canclini nos esclarece: “O primeiro capítulo e, em parte, os dois últimos retomam a reflexão sobre a modernidade e pós-modernidade nos países metropolitanos, com o fim de examinar as contradições entre as utopias de criação autônoma na cultura e a industrialização dos mercados simbólicos. No segundo, é proposta uma reinterpretação dos vínculos entre modernismo e modernização a partir de investigações históricas e sociológicas recentes sobre as culturas latino-americanas. O terceiro analisa de que forma se comportam artistas, intermediários e públicos frente a duas opções básicas da modernidade: inovar ou democratizar. No quarto, quinto e sexto são estudadas algumas estratégias de instituições e agentes modernos ao utilizar o patrimônio histórico e as tradições populares: como os levam à cena os museus e as escolas, os estudos folclóricos e antropólogos, a sociologia da cultura e os populismos políticos. Por último, examinamos as culturas híbridas geradas ou promovidas pelas novas tecnologias comunicacionais, pela reorganização do público e do privado no espaço urbano e pela desterritorialização dos processos simbólicos” (p. 29).
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Alessandro @possati.ale 07/10/2022

Hibridismo Cultural
Nessa obra, Nestor Canclini dialoga com diversos autores que falam sobre a questão da mestiçagem na América Latina, passando por debates acerca da cultura e da maneira como ela influência na formação do continente.
Em alguns momentos, a obra se debruça mais sobre fenômenos políticos e sociais, mas acredito que o ponto forte seja justamente quando o pensador fala sobre o hibridismo cultural, que seria a sua visão da mestiçagem. Aqui, estão colocadas as lógicas de troca entre os colaboradores culturais da diversidade latinoamericana
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Emanuel Xampy Fontinhas 12/07/2016

Neste ensaio o autor discute o hibridismo cultural. A fluidez de fronteiras e classificações que faz com que seja necessário uma nova abordagem nos estudos sobre cultura, já que, segundo o autor, os conceitos de cultura culta, cultura popular e cultura de massa não podem mais ser compreendidos como era feito anteriormente, pois as fronteiras objetivas e subjetivas não estão mais rotundamente delineadas. Uma pedra fundamental para quem deseja se aprofundar nos estudos culturais sob o ponto de vista da relação estabelecida entre as diferentes "camadas" sociais, as esferas de poder e a indústria cultural.
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Luana 24/10/2022

Não cheguei a ler o livro por completo mas ainda quero ter essa oportunidade, porque ele é muito didático mesmo explicando um tema complexo como a intermidialidade e o hibridismo.
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