flaflozano 30/01/2022
A little taste
O quanto de sexo tem nesse livro : 3/5
Quão explícito é :3/5
Drama: 3/5
Coerência : 4/5
Romance : 3/3
Os olhos dele perfuraram os seus.
- Uma dama cuida do banho de seu lorde.
- Do que está… - Interrompeu-se. - Você não é meu lorde! - Deu nele outro empurrão que pareceu nem sentir.
- Uma vantagem diz que sou por esta noite.
- Isso foi uma armadilha muito bem orquestrada! Planejou tudo isso, me manipulando!
- Sim.
Quando ele simplesmente admitia coisas desse tipo, enfraquecia seriamente seu ultraje.
- Você é louco.
- Talvez todos esses favores irredimíveis me subiram à cabeça.
- Não está nem precisando de um banho.
- Um banho pode ter outros propósitos. Aqui estão as suas escolhas: cuide do meu banho ou eu cuido do seu.
O olhar dele dizia que estava mais inclinado em realizar a alternativa.
Ter aquele macho passando sabão por todo o seu corpo nu…? Como seria isso?Com o olhar caindo em seu pescoço, ele disse.
- Poderia exigir algo bem pior que isso.
Como uma sugada? Era aquilo que queria dizer quando disse, “possuí-la de todas as formas”?
- Bettina, você não tinha que concordar com a nossa barganha.
- Claro que tinha. Teria feiro qualquer coisa para salvar Caspion.
Uma emoção obscura, primitiva brilhou em seu rosto, e seus braços apertaram em volta dela.
- Tenha cuidado feiticeira. Está andando em um terreno perigoso.
Engoliu com medo. Estranhamente, não por si mesma, apenas por Caspion.
- Você ainda o quer morto. Então por que salvá-lo mais cedo? Isso só aumenta a probabilidade de que você terá que mata-lo.
- Se formos competir um contra o outro, não terei escolha a não ser derrota-lo, então ficará mais propensa a me perdoar. Se não o tivesse salvado hoje, essa seria uma escolha que você poderia não perdoar. Além do mais, esses favores me ajudarão a ganhar sua afeição por mérito meu. Não apenas porque meu concorrente não existe mais.
- Então é isso que o motiva? A competição com Cas?
Ele deu uma risada sem graça.
- Em breve descobrirá que não há competição alguma com aquele demônio. O que me motiva é o adorável prêmio que possuirei. - Ele a afastou para começar a desabotoar a camisa. - E não vai mais protelar. - Seu olhar passou pelo corpo inteiro dela quando começou a expor o dele. Outra vez, ela lutou contra a necessidade de se abanar.
Quando Daciano tirou a camisa, ela virou de costas, mas não antes de dar uma olhada em seu peitoral musculoso à luz da fogueira.
Sua pele era macia e completamente sem cicatrizes. No círculo, ficou saturado de sangue. Mas só dos outros?
Também vislumbrou aquele cristal em volta do pescoço. Seu estilo de se vestir era simples e despojado; imaginava porque usava aquela corrente.
Ele está retirando as botas?
Manter-se de costas para ele enquanto se despia era mais difícil do que pensou. Que mulher não ansiaria para ver o corpo do vampiro, especialmente depois de tocá-lo no escuro na noite anterior?
Mas para Bettina, era ainda pior. Tinha um olho de artista, e no momento, aquela sensibilidade estava clamando que visse aquele macho despido. Como um modelo. Nada mais.
A calça dele caiu em uma cadeira à sua direita. Engoliu em seco. Está nu nesta tenda comigo.
Quando ele entrou na água, ela disparou.
- Não vou fazer isso - ainda que pensasse, devia ter dado uma espiada.
- Então se prepare para o pior.
Seus pensamentos viraram um turbilhão. Esfregar suas costas era preferível a milhares de outras coisas que poderia exigir.
- Mas eu nunca dei banho em alguém.
- Tenho confiança de que vai conseguir.
Olhou com raiva para o teto. Oh, quão ruim um banho poderia ser? Recusava-se a lavar qualquer parte da cintura para baixo. Não vou me deixar envolver como fiz ontem à noite.
Porque desta vez sabia que ele não era Cas.
- Isso vale como cinco favores. - disse. Então só teria mais dois depois daquele, e sua visão ávida poderia ser um pouco satisfeita. Suas costas já eram o bastante para começo de conversa.
- Três. - reagiu ele.
- Quatro.
- De acordo. - disse.
Ok, só três restantes. Com os ombros erguidos, virou-se em direção a banheira. Posso fazer isso. Conforme se aproximou, percebeu que a água estava cheia de espuma e exalava vapor, escondendo seu corpo bem abaixo daqueles músculos peitorais bem desenvolvidos.
O que era uma coisa boa. Era uma coisa boa.
Ajoelhou-se atrás dele, começando a remover uma luva.
Ele virou rapidamente, entortando-se para observá-la, como se não quisesse perder nem aquela mínima despida.
Perturbada de novo. Quando começou a rolá-la no braço, realmente sentia como se estivesse se despindo, para ele. Na segunda luva, os olhos estavam brilhando. Outra corrente pareceu passar entre eles. Ele levantou os olhos de forma rápida, como se para avaliar se ela também sentiu.
O que quer que viu pareceu satisfazê-lo. Após bastante tempo ele lhe deu as costas.
No vapor, algumas mechas de cabelo ficaram desgrenhadas perto do pescoço. Cabelo negro. Negro que brilhava que nem azeviche. Sua corrente de couro chamou a atenção.
- Não quer retirar o cristal?
- Nunca. - foi tudo o que ele disse.
Imaginava onde o conseguiu. Uma ex-amante tinha lhe dado? - Tudo bem. - Assumiu um comportamento profissional, não disposta a deixá-lo saber o quanto aquela possibilidade alternadamente a empolgava e a desgostava. Ensaboando o pano, ela o esfregou pela pele firme e macia, ao mesmo tempo de um dos ombros ao outro.
Repita. Ele não era o único que podia ser metódico. De um ombro ao outro. Repita. Aquele movimento foi um pouco mais lento? Talvez. Os músculos flexionaram em resposta.
Matou com aqueles músculos. Matou por ela.
Um tremor interno. Outra passada do pano.
- Você sempre tem fêmeas dispostas a banhá-lo?
- Você é a primeira em muitos aspectos. - Sem aviso, tirou o pano de sua mão. - Continue sem ele.
- Por quê? - Por que a sua voz soava tão sem fôlego?
- Você gostou de me tocar ontem à noite. - ele esticou os longos braços dos lados da banheira. - Tenho a esperança de que gostará outra vez.
- Era esse seu plano? Acha que vai me seduzir assim?
- Sim.
Como podia uma palavra carregar tanta confiança? Engoliu com dificuldade, mas continuou a correr as palmas pelos seus ombros e pescoço.
Sim, sempre possuiu os olhos de uma artista. Olhava para as coisas em termos de relevo e sombras, cor e contraste. Por causa da natureza de seu trabalho, prestava atenção à forma e à função.
E agora podia ver as formas que só havia sentido. Podia demorar registrando aquele completo poder de seu corpo.
Os músculos elevados ao redor dos ombros. O entalho acima de cada um dos enormes bíceps. Os dedos fortes agora apertando as laterais da banheira.
Não conseguia decidir a qual dos seus sentidos Daciano apelava mais. Tato? Visão? Sem mencionar o aroma de vampiro. Sequer ficou surpresa de ver suas palmas ensaboadas deslizando mais abaixo nas costas, explorando-o.
Do lado de fora, a chuva começou a cair, o vento uivar. Dentro era somente um calor opressivo e uma fogueira ardendo. Suas pálpebras fecharam pela metade, e então completamente enquanto se perdeu na sensação, na textura da pele dele sob as pontas sensíveis dos dedos, a forma inflexível das costas esculpidas, o calor subindo da água, do corpo dele.
Em seu trabalho, ela afiava e ajustava, repetição após repetição, até que encontrasse a criação sem nenhuma falha.
Não mudaria um centímetro do corpo dele. Nem mesmo um centímetro.
Enquanto se perguntava se ficaria viciada naquela… naquela exploração, massageou o
pescoço. Ele exalou de forma relaxada, afundando em suas mãos.
Ela ficou de joelhos para alcançar mais além, e possivelmente dar uma espiada. Mas a água ainda o ocultava. Tudo o que conseguia ver era uma forma sombreada em sua virilha, aquela forma enorme altamente tentadora que acariciou. Ela pulsava na água?
Que excitante. Daria quilates de ouro para vê-la.
Tarde demais, percebeu que afundou as palmas por cima dos ombros, mais abaixo das clavículas. Estava oficialmente tratando da “frente”.
Não mais relaxado, ele ficou tenso como a linha de um arco, até mesmo quando os joelhos se abriram mais.
Ao invés de alarme, uma empolgação fluiu dentro dela. Suas mãos desceram mais.
As articulações dos dedos dele ficaram brancas quando apertou as laterais da banheira. O metal começou a ceder sob a pressão…