Aninha 10/06/2012
Retrato do meu Coração é escrito pela diva linda maravilhosa Meg Cabot sob o pseudônimo de Patricia Cabot, por motivos óbvios. É a continuação (mais ou menos, na minha opinião) de A Rosa do Inverno. É dito continuação porque os personagens principais são a Maggie não lembro dela no primeiro livro, hm e o Jeremy lembram do pequeno pentelho Jerry que chorou porque matou uma raposa? É, esse Jerry. E ele cresceu. É. Cresceu. Uhum. fora as aparições super fofas do Edward e da Peggen. O Alistair aparece bem pouco *carinha de decepção*, mas nas poucas vezes que ele aparece a gente pode desfrutar da personalidade dele intacta. Enfim, o meu ponto aqui é que li o livro por causa da autora e, como sempre, a Meg Cabot não me decepcionou. mas enfim. A questão é que todos os livros dela, T-O-D-O-S, os quais eu li, jamais me decepcionei. Eu não sei o que Meg faz, mas ela faz muito bem. Você sabe quando o livro é dela só pelo jeito irreverente e pela leitura rápida e gostosa com o qual Meg Cabot escreve. Meu Deus, acho que se um dia eu conhecer ela eu vou ficar meio sorrindo feito uma idiota na frente dela e vou engasgar e daí vou falar alguma coisa super mega ultra constrangedora como sempre acontece quando eu fico nervosa.
Enfim, vamos deixar de lado minha adoração apaixonada pela autora e vamos voltar a resenha.
Ao invés da pequena Yorkshire, do cenário campestre de Park Lane, temos dessa vez a mansão Rawlings em Londres. Mudando um pouco os ares, mudamos também a forma da mulher do século XIX. Maggie não é uma fina e recatada moça do interior da Inglaterra, mas sim uma espirituosa garota que corre atrás dos seus sonhos e é capaz de deixar para trás a família e teimosia dos mesmos para perseguir seu grande sonho de ser pintora isso ganhou meu coração de cara porque eu amo desenhar, então né e mesmo que isso signifique ser taxada de "fumadora de ópio", inconsequente e depravada. E o Jerry... Bem, digamos que ele aprendeu direitinho com o tio Edward como conquistar suas garotas. De qualquer modo, mesmo sendo mulherengo (mais do que o Edward e isso é MUITO mais), Jerry consegue ser diferente em personalidade, sendo bem mais explosivo e estando disposto a quebrar quantos narizes forem necessários para ter o que quer. E quando é dito que ele faz o que é preciso pra conseguir o que ele quer, é literalmente. Jerry é capaz de tudo. Apesar disso parecer frio e cruel no começo, ele vai mostrando um lado muito mais gentil no decorrer da história. Aí você vai me dizer "blé, mas isso é tãaaao típico". Está aí. Não nego. Mas Meg Cabot desenvolve a história tão bem que até o último instante você fica torcendo pra que tudo realmente dê certo.
Com vestidos de renda e botas de montaria, não é nada difícil se perder na antiga Londres, nos bailes dos burgueses e na encantadora vida dos personagens que ambientam a história. E não tem nem como eu decidir se esse é ou não é o melhor livro da Meg Cabot. Pra mim, todos eles tem seu encanto e todos eles são de algum modo bons. Não há o melhor, nem o pior, há apenas livros. Ou o meu fanatismo, mas isso não vem ao caso agora (y)
"- Jerry? - ela chamou.
- O quê? - ele perguntou.
- Aonde você vai?
O jovem a olhou com um sorriso ligeiramente torcido.
- Eu não sei. Ao Inferno, eu acho.
- Oh, - respondeu a garota. - Bem, dê lembranças ao diabo para mim.
O sorriso desapareceu.
- Eu darei.
E depois desapareceu."
"A jovem se calou, observando suas mãos entrelaçadas.
- E o que houve com sua promessa? - perguntou.
Jeremy seguiu a direção de seus olhos, mas só viu sua enorme mão entrelaçando uma outra, pequena e branca.
- Que promessa?
- A de manter as mãos nos bolsos, canalha miserável.
Jeremy a olhou com frieza.
-Tem idéia de como é extraordinariamente difícil - perguntou, apertando os dentes - declarar-se a uma mulher que acaba de lhe chamar de canalha miserável?"